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segunda-feira, junho 30, 2014

SARAU DA Navalha - Moizes Vasconcellos



SARAU DA Navalha   - Moizes Vasconcellos

Num Sarau da Navalha, o Velho Bukowski tinha que aparecer é claro...e o Moizes fez as honras da casa, com muita personalidade.

E recitou - Você Já Beijou uma Pantera?
Salve as onças e salve o Velho Bukowski.



Fio da Navalha.




É de madrugada que as letras pulam


É de madrugada que as letras pulam

Chegando completamente bêbado
É madrugada
Linda e despida noite
A espera que o dia que se demore...
É uma esperança
Me sinto ótimo...
Saudável e louco...
Viril... mui macho...reprodutor

Fico dando socos no ar como um boxer invisível...
Estou ganhando
Isso seu filho da puta...
Vá a nocaute...
Sento frente ao micro
Página em branco total...
Mais uma noite fantástica...
Sirvo mais um trago de rum

A guerra começa....
Eu espero a magia acontecer
As entidades chegarem, enquanto sou vampirizado
E eu já não sou eu
E a tela vazia brilha em minha frente nua
Tudo que preciso fazer é digitar a primeira letra
Bummm !

Agora elas vão surgindo
Uma a uma
Lindamente
Como um feto maldito que cresce
Feto feroz e raivoso
Remexendo em minha intimidade
Me devorando as vísceras

As letras brilham
Parecem tão vivas agora
Minhas lágrimas
Minhas dores
Tudo tão verdadeiro
E ali está minha a alma...
Minha merda...
Meu suor
E meu gozo...
Não sei viver de outra forma...
Alucinadamente intenso...
Em tudo
Não há arrependimentos
Quero seja assim...
E estarei rosnando furiosamente
Até o ponto final...

Luís Fabiano.



domingo, junho 29, 2014

Peruca



Peruca

Que escolhas
Que momentos fantásticos
A existência em berros
Enquanto o caos adentra pelo cu existencial...
Então cheguei na casa de Flora...
Uma velha fácil
Com uma tolerância para minha insanidade
Yes... fuck baby

Ela estava meio drogada novamente
Boletas, uísque e um pouco de gasolina
Incrivelmente isso a tornava outra pessoa...
Havia falsa felicidade
Uma conversa interminável
Um assunto emendando no outro e no outro e no outro...
Isso é bom...
Eu não precisa dizer nada... apenas ficar olhando pra ela
E mexendo no meu pau um pouco para dar uma esquentada...

Eu bebia o uísque
Lentamente ela ia se despindo
O amor em doses homeopáticas
Sem criticas
Sem normas
Sem dor
Fácil como animais
Fomos deixando as roupas caindo
Como emoções que ficam flácidas
A pele murcha dela
E meu pau duro
Era o contraponto que nos ligava..

Então fui enfiando nela... meio a seco (ela pediu)
Era como trepar com o deserto do Saara
Você já trepou com um deserto?
 Eu já.
Fui me empolgando...
Ela ficou de quatro e pedia que eu a chamasse de cadela
Me empolguei mais ainda...
Então puxei o cabelo dela
E a cabeça dela ficou em minha mão...

Foi como trepar com o Smeagol
Ela sai correndo querendo esconder a cabeça...
Eu ainda estava de pau duro
Isso foi horrível
Ela se encerrou no banheiro
Gritava como uma louca para que eu fosse embora...
Obedeci...
Mas antes...
Gozei nos cabelos falsos dela.


Luís Fabiano.

Pérola do dia:




sexta-feira, junho 27, 2014

Momento Boa Música



Momento Boa Música

    Moinho - Maior é Deus    

Sexta com chuva, mas boa energia, bom astral... e foda-se o que não presta...vamos-lá...







Navalhadas Curtas: Delicado demais



Navalhadas Curtas: Delicado demais

Fui mijar, sabem como é banheiro masculino. Mictório, mijo correndo em cano com água, fétido. Ok, é um bar barato e cheio. O clima aquele esperado. 

Começo a mijar tranquilo toda aquela cerveja boa que tomei. Então ele chega, tem cara de nojo... estou ali tranquilo, bocando o pato pra vomitar.
O cidadão vai até a pia e pega uns papeis toalha, parecia tão concentrando naquilo, como se fosse a coisa mais importante da vida. Mijar...que merda.

Então posta-se ao meu lado e segurando o papel toalha, abre o zipe e segura o pau com papel toalha... muito esquisito... eu seguia mijando com vontade, dei dois passos para o lado direito. Ele estava sério. Não preciso dizer que tentei conter o riso... puta que pariu, o cara era tão higiênico que nem próprio pau ele pegava! Que merda.Como se o pau tivesse lepra ou tivesse podre...vai saber.

Eu terminei de mijar primeiro, sacudi bem o bicho respingos saíram para  todos os lados... gosto de respingar tudo... sou como um animal demarcando o terreno, você que ta lendo... saiba e respigo o seu vaso... se deixar eu mijar na tua casa...fudeu!

O cara se assustou e virou para outro lado... guardei o pau e ri... eu não lavei as mãos, mas quando tava saindo do banheiro larguei:

-O cara(ele se vira pra mim)... na minha sacudida pingou ai na tua calça...
-Hã ?Hã ?


Luís Fabiano.

Ela Mijando no banheiro,ecoando e ecoando



Ela Mijando no banheiro, ecoando e ecoando

Existem sons maravilhosos
Solos de Jimi Hendrix
A voz rouca de Janis Joplin
O uivo dos lobos em uma madrugada sem estrelas
O som destas crianças da noite, morcegos, corujas e putas
Gosto de todos eles...
Me entrego fulminante

Mas nada se compara a ela mijando
O som do jatinho de mijo
Deslizando pela buceta
Ohh yes...
Agora estou deitado na cama
Como um vagabundo alado
Ouço ela baixando a calcinha
Sentando lentamente no vaso
As primeira gotas pingam
Depois ela mija forte
Esguicho, cachoeira e chuva
E tudo isso me faz bem...
Tudo é presença

Insignificâncias que preenchem lacunas de minha insanidade
Ou do amor
Ou de deus
Eu digo: Ei, mije em minha boca uma destes ta bem?
Ela responde: É claro Fabiano...sem problema

Então ela não se secou...
E veio até mim de gatinho, ronronando
Com cara de puta, de devassa sem fronteiras
Como uma emoção profunda
Ela senta com a buceta em minha cara
Naquele momento saciando e asfixiando
Meus lábios se confundem
Com os outros lábios dela
Minha língua de veludo desliza pelo grelo

Eu me tornei meio buceta também
Encanto e sonhos
Não me importo de ser meio buceta as vezes
E Hendrix virou nada
Janis virou nada
E tudo quero era ela
Mijando
Mijando sem parar e eternamente.



Luís Fabiano


quinta-feira, junho 26, 2014

Poesia Fotográfica



Gosto das manhãs



Gosto das manhãs

O que pra mim é despertar
Pra ti e anoitecer
O que pra mim é mais a porra de um dia
Pra ti é esperança
O que pra mim é caos batizado
Pra ti, é tão bom...

Então você sorri o riso dos idiotas
E sinto que a tua felicidade é tão vazia...
Tua beleza repleta de nada
Então falas em amor...
Eu falo em tesão...
O que pra ti é alma...
Pra mim é a buceta

Estamos no ponto de bala
Prontos para fuder com o cu do diabo
E explodirmos na vastidão das merdas existências
Então eu acaricio meu pau
E ele está duro e te ofereço
Mas o que é pra mim o desejo atômico
Pra ti é o ritual...a pele, o instante

E eu pergunto: porque não podemos ser mais simples?
Ser mais animais, básicos...
Mais insanos cativados pelo capricho da natureza
É tão fácil
Acordar pela manhã assim é um desafio...
Mas as mulheres não querem só fuder... existe sempre o preço

Então
O que é pra ti a relação
Pra mim é passagem
O que tu chamas de eternidade
Sou eu cagando ao meio dia
O que pra ti é o futuro
Para mim são os segundos preciosos que perdemos...

Começo a não gostar mais da manhãs
Tantas explicações
Tantos porquês
Tanto de frustração
Nas tuas esperanças que eu como com o café
Bem é assim que se fode com a vida...

Meu pau murchou
Tuas esperanças vazias preenchem espaços
E nada aconteceu, esta é a verdade
E o que dizemos?
Bom dia.

Luís Fabiano.



terça-feira, junho 24, 2014

Pérola do dia:



PELOTAS TATUADA


PELOTAS TATUADA


Local - Avenida Visconde de Pelotas, 253-311 - Cohab Tablada

PARTE II - Rei das Bucetas, verdades duras, falso amor e reconciliando-se com o diabo




Rei das Bucetas, verdades duras, falso amor e reconciliando-se com o diabo.

PARTE II  

Dizem que depois da tempestade vem a bonança, porra será?
Por muitas vezes tenho dúvidas disso. Nunca é tão tranquilo assim, muitas vezes é profundamente alucinante, me sinto vivendo em uma montanha russa eterna... coisas vem, coisas se vão. Ganho amigos e perco outros tantos... sim, perder é algo que sou especialista, não é uma reclamação mas apenas meu estilo.

O Rei diante de mim, veio até mim e abraçou como um pai abraça um filho. É bom reencontrar amigos. O bar volta ao normal, musica começa novamente, as mulheres tornam a dançar e agora a noite estava tranquila novamente, a paz dançava entre nós:

- Porra Fabiano... achamos que tu tinhas morrido filho? Porque tanto tempo de afastamento? Porque tu é um cara, que se morre inesperadamente, a gente só fica sabendo uns dois ou três anos depois... e sabes que a casa tem apreço por ti...

Sentia-me bem-vindo. Raros lugares abrem as portas para mim desta forma.

-Foi mal Rei, é que andei ai envolvido em uns problemas, a vida não é tão fácil, coisas a minha volta se complicam e a idade tu sabes que é uma merda...a idade que faz é trazer alguma experiência e fuder o corpo... ele começa apresentar problemas...é isso..

O Rei senta-se ao balcão comigo, um Almir Guineto toca, uma morena com uma bunda grande vem dançar próximo ao Rei e a mim. Ele sorri com satisfação, a saia dela balança naquelas nadegas moles...é assim que gosto, uma bunda meio molinha...ao som do samba.

-Sim filho sei como é... mas cuide-se e tudo vai dar certo. Comigo ainda nada aconteceu... acho que o criador ou próprio demônio tem outros planos pra mim...
-Esses caras sempre tem outros planos rei...basta você resolver algo e um deles fica contra você...

Fico olhando para bunda da mulher rebolando suavemente próximo a mim...esse é o meu fraco, sorri pra ela suavemente ela retribui o sorriso, mas falta-se dois dentes dianteiros, uma fresta feita de vazio e escuridão em um boca promissora. Nem todos tem todos os dentes, e isso agora não importava, o rabo dela era a quinta sinfonia, ao menos vestida.

-É importante filho ter um bom mecanismo de troca com os dois... preste atenção, nunca desagrade totalmente um ou outro, porque ai ele viram de costas pra você. Compense-os... seja bom algumas vezes... seja mal outras vezes, isso mantem o equilíbrio do planeta, a terra sem o mal viraria uma planetosfera de idiotas... e sem o bem tornar-se-ia o caos desmedido.
Reflexões da madrugada maldita, mas o Rei é assim. Esbanja saúde e inteligência apesar do seus mais de setenta anos, ele come muitas mulheres, mantem a piroca e mente afiadas. Penso em mim... certamente não chegarei a esta idade, e isso realmente não é importante. Um segundo, dois dias ou três anos...o que é isso?

Aquele rabo acabou me excitando. Sou fácil, tive vontade de conhecer o gosto, o cheiro e os líquidos daquela mulher desconhecida e desdentada, sou um fudido feliz. O amor é possível se você abre mão de algumas cosias...só assim.

Então sem palavras, a desconhecida rebola próxima a mim, lentamente passando a bunda em meus joelhos, o rei sorri. O consentimento a putaria é uma espécie de perdão do diabo, não te da paz... mas não te acusa de porra alguma.

Fico naquela, o álcool já havia feito o trabalho mais duro, me sinto relaxado e pronto para o vier...a foda das estrelas, sorrisos desdentados e bucetas sedosas...é disso que a vida é feita? Não?

Como um tornado rompendo a merda toda, Jussara entra rugindo e tem na mão uma lamina, num piscar de olhos, caos e gritos, Jussara veio para me matar definitivamente. Ela rapidamente acerta um soco na mulher que dançava nas minhas coxas, ela não teve a menor chance, esta diante de mim e aponta a faca pra mim agora:

-Seu filho da puta... eu te avisei seu porra... de hoje não passa...

Salto para trás, derrubando tudo no chão, bebidas bancos e cadeira...estamos frente a frente... o Rei fica olhando a situação. Estranhamente não tomou posição alguma... será que o lance do mal me incluía neste momento?
Jussara tem sangue nos olhos e lagrimas também... um redemoinho de emoções...

-Eu te falei Fabiano...tais fudido cara...hoje é o teu juízo final...seu filho da puta....

Ela tenta me acertar... mas visivelmente não tem habilidade com uma faca nas mãos. Você acha que é pegar uma faca e atingir o alvo? Ledo engano, se não for de surpresa você pode se dar mal.
Estou ligado... e certamente não morrerei de facada. Todos no bar ficam olhando a situação, Jussara furiosa era uma poesia destruidora e encantadora. Cabelos crespos desgrenhados, um vestido decotado nos seios mostrando a sua apoteose, olhar ferino... era uma cadela maravilhosa.

No chão a morena da bunda grande vai se erguendo e saindo de cena... e então o rei decide dar um basta naquilo...mas Jussara retruca:

-Não te mete Rei... sabe como é...hoje é o dia dele...esse puta vai se encontrar com o diabo...
-Hoje não é dia de ninguém porra nenhuma... e deu desta merda Jussara...me dá a faca! Vamos...
-Não rei, não te mete nisso...
-Não tem essa de não te mete... larga essa merda...Jussara...

Jussara investe contra o Rei... e num momento de desatenção dela eu consigo pegar o braço da faca... e a seguro pelo pescoço. Agora havia acabado a brincadeira toda...
Como uma fúria descontrolada, tudo aquilo havia me aborrecido muito. E o algo que havia em mim adormecido agora acordava da maneira que eu não gostava que fosse.

O bar está um caos... todos gritam... o Rei grita, Tonho grita, o samba é silencio...bebidas derramadas no chão... Jussara vocifera e chora e dentro de mim uma raiva vinda do Tigre... então ele ainda vive... em mim? Havia tanto tempo que ele não despertava... estou vivendo no limite e temo que o futuro o solte  e então...

Deita caos em vestes negras
Beijo com dentes afiados...
Abraços de navalha
Caricias que machucam
Vertigem melancólica das dores
E o romper de sonhos em danos...
Rugindo em uma noite sem estrelas
Descendo o corte, o machucado e a vastidão do nada

Agora eu seguro Jussara pelo pescoço forte, a faca tomba no chão... tenho em mim o desejo de matá-la, como já aconteceu em outras vezes... é um impulso caótico totalmente sem controle, é como se eu não respondesse por meus músculos, eles fazem a dança do instinto e farão o que tiver que ser... uma pequena voz longínqua fala em mim... e não consigo escuta-la... Jussara começa a ficar sem ar em minhas mãos, e ela nunca teve tão linda assim perto da morte... olhos arregalados como se tivesse visto o diabo... a pulsação forte, babando em minha mão...a beleza do caos desfila... olhos do desespero pedindo clemencia...mas não há...

Então o Rei pula sobre mim, me agarrando pelo pescoço num mata-leão indefensável... eu acordo do transe que entrei... percebo que tudo está errado... que é preciso parar...é preciso parar Fabiano...para Fabiano... para...
Segue....

Luís Fabiano.

Segue infelizmente...



segunda-feira, junho 23, 2014

Eu sou o que tu não vê




Eu sou o que tu não vê

Eu não sei o que você pensa
Quando olha em meus olhos...
Não sei se vês um ser humano ou um animal atroz
Mas não tire conclusões precipitadas ainda...
Não seja rápido
Decline a audição...

Talvez esse animal não esteja me vendo
Vago em tua atmosfera
Como um vírus desmedido a procura de abrigo
Trazendo a tona sombra
Dor e amor as vezes...
Mas não sou culpa
Não minha culpa
Como um totem de enganos e vestígios

Deito sonhos e canções
E sou o que é imolado
O que assume o dano
Espreito resquícios do ontem sorvendo acertos
Não sei o que pensas ainda...
E isso não importará
Se pensas...julgas ou desprezas...
Mas ainda estou ali em ti
A espera de afagos, beijos e sonhos que não se destrocem
Entoando minha cantiga antiga
Nas dobras de tua alma

Sou o inesperado dormindo em ti
Brilhando nos olhos do mendigo
E no abraço da mãe
Na beleza do acaso
Sou a dor mais funda do desconhecido
E estou também no beijo de despedida
O carinho que você esqueceu de dar...

A plenitude da verdade...
Ainda não importa
Mas um dia me veja
Se veja.



Luís Fabiano.

Navalhadas Curtas – João e o pé de cagão!




Navalhadas Curtas – João e o pé de cagão!

Sou atacado por acontecimentos involuntariamente. Eles me acontecem a revelia... tenho um imã maldito instalado em minha alma, tenho certeza disso.

Tornei a fazer meus atendimentos, como técnico de informática. Atendimentos particulares na parte da manhã. Uma grana extra e fácil é bom.
Vou atender dona Dalva.
Uma coroa gostosa e desconhecida...que gosta de sacanagem, fez voz sensual no telefone, talvez porque ela não me conheça. Sabem como é... se tiver de quatro eu como.

Agora la estava eu no final do fragata, consigo achar a casa milagrosamente, Pelotas para mim é um labirinto. Bato a porta, ela abre. É alta, loira, tetas pequenas, pernas de zagueiro. Ta bom. Ela sorri educada e me mostra o computador cheio de vírus e putaria! Bingo. Diga-me o que acessas que te direis o que fazes!
No fundo de tela, uma mulher de quatro com xoxota aberta pronta para ser empalada por um cavalo excitado. Cena linda. Sorri pra coroa que parecia estar com vergonha:

-É seu Fabiano, o senhor me desculpa...eu não consigo tirar isso daí... acho que é o meu filho Tetéu que coloca...um horror...o senhor sabe ele tem uns probleminhas...
-Claro dona Dalva, todos temos probleminhas... é normal na minha profissão a discrição, fique tranquila.

Comigo eu pensava...pena que não é você ai de quatro...
Então começo a arrumar a merda do micro. Dona Dalva fazendo os afazeres de casa... e então mais que de-repente, um cara gordo, enorme vestido apenas da cintura pra cima, aparece na sala...sorria com dentes cariados e olhos vesgos. Pensei: é o Tetéu. Bingo, era ele mesmo... então ele me olha e diz:

-Eu sei fazer mágica...há,há,há...

Na minha inocência, o cara que já tinha aí uns trinta anos... e parecia realmente ter problemas, pelado na sala com aquela piroca suja... então ele segue:

-Olha aquiiiiiiiiiiiiiiii

Num piscar de olhos um enorme coco sai de dentro dele... inundando a sala com um cheiro nauseabundo.
Eu me permanecia tranquilo, sabem como é, nada me surpreende... fiquei olhando a mágica dele...então dona Dalva aparece apavorada:

-Seu Fabiano me desculpe... o Tetéu nunca fez isso...

Então ela se abaixou para pegar o coco com as mãos... enquanto Tetéu gritava coisas caóticas... eu ainda olhava a bunda dela.


Luis Fabiano.

A Navalha da Cena... Anticristo


   A Navalha da Cena...   

 ANTICRISTO (Antichrist-2009)

O nome do cara é ai abaixo é Lars Von Trier, mesmo diretor de Ninfomaníaca.


É preciso ter culhão, para colocar certas cenas no ar... pois elas vão contra os tabus e formas estabelecidas, mas a arte é foda, a arte é último grito de rebeldia total ao menos para aqueles que se propõem.

Esse cara diretor dinamarquês, traz desconforto a quem assiste. Ao terminar o filme, você está elétrico, ele te arrancou do comodismo da cadeira confortável.
Já filmes hollywoodianos... foda-se.

A cena em questão, é uma trepada dos pais...em supercâmera lenta(slow)...enquanto uma criança brinca no seu quarto... joga o ursinho pela janela... e ai tenta pega-lo lá embaixo... mas isso é a ponta do iceberg... o resto você tem de ver, se tiver estomago.

A cena é linda, forte e cativante. É para você odiar ou amar...como o Fio da Navalha.
Veja a cena... julgue você mesmo...e perca o sono depois, meu sincero desejo.



Luís Fabiano.



domingo, junho 22, 2014

Pérola do dia:




Gosto do Cheiro de sujeira



Gosto do Cheiro de sujeira

Um amanhecer em tantos
As garrafas vazias dançam em nossos lençóis tilintando
O caos das quatro paredes berrando
Acordo de bom humor... sempre
Ela olha em meus olhos
Sinto o gelado percorrendo minha alma ou corpo?
Ela se mijou outra vez...
Foda-se...

Ela esta ainda sonolenta
A bunda aconchegante virada para mim
É um apelo sem recusas...
Posiciono o pau na entrada cu...
Ela ronca novamente
Vou me enfiando como uma serpente petrificada
E o cu sorri
Um largo cu...
Um cu que a vida presenteou

Entro todo e sinto os hálitos
Cheiro forte de merda
Dentes estragados
E líquidos suaves e quentinhos
O amor é um grito rasgado
Vou mexendo com carinho
E ela peida... odor invade o inferno

Somos porcos silenciosos do abraço divino
Deitados no chiqueiro e sendo felizes
Ela vai acordando lentamente
E se dá conta do pau em suas entranhas
Tudo cheira forte
Suor, urina e merda
Mais o bafo de todo álcool de ontem

E nunca me senti tão bem quanto hoje
Havia paz em nossos restos
Em beijos fedem
Em carinhos ardidos
Num desejo vertiginoso e doentio
O quarto fechado
Cheiros que aumentam...
Como o tempo que passa

Nos tornando diferentes
Quando as estrelas ainda circundam misteriosas
É bom me sentir decrépito
Quando a solidão foge cavalgando a noite.


Luís Fabiano.



sábado, junho 21, 2014

quarta-feira, junho 18, 2014

Pérola do dia:




Zeu Britto - Soraya Queimada


Momento Boa Musica

    Zeu Britto - Soraya Queimada  




Rei das Bucetas - Verdades duras, falso amor e reconciliando-se com o diabo.




Rei das Bucetas
Verdades duras, falso amor e reconciliando-se com o diabo

A beleza as vezes é horrível. Penso sempre assim quando invariavelmente preciso dizer a verdade. Poucos toleram a verdade. Usamos eufemismos para disfarçar o gosto quase cruel da existência.
Todos achamos melhor assim. Julgamos menos e tomamos todos também por boas pessoas.

Eu cagava enquanto pensava isso. Tenho um jeito de sempre translucidar a minha merda. Acho que todos deveríamos fazer isso, isso pode ser a nossa redenção.

Apartamento vazio, silencio e uma bebida. Não esquento jamais, deixo a catapulta existencial me arremessar contra o muro e resisto, resisto, meu coração é tão duro quanto meu pau, você gosta do meu pau? Tenho necessidade de respirar o ar da noite. Nesta noite onde as pessoas de verdade estão, bêbadas, putas, cheiradores, fumantes, viciados de toda sorte. Esses caras são meus mestres, os perdedores, os que ja se fuderam muito nesta vida. Gente limpa fede.

Termino de cagar, me sinto preso, preciso de ar, preciso de putaria, preciso da pior verdade que você tem a oferecer... o amor insano de uma mulher carente no limite do suicídio.
Tomo um banho. Sirvo uma boa dose de rum sem gelo. Agora sim, sou super homem das merdas, sou a piroca de king Kong, minhas veias pegam fogo...me sinto bem e disposto, que venha a Pelotas soturna com ruas tortuosas brilhando violência e pragas.

Pego o Olhos de Gato (o gol )e vou pra noite.Quero ser engolido pela noite. No carro um samba de raiz antiga toca na rádio federal: ainda é cedo amor...mal começaste a conhecer a vida. Então lembro de um velho amigo. Fazia tempo que não ia vê-lo. 

Minha relação com as pessoas é assim, geralmente de quem eu gosto muito, eu me distancio visceralmente... eu aprendi a duras penas. A distância preserva as coisas... a distância te eterniza, preciso de distancias...

Dou a partida e me dirijo ao Navegantes.
Lembro de Jussara, lembro de Tonho, de Zé do cavaco, devo estar ficando velho. Nostalgia filho da puta me invade, tento não pensar.
Jussara me disse da última vez, se eu tornasse a desaparecer ela se casaria com outro, qualquer outro e me mataria depois. Eu só podia esperar o pior, eu sempre espero o pior vindo de você, estou preparado para morrer agora, neste minuto em que teus olhos percorrem as linhas... talvez eu já tenha morrido...

Chego no bar do Rei das Bucetas,é quinta feira dia só samba, o cheiro do amor no ambiente, o esgoto a céu aberto, a cerveja mais barata e trabalhadores relaxando com sua cachaça, algumas mulheres estão ali, rebolando a bunda gostosamente e o Rei eu não vejo.

Ninguém conhece o Olhos de Gato, desço do carro  o Tonho do balcão me encara, faz a típica cara de deboche e confusão... o samba segue, chego no balcão...

-Puta que pariu heimm Fabiano!! Porra cara achava que tinhas morrido...
-Vaso ruim não quebra Tonho... to vivo ainda e cadê o Rei?
-O Rei ta tratando de negócios  dele, sabes como é...
-Sei, deve ta tratando a xoxota de uma dessas coroas com grana que vem aqui...
-Isso ai... outra coisa Fabiano que cabe lembrar... a Jussara vai te matar.
-É to ligado...morrer pelas mãos de uma buceta é melhor que no hospital, entre agonias, tubos e seringas... Jussara me mataria rápido uma facada no peito...
-Tu é loco cara...
-Sou não... apenas sei como é perder.

Me sento junto ao balcão, preciso beber uma boa cachaça das boas, e me deixar levar pelo momento. O samba toca, olhar a bunda daquelas mulheres e deixar, gosto de bundas assim, felizes e grandes, me solto com a cachaça e fico com desejos saltando em minha alma, ainda que esteja calado, em meu coração eu grito: buceta, eu quero uma buceta!!

Mas não se pode relaxar muito... Não ali, sempre a alguma coisa prestes a te dar um bote, como uma serpente enrodilhada em um canto esquecido.
Tudo tranquilo, então chega os “homens da lei”, enquadrando geral todo mundo, já sabemos o protocolo, mãos na parede, pernas e braços aberto, gritos de ordem e silencio.

A lei se dirige a mim:
-E o senhor? O senhor tem algo com o senhor? Algum armamento? Algo ilícito?
-Não, estou limpo...
-O senhor já teve alguma passagem? O senhor tem documento ai?
-Sim senhor...ai está...

A lei e a ordem...
Ambiente fica tenso, mas que merda, eu querendo comer uma buceta... e a lei aparece devorando tudo, eles revisam a todos e nada mais aconteceu. Todos estavam limpos, parecia até a festa de bíblia! O Oficial se despede:

-Senhoras e senhores, obrigado pela cooperação e tenham uma boa noite.

Nisso chega o Rei...o mesmo estilo, a confiança plena em si, o respeito profundo em forma humana, o chapéu branco e pergunta a lei que saia:

-Senhores da lei, aconteceu alguma coisa em meu estabelecimento?
-Não senhor, é apenas rotina, mas seu bar está limpo.

O Rei me vê junto ao balcão, sorri e conclui:

-Meu bar sempre é limpo senhores... boa noite.
O Rei vem até mim.

Segue...