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domingo, março 29, 2015

Me bate, porque eu gosto - Parte Final

Para quem não leu as primeiras partes





Me bate, porque eu gosto
Parte Final.


Eles sorriram com certa indiferença e sentaram à mesa. Davam a impressão de góticos, assim que merda ainda existiam góticos tristinhos por aí? Me cansa tantas filosofias passadistas que no fundo não deixa de ser um ato de fé... Eles que fodessem eu queria apenas ficar ali vendo Rebeca sambando erguendo levemente o vestido e ouvindo o samba do Tonho.

Fiquei de olho na morena. O tipo que eu gosto, grande...gosto de mulheres grandes, bons peitos, uma bunda imensa ela parecia distante daquele grupo silencioso. O Sujeira servi-os...mas o lance deles era ficar ali...com cara de tristes e em silencio. A felicidade é um troço estranho pra caralho.

O rum começou a fazer seu efeito mais perigoso em mim...a bebida faz que esteja cagando para a Lei para o sistema, isso ai...eu me sinto um grande três atômico a toda velocidade em direção a uma parede de concreto... gosto de me sentir assim, coração acelerado e pensamentos meio insanos.

Fiquei olhando parar a puta morena...ela foi a minha escolhida, quando ela finalmente levantou para ir ao banheiro eu a segui. Era o bote da serpente o ataque inesperado. Ela tava entrando no banheiro eu a segurei pelo braço e ela parou e ficou me olhando:

-Que tu que cara?
-Calma princesa...calma, quero falar contigo de boa...
-Desse jeito?
-Qual o jeito que tu gosta?
-Gosto do jeito educado...gosto de alguma gentileza...
-Eu acho que não, não tem cara de gosta de tanta delicadeza...
-Vai deixar eu fazer xixi?
-Quer ajuda?

Ela sorriu com uma cara de safada. Não me interesso pela nobreza da mulher, não me interesso por suas qualidades mais lindas e maternais, não me interesso se seus peitos são de verdade ou estão murchos feitos uma abobra podre... não me interesso por virtudes, nem o quanto são supereficientes em tudo, nada disso significa, me interesso por aquele olhar. Um olhar sujo que diz tudo sem dizer nada. O olha da cabra vadia.

-Agora não.

Eu solto o braço dela e ela entra no banheiro. Fico por ali. O Sujeira fica me olhando com uma cara meio indignada e Rebeca sorria safada ainda sambando feliz. O grupo de preto permanecia em silencio e também olhavam para mim...afinal eu tinha afrontado uma grupo deles... quer saber? Eles que se fudessem... que viessem valentões, sorri irônico parar eles. E pensei comigo: sou a porra de um trem atômico em alta velocidade. Me sentia bem e não tinha medo de nada poderia qualquer coisa naquele momento. O cheiro do banheiro só Sujeira era algo... para poucos paladares.

Finalmente ela sai do banheiro e quando ai passando por mim eu seguro o braço dela novamente...agora ela sorri direto e diz:

-Isso já ta começando a se transformar em uma relação...né?
-Sim, mas não precisa ficar só nisso né...
-Tu é corajoso né cara...

Então nesse momento um dos caras do grupo levanta e vem em minha direção, olhei pra ele, avalie o peso...era magrinho e pensei automaticamente onde bateria primeiro. Isso meu pai me ensinou bem: se for brigar...que a primeira porrada seja tua e forte para terminar a treta. Boa lição, a melhor lição se aprende em casa.

Então quando o cara tava chegando fiquei olhando direto pra ele, mas a moça interviu rapidamente:

-Carlo...calma...ele é tranquilo, estamos conversando...
-Ele ta segurando teu braço...
-Eu deixei Carlo, calma...ele é um animal tranquilo.

Eu me meti na resposta e disse:

-É Carlo, eu sou um animal tranquilo...

O cara saiu meio contrariado.  Ela me olha nos olhos e aquela roupa preta colada no corpo dela dizia algo a mais. Então ela me diz:

-Sou Morgana...e você?
-Fabiano...prazer feiticeira...
-Não sou feiticeira sou apenas má...
-Besteira...
-Eu posso te matar cara...nesse momento se eu quiser...

Eu tenho um viés estranho para mulheres psicopatas. Até hoje não sei se elas são psicopatas ou eu as tornei psicopatas. Eu tenho esse dom. Sou uma porra de um veneno que vai invadindo as veias, as tetas, a buceta e por fim o coração de todas as mulheres que me relacionei...sou um veneno e ninguém percebe e isso que digo tudo aqui. A verdade é algo foda ainda que se fale as pessoas não acreditam.

-Então mata, puta...mata agora...vai mata, vamos mata! Mata agora vai...eu quero morrer já...mata.

Ela gargalha mas não me mata. Agora eu tinha atenção dela, do bar, dos amiguinhos dela, de Rebeca e do pessoal do samba...

-Fabiano acho que vamos ter sair daqui agora tu não acha?
-Claro estava esperando isso...

Vou até a minha mesa, mato o copo de rum, a bebida desce como o sangue na garganta de um vampiro. Abro a carteira deixo ali uma nota de vinte na mesa enquanto Morgana se despedia do grupinho. Vi que o cara que queria briga não estava satisfeito. O Sujeira chega até mim e diz:

-Fabiano...acho que tu não sabes onde ta te metendo...
-E desde quando eu sei?
-Essa gente é estranha cara...dizem ai que eles tem umas praticas estranhas e envolvem cemitério, te cuida cara tu pode morrer na mão de gente assim...
-To preparado para a morte Sujeira... mas antes eu vou fuder com essa morena...

Vou até Morgana que está discutindo o cara que queria briga:

-Para com isso cara... eu não te pertenço, pertenço a mim mesma...ta ligado? O grupo é bacana...mas não significa que tudo vai ser junto sempre
-Acho que tu vai ficar de fora grupo se sair ai com o moreno...
Me meti:
-Moreno o caralho meu irmão...sou negão mesmo, ta ligado?
-Fabiano vamos embora...não tem o que dizer aqui...chega.

Demos as costas e fomos para meu carro. Entramos, ela acende um crivo e fica olhando o vazio. Eu não fumo...fiquei olhando as tetas dela. Ela ficou se queixando, mas fui interrompendo:

-Olha grupinho...na tua idade nem senta né?
-Sinceridade demais hein cara...
-Eu tenho mais sinceridade aqui tu queres?
-Quero...
-Vamos embora daqui...e vamos para um loca tranquilo eu e você...
-Vamos.

Não perdi...chega de papinho besta de cu pra piça. Lembrei do motel mais barato naquelas redondezas e me dirija pra lá, mais rápido que um jato de porra. Entramos no quarto e ela ficou encostada na parede esperando e fiquei ali olhando pra ela. Deixo a fluência do momento fazer o seu curso. Mais simples assim...

-Vai ficar me olhando?
-To apreciando princesa...
-Princesa nada...eu quero um tapa tu me dá?
-Dou...

Apaguei todas as luzes, e tudo era escuridão...ela ficou ali parada, eu era só instinto e ela também. Cheguei até ela pelo provocante som da sua voz... e antes de qualquer beijo dei-lhe um tapa na bunda...ela gargalha, e diz:

-Tais parecendo meu pai meu batendo...
-Não provoca...
-Ta parecendo uma mulher me batendo cara...

Fui tirando a minha camiseta…e arrancando as roupas delas. Beijo? Não...não tinha tempo para essas frescuras...então já estamos com apenas roupas sumarias...ela apenas de calcinha...então a empurrei contra a cama e tateei sua bunda...e dei uma porrada forte e desta vez ela gritou lindamente como uma uma orquestra filarmônica...e ssorria:-Bate mais Fabiano..bate...por favor...
Entrei numa espécie de delírio...bater é ótimo, você solta o animal que existem em ti...bati de novo na bunda e de novo e de novo e mais forte desta vez...senti que a temperatura da pele dela havia subido...ela sorria, chorava e suava feito uma cadela...rasguei a calcinha dela e toque na buceta que sem um único pelo estava completamente encharcada, enfiei dois dedos naquela buceta quente mais parece uma lesma sedosa...ela gemia...

-Fabiano...bate mais...bate canalha...

Me sentia fora de controle...estava com vontade de bater muito nela...bater até o fim...então comecei a bater nela repedidas vezes... muito forte, tinha certeza que estava fazendo um estrago na pele dela...um estrago talvez que ficasse para a vida...eu era o cão faminto, um manada de búfalos insano, ela gritava eu urrava, as porradas pegavam pela bunda, pelas pernas por todos os lados... algo a mais se misturava com o suor, eu com uma ereção furiosa querendo gozar no rabo dela...

-Me bate mais...mais...mais...
-Toda puta...toma sua cadela desgraçada...goza puta...goza...

Não parava de bater...e esse era o nosso amor possível, não pensava em mais nada. Por fim ela cai no chão com dor...chorando, sorrindo, gemendo...e eu enfio o pau na buceta dela...queria deixar muita porra dentro dela...ela dizia que não estava conseguindo respirar...o pau entrando e saindo dela, nosso suor se misturando ao caos, o forte cheiro de medo no lugar...mais mijo e porra... tudo era lindo. Então ela goza muito molhando botando pra fora um misto de gozo, mijo enchendo o ambiente com um cheiro magico...

Então não aguentando mais ela cai em silencio... no chão ouço apenas sua respiração, tava viva ao menos. Eu ainda tenho vontade... então Morgana diz:

-Fabiano...to cheia de dor...mas tu me bate na cara?
-Sim.

Levanto do chão...acendo a luz e olho para ela, o são sujo, havia um pouco se sangue em minhas mãos...o anel que estava usando fez um pequeno corte na bunda dela...de um fluía uma boa quantidade de sangue...tudo muito misturado. É um perfume raro:porra, gozo, sangue, suor, mijo e um pouco de merda.

Ela permanece ajoelhada, eu ergo a mão...e pergunto de novo:

-Tem certeza?
-Tenho.

Luís Fabiano.
 Final


sexta-feira, março 27, 2015

Perola do dia :

" Um único pentelho de mulher
é mais forte que um cabo de aço".


Napoleão.


Poesia Fotográfica



terça-feira, março 17, 2015

Navalhadas Curtas: Ludibriado pela quenga


Navalhadas Curtas: Ludibriado pela quenga

Raramente abro a pena digital para falar de alguém, mas... Antônio pedreiro, um bom homem, trabalhador e honesto, tava com vontade de dar uma diferente. Então foi na casa da luz vermelha como ele me disse:

-Fui di bicicleta né... cheguei lá pedi pra chefona se podia colocara bicicleta dentro da casa, ela deixou...
-Antônio ias levar a bicicleta para o quarto também? Eu disse... rindo.
-que  nada, e ai apareceu uma putinha devia ter ai uns vinte e dois anos...”bunitinha” a cabritinha...com umas anca forte...eu pensei comigo mesmo: e essa daí...
-E ai?
-Ai eu cheguei nela e abri a minha carteira e disse pra ela: que dá pra fazer com isso daqui? ( tinha 70 pila na carteira). Ela olhou pro dinheiro e disse: dá pra meia hora, quer?
- Claro que quero.

Fomos para o quarto e lá chegando e ela disse:

-Preciso tomar um banho, tu queres vir junto?
-Não, não, eu to limpinho vim de casa e tomei banho...

Eu já estava gargalhando adivinhando o que seria do final... Antônio é ingênuo e o que não se pode 
ser neste mundo é inocente. E ai Antônio?

-A moça demorou vinte minutos no banho... e eu deitando ali na cama “armado” o ferro era uma estaca apontada pra cima... quando ela chegou, olhou o meu ferro, subiu em cima e deu, uma, duas e três enfiadas  então olhou pro relógio e disse:

-Senhor o tempo acabou.

Eu olhava para Antônio e gargalha...meus amigos também...e o Antônio arrematou a história dizendo:

-Pra vocês veem... fiquei de pau duro...e tive que terminar o serviço em casa...




Luís Fabiano

sexta-feira, março 13, 2015

Dica de Serie - Contos do Edgar


Dica de Série - Contos do Edgar

A realidade é a realidade e nada mais. O Edgar é um cara de 39 anos, que tomou um tufo no bar que trabalhava.

Merdas acontecem sempre. Edgar muda de emprego, vira dedetizador e tem um chefe muito fudido, chamado Fortunato.

Baseado e adaptado no obra de Edgar Allan Poe, nem é preciso dizer nada mas... é bom pra caralho, vê isso aí... curte ai essa para porque é muito Fio da Navalha.

Com 5 episódios apenas aqui postamos o primeiro

Episódio 1 - Sorriso da Berê





domingo, março 08, 2015

Poesia Fotográfica






Parte 2 -Me bate, porque eu gosto


Me bate, porque eu gosto

Parte 2


O melhor que a vida pode oferecer é sentir-se perdido. Um naufrago urbano bebendo do fluido existencial a espera que o destino te encontre. Destino? Como seria isso, o casual, o impensável de Deus o planejado pelo diabo... destino bom, destino mal. Ruas maravilhosas com o pior que Pelotas pode oferecer. Amo esta cidade com sua aparência limpa e tão cultural...é assim que a maioria vê.  A noite avança como um cavalo louco, estou ficando farto de andar de carro. Meus desejos a flor da pele são um recado. Sou assim puro instinto...desejo uma fêmea ou algo que se pareça com isso.

Pego o caminho do porto vou em direção ao Bar do Sujeira. Meu local predileto, nas ruas dos porto que as coisas acontecem. Tudo bem bom e de mal também. Não levem a mal, é apenas um lugar como qualquer ser humano tem duas ou mais faces. Uma que você vê e outra que ninguém imagina. Eu prefiro esta última.

O Bar do Sujeira é um reduto tradicional, durante a semana é vazio, sujo e frequentado pelo melhor que a sociedade pode produzir: gente que rala de verdade, putas, marginais, bêbados, drogados, sujos, limpos, os verdadeiros mestres, os que sobrevivem Darwin teria orgulho deles. O Sujeira o tipo velho dono de bar. Foi muito malandro quando era mais jovem, agora é um velho com mal humor que tem uma relação informal com uma transex a qual ele tem vergonha. Vergonha porquê? Amor é amor. Rebeca Sharon o seduziu desde o início. Eu assisti isso de longe, Rebeca estava as vias de fazer a operação, estava ansiosa e linda. Tudo em Rebeca lembrava uma mulher, sua sensibilidade, seu ciclo, seu olhar, o corpo feito esculpido lentamente arredondado, seios grande e longo cabelo loiro e o sorriso perfeito. Todos estavam de olho em Rebeca, mas ela é romântica e tudo isso transformava a situação em poesia. Sujeira lutou contra tudo isso, mas a verdade que ele deseja e gostava de Rebeca. Teve um dia que todos havíamos bebido demais e beijei Rebeca...e o Sujeira ficou louco. Dizia que não podia fazer isso dentro do bar dele...e vi no seus olhos o ciúmes aquele que anda perto do amor medíocre, que é o amor que as pessoas preferem, passional repleto daquilo que o amor não é. Mas foda-se viva a vida.

Estaciono o “Olhos de Gato”, vou em direção ao bar que está com a meia porta aberta como sempre. Depois da meia noite o Sujeira sempre deixa assim, questão de segurança diz ele. Para na porta do Bar olhando para dentro e o Sujeira com seu típico mal humor já rosna:

-Ahhh era o que tava faltando pra fechar a minha noite...
-É, boa noite pra ti também Sujeira...

Dentro do bar, Rebeca Sharon lixa as unhas em uma mesa, bebendo uma cerveja, Tonho Cavaquinho fazendo uns acordes soltos e bebendo sua cachaça. O cheiro do bar remete a pecado, bebidas, cigarros, suor de cavalo e o banheiro meio sujo são os aromas mais primitivos que nos levam aos nossos antepassados. Pra que ?
Rebeca Sharon fica feliz ao me ver:

-Fabiano amor... nossa quanto tempo hein?
-É, minha vida ta meio complicada...
-E quando tua vida não está complicada Fabiano?
-É, mas agora os horários ...tudo mudou...
-Mas quem coisa que não muda cara...me dá um beijo aqui e um abraço...

Todos riram no bar o Sujeira ficou parado olhando, enquanto abraçava Sharon. O cheiro dela continuava ótimo.

Sentei a mesa com ela e Sujeira veio com um grande copo de rum. É uma espécie de família que te quer mal. Rum e gelo, o bar estava como sempre e isso faz com que me sinta muito bem. Uma família sem vínculo, uma planta sem raízes desafiando as asperezas do mundo.
O Sujeira fala:

-O Rebeca não dá muito pra pra esse daí...sabes como ele é...
-Que isso amor, relaxa o Fabiano é da família...
-Não da minha...ele bebe e ai quer comer tudo mundo...a mim ele não vai comer não...

Eu olho pro Sujeira:

-Que foi Sujeira, não me conhece não? Eu atualmente estou muito inofensivo...virei um bosta...
-Duvido muito -  diz Rebeca.

Nisso Tonho Cavaquinho magicamente começa a movimentar os dedos em seu instrumento, enchendo aquela noite vazia de vida...e ele puxa o tom: Jurei não amar ninguém, mas você veio chegando e eu fui chegando também...” E noite Ilustrada preenche o ambiente, Rebeca já levanta e fica sambando a volta da mesa e mesmo Sujeira sorri, e a felicidade parece tão simples, fico olhando o vazio...distante dou mais um grande gole de rum. Os traços da vida se tornam borrados e lentos como tudo deve ser... estou em paz, dou uma tocada no meu pau por cima da calça ele está meio duro. Tenho essas ereções furiosas.

Samba, um bar meio vazio e bebida, que mais poderia querer? Então quando se tem impressão que nada vai acontecer, um grupo da entrada no bar. Vestiam preto três mulheres e dois homens, talvez tivesse ali no máximo vinte e cinco anos. Cabelos com gel. Fiquei olhando para as mulheres: duas loiras e uma morena. O samba segue, o Sujeira já vai dizendo:

-Ai pessoal, aqui não vamos a noite inteira dentro de uma hora eu fecho o estabelecimento...

A típica receptividade do Sujeira.

Luis Fabiano
Segue:





quinta-feira, março 05, 2015

Valsa do Silencio


Valsa do Silencio

O silencio absoluto
Não existe
Que há
São pequenos sons que preenchem lacunas
Ruídos infestados de vida
Permeados de significados
Um coração que bate
Outro para

Som dos teus olhos que piscam
Do adeus em uma esquina
E do gelo batendo no fundo do copo
Esse vento soprando imperceptível
Entre dobras e vielas
Vida cheia de sons
Sons que preenchem
Que disparam do silencio

Deixando rastros de emoção
Desenhos de pensamento
Sons que se despejam no espirito
Congelando o tempo
Nos carinhos que fazemos

Fagulhas crepitando a sombra dos destinos
Despindo o inesperado
O som das roupas caindo ao chão
Nos sussurros de portas que se fecham
Sons que deitam
Beijam

O som dos sonhos
Que morrem quando acordamos
Teu som nas noites de agonia
E riso nas fazes de tênue paz

Um cão que late em alta noite
Um acorde final
Silencio feito de mentira
Acariciando nosso ouvido
Uma mentira que faz bem
Como tantas mentiras que são boas.


Luís Fabiano