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sexta-feira, novembro 28, 2008


Aos Nossos Filhos
Ivan Lins
Composição: Ivan Lins / Vitor Martins


Perdoem a cara amarrada
Perdoem a falta de abraço
Perdoem a falta de espaço
Os dias eram assim

Perdoem por tantos perigos
Perdoem a falta de abrigo
Perdoem a falta de amigos
Os dias eram assim

Perdoem a falta de folhas
Perdoem a falta de ar
Perdoem a falta de escolha
Os dias eram assim

E quando passarem a limpo
E quando cortarem os laços
E quando soltarem os cintos
Façam a festa por mim

Quando lavarem a mágoa
Quando lavarem a alma
Quando lavarem a água
Lavem os olhos por mim

Quando brotarem as flores
Quando crescerem as matas
Quando colherem os frutos
Digam o gosto pra mim

A letra trata do futuro breve,quando mais maduros passamos a ver as coisas com outros olhos, a dar valor ao que era sem sentido, a perceber o que somente ao peso da experiência da vida começamos a entender.
Perdoem a todos... afinal quem de nós não fez atropelos, erros, feriu e deixou-se ferir em alguns momentos da vida...passa o tempo, e ai estamos nós em nova experiência. Musica linda dedicada aos filhos, e todos somos filhos de alguém, o que nos passamos de dor e dificuldades, não queremos que nossos filhos passem, mas existe a hora de alçar o vôo, e só se aprender a voar tentando muitas vezes...
Falo com um leigo, não tenho filhos, mas ante a alguém que queremos bem ,é bastante sensato que não queremos que sofra, embora saibamos a vida tem sua cota de sofrimento, aos filhos que não tive fica o meu querer que também não sofram.

Paz e luz em teu caminho.
Interpretação insuperável de Elis Regina:

quinta-feira, novembro 27, 2008


De Beleza que dói.

Estou farto de lágrimas difíceis e doloridas, dores sem fim que mesmo não sendo minhas ecoam em minha intimidade,não, quero respirar belezas que laceram que de tão agudas atingem nossas percepções, levando-nos a uma benéfica dor, as boas lagrimas.
Todos sabemos do caos existencial assola as diversas partes do mundo e de uma forma muito bizarra as pessoas se alimentam do trágico, temos a agudeza que apontar as lamas da existência, em um total olvido do sol e as estrelas...não os vemos mais...
Não quero mais ser um partícipe de tal ceia feita de horrores, onde os detalhes são aprofundados ao extremo, quero ser um profundo alienado,como um nascimento as avessas quanto mais idade menos saber fútil, mais entendimento do que relevante para viver em paz e deixar em paz viver.
Sou simplório: mas tudo o que existe de dores de forma direta ou indireta é um resultado do primarismo humano o que não deixa de ser profunda ignorância, não existe “culpa”, cobrança,ou uma representação maligna que bastonea a nossas costas a cada vez que fazemos uma estultice,nada disso amigos:são resultados naturais de como procedemos para conosco mesmo, com a natureza e com o próximo, resultado natural como uma mecanismo sutil de leis que são causas e que geram certos efeitos nada mais.Se passo minha existência inteira agredindo o organismo de alguma forma por nossos naturais desequilíbrios de toda sorte, é lógico que tal organismo ao longo do tempo sofrerá desgastes e estes claramente se manifestaram,com a vida de uma forma bastante ampla funciona mais ou menos assim, será que precisaremos sempre da fatídica dor para nos lembrar que é preciso apenas ter bom senso em tudo ?Seremos vitimas de arrependimentos sem fim simplesmente por não saber pensar?
E disso todos sabemos e ainda sim é algo relativamente inútil...e como resultado de nossas limitações fazemos exatamente a mesma coisa...como se denomina um animal que age sempre da mesma forma?
Deixe-me ser um alienado, estou desaprendendo tudo deixando mais silencio em mim, tuas dores não são novidade alguma e nem as minhas tão pouco,é preciso sair de tal condicionamento eleito como “certo”, isso não existe, buscar do fundo de nossas dores a semente que dá nascimento ao aprendizado se isso não for atingido amigo meu...tudo inútil e vão.
Quero beleza que doem, na esperança que tais dores faça nascer em mim um novo eu.

Aos que tem sede, aos que tem fome a Ele...

Paz e luz em tua caminho.
Luis Fabiano.



Vivir Sin Aire (tradução)
Maná


Viver Sem Ar


Como queria poder viver sem ar
Como queria poder viver sem água
Eu gostaria de precisar um pouco menos de você
Como queria poder viver sem você.

Mas não posso, sinto que morro
Estou me afogando sem teu amor.

Como queria poder viver sem ar?
Como queria poder acalmar minha aflição?
Como queria poder viver sem água?
Eu gostaria de roubar teu coração


como poderia um peixe nadar sem água?
Como poderia uma ave voar sem asas?
Como poderia a flor crescer sem terra?
Como queria poder viver sem você.


Mas não posso, sinto que morro
Estou me afogando sem teu amor.

Como queria poder viver sem ar?
Como queria poder acalmar minha aflição?
Como queria poder viver sem água?
Eu gostaria de roubar teu coração

Como queria poder te lançar ao esquecimento?
Como queria poder te guardar numa gaveta?
Como queria poder te apagar com só um sopro?
Eu gostaria de extinguir essa canção.

Musica linda repleta de um doce significado, das necessidades que vão alem necessidades, mas que são grandiosas porque nos tornam melhores e aos outros também , a vivência mais profunda do que realmente se sente.
Deixar-se afogar pelo querer, por estar tão próximo...uma voz..um canto, um carinho...no entanto, ele mesmo replica, é a impossibilidade disso consumar-se em letra e forma, afirma ao final que gostaria de extinguir essa canção...por ser tão pequena, estreita ante um sentimento que transcende as cadeias do coração e vai alem ganha espaços...abram seus corações.
Deixo com vocês em voz levemente rouca Maná


acústico:
http://www.youtube.com/watch?v=OxHd7XoTaDc
ao vivo:
http://www.youtube.com/watch?v=8ge7eYq9JfQ

"Auto-reverência, autoconhecimento, autodomínio. Só estas três coisas conduzem a vida ao soberano poder". Mas lembra-te ao mesmo tempo do extremo perigo da obstinação não regulada pelas três mencionadas qualidades, especialmente em se tratando de desenvolvimento espiritual.

Mestre Kuthumi

quarta-feira, novembro 26, 2008


Traços de agonias...

Não creio mais em tuas melífluas palavras, elas não podem aplacar a fenda do meu sentir...a voz que antes fazia-me encantar e inspirava ao que há de mais belo, que pode-se cultivar na intimidade da alma...hoje soa como ecos sinistros e uivos dissonoros que se perdem nas madrugadas do tempo...
Não creio mais no toque de mãos flutuantes, que afagavam minha epiderme sem sentir o pulsar de minhas entranhas, ontem tais toques me faziam sorrir e davam a impressão de profundeza, eternidade e candura...mas hoje os suaves toques converteram-se em garras afiadas que laceram meu ser, ferem e machucam na utópica tentativa de fazer-me bem...toca mas não me toca, beija, mas sem lábios...olha e não vê...fere e não percebe...
Pus no amanhã as esperanças de sempre, mas a grandeza de meu querer ante os tenros brotos da realidade, tão pequena, tão frágil,é apenas o que é...dos castelos que *Maia tece em nosso ser e mente...*Shiva em sua macabra dança, traz a “destruição” ou a renovação, e deforma sublime, tudo renova-se e busca seu fim...se ontem eram feridas abertas em dor...hoje cicatrizes feitas de silencio e entendimento...renovação e destruição...a beleza de receber o afago da vida, ainda que por vezes doloroso...ainda que não seja o que esperamos...
A solidão fez de meu ser,fez surgir uma nascente, de onde brotam minúsculas gotas que refletem as estrelas, o éter e o universo...mas em seu percurso ao rio uni-se as impurezas do trajeto, e os reflexos antes tão nítidos perdem luz e definição, dando espaços as nossa hediondas misérias de ser...é do gingante que existe em nós, que devemos apreciar a vida, ou é do diminuto em nós que devemos ouvir os sussurros do viver?
Sinceramente não sei...nossa perene percepção deve compreender de onde vem nossa sede...e raramente sabemos do que temos sede...

Paz e luz e teu caminho.
Luis Fabiano.

terça-feira, novembro 25, 2008


What A Wonderful World (tradução)

Louis Armstrong

Que Mundo Maravilhoso


Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também
Eu as vejo florescer para nós dois
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

Eu vejo os céus azuis e as nuvens tão brancas
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da boa noite
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

As cores do arco-íris, tão bonitas nos céus
Estão também nos rostos das pessoas que se vão
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "como você vai?
"Eles realmente dizem: "eu te amo!"

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer
Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso
Sim, eu penso comigo... que mundo maravilhoso

A voz rouca de Armstrong não transparece inocencia,mas a letra é quase ilusória,fala de coisas comuns que de alguma forma perdemos contato,vida simples, apreciar a natural felicidade de coisas simples, o mundo é maravilhoso é certo mas é preciso saber aprecia-lo com alguma compaixão e porque não dizer bondade, pois a crueza destes tempos faz esquecer que é preciso descobrir o que há belo em nós para descortinarmos a vida a nossa volta.
com vocês Louis Armastrong:

Verrugão



Que a alma humana é repleta de imperfeições, isto é praticamente chover no molhado, mas tudo que ai está, em nosso conturbado mundo reflete de alguma forma as tais imperfeições, de nossa individualidade que luta e agoniza aos turbilhões de defeitos. Logicamente que não perco mais tempo pensando nisso, mas como um usurpador da estultice humana , ela me é manjar para meu voraz apetite. A eterna luta do homem consigo próprio, na ilusória fantasia que seus inimigos sejam os outros!!
Mas não falemos tão somente de defeitos, aprendi ou melhor aprimorei, que por vezes tais defeitos são a manifestação da mais pura verdade humana, repleta de erros, passionalidades e ignorância, mas é a verdade possível ao homem. 
A natureza por vezes também diverte-se com isso dando, “luz” aos nossos mais atrozes defeitos, fazendo emergir ironicamente alguma qualidade, logicamente que nem sempre é o que esperamos, se esperamos algo, então como uma gestação algo nasce, nem sempre é um filho bem querido, como se diz usualmente, quando não queremos dizer que algo é feio, dizemos, é simpático...
Adônis ao contrário de seu xará da mitologia grega, não era um símbolo de beleza masculina, alias era ante os padrões elitistas atuais, ele era uma verdadeira aberração, mas nunca se perde a esperança, por vezes onde pensamos que nada vem, realmente nada vem. Na sua adolescência ele fora um menino normal, logicamente as meninas fugiam dele, mexiam com sua feiúra,mas Adônis era bem resolvido pessoalmente, não se deixava afetar com a verdade, talvez a dor de ser sempre achincalhado, lhe criara um calo nas entranhas e não mais sentia dor alguma, ria indiferente.
Mas o tempo passa, ele agora com vinte e três anos, era um homem, trabalha em uma loja como atendente, era educado e as pessoas gostavam dele. Porem um dia sente algo estranho, uma comichão na extremidade peniana, uma coceira estranha, deixou passar, no dia seguinte ao acordar, depara-se com algo que lhe mudaria a vida completamente, quiçá a existência de muitas pessoas.Na cabeça de seu pau, nascera uma verruga, sim, uma pequena bolinha sem pelo, que ficava quase na extremidade da glande, assustou-se achou que era uma doença horrível ou coisa assim, correu ao médico, chegando lá , consultou. O médico olhou para aquela simpática bolinha, e foi taxativo e afiado: É Adônis vamos ter que fazer uma micro cirurgia ai,porque isso ai vai te incomodar nas horas de “alegria”, há, há,há...
Adônis sorriu amarelo(tinha a impressão que lhe tirariam o pênis...), mas se tinha que ser feito, que seja. Marcaram a cirurgia para dá li a alguns dias, mas naquela noite Adônis fora para noite divertir-se um pouco, relaxar, e beber, conversava com um amigo a respeito de seu pau agora defeituoso, ria da própria desgraça (para alguns homens o pau é infinitamente mais superior que o cérebro, por isso que a maioria do homens pensa com a cabeça debaixo tornando a de cima mero acessório ideoplástico...) mas neste bar uma raridade aconteceu, surpresas agradáveis da vida, uma mulher olhou com interesse para Adônis. 

Ele bebeu mais um gole, criou coragem e foi lá, conversaram, ambos já estavam meio alcoolizados, e tudo rolou como era esperado, Adônis inclusive se esquecera de seu pequeno detalhe anatômico bizarro. 
Chegaram no apartamento da moça, semi escuridão, beijos, caricias, roupas ao chão, mais e mais caricias repletas de tesão, por fim a moça não resistindo sobe sobre Adônis fazendo uma cavalgadura com o pênis totalmente dentro de si...porem..quando “ele” entrou, ela sentiu algo que jamais havia sentindo, sim, era muito bom aquilo,uma pequena pressão, tivera um orgasmo quase imediato, e depois outro e outro, como podia, sim o pau de Adônis lhe tocou, como nenhum outro pau havia tocado, aquela noite Adônis sentia-se um verdadeiro Casanova,(muito embora não tivesse lá muita experiência sexual,aquele dia parecia que a natureza lhe presenteava com algo sui generis,sua verruguinha tão anti estética, atingirá o ponto G de Verônica, que então desenvolveu por Adônis uma espécie de “amor de pica”.
Adônis ao dar-se conta de seu novo poder, cancela a imediatamente a cirurgia peniana, e por casualidade, a partir de Verônica vieram, Marias, Helenas, Joanas, Cassandras e outras tantas,todas tocadas direto no ponto G pela vara “mágica” de Adônis, curiosamente graças a um defeito a auto estima de Adônis subira, a verruguinha tornou-se um detalhe que fez a diferença na vida de Adônis e algumas mulheres.

Sim, do defeito que emerge uma qualidade, ironicamente do pau nasceu a luz refazendo o mito da Varinha Mágica ,capaz de realizar desejos e sonhos, mas claro com uma nova conotação, seria a Verruginha Mágica...
Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.


quando fiquei sozinho, tinha muito tempo para pensar nisso tudo. Vivia no melhor lugar do mundo:um apartamento de cobertura num velho edifício de oito andares de Centro Havana. Ao entardecer preparava um copo de rum muito forte, com gelo escrevia uns poemas duros(as vezes meio duros, meio melancólicos) que largava por ali, em qualquer lugar.Ou escrevia cartas.
Nessa hora tudo fica dourado e eu olhava os arredores. Ao norte o Caribe Azul, imprevisível, como se a água fosse de ouro e céu. Ao sul e a leste da cidade velha ,arrasada pelo tempo, pelo salitre e pelos ventos e maus tratos. A oeste a cidade moderna, os edifícios altos. Cada lugar com sua gente, seus ruídos e sua musica. Eu gostava de beber rum no crepúsculo dourado e olhar pelas janelas ou ficar um tempo no terraço, olhando a entrada do porto, com aqueles velhos castelos medievais , de pedra nua, que na luz suave da tarde parecem ainda mais belos e eterno.Tudo aquilo me estimulava a pensar com alguma lucidez. Pensava no porque de minha vida ser assim. Tentava entender algo. Gosto de me sobrevoar,de observar de longe a Pedro Juan.”
Na verdade, aqueles entardeceres com rum e luz dourada e poemas duros ou melancólicos e cartas aos amigos distantes me faziam ganhar confiança em mim mesmo . Se você tem idéias próprias - mesmo que sejam só umas poucas ideias próprias – tem de compreender que estará sempre encontrando caras feias gente que vai fazer questão de dar o contra, de diminui-lo de “ fazer você entender” que não tem nada a dizer...”

Trilogia Suja de Havana - Pedro Juan Gutierrez

segunda-feira, novembro 24, 2008




" Sinto mais afetividade pelo meu carro, que pela maioria das pessoas que conheço."
Fabiano.


sexta-feira, novembro 21, 2008


Vôo livre...

Alça vôo a mão livre, em destino desconhecido, a principio...
Em velocidade ganhas os céus em risco de impressão, que queres mão, tão rapidamente atingir?
Quanto enfim o som, estampido de peles que se chocam em palmas que se batem em felicitações ao vento...
Seria um carinho que a gentil mão veio agraciar, num rosto amigo em lagrimas a chorar?Mas que lagrimas estranhas as tuas rosto amigo, porque tuas lagrimas são vermelhas?
Sim a amiga mão atingiu a face,dando em bruto o que sua insensibilidade lhe oferta em refinado, ao rosto que queria afagos recebeu a antítese de quem não sabe dar carinhos, ou talvez um carinho algo mais sadomasoquista, se a dor é tua, possivelmente o prazer seja meu!
Não havia sorrisos,talvez um lamento mudo que gritava a alma, a mão atingiu a face como um martelo, mãos não deveriam fazer isso, talvez mãos não devessem fazer sangrar, lacerar...um rosto jamais deveria contorcer-se em agonia, em dor e tristeza, mas...mas...mas...
Não condeno quem bate, não condeno vitimas, porque existem coisas que estão muito alem do simplório pensar humano, um rosto que apenas entende afagos, vive um delírio na esperança de jamais ver a realidade, o tapa sempre faz acordar...alguém quer acordar?
Naquele dia o rosto não sorriu mais...

Paz e luz em tua vida.
Fabiano.


Gotas de amor...em viva carne

Que nosso mundo anda bastante conturbado isso estamos enfadados de saber, e em verdade eu nem quero mais sabe,r porque tais informações são de uma profunda redundância inútil, mais cansa, irrita e adiciona um dente a mais nas mandíbulas do mundo a guisa de informações atuais!!!
Mas em se tratando de relações então, tal apreciação ganha aspectos muito interessantes, porque existem particularidades do ente humano, e tal gama é tão vasta que dizer que algo é errado ou certo por vezes pode ser uma blasfêmia imensa ou um atestado de ignorância catalogada. Na intimidade a dois, muitas coisas acontecem, coisas que certo ou errado não querem dizer nada, ambigüidades a parte, quando geralmente outras pessoas ficam sabendo da derrocada, de alguma tragédia ou algo assim, é porque algo saiu do controle,talvez a ignorância tenha saído do controle, e a ignorância é uma mescla em duas partes, uma a respeito de si mesmo e outra a respeito das coisas que nos acercam.
Jordão e Marli eram um casal espetacular, desses de cinema, eram literalmente o sonho realizado e ideal, belos, educados e com uma sofisticação que beirava quase o ideal, aquele tipo de pessoa que temos a impressão que nem sequer fazem necessidades básicas, sim..não peidam, não arrotam e não cagam e algumas até nem morrem. Era visto que se amavam muito, o que era alvo de inveja de todos, mas o amor por vezes toma caminhos estranhos até mesmo bizarros, mas cada um faz a sua poesia em rimas...
Aquele dia Marli chegou atrasada em casa, embora não fosse costume,mas parece que existem momentos que a propicidade para o mal é literalmente inspirada, ela chega abre a porta encontra a seguinte cena: Jordão sentado no sofá, eram por volta de vinte e uma horas e quarenta e sete minutos, a cara de Jordão era uma tempestade com tornados categoria F5, então ele dispara:
-Que horas são essas? Onde estavas? O que houve com teu batom ?
Marli que não estava acostumada a ser atada assim, sorri porque acha que é uma brincadeira, e diz de forma displicente:
-Ora Jordão, isso são coisas a se perguntar a uma mulher casada? Estava com uns amigos...e sorriu de forma inocente...
No entender de Jordão que estava profundamente irritado, com um mar de insegurança em seu intimo, o sorriso dela foi a gota d’água, ele levantou-se rapidamente e deu-lhe duas bofetadas sendo que a segunda com o aliança matrimonial, terminou por ferir-lhe o rosto sangrentamente, ela caiu ao chão no canto de uma parede, enquanto o gigante Jordão em pé sorria dizendo para ela:
-Não estas achando graça agora? Porque ?
Marli não entendia nada, perdida, com dores na face, realmente não sabia o porque Jordão estava daquele jeito, se ainda ontem ele trocava juras de amor intensa, onde estaria aquele homem gentil, bondoso e educado ?
O rosto de Marli inchou na hora, e algumas gotas de sangue caiam do canto da sua boca, ela ergue-se com dificuldades, ante o olhar empedernido de Jordão, não conseguia explicar nada, tinha medo que a mão pesada de Jordão...
Como num flash da cabeça de Marli lembrou-se, Jordão e ela quando tinham intimidades, havia uma natural violência entre eles, sim sexo digamos “forte”, cabelos puxados, palmadas na bunda, tapas na cara ( assim lembro-me de Nelson Rodrigues “...mulher adora apanhar, homem que não gosta de bater”, ele tinha razão, existem prazeres e prazeres, e eu não questiono nenhum deles, pois os gostos são vastos...)por outro lado embora fosse uma pancada quase amorosa, era uma pancada, e ali diante daquele homem bonito convertido em fera pela sua besta interior havia contrapontos, Marli não sentiu prazer de apanhar na cara...não sorria, apenas gemia e não era de prazer, havia dor e sangue...mas o prazer passa de uma pessoa para outra em um piscar de olhos,Marli não havia feito nada errado, mas quem diz que um tapa precisa obedecer a justiça de algo?
O que Marli jamais desconfiou era que apesar de beleza e educação emoldurada de Jordão, ele tinha necessidades de controle, mas que a gentileza soube disfarçar,ontem um amor, agora porem medo e brumas, ele bateria novamente nela? Ninguém saberia ...
O silencio era lamina que penetrava a pele, sons de respiração e aquela dor,ela passa pela fera quieta...mas tudo estava destruído..seu corpo, sua razão,e suas emoções um único tapa rasgara-lhe a alma.
Nada seria como antes.

Paz e luz em teu coração.

Luis Fabiano.


"Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos..."

Nelson Rodrigues

Uma vida desconhecida é importante para quem ?
Eu respondo:
Para uma meia dúzia de pessoas talvez, ante a um mundo, não somos absolutamente ninguém, nem mesmo Deus se importa.

Apenas para citar:

*Você se preocupa com alguma das quarenta mil crianças que morrem diariamente de fome e doenças na áfrica?
Fique em paz tá tudo bem.

quinta-feira, novembro 20, 2008

VAMPIROS...



"...se mandem ,rapazes...minhas meninas não são pro bico de vocês.
-Sem essa, Zenaide, só queremos dar uma olhada por ai. Tem mina nova no pedaço? – Isistiu Charles,tirando pigarro da goela.
-Qual é gorducho, ganhou na loteria por acaso?
-Não torra. Só quero olhar as minas.
-É isso ai – concordei ,olhando a bunda de uma negra dançando um pagode imaginário.Havia em seus olhos cintilações diabólica, coisa da cultura negra, maravilhosamente anárquica e sedutora.
-Primeiro a cor da grana.
-Porra! A gente não quer olhar as garotas!
-Paga pra ver, gorducho.
Charles, incomodado, revirou os bolsos atrás de dinheiro.Fiz o mesmo,sabendo de antemão que a busca era absurda , pois aquela noite estava completamente duro.Charles, entretanto, achou alguma moedas.
-Só isso! Que mixaria?! – Gritou Zenaide,gargalhando –isso ai não dá pra nada rapazes!
Charles me olhou com os olhos cheios de rancor, olhos úmidos.
-Tudo bem:tudo bem - volveu ela, caçando as moedas da mão de Charles.Essa mixuruquice da pra alguma coisa.Acompanhem-me.
Seguimos a marafona por um corredor mal iluminado, paredes grafitadas, em que se viam inúmeras portas dando para ninhos de amor.No fim do corredor ela abriu uma porta comida de cupins,entrando resolutamente no quarto.Entramos atrás.Um cheiro azedo de mijo e porra, pespegou nossas narinas.Demos de cara com uma menina de aparentes quinze anos , deitada numa cama de ferro, extremamente branca cabelos curtos, lábios pintados de preto.Puxara sobre seu corpo um lençol encardido.Quentinha.A putinha que infernizaria minha vida, ali , sepultada naquela cama, parecendo um anjo desassistido perambulando pelo inferno,
-Eis minha rosa, rapazes! Recém colhida.
A garota se encolheu toda, olhando-nos de esguelha.Fui para ao pé da cama, avaliando-a melhor. Era bem bonita, olhar negro e destemido.Senti-me um crápula, de corpo e alma necrosados.
-Olhem bem rapazes...É para isso que a merreca do gorducho ai serve.
Ela saiu gargalhando, batendo a porta atrás de si.Charles e eu ficamos parados, olhando a putinha que puxara o cobertor sobre a cabeça, ocultando-se totalmente.
-Que que vamos fazer, paisano? - Inquiriu Charles apertando o escroto.
-Nada.
-Você é um tapado! A menina ai dando a maior mole da paróquia e a gente aqui de bobeira.
-Zenaide disse que é só para olhar – retruquei raivoso.
-Zenaide que vá a merda - vomitou Charles aproximando-se da cama.Antes de leva a cabo o intento de molestar a garota, a porta se abriu dando passagem a uma coisa horrorosa. Um anão... Metro e meio de monstruosidade.Trazia sobre o ombro direito um grande aparelho de CD donde brotava o som de um rap chinfrim.Vestia uma camisa de física calções azuis e chinelo de dedo.Sorria, o cretino, enorme língua emergindo da grotesca dentuça. Ignorou-nos totalmente.Largou o aparelho no chão e saltou sobre a cama, puxando o lençol que ocultava Quentinha. Jesus, ela não tinha corpo, isto é, corpo de mulher.Não passava de uma adolescente, corpo ossudo, barriga afundada, coxas finas e sem seios.De dar dó.Tornou a puxar o lençol sobre si.O anão porem , arrancou-o de suas mãos, jogando-o no chão.Ela recuou assustada, fechando bem as pernas.O animal sorriu, passando a língua pelos lábios.Foi arrancando lentamente os trapos, ficando absolutamente nu. O seu caralho meio mole batia nos joelhos.Imaginei aquela coisa dura. Por certo teria dimensão totêmica. Um pavor! A garota evidentemente desejou ser engolida pela terra só para escapar daquele monstro. A terra entretanto , não se abriu. Agarrou-se a cama, olhos arregalados, apertando as pernas um contra a outra. O cacete do anão foi crescendo, crescendo atingindo espetacular tamanho.Aquele sujeito faria sucesso num circo de horror. Rapaz! Suas pernas tortas eram menores que a coisa endurecida. Um pavor.
Aninhou-se na cama e, de gatinhas, aproximou-se da presa miando como um gato.
Miau, miau - fazia ele babando-se. Tive ímpetos de agarrá-lo e jogá-lo porta a fora.Mantive-me preso ao soalho, suando e tremendo de raiva. Levou as mãos aos joelhos da menina, forçando-a abrir as pernas. Ela gritou, esperneou. Nada disso, porem adiantou alguma coisa.O animal revelou-nos a gruta da jovem , cuja penugem era rala. Havia um piercing em um dos lábios vaginais.
-Nossa que coisa mais bonitinha - ele ciciou, acariciando a escancarada vagina.
Asco;senti asco. De mim, por ficar indiferente aquele assedio criminoso; de Charles, que apertava o cacete, olhar famélico; do monstro que, tão logo acabasse de cutucar a menina com o dedo, iria arrancar-lhe o cabaço sem piedade.Porem, antes de fazê-lo, pos para fora metro e meio de língua, enfiando-a entre as pernas da garota, que gemeu alto arranhando suas costa, deixando
uma trilha de sangue. Ao arrancar a língua da xoxota da ninfeta, bateu-lhe duas vezes no rosto, arrancando-lhe convulso choro. Em seguida,s em hesitação, deflorou a gazela, que gania alto, pernas tremulas. Charles fechou raivosamente as mãos A sua testa brotou pingos de suor. Olhou-me mordendo os lábios; um fio de sangue escorreu queixo abaixo. Permaneci hirto, congelado dos pés a alma vivendo aquele pesadelo. O anão subia e descia sobre o corpo da menina cujo olhar era esgazeado, de pleno abandono, querendo emigrar para uma galáxia distante, O puto , ao gozar gritou rangendo os dentes. A língua ficou pendida, gotejando sobre os pequenos seios da menina, Foi a coisa mais patética que vi na vida.Refeito do orgasmo, pôs-se a uivar, a soquear a cama, olhou-nos fundo nos olhos; um olhar vitorioso.
-Não é para o bico de vocês, babacas! – Gritou passando a mão pelo pau gotejando porra. Deus um salto para o chão, pegando suas roupas. Vestiu-se lentamente , rindo baixinho Pegou o aparelho de CD caminhou em direção a porta e, antes de sair virou-se para nos .
-Até a vista, rapazes!
Voltamo-nos para a garota, que gemia alto passando as mãos por entre as pernas sangrentas. Encolheu-se como um borboleta voltando a condição de crisálida. Nesse ínterim Zenaide entrou no quarto toda sorridente, largando fumaça de cigarro pelas ventas.
-E ai, como foi o espetáculo? Gostaram ?
- Que grande fodida você me saiu - resmungou Charles. Fazer uma coisa dessas com a coitada da menina. E aquele anão? Insistiu ele.
-E um monstro.
-Ah! E meu secretario. Ele deixa as meninas no ponto.
Arrastou-nos para fora do quarto. Ao chegarmos a recepção indicou-nos a rua.
Se mandem , rapazes... O espetáculo terminou.
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Extraído da Obra VAMPIROS de Manoel Soares Magalhães.

quarta-feira, novembro 19, 2008



Homenagem aos “punhetinhas”


da intelectualidade...

Caminhar no intervalo sempre me faz bem,ver gente, sentir o cheiro da vida ainda que as vezes não seja lá muito bom, mas de qualquer forma é vivencia daquilo que concebemos como “real”, caminho devagar quase como um idoso, porque não tenho pressa e principalmente porque meu desejo é apreciar, sorver, pessoas, casas,bichos, ventos e qualquer coisa que tenha alguma vida! Como vocês já sabem, eu sempre (feliz ou infelizmente) acabo encontrando alguém e então esta vivencia pode ganhar ares de drama, não é proposital são contradições naturais.
Encontrei-me com Carlos, um amigo da antiga, de tempos de colégio e tal, no inicio o papo despretensioso tranqüilo como quem joga conversa fora(a maioria das pessoas que converso é assim, não diz nada, eu não digo nada e tudo termina em um vazio...) então o assunto foi para o campo literário, eu gosto de ler mas não tenho pretensão alguma de ser um intelectual, eu gosto de aprender e meu prazer fica por ai. Mas Carlos era um intelectivo praticamente bi-sexual, ativo e passivo, pois quando começamos a falar de livros seus olhos se dilataram e ganhou um gestual como se tivesse falando ao grande publico(, estávamos na rua, na praça Coronel Pedro Osório,alias muito sui generis ,recanto de putas e nereidas...)possivelmente Carlos tenha se inspirado na feira do livro que se acabara, mas certamente seu espírito ainda vagava por lá.
Neste momento eu me calei, e apenas literalmente dei corda ao nosso palestrante que estava tão entusiasmado, falando de filósofos,cientistas e outros tantos nomes que a modernidade batiza, informações esparsas e sem sentido, e aquele arsenal que pseudo-inteletuais usam para referir-se a alguma coisa, mas que soe em uma abordagem inteligente! Expressões redundantes repletas de nada, que mais são a armação de nossa profunda vaidade que algum conhecimento realmente valido, coisas como: “...as abordagens históricas são relevantes em um sentindo notório cuja a conotação interpretativa, é por vezes ambígua e portanto jamais conclusiva, ( o que isso quis dizer?)Logicamente para mentes menores achar sentindo nisso é fácil, mas porem onde esta a informação concreta? Sigo: “...é importante fazermos uma reciclagem de nossas pendências pessoais e literarias, ante ao que deveríamos ser, por vezes em uma fração de segundo atingimos a faceta do ideal, mas ela nunca é permanente, ela sofre as distorções de nossos valores equivocados e isso nos leva sempre a questionar...( a questionar o que ??)
Então Carlos depois de falar muito perguntou o que eu achava a respeito do que ele havia falado, naturalmente ele esperava um elogio, e eu o agraciei da seguinte forma:
- Carlos, tu já deste um peido daqueles realmente fortes, que chega dar-nos a impressão que estamos literalmente cagados ? O famoso peito molhadinho, e com um aroma terrível?
Ele me olhou com um olhar completamente perdido, vi nos seus olhos a frustração e ao mesmo tempo a falta do que dizer, a surpresa. Confesso que naquele momento até tentei soltar um flato, mas minhas entranhas não ajudaram. Então Carlos fica em silencio pensando, tentando dar um sentido aquela frase altamente intelectual de minha parte, eu sorri pra ele e disse:
- Não tem sentido Carlos, isso foi a minha ligeira demonstração de que a intelectualidade é fascinante e encanta os sentidos mais diáfanos, mas a realidade, a tal da realidade é sempre uma porrada, e que não podemos desviar dela por mera intelectualidade, não podemos dizer ao nariz que não sinta o cheiro de nossas entranhas,como não podemos limpar nossas roupas intimas borradas por mera explicação sobre o porque. O que nos torna grandes é a maneira como vivenciamos a realidade, com alguma inteligência o que em outras palavras quer dizer sabedoria. Intelectualóide qualquer imbecil pode ser, basta ler alguns autores, ser bom de retórica e voalá temos mais um pensador embusteiro repleto de palavras que não vão a lugar nenhum, a não ser masturbar as idéias na esperança que elas gozem!!Como se fosse uma punheta infinita do pensamento, sem gozo,sem fim quase dolorida...
Ele começou a rir, e eu a rir dele, só disse tchau.

Paz e luz em teu caminho.
Fabiano.

terça-feira, novembro 18, 2008



De dores e de flores...

Somos como semeadores a espargir nossa semente, nem sempre tão boa, e as vezes nem tão má, mas por casualidades de nossa razão desconhecida, não seguimos as estações da vida , somos mais movidos pelo querer, e por vezes pelas tempestades desencadeadas em nosso coração.
Que pretensão tem tal semeador?
A isso cada semeador o sabe, mas sejamos verdadeiros, não basta apenas semear, é preciso amar desprendidamente aquilo que se faz, é preciso ao plantar dar de si mesmo,é como regar as sementes com o próprio suor, o próprio sangue com fragmentos de nossa alma...
Aqueles que largam suas sementes aleatoriamente e se esquecem...e por vezes esperam as flores mais raras e lindas...
Pudéssemos arrancar das entranhas de nossas dores, o encantamento e disso fazer vingar a beleza, a serenidade e boas emoções.Sim, de cada dor uma flor, como se nosso coração fosse imenso campo abundante de anseios e que com as intempéries do viver aos poucos vai sendo fustigado...como são fustigadas toda a vida em a natureza. Será que não percebemos que o campo e o coração são um só?
Rega as tuas dores na esperança das rosas de tua estrada, mas não falo de esperança, falo de fatos, quando entendemos a luz da consciência o que as dores ou tempestades tem a nos oferecer, a nos dizer secretamente, compreendemos que é preciso que toda semente morra para possa fazer nascer, compreendemos que felicidade plena, infinita só existe no segundo que você esta vivendo, que as flores estão nascendo em nós, mas é preciso saber colhe-las, percebê-las...
De cada cratera que a dor fez em mim ali está uma flor.
Paz e luz em teu coração.

Uma oração por vezes é silenciosa,um olhar...e tudo esta consumado.

Luís Fabiano.

segunda-feira, novembro 17, 2008


“A melhor “Foda” de todos os tempos é imaginária, porque a realidade jamais alcança o detalhe dos delírios da nossa imaginação.”

Luís Fabiano.

sexta-feira, novembro 14, 2008


Algumas coisas na vida dispensam completamente comentários. Para os apreciadores que gostam de uma guitarra tocada com profunda habilidade o nome é Steve Vai, ele consegue fazer algo que quase beira a perfeição.Ele é direcionado para o hard rock e hardcore, voltado mais místico e esotérico, ele resolveu fazer uma musica de em oferta a Divindade , chamado o Amor de Deus. A musica é uma beleza sem par, intensa, os acordes agudos da guitarra dão-nos a impressão que rasgam nosso peito em direção ao coração, uma dor de beleza e harmonia.
Sem duvida a vida é feita de contrapontos, um guitarrista de musica que praticamente beira o mal, atinge a mais alta sensibilidade em um musica que mais parece uma oração ao Criador, fica bastante claro que o que nos limita, somos nós mesmos e nada mais.

Apreciem com carinho.
Paz e luz em teu caminho.
Steve Vai:

quinta-feira, novembro 13, 2008



Entre dentes...

Primeiramente façam um favor a humanidade: desprezem todas as secretárias! Atirem sobre elas fogo, enxofre,lava e todas as coisas funestas deste planeta...bem o texto é direcionado para pessoas inteligentes, se vai fazer comentários de desagrado ou insatisfação, por favor releia varias vezes até que faça sentindo para você, é preciso saber fazer a “leitura” do meu abjeto sarcasmo. Mas este texto é dedicado a Kátia a secretária de um renomado medico da cidade!
Explico:
Minha primeira consulta com o tal medico, até ai tudo bem, quando fui entrar no elevador do prédio a porta por detalhe não me atropela (minha doença iria ficar mais grave...),quando chegou ao consultório do Dr, me deparo com a figura exausta e baiana de Kátia.Ela estava atendendo uma outra pessoa que havia acabado de chegar, como ela tava demorando eu me sentei, alias me sentei no banco de frente a ela(não teria como ela não me ver...), sentei-me confortavelmente e entrei em estado de contemplação ativa ou meditação silenciosa quando já me faz memória de um certo chá, e não pense que o consultório estivesse repleto de beldades e tops, tinha apenas gente de verdade, parecia uma convenção das múmias do Egito antigo, inclusive ramsés (o qual eu era uma múmia a parte...)algumas senhoras da terceira idade, e o forte aroma de Alma de Flores no ar (creio que isto eu nunca vou entender, porque as vovós não podem usar um perfume melhor??Alma de flores meu deus!!!), mas ali eu estava tentei abstrair para alguma coisa qualquer, mas não havia nada util, então me fixei na secretária.
Não sou preconceituoso mas apenas se senso comum secretárias devem ser inteligentes e gostosas, quando elas não são nem um coisa e nem outra estão na profissão errada, a secretaria é a comissão de frente de um lugar,ela deve estar linda, cheirosa, simpática,atenciosa e etc...praticamente o mesmo estado de espírito de uma profissional do amor, mas não era o caso em questão, Katia, uma pessoa com ausência total de atrativos físicos e total displicência funcional, o que justificaria isso? Simples o salário dela é baixo ela não é secretaria de verdade...
Como eu me sentei para aguardar ela terminar de preencher a ficha de outro paciente, é claro, é obvio que ela me esqueceu, acabei me transformando em uma estátua de cera preta, logicamente eu estava imóvel em estado contemplativo era o que restava! Katia tinha os cabelos grudados na cabeça dando uma impressão de sujeira, o rosto sem pintura era uma tela oca, uma jeans que era três vezes o tamanho dela ou seja não delineava nada, uma blusa preta fechada quase em cima para ocultar os seus não peitos, sim ela era uma tábua na parte frontal e na parte de trás Jesus, ela parecia que usava aquelas fraudas geriátricas e naturalmente meladas...
Quando por fim o médico chegou quarenta e cinco minutos atrasado a sala estava em ebulição e minha paciência no limite, as pessoas foram sendo atendidas eu calado em meu mutismo contemplativo, com uma vontade delirante de ir embora, pensava comigo: como alguma cura poderia advir desse lugar, daquela secretaria, daquele médico de cabelos pintados, estava em profundo aborrecimento inútil, meus pensamentos foram interrompidos pelas palavras de sotaque interiorano de Kátia:O senhor veio consultá? (pensei, digo o que?Não vim olhar a paisagem deste consultório do quarto andar!! Vim aqui comprar a passagem para Arroio Grande...Não, eu vim a passeio, não tinha o que fazer..ai vim aqui...) mas não respondi nada disso, sorri amarelo, disse:é vim “consultá!” Ela pede meus dados e preenche a ficha a mão,e trinta minutos depois eu sou atendido!
Sabem as vezes questiono minha educação, minha vontade era de ser profundamente deseducado e grosseiro, isso seria original e não uma mentira que encenei , as vezes faço isso por puro prazer pessoal, a maioria das pessoas não esta acostumada a boa educação, mas deseducação todo mundo entende, fui embora sem dizer adeus, tchau ou qualquer coisa assim, desde quando as pessoas são gentis com gente feia não é mesmo ?

Paz e luz em teu caminho.
Fabiano.


...eu não trocaria as tristezas de meu coração pelas alegrias dos homens, e não desejo que as lagrimas que a melancolia provoca nos meu olhos se transformem em risos.Prefiro que minha vida permaneça uma lagrima e um sorriso :uma lagrima que purifique meu coração e me faça compreender os mistérios e segredos da vida, e um sorriso que aproxime dos meus semelhantes e simbolize minha glorificação aos deuses.Uma lagrima que irmana aos tristes de coração, e um sorriso que proclama a minha alegria de viver.
“... quero sentir nas minhas profundezas fome pelo amor e a beleza, pois observei e verifiquei que os satisfeitos são os mais infelizes dos homens e os que mais se assemelham a matéria inanimada:e escutei e descobri que os gemidos de saudade do apaixonado são mais embaladores que as melodias dos violinos.
“Quando a noite cai, a flor fecha as pétalas e dorme abraçada aos seus desejos;e quando rompe a madrugada , descerra os lábios para receber o beijo do sol.A vida da flor é desejo seguido de união:uma lagrima e um sorriso.
Evapora-se a água do mar e se eleva e se condensa em nuvens que passeiam por sobre os vales e as colinas. Quando encontram brisas suaves, descem em lagrimas sobre os campos e se juntam aos arroios e voltam ao mar, a sua pátria. A vida das nuvens é separação e depois reencontro: uma lagrima e um sorriso. Assim a alma se separa do espírito universal e caminha no mundo da matéria passa como nuvem por cima das montanhas de tristezas e dos campos de alegria, e quando encontra as brisas da morte, volta a sua origem:ao mar do amor e da beleza,ao coração de Deus..."

Gibran Khalil Gibran – Uma Lagrima e um Sorriso.

quarta-feira, novembro 12, 2008


Neil Young

Philadelphia...


Às vezes eu acho que sei
Sobre o que se trata o amor.
E quando eu vejo a luz,
Sei que estarei bem.
Eu consegui meus amigos no mundo,
Eu tive meus amigos
Quando éramos meninos e meninas,
E os segredos foram revelados.
Cidade do amor fraternal,
O lugar que chamo de casa.
Não vire suas costas para mim,
Eu não quero ficar sozinho.
O amor dura para sempre...
Alguém está falando comigo,
Chamando meu nome.
Diga-me que não sou culpado,
Eu não ficarei envergonhado por causa do amor.
Filadélfia,
Cidade do amor fraternal,
Amor fraternal.
Às vezes eu acho que sei
Sobre o que se trata o amor.
E quando eu ver a luz,
Sei que estarei bem.
Filadélfia...

Musica profundamente nostálgica quase beira uma certa tristeza,mas creio que este é por vezes nosso profundo erro, é preciso encarar a tristeza com dignidade, por vezes e muitas vezes perdemos nossos pedaços nas refregas da vida, talvez vez por outra nos desfigurando.Não falo de esperanças e dias melhores, falo de convicções amigo, tudo e absolutamente tudo passará, tuas e minhas tristezas ficaram para trás, pelo tempo e pela nossa melhor postura, por vezes tudo está errado a nossa volta mas nossa postura deve ser a mais nobre, refinada e digna possível. Não digo que não sofras,sofre sim, mas sofre como um guerreiro que tem certeza da vitória certa.
Paz e luz em teu caminho.
Deixo-vos com Neil Young.

terça-feira, novembro 11, 2008




"As únicas pessoas que realmente mudaram a história foram os que mudaram o pensamento dos homens a respeito de si mesmos."




Malcolm X

segunda-feira, novembro 10, 2008



O amor asmático


(a natureza em busca do equilíbrio...)

Tenho pra mim que o Criador, Senhor do céu e da Terra é alguém que sem duvida alguma tem bom humor, é impossível pensar o contrário, a não é verdade quando suas “vitimas” o chamam de sádico por motivos pessoais, mas vocês bem conhecem o ser humano, ele manisfesta o que lhe interessa de acordo com os interesses, algumas poucas almas são por assim dizer sinceras, desprovidas de segundas e terceiras intenções, malandragem a parte a verdade é essa. Mas sempre que olho para o Céu tenho a impressão que Deus pisca o olho para mim ou alguma coisa parecida , afinal o mundo da voltas e se hoje estamos relativamente bem amanhã sempre é uma ponte estendida sobre um duvida, mas isso é viver e por assim dizer, sou grato a isso, o restante vamos ajeitando aprendendo e dando forma como um artista ante sua obra, sua obra sua vida!
Mas ironias a parte, realmente as vezes nestes momentos de bom humor o Senhor resolve pregar peças em nossas débeis existências e então a diversão começa: Era o caso de Arnaldo, bom sujeito, pessoa correta e em primeiro momento dava-nos a impressão de profunda confiança, falava devagar e olhava nos olhos e dos seus castanhos claros era uma simpatia só,porem o que lhe sobrava de qualidades morais lhe faltava a saúde física, estava agora com quarenta e poucos anos e era profundamente asmático e de peitoral estreito, naturalmente não podia com aromas, cheiros e odores fortes, fumaça, poluição lhe era um verdadeiro veneno, mas do alto de sua nobreza moral jamais queixava-se de nada. Por vezes tossia por meia hora e puxava o ar como um desesperado mas mantinha-se por assim dizer elegante, sim impressionava, ele era elegante na enfermidade isto era quase o que agradecer a agulha de uma Benzetacil a “prazerosa” dor que ela nos empresta naqueles breves segundos de sua aplicação!!Mas vocês sabem muito bem, cada um de nós trata de acordo com nossas disposições pessoais, mas se muitos dias fazem existem outros tantos que existe tempestade sim. Arnaldo era um solteirão convicto dizia com refinamento entre uma tossida e outra que ele olhava a mulher, com os olhos de amanhã, naturalmente poucos entendia sua jocosidade, mas ele tinha para si mesmo que o amor que não tinha aparecido até a sua idade, não iria aparecer agora,mas não foi bem assim, e o destino lhe presenteou com uma vizinha de apartamento, ela mulher alto poderosa de vasto busto e tinha uma idade misteriosa, sabíamos que não era tão jovem, mas era absolutamente jovial, repleta de vida intensa e de carnes firmes,Francisca havia se separado do marido, mas estava muito bem, era daquelas pessoas que tinham anseios profundos de ser feliz, verdadeiramente feliz.
Não demorou muito para Arnaldo e Francisca se encontrarem, trocarem cumprimentos, e depois palavras até que foram a uma festa juntos, para apenas dançarem e sorrirem um pouco assim foi. E como se o destino traçado os ligasse surgiu um carinho entre eles, carinho generoso repleto de amizade e fraternidade, logicamente que eram homem e mulher e isso nunca é bom perder de vista, mas digamos que foi um caso de amor espontâneo se é que posso me utilizar de tal expressão.
Francisca fumava muito, e embora tivesse amor por Arnaldo, adorava o seu vicio, seu cigarrinho, é claro que aquilo não era uma disputa, mas a verdade que ela fumava perto de Arnaldo que por sua vez tinha crises de asma homéricas, literalmente quase desfalecia, ela tentava colocar a fumaça para o outro lado, ficava de ladinho, soprava-lhe as faces, mas nada dava certo, estranhamente e contrariando todo o bom senso, Arnaldo queria porque queria ficar ao lado dela o tempo todo, como um cavalheiro era para ele um prazer estar ao lado de sua dama, ainda que quase o matasse.Escravo de sua educação não deixaria Francisca sozinha, para Francisca o que sobrava de peitos com toda certeza faltava-lhe no cérebro, antes as tosses de Arnaldo ela mantinha o cigarro aceso e ria qual um galináceo enquanto Arnaldo tocava a nona sinfonia com suas tosses intermináveis e aquela falta de ar...
O amor faz caminhos misteriosos realmente, cada beijo uma tosse, cada tosse...onde está a minha bombinha...!E´claro que em alguns casos os destinos nos aproximam mas a nossa falta de tato em lidar com nossas limitações nos leva a dilemas existenciais, as pessoas dizem que não gostam de dilemas, mas por outro lado vivem se envolvendo neles , mas isso é assunto pra outra hora.
Eu agora vou socorrer Arnaldo antes que morra de vez, asfixiado pelo cigarro e os peitos de Francisca.

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

sexta-feira, novembro 07, 2008


Canto de um canto

Antes de mais nada, deixa-me ouvir-te, sussurra, geme, arfa ou grunhi, mas dá-me algo de ti,
Se não for pedir muito, que algo seja verdadeiro, pouco ou fragmentos de uma verdade. Não desejo mais falar, minha fontes estão ressecadas e minha alma sedenta quanto a tua...mas quem já não sentiu sede neste dia?
Pudéssemos encontrados ser como fontes que jamais cessam de jorrar abundante liquido que dá vida e afaga corações.
Quero ouvir-te, canta para mim tua silenciosa musica, canta como quiseres pois tenho sede, e aos sedentos quase tudo apraz,que malabarismos filosóficos argumentaremos a sede insaciável? Por isso nada mais quero falar.
Quero ser dos que ouvem e comungam nos braços das dores ou na fatuidade da alegria, o som de tuas lagrimas me comove, lagrimas de minhas lagrimas, e tuas risadas me confortam, pão e alimento que dividimos.
Porque não te ouço? Estarei eu, surdo, cego ou louco?
Cantar verdades é entregar-se amorosamente as caricias da alma, é congratular-se aos afagos do vento, é apreciar o aroma das flores frescor de quem aprecia a intimidade do existir. Por isso canto emudecido, canto silêncios e tenho sede de ti.


Paz e luz e teu caminho.
Luis Fabiano.



Andrea Doria
Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Marcelo Bonfá


Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...


Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...


Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...


Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...


Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...


Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...


Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...

Poesia do Legião, falando das coisas que por vezes precisamos acreditar para torna-las reais, da circunstancia de tudo que nos cerca e que em momentos de profunda decisão cabe unicamente a nossa vontade e alguma serenidade para dar caminhos,um ato de fé entre boas e más escolhas.


http://www.youtube.com/watch?v=oHwwsQTSX74

quinta-feira, novembro 06, 2008




"Virtude e sabedoria são coisas sublimes, mas se elas criam orgulho e uma consciência de separatividade do resto da humanidade, são apenas as serpentes do eu reaparecendo sob uma forma mais refinada."



Ocultismo Prático., 74

quarta-feira, novembro 05, 2008


Sexual Healing (tradução)
Marvin Gaye
Composição: Marvin Gaye


(Sexo como cura)Baby

vamos em frente essa noite?Baby,
estou pegando fogo
Preciso de um pouco de amor
E baby, não consigo esperar muito mais
Está ficando cada vez mais forte
E quando me sinto assim
preciso que o sexo me cure
Eu quero que o sexo me cure
Quero que ele me cure, baby
Que me faça sentir bem
Que me ajude a liberar a mente

Isso vai ser bom pra mim baby
Vai ser bom pra mim que o sexo me cure
Sempre que lágrimas de tristeza estejam caindo
e que minha estabilidade emocional esteja acabando
O que posso fazer
É pegar o telefone e te ligar
E querida, eu sei que você estará lá pra me salvar
O amor que você me dá vai me libertar
Se você não sabe com o que está lidando
Eu vou te dizer, querida, é com o sexo, como cura

Levante-se, levante-se, levante-se
Vamos fazer amor essa noite
Acorde, acorde, acorde,
Porque só você sabe fazer isso

Baby, fiquei mal hoje de manhã
Tinha uma tempestade dentro de mim
Baby, sinto que estou capotando
As ondas estão aumentando cada vez mais
E quando me sinto assim
Eu quero que o sexo me cure

Essa cura é boa pra mim
Faz com que eu me sinta bem, é tão rápido
Ajuda a liberar a mente, e vai ser bom pra gente
O sexo como cura, baby, é bom pra mim
Essa cura é uma coisa tão boa pra mim
Muito boa

Minha baby
Assuma o controle, tome possedo meu corpo e da minha mente
Logo estaremos fazendo isso
E estaremos nos sentindo bem
Você é o meu remédio
Então abra a embalagem e me deixe entrar
Você é demais
Mal posso esperar pra te ver em ação
Levante-se, levante-se, levante-se
Vamos fazer amor essa noite
Acorde, acorde, acorde,
Porque só você pode fazer isso direito.

Marvin Gaye sem dúdivas grande talento, cantava com inocente malicia os prazeres carnais, mas havia paixão e deleite em suas canções, sua voz aveludada dava a impressão que o prazer era assim tão simples...ao alcance das mãos, e de fato ele era intenso em tudo que fazia, tanto na vida e como no morrer, destas coisas que a ironia do destino,brigas intermináveis com o pai, e um tiro fatal calou o homem mas não a obra, Marvin ainda inspira paixões, amores e desejos.

Apreciem Marvin com intensidade embora seja um perigo...






Em desagrado

Gosto de pessoas difíceis e embora o contexto seja bastante amplo variando bastante de pessoa para pessoa, tenho afinidade com as que gostam de complicar o simples( de minha parte faço isso eventualmente apenas para matar a modorra...) mas com toda certeza conhecemos pessoas cujo o temperamento é repleto de procedimentos que torna difícil o contato puro e simples. É preciso divertir-se com alguma coisa, e notoriamente tais pessoas tem feridas abertas a luz do dia tornando alvo bastante fácil para aqueles que com algum esclarecimento conseguem levar a vida mais serenamente flexionando nos pontos certos, e ante tais fragilidades fica fácil que as pessoas se sintam ofendidas, humilhadas, constrangidas e sentindo náusea deste protagonista que vos fala.
Muito raramente uma pessoa difícil é inteligente, a natureza se encarrega de limitá-lo pelas suas próprias fraquezas, mas com alguma eventualidade de cometa encontro tais pessoas por ai, e sou um provocador convicto, faço questão de pisar intelectivamente onde dói mais(prazer de um, dor de outro, o prazer é assim vai de déu em déu ao sabor do vento...), mas porque tenho tanto prazer nisso? São muitos os prazeres, o primeiro deles é interessante ver a pessoa debatendo-se em sua própria agonia, é como alguém que tenta quebrar barras de ferro com a própria cabeça;outro prazer, é o aspecto da sofisticação de pensar, com raridades algumas destas pessoas me fazem pensar e me fazer pensar é o mais amplo carinho que alguém pode fazer a mim ainda que sofra para isso,como disse o prazer vai de uma mão para outra, embora eu não seja muito sádico, a dor alheia nos faz a bem todos, pois do contrario nosso “mundico” seria algo um pouco menos hostil não é mesmo? Sim as lagrimas que vemos pela televisão são de verdade, mas isso faz parte da programação. Outro motivo de meu apetite pelas pessoa difíceis é que pode lhes ser oportunizada probabilidade de flexionar seus paradigmas, isto claro se tiverem humildade para isso, coisa rara, dificilmente as pessoas reconhecem que estão erradas apenas porque sua presunção, vaidade, orgulho e egoísmo falam mais alto que todo o resto a nossa volta!
Madalena embora o nome fosse belo, ela era uma dessas pessoas realmente difíceis, cheias de limites, preconceitos, sonhos frustrados, orgulhosa, mal comida e parecia viver com uma TPM eterna e constante em sua vida. Nada lhe era bom ou agradava, dizia que sua vida era corretíssima, nunca fora infiel ou desonesta e esse era o seu discurso.(tenho para mim que tais pessoas embora sejam reais vivem um conflito de culpa profundo, pois sabemos que nem somos totalmente límpidos e nem tão pouco encardidos, somos um meio termo, se alguém tem duvidas experimente pesquisar a própria vida e acariciar o próprio chulé, flato e o delicioso cheiro de sovaco...).Mas Madalena era uma santa, porta-se como um “puta” arrependida, e como todo chato sabia exatamente apontar os defeitos dos outros mas é completamente míope para os seus.
Então como é natural, o destino por vezes prega peças em nosso caminho, Madalena enamorou-se de Jorjão,um malandro descolado que sabia muito bem como ludibriar “pessoas santas”, ou poderíamos abordar por outro ângulo, ele sabia como aflorar o “mal”, a lubricidade e a paixão mesmo em um freira com setenta anos, Jorjão usava do que sabia de melhor, bancar o ingênuo e inocente, naturalmente tinha tempo para isso, era lento, tudo muito devagar como a dança da mamba negra, não tinha pressa para nada, fazia-se de envergonhado e tinha a facilidade de convencer as pessoas.Olhava nos olhos, dizia palavras doces e meigas, o restante tudo era presumível em um mundo de inocentes e carentes de toda sorte... Madalena apaixonou-se pelo tipo respeitador de Jorjão, era um verdadeiro cavalheiro, atencioso, carinhoso, educado um verdadeiro sonho de toda mulher (talvez esse seja o recado, profundo, quando alguém é perfeito demais abra bem o seu olho, pois pode ser uma breve ilusão de ótica ou estas vendo o que queres ver ...). Quando finalmente após largo tempo de estudo, jogo de paciência e alguns constrangimentos, Jorjão beijou Madalena na boca, ela sentia a total confiança em Jorjão e em breve tempo contraíram intimidades, sim e mesmo assim Jorjão fora recatado mas deu-lhe idéias que excitavam o momento, pediu em nome do amor que ambos sentiam que ela se desnudasse na frente dele e de sua câmera , ela acho algo estranho, mas aqueles momentos eram tão bons, poderiam depois juntos ver as fotos e talvez inspirar outros momentos, e Jorjão era tão..tão..tão..carinhoso , respeitador tão honesto quanto ela.Permitiu.Fez caras, bocas, jeitos, abriu isto e aquilo com sorriso de mulher e amada.
Dia seguinte a fatalidade, as fotos de Madalena andavam pelo bairro nas mãos dos melhores amigos de Jorjão e algumas foram entregues por debaixo da porta de Madalena.Quando ela pegou as fotos e olhou caíra em si, que faria? Sua moral esta manchada, como podia todos sabiam de seus desejos fesceninos, como iria olhar a turba e falar do alto de sua superioridade a aqueles que pecavam?
Dizem que depois de episodio Madalena converteu-se , virou discípula do reino de Deus, e como não poderia deixar de ser, se tornou a autentica Madalena arrependida e estava agora nos braços do Senhor.
Quanto a Jorjão, bem ele anda por ai, circulando pela rua talvez mesmo esteja próximo a você e nem percebas, afinal ele é o Jorjão...

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.