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quinta-feira, outubro 31, 2013

Dica de Filme - Bronson


Dica de Filme:   Bronson   2008 

Um filme que é porrada. Baseado em fatos reais, de um cara chamado Michael Peterson... que foi considerado o prisioneiro mais violenta da Inglaterra. Ele ainda ta vivo, passa 23 horas preso na solitária, e isso já faz mais de trinta anos. 

Uma condenação de sete anos se transformou em 30... em função de sua agressividade...batia em presos, tentava matar guardas...matou alguns...mau comportamento e etc...
Ele é um animal raro.

O filme releva que Peterson tem um álter ego, que se chama Charles Bronson... e este é violento ao extremo, ele tem muito orgulho disso. É impossível não gostar de Peterson. Maluco,  forte, violento, decidido e desde de sua infância foi assim.
Ele assaltou o correio, não por dinheiro, mas pela fama que isso iria lhe dar.
Puta que pariu.

Bronson não deixa pra amanhã... ele resolve agora, ele exerce o fascínio que os insanos exercem... curta Bronson... ele é bom pra caralho.


Luís Fabiano.




Navalhadas Curtas:Piroca de cachorro




Navalhadas Curtas: Piroca de cachorro

Giovana é uma amiga minha, meio velha e meio maluca. Gosto do estilo dela. Parece uma hippie perdida no tempo. Frequenta bares sórdidos, bebe, fuma e gosta muito de fuder, apesar dos seus 60 anos. O que a torna uma mulher perigosa.

Eu a encontrei no bar do Tonho, e ambos estamos meio bêbados então magicamente decidimos fuder um pouco. Porque não? Ela sabe que não me importo com a flacidez do seu corpo e nem o com bafo envelhecido... porra ela mandava bem, chupava com vontade um pau, dava o cu sem fazer cara feia.

Estávamos naquela, nos esquentando um pouco, mãos nas tetas, carinhos por cima da calcinha...um dedo entrando no cu.
Vida boa em seu Ap.
Giovana estava doidona, tomou aditivos. Que merda. Então um cão entra no quarto, o vira-lata fica nos olhando, com cara de imbecil. Merda de cachorro. Digo para ela tirar aquele cão dali. 
Ela faz uma cara de dengosa e diz para o animal:

-Vem cá com a mamãe...vem Tunico amor... vem Tunico...

O cão sobre na cama, e ela fica acariciando Tunico, então ela pega nas bolas e no pau dele:

-Olha...olha...Tunico grande...grandão... Fabiano tu queres ver uma mágica?

Me preparei para o pior. Vai lá Giovana...
Ela aperta o pau de Tunico, que salta pra fora como um batom... e ai sem pudores começa a chupa-lo...
Tunico parece gostar, fica com o pau muito duro...ela segue forte na chupação... Giovana faz seu show erótico agora.
Fico pensando, será que ela chupava o Tunico sempre? Teria me beijado depois de chupar o Tunico?

Puta merda se isso aconteceu quer dizer que eu também chupei o pau do Tunico de tabela? Porra. Giovana está no auge da chupação...e eu olhando, então pergunto:

-Giovana... tu chupou o pau do Tunico antes de ir para o bar hoje?
Ela de boca cheia...diz apenas:
-humm-hummm



Luís Fabiano.


Carolina



Carolina

Carolina estava muito segura de si
Uma rocha assentada em si
Suas certezas inabaláveis
Ela sabia disso o tempo todo
Sua verdade, era quase má
Machucava a quem não a conhecia
Eu a observo de longe
Nossos olhos não se cruzam
Por vezes ninguém sabia o que pensar sobre ela
Nem eu...

Mas é assim...
A casca humana brilha

Carolina sorri fácil
Carolina dando todas as cartas
Carolina um personagem

Trabalho
Amor e relógio bem acertado
Assim Carolina, a vida parece fácil
Às vezes é...
Uma corrente feita de cristal
Castelos de renda
Realidade de porcelana

Eu olho Carolina
Mas não havia o que dizer:

-O que foi Fabiano - ela diz
-O que não foi Carolina...
-Eu sei o que faço sempre Fabiano...
-Carolina de onde vem essa segurança?

Ela fica em silencio
Carolina chega em casa mais tarde
Carolina uma dose de whisky
Carolina assistindo o nada na tevê

Então veio um insight
Tanta segurança...sim e não
Vinha do medo de parecer tão insegura
Tornando tudo tão certo...
Tão previsível
Temendo o errado...

Carolina percebe a lacuna
Carolina confusa
Carolina treme

Uma farsa revelada
Uma mentira contada tantas e tantas vezes...
A vida lhe impôs isso...
Ou ficava assim...
Ou...

Carolina agora é um novo momento...
Quanto tempo passou
Enfrentar a verdade despida

E talvez
Pela primeira vez...
Ser Carolina.


Luís Fabiano.



quarta-feira, outubro 30, 2013

Poesia Fotográfica




Trecho Solto


"Trecho Solto...  "

Quando uma situação fica tão ruim que nenhuma solução parece possível, só restam o assassinato ou o suicídio. Ou ambos. E se nenhum deles ocorrer, a pessoa e transforma num bufão.

É impressionante como pudemos nos manter ativos quando não existe nada a enfrentar além de nosso próprio desespero. Os acontecimentos vão se empilhando por conta própria. Tudo se converte em drama... em melodrama.
O chão começou a ceder debaixo dos meus pés com a lenta compreensão de que nenhuma manifestação de raiva, nenhuma demonstração de sofrimento, ternura ou remorso, nada que eu fizesse ou dissesse, fazia a menor diferença para ela. O que se chama de um homem havia de certamente engolir seu orgulho ou sua dor, e simplesmente sair de cena. Mas não este pequeno Belzebu!

Eu já não era mais um homem; era uma criatura devolvida ao estado selvagem. Um Pânico perpétuo, era esse meu estado normal. Quanto mais eu era rejeitado, mais me aferrava. Quanto mais era ferido e humilhado , mas ansiava por castigo. Senão rezando para que algum milagre ocorresse, não fiz nada para provocar um deles. E mais, mostrava-me impotente para por nela, ou em Stasia ou em qualquer pessoa, até a mim mesmo, a culpa pelo que acontecia , embora fingisse que o fazia.
Como livrar-se de um vicio?

Vezes sem conta , eu batia com a cabeça na parede tentando resolver essa questão. Se me fosse possível, teria tirando meus miolos do crânio e passado no moedor. Qualquer coisa que eu fizesse, que eu pensasse, que eu tentasse, não conseguia me esquivar da camisa de força.
Seria o amor que me mantinha acorrentado ?
Como responder a isso? Minhas emoções eram tão confusa, tão caleidoscópicas. Era mesmo que perguntar a um moribundo se ele tem fome.

Talvez a questão pudesse ser formulada de outra maneira. Por exemplo: “Será que conseguimos recuperar o que se perdeu?”.
O homem racional, o homem de bom senso, dirá que não. O idiota, porem, diz que sim.
E o que é o idiota além de um crente, de alguém que joga contra todas as possibilidades?
Tudo que se perdeu pode ser recuperado”.



Henry Miller – Nexus



terça-feira, outubro 29, 2013

Uma mulher



Uma mulher

Quero uma mulher nojenta...
Porca...
Ávida
Inquieta
E feroz...
Quero uma mulher rancorosa
Que ame de corpo e alma
E que um dia deseje me matar
Que me odeie de corpo e alma
E consiga me matar...

Que foda com a vida
Que foda muito
Que foda sem cansar...
Cheia de vícios
Quero uma mulher cheia de inseguranças
Tremendo
Medrosa
Ansiosa
Raivosa
Que mije de porta aberta
Que cague dando risadas
E que peide quando fizermos um 69

Quero uma mulher com cheiro de trabalho de um dia...
Com pelos grandes
Com uma calcinha suja
Que seja sem frescuras
Que saiba olhar as estrelas
Que tenha náuseas
E vomite
Que simplesmente não me aceite
Que não me entenda quase nunca
Que grite como uma louca
E que seus gemidos incomodem os vizinhos

Quero uma mulher de todo insana
Mas que saiba olhar nos olhos
Que seja honesta...
Me traindo ou não
Que cante as vitrines de Chico Buarque
Que me surpreenda as vezes

Que abra a buceta sorrindo para que eu chupe...
Vou sugando o grelo...
Entre lábios e lambidas
E que molhe muito...

Quero uma mulher assim...
E não quero uma mulher assim...
Tão louca quanto a vida
Tão despida de mentiras como a morte
Tão intensa como uma lagrima
Que seja meio puta e meio santa
Que eu possa confiar a minha vida
Que tenha uma rebeldia terna
Que me desconheça
E que não deseje o final...
Puta que pariu...
O pior de tudo é o final.


Luís Fabiano.




Pelotas Tatuada


  PELOTAS TATUADA  


  Local - Rua Garibaldi n 20 


segunda-feira, outubro 28, 2013

Bilie - De Billie Jean



Bilie - De Billie Jean

Tem sempre um idiota tentando te extorquir uma grana quando você estaciona o carro. Ok, talvez não seja tão idiota, ele é parte do jogo que torna a vida na cidade mais difícil ainda. E não me venham com discursinhos prontos dos desfavorecidos da sorte, do sistema, da vida... sem discursinhos, porque até onde vejo, quem muito faz discurso não faz objetivamente nada!

Neste dia em especial eu estava meio puto...as coisas não estavam andando como deveriam, as pessoas, problemas pessoais e incomodações outras. Não sou bom de lidar com as opiniões alheias. Mas eu nunca dou palpite na vida alheia também... você tem uma vida de merda? Ok... você está feliz ? Você está feliz, sendo tarado, sendo viciado em qualquer coisa, você está tranquilo apesar das contrariedades? Então no meu entender ta tudo certo. Seja feliz assim do teu jeito.

Cada um se vira como pode. É a sobrevivência? É, talvez por vezes entenda, mas não neste dia. Bem que não tem os seus dias? Não chegava a ser uma menstruação... mas era quase uma tpm. Então acena na mente soluções imediatas.

Gosto de ter o pensamento da morte sempre por perto... a morte da uma segurança que poucas coisas não vida são capazes de dar. O amor as vezes dá essa esperança. Mas agora, naquele instante a vida estava meio fudida.
Estacionei a porra do carro... respirei fundo, meus olhar passando pela paisagem da praça Coronel, a vida é um circo, ali crianças brincavam, prostitutas aguardavam seus clientes, adolescentes vestidos de preto experimentando uma filosofia passadista... tudo tão ali...como uma gravura visceral da existência saltando aos olhos, vida, vida, vida...a Praça Coronel é 
um céu e um inferno ao mesmo tempo.

Gosto de olhar as putas de longe. Sim, tudo nelas é sedução...putas me fazem bem. Mas me sentia mal. Uma certa do de estomago...eu não havia almoçado ou mesmo tomado café... porra, devia ser fome.
Fui ao centro da cidade pagar uma conta e resolver uma pequena briga. Estava disposto, acho que na vida é assim... estar disposto.
Então um menino, misto de anjo caído, e pequeno demônio caído chega até a mim:

-Bom dia senhor! Posso cuidar o seu veículo?
-Qual é guri? Tu não vai cuidar nada...tu ta só pela bilheteria...
-Não senhor. Se eu digo que vou cuidar seu veículo eu cuido mesmo...
-Ta legal guri... e quanto vai sair esse serviço VIP?
-Senhor, sairá o que o senhor acha que deve pagar... eu estarei aqui...

Mundo medonho até os cuidadores de carros estão se especializando. Ele devia ter sete anos e por um destes mistérios da vida simpatizei com ele, e de alguma forma ainda não tão nítida ele me tirou o mal estar...um menino de rua, tão ligado... sua aparência meio suja... o resto de tudo escorrendo pelas ruas de Pelotas.

Sorri pra ele e fui pagar a minha conta, ele sorria ao lado do Kadett e disse: vejo o senhor na volta. Não imaginei que ele ficaria ali, sim o guardião do kadett, que me lembre o kadett nunca teve um guardião.
Quando volto para minha surpresa ali esta ele, ao lado do carro, me olhava fixo nos olhos, olhos brilhantes, brilho de moedas de cinquenta centavos...talvez...

-E ai guri, tudo beleza ai?
-Senhor está tudo certo...mas meu nome é Bilie, de Billie Jean...
-Do Michael Jackson?
-Claro, a música que ele fez foi pra mim...
-Mas Bilie era para uma mulher...

Ele fica me olhando:

-Eu não sabia... mas isso não faz diferença... gosto da música...e Bilie pode ser um nome para menino e menina, não é?
-É... legal

Então ele se ergue da beira da calçada e começa a dançar num estilo Michael... sem música... fazendo voltas feliz da vida...bom imitador de Michael. Tudo era mais leve, eu havia conseguido resolver as minhas tetras... sem estressar. Gosto quando as coisas dão certo.
Entrei no kadett, e Bilie Jean estava a janela... sorria feliz. Não resisto a perguntar coisas:

-Bilie Jean, tu é feliz ?
-As vezes sou...as vezes não...
-E porque as vezes tu não é feliz?
-Sinto saudade senhor... saudade da minha mãe... o senhor tem mãe?

Uma lamina silenciosa perpassou meu peito, me pareceu que responder que eu tinha era uma agressão, mas a verdade é a verdade.

-Sim tenho Bilie... e ela é bem bacana pra mim...
-Sei a minha sumiu...
-Como assim?
-É...ela saiu pra trabalhar e nunca mais voltou...e então minha vida ficou muito diferente...mas não gosto de falar disso...

Por vezes você é invadido por onda de verdade, capaz de te deixar desconfortável... mas isso é viver, muito embora tudo a nossa volta trabalhe para camuflar a verdade intestinal da vida. Meu coração ficou apertado...olhos brilhantes de Bilie, ele tinha idade para ser meu filho...os filhos que perdi pela estrada. Mas que poderia fazer? As vezes a gente fica num beco.

-Tudo bem Bilie...não falemos mais disso...Bilie de Billie Jean... pô o Michael iria ficar orgulhoso de ti... dança ai ?Tu te dá...

Ele abre o sorriso... e dança na calçada da Praça Coronel... Bilie Jean iluminando a praça...um pequeno grande  num instante que a vida se transforma...é um instante em minha e em tua vida e tudo fica diferente... tudo mesmo.

Luís Fabiano.


domingo, outubro 27, 2013

O ninguém vê


O que ninguém vê

Ninguém vê o amor...
O perdão
O destino das lagrimas que caem solitárias
Ninguém vê o derretimento da calota polar
E ninguém vê as pedras despencando nos desfiladeiros do mundo
Ninguém...
Vê...
Ninguém
Teus dramas silenciosos
Tuas dores rancorosas
Teus gritos amordaçados
E o teu preconceito com tudo que é diferente
Ninguém vê o tigre devorando o antílope
E ninguém vê o início do câncer...
Ou do infarto...
Ninguém vê o início da cura...
E ninguém se vê do reverso
A carência com tantos nomes...
As vozes que não falam em ti...
Ninguém vê Deus ou o Diabo...
E no meio da selva, ninguém vê a serpente se enrodilhando na vitima
E o que fazemos aos outros com nossas palavras...
Boas...ruins...
Ninguém vê...
Ninguém te vê
Ninguém me vê...
O revolver engatilhado por ai neste segundo...
A violência que não é hostil
A violência adocicada entre risos...
Ninguém vê as ondas chegando a noite...
E a chuva partindo de volta para as nuvens...
Ninguém vê o neurônio virando alma...
A alma virando carne
Ninguém me vê...
Ninguém vê o sagrado
E ninguém vê o templo violado
O adeus...
O que se perde...
O que se está ganhando agora...
As amarras do passado
Ancoras sem asas...
Os dardos do futuro...
E ninguém vê o arrependimento cravando suas garras na alma...
E o cheiro do perfume
E as raízes do baobá...fundo, fundo...
A velhice chegando...
O amanhã ficando breve...
E ninguém vê a morte.
As vezes... não sei como vivemos...
E como temos tantas certezas da razão...
Por tanto que não é visto...
Você viu?



Luís Fabiano.

sábado, outubro 26, 2013

Boa Música - Elza Soares


  - MOMENTO BOA MUSICA -   

Elza Soares - Dor de Cotovelo






Flor dos Ossos


Flor dos Ossos

Talvez haja algo para além da alma...
Carne e sangue...gritam sua musica
Mas como um submarino em chamas
A alma emerge eventualmente

E as coisas ficam um pouco diferentes
O amor muda
O olhar também...
E genitais tornam-se deficientes
Mudos, surdos e cegos...
O animal espreita sua apoteose
Como o dente afiado aguarda a carne fresca...
Como um câncer
Que vai carcomendo por dentro...

Tanto lirismo encanta...
Tanta poesia riscando a noite
Estrelas naufragadas
Brilhando esperança
Mas o corpo sente sede, fome e deseja
Tua fome é de alma...
A minha é de tua carne
Minha sede é teu suor...
A tua de carinhos e fluidez...

Meu desejo é te levar as alturas...
Gozando sobre a natureza
Libertando o teu pior...e o teu melhor...
Teu desejo são fiapos de segurança
Em que te equilibras
Tentando reencontrar o que jamais se perdeu...

Eu o corpo
Tu a alma
Brilho luminoso da sarjeta
E as estrelas de nossas vidas...
Se desmanchando em um céu borrado
Então vasculhas a mim...
Tentando encontrar a flor dos ossos...
Mas ossos são apenas ossos...

Nem alma
Nem corpo
Estou ali...
Dentro e fora...
Entre o pulsar do sangue e no vácuo entre as batidas
Do teu peito.

Luís Fabiano.



Navalhadas Curtas: Meio Cão e meio sem Gente



Navalhadas Curtas: Meio Cão e meio sem Gente.

As vezes e custo crer em que vejo e escuto por aí. Infame vida trivial. Uma mulher com sua idade relativa... caminhava na calçada do Café Aquário. La estava eu, caminhando a esmo, e olhava o rabo da madame enquanto isso. 

Ela carregava um cãozinho, com cara de idiota, mas os cães ficam como cara do seus donos. Olhe uma cadela e veja a sua dona, perceberás que é quase a mesma coisa.

-Vem cá Gigi...vem...cuidado Gigi...Gigiiiiiiiii... Gigi filhinha... mamãe ta aqui...Gigiiiiiiii...

Ok, cada ser humano tem direito as suas idiotices pessoais. Cão é cão e não é gente. Parece obvio né? Não.
Então se aproxima um garoto de rua...e brinca com a Gigi... e então, diante de uma plateia hedionda a madame teve um chilique...

-Sai de perto da Gigi menino sujo... deixa ela... ela ta limpinha...sai, sai, sai daqui... não toca na Gigi...nãooooo...
Não preciso dizer que na hora fiquei com raiva da puta. O rabo dela se diluiu como um boneco de cera...então parei de olhar... agora era uma pasta de merda.

Então ela foi e catou a Gigi... e ainda empurrou o menino para o lado - criança de rua, ficou olhando algo não acreditando naquilo... baixa a cabeça e vai se afastando triste... sempre tem uma puta para piorar a tua vida...
Então cheguei nela:

-O dona seguinte, tu fala com um cachorro como ele fosse gente... e fala com um ser humano como se fosse um cachorro... que essa merda da Gigi faz pra ti hein? Ela lambe a tua buceta a noite é isso??Passa doce de leite lá... e ela fica ali. Me diz... diz ai...fala...

A vadia arregala os olhos, pega aquela cadela babaca e se afasta rápido...fico parado onde estou...olhando a fuga dela.
As coisas agora estavam equilibradas. Um velho sentado no lado de fora do Café Aquário, que ficou olhando o tempo todo... olhou pra mim e sorriu…então bateu palmas sozinho...
Mas a vida de alguém já estava um pouco pior.


Luís Fabiano.



sexta-feira, outubro 25, 2013

quinta-feira, outubro 24, 2013

Teaser- Celso Krause


    TEASER - CELSO KRAUSE  

O Fio da Navalha teve o prazer de conversar com Celso Krause. Um baita papo, regado a muita música, e historias novas e antigas.
Aqui uma pequena amostra do que vem por aí...
Curta com tranquilidade.

Fio da Navalha





Autoajuda do Capeta...


 Autoajuda do Capeta...   

Seguinte brother...
  Se tudo tiver uma merda...

     Erga-se
      Veja o que vai dar...




O herói



Navalhadas Curtas: O herói

Mais um bar, mais a porra de um boteco fuleiro, cerveja barata, putas baratas e trabalho braçal. Todos tem sua cota de prazer possível. La estou eu, sentado num canto, o observador barato também, vampirizando tutanos de pessoas que realmente se fodem na vida. Gente de verdade pra mim é assim.

Então ele chega trôpego, cheiro forte de canha, língua pesada e rindo. E advinha? O cara vem ancorar na minha mesa. O bar ria, as putas faziam cara de nojo.

-E ai meu irmão qual é – Eu disse.

Ele fica se arrumando todo...e por fim dispara:

-Eu sou o Batman...(soluços)
-Sei...Bruce Wayne...e cadê o Coringa, o teu inimigo?
-Ta preso...eu prendi...
-E agora?
-Agora? Agora? (soluços) Acho que posso morrer...

Achei a resposta genial.

-Porque?
-Um herói não vive sem seu inimigo...
-Existem outros por aí...

O rosto dele se ilumina...

-É?
-É.

Então levanta e tenta sair porta a fora...aos gritos – Pelotas City...ai vou eu...
Enquanto no meu copo de cerveja uma mosca se afogava.



Luís Fabiano.


quarta-feira, outubro 23, 2013

Tio??



Navalhadas Curtas: Tio é o caralho...

-O tio, me dá uma grana ai...
-Claro que não... te liga e outra não tem essa de tio.
-Pô tio...te liga, a coisa pode ficar pior ai pro teu kadett...

Tenho um temperamento frio, as vezes até demais. É difícil me fazer sair fora do eixo. Mas um dia é um dia. Avaliei a situação.

-Qual é meu? O kadett não te fez nada...
-Mas o dono dele ta fazendo... me deixando na dificuldade...

Pelotas extorsão escancarada ao meio dia, da porra de um dia qualquer, quem merda. Achei um pouco demais...

-OK seu puto, sai daqui...dia fudido hein... o meu também tá...
-Qual é tio? Vai faze esse joguinho de encolha comigo? Bah esse kadet já era aí...

Abri a porta do carro, joguei a pasta lá dentro. Fiz menção que ia tirar algo da carteira, o filho da puta veio rindo... confiante que estava com medo, quando chegou perto...eu cacei ele do pescoço... rápido como um bote de serpente:

-E ai...meu? E agora? O que vai acontecer com o carro?
-O, o tio...calma ai… tava de onda ai...bah...te liga...

Nisso apareceu um magrão, com a cara de direitos humanos:

-Oque está acontecendo aqui cidadão?

Que porra é essa? Pensei. Me senti em cuba... cuspi no chão perto dos pés dele e disse:

-Ta acontecendo porra nenhuma... sai fora meu chapa.
-E esse pobre rapaz, desfavorecido social, o que fez ao senhor?
-Extorsão em primeiro grau...
-O senhor não pode fazer justiça pelas próprias mãos...existem os tramites legais...

Olhei pra ele, que profundidade.De onde saem esses cara?Alguns são cagados pela existencia...é isso.

-Vem cá o babaca, tu da de carro ai?
-Sim... é esse importado parado na sua frente senhor.

Soltei o pescoço do cara "desfavorecido social"... e sorri pra ele,e disse:

-Ai malandro, seguinte esse aí do importado tem mais que eu,ele não pode te dizer não...

Então cara olhou para o babaca e sorriu... deixei os dois se entendendo.O amor universal é lindo.



Luís Fabiano.


Poesia Fotografica




StripTease




Striptease

Poema de  - Pedro Juan Gutiérrez

O animal tem uma boa coleção de chicotes
Ele gosta de punir
À noite, ele atira sua fúria
Mas algumas mulheres desejam esse flagelo
Às vezes elas pedem timidamente
Vão se esgueirando como ratos
Indo para o esconderijo, rápido no escuro.

Assim escreve um haikai:
       o chicote
       encolhe
       amor

Apenas quando questionado veementemente
o chicote é um prazer inegavel
Às vezes, você vai encontrar com algumas mulheres
algo mais pervertido ainda
Louco,loucas
Desesperado então você vai chorar
Estúpido,estupida não pergunte!
Apenas venha e me quebre!

Vou bebendo durante o dia,e as coisas acontecem
E o melhor ficar em silêncio agora
Após a caminhada feroz
Como um louco
Sem rumo pela cidade toda
Entre as tuas catacumbas
Suas mãos sujas, revirando os ossos e a poeira do passado
A merda de rato
Não sei onde ele está agora

Basta beber água e esperar o desaparecimento da loucura
Até que finalmente, encontro o caminho de volta
Sou destes homens  de tino feroz
Com cabelos eriçados
E um grande pau duro
Ejaculando durante a noite toda
Te peguei.


Pedro Juan Gutiérrez.