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domingo, abril 24, 2016

Homeopatia


Homeopatia

Deixa me deleitar nos pecados todos
Sem retoques
Como um afogado sufocando
Em peixe e sal

Que nunca eles sejam suaves e doces
Nem sonhos
Antes sim proibidos
Castrados e maculados
Em um vórtice de pesadelos sem fim
Nada econômicos

Profundos arranhando os ossos da alma
Quero tudo seja proibido
Vil e que traumatize para sempre
Que faça 
Nos leve a insanidade sem volta
Quando atingirmos o berço deformado
Da gloria e infâmia

Quero exageros plenos com gosto acido
Perversões gosmentas da alma
Em devassidão do impossível
Incontrolável
Gozos não alcançados
Orgasmos de ouro

Bucetas flageladas de dor e cansaço
Entre lagrimas
Quero o exagero pleno
O trem do caralho no destino
Chocando-se contra você

Mas que seja vivo
Pulsante
Como um colapso
Ruindo
Então talvez ai
Então
Perceba-se
Um pouco do que se é.


L.F


Poesia Fotografica




segunda-feira, abril 18, 2016

Amor é uma merda



Amor é uma merda
A Elegância é um desespero que medita


Me deito embriagado
Como um selvagem corsário sem navio
A beleza da vida
Entre escambos famigerados e viscerais
Entregue a beleza falida
Ela aparentemente está dormindo
Estamos no limite de tudo...
Sempre gostei de limites

Acho isso uma maravilha em uma cama confortável
Adormeço como uma pedra com gosto de rum
Sonho com demônios e anjos fudendo em circulo
Gritando palavrões
Um sonho excitante e maravilhoso

Acordo discretamente com ela gemendo baixinho ao meu lado
Masturba-se enquanto estou dormindo
Mas estamos em um estado precário
Trepar ou não já não significa amor ou algo parecido
Ainda sim ela se acha esperta...
Eu não tenho nada
E ainda sim ela queria dar o golpe
Uma buceta vale isso?
Não me importava... deixei ela gozar sozinha
Enquanto eu já sabia que naquela manha
Eu iria embora

Poderia ter lhe falado a verdade, mas é preciso merecer a verdade, então decidi que aplicaria uma punição suficiente...
Sim punição
Ela queria me lograr
Mas como qualquer animal
Tenho o senso de defesa antecipado
Eu já sabia de tudo, puta!
Então, naquela manhã de segunda-feira
Assim que abri os olhos, disse que tinha de ir embora
Com alguma elegância
Pois detesto dramas
Choros
Ranhos
Berros e discussões

-Vou embora Norma...

Ela estava acordando

-Como é?
-Eu preciso ir...
-Por que?
-Tenho coisas pra resolver com a vida

Fui vago como uma nuvem diluída
Como sempre é previsível
Ela, treme...tem raiva, lagrimas e fuma um cigarro atrás do outro
Uma poesia linda de escombros pulsantes
Entre odes de fracassos em orquestração

-Mas porque tu vai embora...

Não respondo, fico em silencio olhando o vago
Pensava em um texto que precisa escrever...
Então começam as agressões, a melhor parte

-TU ÉS MESMO UM FILHO DA PUTA...UM HOMEM DE MERDA QUE TU ÉS...
NÃO FALA NADA, VAI EMBORA PRA TUA CASINHA DE MERDA...

Fico observando, como quem olha o Everest, ela poderia falar o que quisesse
Tudo já estava morto e não costumo chorar sobre cadáveres
Levanto tomo um banho como um ritual de limpeza
Me visto mecanicamente
Ela agora está no quintal olhando a grama
Ainda fiz um exame de consciência para ver se sentia alguma coisa...
Nada
Nada

Mas o final não foi tão limpo assim, quando estava no carro
Ela joga uma pedra no vidro, o vidro resistiu, vizinhos estão olhando
Tudo que eu tinha era o silencio de um olhar vago
Todo final sempre é uma merda, então prepare-se se ainda não aprendeu

Ela entra pra dentro da pequena casa e escuto, bater de portas
Coisas se quebrando, um tornado, mas tudo já estava consumado
Adeus.

L.F


domingo, abril 17, 2016

domingo, abril 03, 2016

Files de sangue



Files de sangue


Quando se controla algumas emoções é possível emula-las de forma suficientemente convincente, afinal o disfarce é uma ferramenta que a natureza abusa de forma sábia,o que de certa forma nos coloca em desvantagem sempre.

Então Melissa me olha nos olhos, tem aquele olhar triste e previsível, olhos que ficam marejados e por fim vertem o sal amargo de uma dor fulminante.Eu nada posso fazer.Conheço esse jogo plenamente a ponto de não mais me importar com ele, mas isso não quer dizer crueldade, maldade ou algo parecido. 

Quer dizer que minha carapaça está tão endurecida que para acertar o meu coração seria preciso uma marreta, que ninguém dispõe neste momento. Foda-se.

Fiquei aguardando o desfecho ela diz:

-Então não dá mais?
-Não.
-Fim?
-Fim.
-Assim?
-Claro, sem dramas, sem ranho, sem porquês sem explicação.
-Amor morre?
-Claro, o que não morre nesta existência?
-Não sei.
-Tchau.

Adoro finais limpos.

L.F.


Poesia Fotográfica


Sinto o Cheiro da perfeição