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quinta-feira, janeiro 31, 2008

O advogado das amantes

Meritíssima, senhoras e senhores do júri e assistência em geral...
Em primeiro momento colegas e membros do júri, que neste momento antes de qualquer coisa,antes mesmo de percebermos e evidenciarmos nossa ojeriza por tal causa ou mesmo pela ré aqui presente, possamos fazer breve mergulho em nossas consciências e avaliarmos dentro da verdade e da sinceridade que tanto exigimos das pessoas que se nos acercam, aquela exigência inflexível e direta ante os nossos próprios erros e os erros alheios, Srs. que por um pequeno instante tentemos pensar como pensa a vitima e a ré, e por favor não sejamos falsos inocentes considerando-nos completos e não conspurcados pelo “pecado” original a tal ponto que, sem um pré julgamento sejamos absolvidos instantaneamente de todo e qualquer litígio, não mesmo senhoras(res),não sejamos hipócritas, quem de nós que nunca sofreu tentação alguma, pecaminosa ou não? Sejamos sinceros, quem de nós, quem, esteve sempre satisfeitos e plenos, plenificados em suas relações formais, feliz, em todos os momentos da sua vida familiar,tranqüilo?Quem de nós nunca teve ou sofreu ou esteve exposto a alguma interferência pecaminosa e poderíamos ate dizer carnal? Quem de nós nunca se sentiu carente ou mesmo triste ante uma situação complexa de sua vida, e assim sendo mesmo que de forma inocente e despreocupada não intencional, depositou suas lagrimas em ombro alheio? Possivelmente em primeira instancia não façamos a junção de tal comportamento ao respectivo ato ou efeito do que se presume o libelo da traição.
Neste momento senhoras e senhores isto não nos deve ser relevante pois quero que consigamos sentir o que aqui a acusada sente em sua solidão mais presente que o prazer, mais vivendo em fantasia e imaginação que de fato uma presença real e integral, praticamente alimentando-se de “farelos emocionais”, restos o qual a então esposa oficial deixa no exíguo tempo, ela a acusada sabe exatamente o seu posicionamento secundário e fica passivamente feliz a isto, não reclama pois sabe que o seu amor é incondicional, cabendo aqui de passagem mencionar que a esposa cobra este amor “ilimitado” como por divida a sua dedicação, tempo, juventude, filhos, o corpo, a estrutura familiar e naturalmente o contexto social incluso numa postura faradisíaca de direitos adquiridos naturais.
Hora Senhoras e senhores, tenho noção que não podemos entrar em discussões filosóficas das regências sociais até aqui desenvolvidas, mas antes sim perceber que estão em julgamento emoções humanas, sentimentos humanos, pensamentos humanos e que portanto a razão pode nos dizer muito pouco, há razão para o amor? Nossas leis são para julgar a legitimidade ou não que uma coisa ou que uma situação podem ter, mas quando entramos no impalpável terrenos do coração humano nosso julgamento deve ser flexível e possivelmente desvinculado dos condicionamentos impostos como corretos da nossa sociedade vigente.
A Senhora X, aqui apresentada como amante e acusada de influenciar a vida familiar do senhor Y, é antes sim também mais vitima que ré desta ação, uma vitima de si mesma, vitima do amor, quando o cupido a flechou em sua sentimentalidade mais verdadeira e profunda, não ,não tiro os méritos da esposa, mas reconheço e vocês o reconhecerão os também méritos da amante, mulher de propriedade pessoal no campo dos valores morais sujeita a deslizes como cada um de nós, que embora no curto espaço de tempo que tem com o senhor Y, dedica-se inteiramente a tentar fazer-lo feliz, as vezes uma felicidade breve, física mesmo, mas que lhe da felicidade por ver o semblante feliz de seu “companheiro emprestado”, ela de fato acredita no senhor Y, ela escuta os seus reais problemas, já a esposa com o passar do tempo torna-se surda aos problemas do marido, de fato como e transformando a relação em um ambiente de estranhos, onde então a legalidade é imposta não pelo amor em sua profunda manifestação de beleza e docilidade, mas pelos rituais do consórcio que em seu aparato social cria a então demoninação casamento.
É nos braços dela, a amante que o senhor Y deposita suas lagrimas, e ela que fica só em algumas horas ou minutos depois, é ela que anseia e ficará sem uma família “normal”, instituída, ela que em a maioria dos casos fica sem o amor de um filho, é ela que acredita e ela que vai deitar-se com a sua solidão a noite, quando ele volta para o seu lar emulando uma “normalidade” de vida e vivencia familiar, não pense que estou inocentando completamente a acusada,ela sabe perfeitamente sua condição e fez sua escolha, como cada um de nós fazemos as nossas boas ou más escolhas e naturalmente somos responsáveis as nossas próprias custas, não gostamos do papel que ela representa é certo, mas por puro e prévio preconceito estratificado em nossa consciência, e por querer o melhor da “ordem” ainda que por vezes esta ordem rasgue nossas emoções e deforme nossa alma e nos deixe triste.
Acho que este julgamento é errôneo, creio não estamos voltando nossa atenção ao verdadeiro culpado, creio piamente que nem amante ou esposa devem ser aqui mencionadas nos autos ,embora ilegal nestas circunstancia o procedimento judicial o qual tenho a intenção de dar inicio, que colocando nesta instancia sem uma petição formal, mas que ao termino deste Meritíssima, irei dar prosseguimento legal.
Rogo a deus para que abramos nossas emoções e pensamentos e dentre um entendimento do senso comum possamos flexibilizar sentimentos, refinar pensamentos e naturalmente aprimorar atitudes, que não tenhamos formulas estratificadas e irredutíveis da realidade que possamos anelar a paz, a felicidade e a serenidade de nosso coração onde quer que esteja porque é de nossa essência humana, que possamos nos dar tal chance.

Paz e luz em teu caminho.
Com minha profunda intenção
Fabiano


Ninguém nega a existência do crime passional, negá-lo seria negar a paixão a mais vibrante das realidades humanas, ninguém nega a lagrima, a suplica, a angustia, o desespero a exaltação, o delírio, e o amor as vezes é tudo isso, uma tempestade desencadeada dentro de uma alma.”

Mario Bulhões Pedreira - Citado por Mandrake Episodio 3 - EVA
Uma frase, um pensamento...
Para aliviar...

Meu amigo Kbeça, hoje falou uma frase que merece alguma consideração, ele do nada disparou esta para mim...

"...eu não tenho frescuras, além do mais quem come qualquer coisa tá sempre mastigando."

Kbeça (Henrique).

quarta-feira, janeiro 30, 2008

"Cada homem é absolutamente para si mesmo o caminho, a verdade e a vida".

Mabel Collins
"Se a todos fosse dado o poder mágico de ler
nos pensamentos dos outros, suponho que o primeiro
resultado seria o desaparecimento total
de toda a amizade."

Bertrand Russel

terça-feira, janeiro 29, 2008

Contos de Elevador

Bem, não adianta disfarçar, não mesmo, em um elevador todos ficam obrigados a ficarem constrangidos naturalmente em função do espaço, sim tudo tranqüilo e perdoável até ai,alguns preferem ficar olhando para baixo, outros dizem nada, nem boa tarde ou bom dia, nada, é claro tudo isto é perdoável, o ser humano não é acostumado a ser intimo de outro ser humano, talvez porque a intimidade precise de alguns estímulos externos para que possa vingar objetivamente e Inescrupulosamente,decididamente não quero ser intimo de qualquer pessoa, aliás tem pessoas que eu não quero nenhum tipo de intimidade,cuja a distancia é salutar a todos,sim tudo perdoável, tem também o outro tipo, cujo o silencio é muito incomodativo a ele, então ele tenta de todas as formas naqueles breves segundos entabular uma conversa, inventando todo tipo de conversa que chamamos sem pé nem cabeça, destes eu particularmente não gosto, mas enfim sem culpa, afinal não se precisamos gostar de todo mundo...
Isto aconteceu ontem, eu entrei no melhor e mais seguro meio de transporte que o homem já inventou, o elevador, e fui acompanhado de um senhor, uma garota de aproximadamente dezoito anos e uma senhora em sua quarta idade, tudo bem todos "felizes", é impressionante como o tempo pode se elástico quando as coisas caminham por vielas tortuosas,nos olhamos desconfortavelmente e sorrimos, ai deu inicio ao ataque de “pânico”,o senhor falou do tempo para mim dizendo que estava muito calor, eu respondi dizendo que de fato o calor estava muito quente e que a tendência era elevar a temperatura(detalhe,não estava calor...)então a senhora entrou na conversa dizendo que havia visto a previsão e era chuva depois do calor, sorrimos e eu disse, daquela chuva que molha rimos da besteira seria, e por fim a menina dispara, quer dizer então que vai dar praia? Eu sorri e disse, vai dar tsunami,calor e chuva...todos acharam muito engraçado e tudo isto aconteceu em quinze segundos, felizmente eu fui o último a descer do elevador e fiquei pensativo na porta de entrada da minha casa, um momento breve de reflexão profunda da imensa capacidade das pessoas trocarem besteiras umas com as outras para fugirem de algo,se pudessem estar ali sem estarem o fariam de alguma forma, em breves quinze segundos foi suficiente para mostrarmos nosso lado do transtorno transitório neurótico, e fazer um breve viagem a insanidade, imaginemos se esta viagem de elevador durasse digamos mais de três minutos ?
Em minha fértil imaginação já pensei em um” elevador brother”, as pessoas presas em um elevador, com direito a todo tipo de estresse, a vida real e dura de elevador, alguém com síndrome de pânico, um claustrofóbico,um ablutofóbico(medo de tomar banho), um afefobiobico (medo de tocar e ser tocado por alguém), uma androfobiaca(medo de homens) junto com um automisofobiaco(medo de se sujar), um estenofobiaco (medo de lugares estreitos) e por ai vai, será que preciso acrescentar mais?

Certamente daria um lugar bem "divertido",ambiente profícuo para proliferar a maluquice nossa de cada dia.
Não pense amigo, eu você e todos nós, eventualmente mergulhamos de cabeça nos braços carinhosos da insanidade breve, quando você olha atravessado para alguém, diz palavras duras, ou não diz nada, quando você reclama sem parar, quando esta insatisfeito com á vida que esta se levando, quando você mente para si mesmo coisas para que em breve instante que seja você se sinta mais feliz, quando por um momento você tem vontade de matar o seu chefe envenenado, e outras tantas e corriqueiras situações da vida que nos tiram brevemente a sanidade, bem, baseados nisso e na quantidade de psicopatologias que assim se tornam justamente pela repetição tenha a certeza plena amigo, você é capaz de tudo em maior ou menor grau, quanto é preciso estimula-lo para você odiar alguém? É fácil? Difícil?
Será que é mais fácil estar em paz e vibrar em harmonia, ou nossa tendência mais sórdida é justamente a cisão,o desentendimento fácil, basta uma palavra em momento inoportuno e tudo converte-se em um mar de dissabores, somos muito frágeis e anormais demais, quase nunca estamos dispostos a ver o outro lado da moeda, saber a antítese da historia, ou o que levou a acontecer algo, nossa visão é superficial, é preciso amigo entender o ato do ato.
Então neste breve instante de pensamento, entrei em casa, e claro precisei sair novamente,aperto o botão para chamar o elevador e adivinhem quem estava lá ?

Paz e luz e em teu caminho.
Fabiano.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Fechadura da consciência

“...então fiquei ao longe vendo-a brincar de tentar aprender a abrir as porta do armário,eu ria em off enquanto minha filha de cinco anos fazia as inúmeras tentativas de abrir as portas do armário da cozinha, se ainda lembro, existia um sorriso em seus lábios e uma alegria em seus olhos brilhantes, uma alegria de descobrir/aprender a cerca do novo, naquele breve momento a vi livre de medos, de condicionamentos, de padrões e idéias pré-estabelecidas é,ela nem sabia o que era isso, impressionante como esquecemos tudo isto,a alegria da descoberta, nos fechamos como um caixa pronta é não mais nos abrimos, como se tudo estivesse pronto e instantâneo, seria assim?
Então a porta do armário abriu-se e um sorriso iluminou seus lábios, gargalhando fechou a porta e abriu novamente, então agora vinha á próxima descoberta, que haveria no armário? Isso seria uma nova aventura, bela misteriosa e cheia de alegria, linda e tão inesperada como cada instante da vida assim o é, porem ao longo do tempo vamos perdendo o encantamento em uma espécie de morte pré-matura, e tudo vai se tornando “comum”, com respostas prontas, sem mistério, sem beleza,sem graça, sem descoberta e sem o novo.
Você acha mesmo importante ter prontas todas as respostas? O comportamento ínfimo do funcionamento de tudo e todas as coisas? Você se permite fazer o vôo do mistério sem ter a resposta mas pela a maravilhosa experiência de poder descobrir?Ou os outros e todos os acontecimentos da tua vida são também “caixas” prontas o qual você tem medo?
Se formos pensar assim então eu não estou errado em meus textos anteriores, de fato as pessoas são obras previsíveis do condicionamento padronizado, com emoções prontas, pensamentos prontos e todos ditados pelo padrão vigente, será que você se dá conta que é muito mais que o padrão?O padrão foi criado para ajudá-lo a gatinhar e nada mais, porem agora é hora de abrir as tuas asas e lançar-se em pleno na gama infinita de pensamentos e emoções inteiramente novos, sem medo de conhecer-se , ver-se, entender-se.
Cabe aqui alicerçar, o padrão é flutuante nós porem o congelamos em nossa mente/coração para que ele corresponda a nossos objetivos estratificados então em vez de abrimos nos fechamos e claro o conflito vai existir porque o modelo externo sofre atualização e a nossa estruturação interna esta sedimentada.
Nada contra a quais quer objetivos traçados na vida pessoal de cada um, mas é preciso saber como fazê-lo, é preciso atualizá-lo também internamente numa correspondência entre minha vontade e as imensas probabilidades que todos estamos mergulhados, porque ao longo do tempo se nos congelamos em qualquer idéia,emoção ou pensamento veremos que ela nunca se converte em exatamente no plano estabelecido de nosso ideal, em outras palavras tudo deve ser atualizado constantemente para que nada se congele em nossa alma, mas antes sim sejamos o fogo vivo da vontade, da descoberta, do mistério.
Você já pensou porque faz quase todos os movimentos de sua vida maquinalmente?Porque viver deixou de ser um mistério? Porque deixamos de fazer descobertas e ficamos presos a nossos traumas, acontecimentos menores que transtornaram nossa consciência, a derrotas de toda sorte,a perdas diversas,perdas emocionais, profissionais, financeiras, como toda um sincronia estivesse “conspirando” para você literalmente se “ferrar”, porque consideramos o dia de ontem igual ao de hoje e outras tantas infinda questão viscerais a nossa vida que vão ficando para trás criando uma imensa barreira entre a verdadeira existência e o que interpretamos segundo nossas dores pessoais, e aí que o coelho deve sair da cartola amigo(a), este é o instante mágico de beleza ínfima e sutil que você deve abrir seus olhos novamente...”e ela brincava de descobrir como abrir as portas do armário,nada era mais importante que aquilo e com o sorriso nos lábios abriu a porta e fechou novamente...”
Você será o que se limitar a ser, se você não se limitar poderá viver e ser absolutamente o que quiser, basta romper as cadeias que o você mesmo crio para o prender, um pássaro que amputou as próprias asas simplesmente por não pô-las em movimento, correntes feitas de elos mentais, grilhões feitos de emoções de entrelaçadas do passado ou tramas de medo do futuro e até quando?
Infelizmente somos convidados a pensar/superar tudo isso quando grandes dores vem ao nosso encontro, fazendo nossa alma querer muito, ansiar como nunca pela liberdade possível, porque sempre este drama humano vem a se repetir?
O maior de todos os males do mundo é a ignorância.
Com o tempo e algumas experiências vamos percebendo a fragilidade de cada um de nós, que deixamos as “coisas” oxidarem porque somos ignorantes, deixamos o amor morrer porque deixamos de considerar a sua imensa grandeza e muitas vezes não nos achamos qualificados para ele e nos entregamos a nossa fragilidade inata e pessoal, aquelas já citadas, nossos medos do futuro e recordações do passado enquanto a vida esta aqui. Eu respeito a tua dor seja ela qual for, minha alma como a tua sofre,mas não cometas o pecado original que é limitar-se, acorda a criança de cinco anos em ti e permita descobrir como abrir as portas e como fechá-las entre risos, você é o que determinar que quer ser!
A gaiola foi aberta agora, deixa tua alma quieta e serena abrir as asas e com olhos fitos nos no universo alça teu vôo agora, vai ás portas estão abertas, vai...

Com meu imenso carinho.
Paz e luz em teu caminho

Fabiano.
Voo livre

"Linda não sou eu
linda é a vida
que vem de ti e me entorna
-e o que possuis de mim
além das bordas."

Beth Almeida

domingo, janeiro 27, 2008

Um instante é a eternidade!

Cada vez que pensamos em eternidade a grande maioria das pessoas tem a certeza absoluta que é para sempre, porem é preciso considerar, o quanto é para sempre?
Para começar, você é a mesma pessoa para sempre?
O que em você é para sempre?
Muito embora as pessoas queiram eternizar seus quinze anos de idade tudo é uma mera fantasia, o tempo é inexorável e faz questão de demonstrar isso transformando eternidades em instante fotográficos breves, então a eternidade amigo é um momento que capturamos no presente pleno de intenção e sinceridade, intensidade é a palavra, quanto existe intensidade estamos no eterno, onde esta o erro porem?
O erro esta em quere engaiolar o instante que se vive, querer aprisioná-lo e dele fazer eternidade, isto não passa de um imenso equivoco fazendo de um dia, de uma data, uma porção da eternidade e forma objetiva enquanto a correta interpretação seria a do símbolo, pois o símbolo é atemporal e maleável a interpretações de toda sorte então denota uma certa passividade ativa que abre-se em probabilidades.
Mas porque sempre fazemos questão de prender a sete chaves os instantes únicos que vivemos?Porque simplesmente não deixamos que eles partam como tudo que parte em nossa vida e da lugar a outras possibilidades não pensadas?Será que não percebemos que a única maneira de ser pleno e feliz é libertando naturalmente nossas emoções e pensamentos.imaginemos que a longo da nossa existência não esqueçamos nada, nenhum dos acontecimentos funestos e grandiloqüentes de nossa vida, uma memória estupenda da nossa tragédia,e a lembramos sempre, em forma de traumas mais ou menos explícitos,que maneira uma mentalidade assim (doente) poderá ver a vida a vida com os olhos desvelados de seu passado?Ledo engano aquele que interpreta que desvalorizo o passado, não, é apenas uma questão de aprendizado e não trauma, trauma é patologia que se associa a mecanismos de defesa antecipados num errôneo julgamento que tudo é exatamente igual sempre, a experiência é diferente, ela te da compreensão das possibilidades profundas e diversas dos seres humanos,e o bem mais preciso, a tranqüilidade de espírito para lidar com o caos,com a balburdia e a desordenação que no certa de toda sorte, a experiência que traduz-se em capacidade de agir e não reagir coisas tão distintas como pensar e sentir, como a luz e a sombras de nossa alma.
Porem é preciso derivar, um segundo pode ser eterno dependendo exatamente do quanto estamos envolvidos, na presença de um inimigo por exemplo onde o fato externo desperta os aspectos mais primitivos em nosso coração e pensamento, natural é que o tempo torne-se mais elástico lento mesmo, onde é a exata interseção de nossa influencia pessoal no sentido da fuga o que torna atenção ao momento algo pleno quanto maior a atenção “negativa” tanto maior e mais lento e preso o tempo, quanto maior a atenção em sentido livre e em direção de emoções mais refinadas o tempo sofre uma dinamização, algumas horas nos braços da amada(o) passam muito rápido, porque a sensação vai em direção da paz e tranqüilidade.
Mas sejamos francos, na verdade tudo acaba em um tempo mais ou menos longo ou curto dependendo naturalmente da função unívoca, biunívoca, em outras palavras o tempo certo de cada situação, relações de ódio ou amor, entendimento e desentendimento possuem o seu tempo correto e eternidade é uma desculpa que criamos para não aceitar nossas limitações frágeis, se você deseja eternidade torne o seu momento presente muito bem vivido e intenso, porque a areia da ampulheta esta escorrendo...e o amanhã pode não existir.

Luz em teu caminho.
Fabiano.

sábado, janeiro 26, 2008

"O que se tem de evitar é a dor ainda por chegar. O passado não pode ser mudado nem emendado; o que pertence ao presente não pode e não deve ser evitado; mas o que igualmente tem de ser evitado são as antecipações de aflições ou os temores do futuro, e todo ato ou impulso que possa causar, a nós ou a outros, sofrimentos presentes ou futuros."

Ocultismo Prático
Beijo sem lábios

“...então lentamente ela foi se aproximando e suas mãos se encontraram em uma dança misteriosa, quando seus lábios se tocaram em uma emulação de beijo, beijo sem beijo, apenas um símbolo da profundidade, talvez da brevidade de um instante repleto de entrega e preenchido de pura emoção, seus lábios se tocaram mas não se tocaram, ela queria que ele removesse a mascara, mas ante a negativa o silencio da compreensão e do respeito falaram mais alto, embora através da máscara ela beijara seu coração, afagara sua alma e tocava seu espírito onde quer que ele estivesse, era curioso, embora vestidos ambos estavam nus, que poderia se esperar quando a verdade perene é o pano de fundo da intenção,o corpo encena o vai a alma, mas como os sentidos primitivos do corpo raramente permite a profusão que abunda na alma, pudéssemos tocar sem tocar, ver sem enxergar, perceber por mero entendimento e quedarmo-nos em paz ante ao que é mais sublime.”
Afastaram-se então e nunca mais tornaram a ver-se, porque existem momentos e singularidades que valem toda a teia de sofrimentos que emaranham por vezes nossa alma, um beijo sem beijo vindo da tua intenção mais pura trás paz e serenidade a ti e a todos que se acercam.
Quando nossas intenções são repletas de entrega profunda e sincera?Quando em nossos corações deixamos a peias egoísticas de lado e pensamos no outro ou nos outros sem que em nada lucremos com isso?Seria o nascedouro da intenção o berço da própria corrupção primordial?Ou seriam os outros apenas apêndices de nossas realizações que são de nós para conosco mesmo?Detalhes fortuitos para prazer próprio?
Não assumimos nosso exato estado pessoal porque sinceramente não acreditamos nele, alguns se presumem melhor do que são e outros piores do que se imaginam e poucos muito pouco conseguem ver-se sem que suas lentes estejam obnubiladas por interesses pessoais, será que percebemos que a visão ,o paradigma de uma coisa não deve ter o esporeamento das circunstancias adulterantes do momento? Conseguimos “julgar” uma situação absorvendo o contraponto da mesma e em defesa?
É preciso fazer a entrega e nada mais.


Paz e luz em teu caminho.

Fabiano.
"Todas as coisas importantes são realizadas
com o coração despreocupado."

Ramtha

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Nem tão Longe, Nem tão Perto

“...então seu olhar ganhou o longe sondando o infinito, como que querendo capturá-lo em sua brevidade,em seu instante como uma fotografia atemporal, o instante de eternidade branda, o desejo de tocar com o olhar a epiderme ínfima da vida e mediante a visão aproximar a tudo, a todos, mas existem abismos intransponíveis que nem olhar e nem os dedos podem aproximar, abismos feitos de emoções discordantes, conflitantes, silêncios revoltosos e sobretudo a não compreensão do outro em seu estado bruto e natural.
Não é como imaginamos a distancia que nos separa, não é quando nossos corpos não mais fazem fronteira, quando não mais podes tocar no meu rosto suarento, e nem eu os teus cabelos sedosos que esvoaçam ao vento, é quando nosso coração não mais entoa a doce musica da harmonia juntos, onde a comunhão torna-se separação e onde não mais nos vemos mesmo quando nos olhamos nos olhos , neste instante estamos em universos diferentes intransponíveis, com os corpos lado a lado, nem tão perto.
Nem tão longe, quando um precipício nos separe, mas nossas almas em uníssono vibram na intensidade das nobres emoções aspirando tão somente a beleza recôndita, a procura de si no outro, fazendo surgir no horizonte de nossos pensamentos o entendimento e a entrega, pudéssemos nós não tornarmos cativos de nossas imperfeições, a todos que a quem amamos ou pelo menos dizemos amar, que este amor possa ser liberdade e contínuo carinho.
Apenas para que compreendamos, o exato equilíbrio necessário a paz,devemos sempre equacionar distancias relativas, alma e corpo, emoção e razão e quando uma falte a outra deve buscar nas raias de sua intenção profunda um comportamento emulante, porque as vezes o que sentimos não tem razão plena, as vezes o que pensamos não tem sentimentos verdadeiros , mas tudo e em todos os momentos é harmônico quando existe a autenticidade da intenção , então estamos perto de nós mesmos, tão perto.
Que possamos ao longo do caminho,saber que estamos nem tão longe e nem tão perto uns dos outros, que de uma alguma forma, em um determinado momento atravessaremos o marco que separa nossas janelas, que se interpõe entre nossos corações, e vezes isso será o mais sagrado dos encontros teu gesto, teu carinho e teu olhar.

Luz no teu caminho.
Com minha benção.
Fabiano.
"É a verdade o que assombra,
O descaso que condena,
A estupidez o que destrói.

Eu vejo tudo que se foi,
E o que não existe mais.
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende."

Legião Urbana - Metal contra as nuvens
Da série erros da criação...
Beijo intumescido (ou arroto amoroso)

É preciso que algo a mais seja escrito ainda?Um texto?
Voltamos a buscar fatos estranhos e constrangedores que ocorrem na vida diária que nos levam a pensar a respeito do porque em determinados momentos quando tudo tem absolutamente a ambientação correta, o momento oportuno,a sincronicidade do universo conspirando em prol, e ainda assim os burros dão na água...
O famoso tiro no pé não é uma lenda como se presume, é pratico e cotidiano, mas nem tudo é erro da criação, algumas vezes é erro da criatura é quase que inescapável infelizmente o que não deixa naturalmente de ser plenamente tragicômico, mas como sempre estamos procurando uma terceira pessoa para colocar a culpa então deixemos na conta do Criador.
“...era noite de lua cheia, um céu repleto de estrelas havia um clima de magia no ar, a luz , o vento soprava suave,o aroma da perfumes suaves, corpos que se tocavam sutilmente com caricias, pele contra a pele, mãos que encenavam uma balé de sedução, o riso fácil, o paladar movido pela bebida certa, uma conversa descompromissada e suave deixando os pensamentos livres quase disformes em uma atmosfera repleta de encantamento e humor, um abraço e mais outro, naquele momento quase tudo era a tradução de tranqüilidade de um interesse desinteressado,a aura dos amantes, a energia dos seres amados e encantamento, então a musica perfeita toca e com um único olhar ambos entendem na silenciosa linguagem de seus corações e intenções, se aproximam, mais e mais, então seus lábios se tocam, um longo e profundo beijo suave,molhado...então com a gentileza de animal acuado, a dama empurra o cavalheiro e diz com plena sinceridade,me dá licença mas eu preciso arrotar, e com um gesto macabro abre a boca e não para cantar uma ópera mas antes sim para eructar sonoramente em dó maior!
Naturalmente que o clima fora “levemente” quebrado, a estas alturas do campeonato, o cavalheiro pois a analisar-se num questionamento sem fim,seria o seu hálito?Ou talvez o seu beijo a fizesse sentir nojo? Estaria com alguma ferida ou chaga em sua boca? Pois-se a olhar nervosamente no espelho retrovisor procurando talvez um resquício de alimento nos dentes?Esquecendo-se completamente da dama, que neste momento enrubescida olhava para o chão, para os lados como que procurando uma saída mais próxima da situação vexatória, trágica e plenificada pelo ridículo, houve um longo período de silencio, um silencio barulhento e quase insuportável,e então com uma voz entre dentes a dama olha para o cavalheiro e diz:Desculpe.
É claro a que esta altura o amor, o clima, a magia já haviam saído de férias, ato falho, e como mais nada haviam a dizer a melhor opção era a despedida, e como é praxe do ser humano a falta de comunicação em nível real,profundo ficaram cada um engaiolado em seus pensamentos, presumindo, presumindo erroneamente, de minha parte,acho quando tudo tem as possibilidades plenas para dar certo é natural que torna o ambiente mais favorável a exposição do menor erro, tal qual uma única minúscula gota preta em roupagem alva, tudo torna-se evidente.
Não desculpas possíveis,ao que é da natureza humana, o que deveria ser perene em nossa alma é a profunda compreensão do ato falho de cada um e que obviamente não desmerece qualidade latentes ou evidentes,ou vocês acham que os grandes da historia não tiveram seus atos falhos?Será que a obra de Picasso torna-se mais feia porque ele era de uma personalidade difícil, possuía inúmeros casos amorosos,dado a vícios diversos e outras tantas coisas que não tem o menor sentindo mencionar, será que sua obra ofusca-se diante disso?É claro que não porque, é preciso compreender que todos temos pícaros paradisíacos e infernos dantescos, e quando não estamos em um, certamente estamos visitando ou outro.
Agora dei-me de licença, preciso arrotar e não farei isto na frente de vocês, afinal pega mal..

Com todo o meu humor e leve sarcasmo.
Paz em teu caminho.
Fabiano.

terça-feira, janeiro 22, 2008

“...uma semana se passou.Meu amor por ela deitava-se comigo a noite, cantando as canções da felicidade, e acordava-me na aurora para me falar do sentido
Da vida e dos segredos do coração.
Era um amor sublime, rico demais para conhecer o ciúme , e espiritual demais para atormentar o corpo.Era uma inclinação irresistível que cumula a alma, e uma fome profunda satisfaz o coração com a sua própria privação.Era um sentimento que cria o desejo, mas não o inflama;e uma sedução que faz ver só felicidade na terra e pinta a vida como um sonho lindo.
Pela manhã, eu percorreria os campos e via no despertar da natureza o símbolo da imortalidade.Sentava-me a margem do mar e ouvia nas suas ondas as canções da eternidade.
Andava nas ruas da cidade e descobria nas faces dos transeuntes e nos gestos dos trabalhadores a beleza da vida e o esplendor do progresso.”

Asas Partidas - Gibran

segunda-feira, janeiro 21, 2008

"Uma canção silenciosa, arrancada do vibrar
das cordas de teu coração, será uma ária a felicidade, ou um
desafinar de dramas e suplícios."

Fabiano.
Sentimentos de não sentimentos

Por vezes o entendimento do ser humano para com ele mesmo é algo complexo, tomando trajetória, caminhos estranhos e esquisitos muitas vezes imaginamos ser de nossa propriedade emocional determinadas emoções fortuitas e circunstanciais que nada não passam de uma imensa ilusão, para ataque, para defesa ou simplesmente para fugir de um destino temível, terrível, de minha parte abro mão de tudo isto, posso afirmar com todas as letras se existe atualmente uma única coisa que desejo, se sobrou alguma fantasia em mim, ilusão ou esperança em minha maneira de apreciar a existência, que sejam plenamente destruídas, não quero adornos, filtros,alegoria ou qualquer coisa que se entre ponha entre mim e a probabilidade da verdade, estou plenamente disposto a aceitar o risco trágico de tal atitude.
Então, o que sinto as vezes é a tradução daquilo que não sinto, mas o que outros sentem, sem duvida existe uma apropriação emocional advinda de minha indiferença em relação ao outros sentem, tenha certeza você seja quem for, as idéias que pululam em tua mente são filhas e filhos de outras tantas mentes afins que como uma conexão inconsciente vão se transmitindo e aprimorando-se mutuamente em busca de sua própria profundidade, muito embora esta profundidade não diga quase nada para a grande maioria de nós, ou então seja entendida de uma forma grandiosamente distorcida, tal como obra de arte inacabada cujo o traço tosco é um prelúdio da grandeza embora não seja ela.
Quantas vezes nossas melhores intenções são filtradas, maquiadas, manchadas pela implícita maldade natural de cada ente humano? E isso é importante amigo, o mal, a nódoa surge quando iniquamente passamos a pensar exclusivamente em si, e aqui cabe uma breve interpretação, existem no mínimo dois níveis de egoísmo, um bom e outro trágico, o bom é quanto pensamos em nós no sentindo de buscar o melhor para a nossa alma, sejam conhecimento, dúlcidas emoções e tudo que caminha por trilha harmoniosa e pacífica, espelho natural da beleza imanente em nosso coração. O outro egoísmo é exata distorção disto embora seja a mesma coisa, apenas traja roupagem mais feias, é assustado, entende grandeza por vistosidade como a grotesca exteriorização de “poder”, entende, usa mecanismos objetivos para traduzir uma grandeza subjacente e portanto a distorce para apresentá-la em disforme apreciação, e o ambiente o melhor converte-se em pior, é justamente ai amigo, nas nascentes de nosso coração, de nosso pensamento, onde a limpidez polui-se.
Porem o contrário também é verdadeiro, alias poderíamos pegar o exemplo natural ao que fazemos ao planeta, onde existe tanta poluição, depredação da natureza,o vilipendiar da propriedades vitais inclusive de nossa própria saúde, tudo poderia ser considerado como eventos “naturais do progresso”, de fato algum progresso existe, mas o preço pago é alto demais, progresso aqui restringe-se a evolução tecnológica em todos os níveis numa tentativa de viver uma vida melhor, porem a energia que move este progresso ainda sim é fruto do egoísmo, poderíamos deixar alçar vôo nossos melhores pensamentos e por assim dizer livre e desapegado de toda a passionalidade, ganhar os céus infinitos?É isso amigo, é nossa constante luta silenciosa,o bem e o mal não lutam tão somente em um mundo externo, é em nossa consciência entre luz e sombras, claridades e brumas, em uma procura de fazer-se dia em nosso coração.

Paz e luz em teu caminho
Fabiano.

domingo, janeiro 20, 2008

A eminência da burrice

É quase um instante fatídico ao qual todos estamos indubitavelmente cativos ainda que seja por uns segundos, em que alguns de nos desejamos com todas as veras do corpo e da alma não sermos o que somos, como uma fuga eventual da sua mais básica condição de humano, não me refiro a momentos de decisão extrema o qual você, eu e todos estamos absolutamente sós, em momentos em que por circunstancias e por total negligencia de nossa capacidade de compreender emoções e pensamentos terminamos arrastados a erros, erros da nossa inocência, do nosso autoengano, por vezes não é intencional, mas talvez motivado pela dificuldades eventuais e da circunstancia, por vezes não nos reconhecemos.
Afinal a capacidade de fazer besteiras do ser humano é quase tão infinita a sua probabilidade de criar genialidades, uma suspensão entre a candura, beleza e a tragédia e o horrendo, trajetória natural de cada um, mas a verdade que por vezes, por não conseguirmos o exato equilíbrio entre o pensamento e a emoção, e quase nunca sabemos muito bem equilibrá-los, e o normal da nossa vida é a impulsividade, sempre a passionalidade tornado mais pessoal tudo, e neste momento entra em cena o algo que não somos nós em verdade, um momento breve de pura insanidade, onde dizemos coisas horríveis, fazemos coisas estranhas, pensamos horrores, será que nos reconhecemos assim?
Pudéssemos nos furtar a descida aos infernos pessoais, e com cálida doçura aprender a perceber o bem em si com um estado natural de cada um, e escapar ao inolvidável condicionamento que aniquila emoções, a padrões que nos empurram, oprimem, e em um momento qualquer pudéssemos abrir nossas asas para alem da cela que limita nosso espaço e pairar acima e de toda a prisão, transportando para alem dos grilhões a sutil delicadeza de nossas emoções mais finas e sagradas, o carinho de nosso carinho, o amor de nosso amor, a prece de nossa oração, a verdade ultima de nossa verdade, a calma e a serenidade deste momento, onde apenas o silencio tem voz suficiente para expressar.
É quando deixarmos as mesuras de nós mesmos, observando na simplicidade daquilo que verdadeiramente somos então começamos a sentir a essência da vida, a beleza do momento, a afabilidade de ser tranqüilo mesmo que as marés a nossa volta estejam revoltas,que nosso coração não seja uma tempestade tal qual as marés, que sejamos o porto tranqüilo, o ancoradouro da paz, da luz e da sabedoria.

Paz e luz no teu caminho.
Com minha Benção.
Fabiano.

"Não se cresce como mulher sem ter,
ao menos, um homem canalha na vida."

Fabiano.

sábado, janeiro 19, 2008

Imperfeição Harmônica

Longe de mim querer encontrar justificativas eventuais para as falhas intrinsecamente humanas, seria deplorável, horrendo e hediondo mas é preciso aprender a ver sem usar os olhos, ou talvez alem do olhos sem nos deixarmos levar por momentos sejam eles dos mais agradáveis ou nem tanto, para se ver qualquer coisa com sua profunda dimensão de verdade é preciso estar a parte literalmente apartado e tornar impessoal a apreciação, nem justificando nem alardeando desproporcionalmente algo.
Mas andando pelas ruas das cidades aprendi a ver a perfeição de cada ente humano, todo tipo de perfeição, todos os traços para aquele que esta a parte é possível ver a arte de cada um de uma forma única, bela, isolada e intensa. Neste momento eu pego todos os padrões estabelecidos para a beleza e rompo com todos, os pego e cuspo em suas restrições feitas de mediocridade e profunda ignorância. E fico com a beleza de ver a suave manifestação de cada um, sim beleza de cada um, sejam atributos físicos ou subjacentes todos eles,será que somente aquilo que se vê ostensivamente é que podemos chamar de beleza?O sobram para o amor, a ternura, o afeto,a compreensão, a raiva sincera, o olhar doce,a paz, a harmonia?Estas coisas são as mais belas e mais as únicas verdadeiras a que prevalecem ao largo do castigo do tempo.Então em minha caminhada vi pessoas de todos os tipos físicos, gordos, magros,feios e bonitos, e todos, e todos absolutamente belos, vi mancos,cegos,amputados e surdos, vi olhos estrábicos,sorrisos tortos vi e tudo vi, e todos belos.
Não como imaginamos amigos, uma mulher reclama de suas gorduras e excessos, dos seus seios grandes demais ou pequenos demais, são dentro é claro do bom senso características pessoais de cada uma sua parte real de si fazendo parte de sua personalidade naturalmente dentro daquilo que se considera em estado não doentio, mas belezas. Levando em conta o bom senso de cada manifestação pois por vezes algumas belezas se transformam em tragédias pelo simples abuso, esse é o ponto de equilíbrio, o abusar ou a escassez, tudo aquilo que prevalece é a manifestação do teu coração e não padrões, de minha parte padrões são feitos para serem destruídos, porque eles constituem uma mentira que contamos para justificar as coisas mais egoísticas da existência e nada mais.
É claro que a feiúra existe mas ela nada tem haver com a apreciação que inspira a beleza,uma lagarta pode ser horrível ou pode ser bela, horrível porque é um ser asqueroso, rastejante e abjeto, e linda porque é um estado absolutamente provisório de sua condição, seu destino é fadado a ser borboleta.O estados horríveis, trágicos, tristes, dolorosos da existência são assim, mas para isso é preciso saber ver e sobretudo entender em sentimento e razão sublimada pela inteligência profunda.
Hoje tosco, amanhã arte, hoje rascunho amanhã perfeição,hoje trágico amanhã aprendizado, hoje difícil amanhã simples,hoje uma lagrima amanha um sorriso, assim é a vida, assim somos nós, somos um estado intermediário, hoje uma ponte em céu e inferno amanhã...

Do fundo do meu coração.
Paz e luz no teu caminho.

Fabiano.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

A arte de não dizer nada (o engodo fundamental)

Conforme as concepções introduzidas e desfeitas pode-se deduzir a imensidade de proporção dantesca que nos envolve, é claro dentro da idéia fundamental que tenta absorver todas as nossas emoções possíveis e não dimensionadas, porem mais tarde quando a situação inverte-se e então a realidade torna ao inicio simplificado com todas as nuances e detalhes compreendidos em sua essência natural.
Removendo-se os devidos contextos chega-se a exposição nua de sua síntese basilar, é claro não que isto vá alterar muita coisa, mas com toda certeza propicia uma nova abordagem antiquada descontextualizada o que a torna mais liberal, liberta de grilhões, mas por uma fatalidade incidental não podemos evidentemente priorizar tais concepções por serem de uma natureza aleatória e inconclusiva o que mais uma vez leva-nos insustentabilidade da premissa principal.
Volvemos então ao pressuposto da concepção na ânsia de ao traçar novas diretrizes possa obviamente entender a gama de possibilidade inerentes e arrazoadas.
Mas por agora esqueçamos tudo isto, por tal menção não tem significado algum, não trata-se de assunto algum, com idéia alguma com entendimento algum possível, uma imensa perda de precioso tempo para nos levar a apenas a um lugar.
Nenhum.
É exatamente assim que me sinto diante de muita gente, essa era apenas uma idéia flutuante e impalpável.

Parabéns a perda de tempo que alguns seres humanos nos propiciam.

Com doce irritação.

Fabiano.
Minha sagacidade é doce, minha ternura é hostil, sou de um temperamento naturalmente agridoce.

Fabiano.
Quando todos se tornam iguais...

Gostaria mesmo de alguma forma depositar um pouco de boa intenção com os entes humanóides,até gostaria mesmo, por vezes quando estou em bom ou razoável estado de espírito talvez eu até esteja disposto a te entender, saber compreender tuas fragilidades e coisas do gênero, por mais estejas no teu melhor (e isto sempre é duvidável ) naturalmente a tendência pessoal é alcançar pícaros e depois rastejar para o abismo natural.Em quase tudo somos assim, deixemos de lado otimismos baratos e observemos a realidade intrínseca com olhos aberto, sem nenhum filtro ou objeto que possa dulcificar a percepção.
É de fato penso que todos somos iguais, tanto no pior como no melhor só existe leve diferença no meio do caminho para ambos onde estamos em processo de burilamento que nos levará ao que desejamos para nós mesmos e conseqüentemente para os outro.
Então como esperar um toque de genialidade, beleza e alguma inspiração daquilo que é naturalmente previsível em seus extremos? As vezes conversando com uma pessoa, tenho a santa impressão que estou sempre conversando com a mesma pessoa, nunca muda a dinâmica sempre é mesma, problemas de toda sorte, os mesmos desejos, as mesmas aspirações o mesmo querer, sinceramente você não fica irritado com você mesmo por se assim? Bem se você não eu fico, por vezes conversando com mulheres ou homens tenho a impressão breve que todos tem o mesmo nome, como uma massa compacta feitas de algumas poucas e desimportantes emoções e nenhuma inteligência, é disso que é feita a maioria.
Me mostre alguém especial?Quem pode ser especial em um mundo que todos querem ser especiais, filhos diletos do criador?
Então de um modo coletivamente individualista podemos dizer, o que te anima, anima a bilhões de pessoas numa espécie de perpetuação infinita de toda a dicotomia da mediocridade e cretinice fundamental genética, entremeados por lampejos,momentos de emoções sublimadas quando conseguimos mediante a dor superar as nossos gigantescos condicionamentos, romper com tais condicionamentos é desbravar novos caminhos, um caminho solitário agreste e difícil você irá se arriscar?
Pode-se arrancar a burrice, ignorância e toda a obtusidade de um ser de forma imediata?É claro que não,uma mente não preparada sofre com a verdade,então de certa forma a mentira é uma justificativa quase perfeita, poderíamos dizer que um rascunho da obra de arte seria uma mentira da arte de um artista ?Ou o ajuda a conseguir extrair do fundo de sua alma a pureza da forma exuberante de beleza e inocência como a espelhar o sopro que vem da alma repleto de carinho e afabilidade, pudessem os seres viver do perfume que vem suas almas e iluminados pela fragrância de uma sutil inteligência, tão bela e natural como o éter.
Pudessem não ser, nem João ou Maria ou qualquer outro nome, mas antes sim ser o simbolismo de um mundo em que a natureza seja a mutua compreensão, quase como um arranhar de amor, como um abraço do vento...mas isso é demais para tantos, eu lamento.
Uma voz muda que grita,um silencio de silêncios, com a sua licença eu me calo.

Paz e luz em teu caminho.
Com minha benção.

Fabiano.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Um mel a mais...

“...então abraçaram-se e carinhosamente trocaram afagos,abraços, beijos e profundas e excessivas gentilezas, ao longe podia-se perceber o que ocorria aquela relação inicial com toda as nuances quase uma dança da sedução infantil, características de encantamento, o pecado inocente de cada um, os sonhos mútuos e repletos de perfeição...então pegaram a cerveja e encaminharam-se para beira da praia, onde estava mais escuro, mas em função das preponderantes emoções, ficaram a olhar as estrelas,a apontar para lua, a sorrir ingenuamente criando no espaço impalpável fantasias douradas.
Lembro que citei o que possivelmente estariam dizendo um para o outro, as palavras “lindas” e quase irreais...eu lia em seus olhos o pensamento dela, ele é ou seria o amor de sua vida, aquela pessoa que passou esperando durante muito tempo e preenchia seu imaginário, ele por sua vez a acariciava como se fosse a primeira vez, repleto de carinho e ternura, se bem me lembro, ficaram assim por mais de meia hora, abraçados e trocando juras de eterno amor, lembro que pensei, aquela situação só era possível porque ambos não se conheciam intimamente e profundamente, mas tudo é uma questão de tempo, e a inexorável vivencia cotidiana se encaminha de transformá-los em dois estranhos, seres eqüidistantes de todo aquele excesso amoral,amoroso, emocional, de minha parte não tem amor que suporte todo e qualquer excesso, tanto de falta como de abundancia.
Confesso que só de ver aquela situação, tive pena deles ,do imenso caminho que ainda terão até chegar a leve e doce realidade, romper com aquele mundo ideal, idílico e repleto de sonhos, ao ponto de chegarem a ser ambos ocultos a luz dos olhos, estranhos um ao outro como uma entidade espiritual que toma conta de seu “cavalo” e o abandona quando algo da errado, com pepino na mão!
É vero que não estou fazendo uma abordagem sutil, tênue, longe disso, mas por outro lado estou sendo o mais realista possível,e neste aspecto sou bíblico até, Adão teve problemas no paraíso, imaginemos nós os herdeiros de seus problemas? É claro Adão não era muito esperto e Eva era mais fraca a tentações, a serpente é a vilã(sempre uma terceira pessoa leva a culpa de nossa profunda e infinita idiotice), o que vejo ainda hoje é o mesmo Adão iludido com os prazeres instantâneos, uma Eva solitária que tenta fugir de sua carência quase que a qualquer preço e uma serpente que usa ambos para seus fins, cada um de nós tem a sua serpente particular, intenções, emoções e todos os defeitos inerentes a tosca alma humana.
Existe esperança ,(não gosto desta palavra),se uma relação sobrevive as fantasias,e depois a realidade inescapável e a sublimação pela a maturidade das emoções, é porque ambos souberam entender as fases do amor que é absolutamente dinâmico e altera-se de minuto a minuto, mas para tanto, é preciso ter ao contrario que se pensa não amor de sobejante, mas antes sim inteligência, uma dose de flexibilidade e paciência, somente assim se pode atingir o pináculo de qualquer coisa seja ela amor, trabalho ou simplesmente viver em paz.
Quando ambos se tornarem estranhos é que veremos de que é feito o sentimento, de que são feitos os seus corações, de espuma ou de solida convicção, a ilusão é doce mentira, e elas são feitas de excesso, tudo que excede é porque esta fugindo de alguma coisa.

Dedicado a todos os amantes e amores e fazedores de sonhos.
Fraternalmente e quase irritado.

Fabiano.

terça-feira, janeiro 15, 2008

"Necessitam-se vinte anos para levar o homem do estado de planta em que se encontra no ventre de sua mãe e do estado de puro animal - que é a condição de sua primeira infância - até o estado em que começa a manifestar-se com a maturidade da razão.”

Voltaire

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Raso, retirado...

Quase tudo que nos cerca é uma complexitude infinita de rasura causa uma impressão que tudo é de alguma forma importante, mas pela simples observação mais acurada e natural da vida percebemos que quase nada efetivamente é importante(no sentindo que nos fala ao coração), a grande maioria das coisas são repletas de vácuo, de um falatório bem articulado por vezes incentivador e inflamado no sentido de provocar a fleuma de nossa “alma/ego”, um estimulo externo como um fogo fátuo, assim como de uma paixão, que faz alargar nossos sentimentos de forma repentina e depois dissipa-se, desaparece como se nunca tivesse acontecido, tal como grandes tsunamis, deixando apenas marcas por vezes irreversíveis.
Apenas para contextualizar nossa abordagem, já alguns acham que eu sou vago,esquivo quase distante em minhas colocações, falemos de um assunto da moda, aquecimento Global, a guisa de prolegômenos, com toda certeza você tem “perdido” o sono por causa deste tema, não é mesmo? Que assuntinho mais superdimensionado, não que não seja verdadeiro, no ritmo que segue a poluição de toda sorte com toda certeza iremos naturalmente pagar caro os efeitos devastadores como já de alguma forma vem ocorrendo, mudança do tempo, alteração drástica de temperatura,derretimento dos pólos,camada de ozônio,e aquecimento dos oceanos, isto só para citar o que esta na moda atual, mas sendo sincero amigo(a), em que isto toca realmente em teu coração e tua mente? Ou será que você não tem problemas mais imediatos que precisam a tua atenção neste instante...?
O comportamento do ente humano individual é semelhante aos dos grandes países e empresas poluidores considerados os “vilões” desta historia que já tem alguns anos, ou seja, estão se lixando!! Passados os modismos, certamente inventaremos outro para substituir, para preencher as manchetes, para propagandear produtos “tecnologicamente corretos”,”politicamente aceitos” “moralmente entendido”, e toda esta conversa que serve apenas para disfarçar nosso profundo descaso, primeiro pelos semelhantes, depois pela natureza como um todo, nossa falta de sinceridade em assumir posturas reais é que é o verdadeiro vilão subjacente ao contexto exógeno.
Quando realmente as coisas relevantes da vida assumem importância real para cada um de nós?
Resposta simples amigo(a), é quando perdemos, quando sentimos dor,é quando as conseqüências vem ao encontro de nosso coração,de nossa mente, de nosso corpo. Quando perdemos a saúde passamos a querê-la com todas as veras da alma, quando perdemos alguém de suma importância em nossa vida, desejamos dizer todas as palavras que calaram ao longo da vida em nossa garganta, quando não mais temos o abraço fraterno e quente, quando o carinho não afaga mais nosso rosto, quando as vozes ficam mudas, quando os sorrisos se tornam ausentes, quando não mais podermos sorver um gole de água pura e cristalina, literalmente quando a vida entra em extinção aí temos anseio pela vida, é como se despertássemos de um sono por causa de um sonho paradisíaco, e ao acordar-se a percepção súbita que não era um sonho, mas antes sim um pesadelo real, e quanto a isto amigo não tenha duvidas a realidade é inexorável, as vezes bela e doutras nem tanto.Como um colapso harmonioso.
Você achou minhas colocações muito distantes da realidade?
Não responda a mim, porque a consciência embrutecida não desperta pela simples razão?Porque não somos seres movidos pela razão e talvez os poetas tenham razão, o ser humano é um coração bruto, com lampejos eventuais e esparsos de iluminação, nem bom e nem mau, apenas eventual, interesseiro, egoísta e profundamente ambicioso, e em outros momentos tranqüilo e quase pacífico, plácido.
Será que queremos retirar o raso dos nossos paradigmas estratificados?Será que é possível ver um pouquinho mais alem do que a virtualidade momentânea propõe?Ou que nos chama instantaneamente é a nossa maior expressão de pensamento e emoção possível?Soa como um profundo contra-senso de alguém que sabe que é preciso viver o presente na vida, mas ai entra em cena um refinamento, uma sofisticação de pensamento é preciso saber viver o presente a luz do eterno, de um modo muito generalizado as pessoas vivem no “presente” mas a luz do seu Ego e isto obviamente leva-nos por caminhos dolorosos o então caminho já mencionado da natural extinção, seja ela da natureza,da emoção, do pensar, dos fundamentalismos de baixo nível.

Paz e luz em teu caminho.
Com minha benção.

Fabiano.
Tédio Diligente

Após acurada reflexão a respeito da vida e de coisas que eventualmente me aborrecem e certamente aborrecem a muitos era preciso escrever isto.
Isto é uma declaração de inocência a todos os que convivem, conviveram ou vão conviver comigo de alguma forma, sendo este convívio próximo, longínquo ou eventual, todos vocês de alguma forma são completamente inocentes no melhor sentido da palavra, não existe nenhum problema com suas personalidades, com suas emoções com os aspectos comuns que regem as suas vidas, alias cada um sabe o seu real drama existencial particular, e posso assegurar que todos os temos, drama silencioso feito de coisas que nos atingem as emoções e a mente de alguma forma, coisas pessoais e solitárias.
Aqueles todos que estão a minha volta são boas pessoas, repletos de intenções positivas, com bons pensamentos, têm seus problemas é certo, mas possuem enormes qualidades que as tornam pessoas especiais, educadas, gentis e algumas até ternas, não há nada errado nisso alias isto é a dinâmica da maioria das pessoas, todos de alguma forma querem o bem (não entendo como o mundo esta como está, com tantas pessoas boas que querem o bem...),claro a grande parte das pessoas ainda é parcial, frágil, e vive em seu mundo egoístico, eu compreendo, afinal é difícil amar a todos indistintamente não é? É difícil suportar tantas diferenças, e justificá-las no âmbito filosófico-religioso, vivenciando no seu aspecto real, drama que a consciência cria, saber o correto e viver no “errado”, eu entendo, tudo isto é o comum de nossos dias, e você e nem eu podemos fazer algo ostensivo para alterar isto de forma coletiva, é o normal e tranqüilo, afinal nos seres em burilamento e neste estagio, erro e acerto são didáticas de evolução,e precisaremos conviver com os outros e conosco mesmo neste processo, sem saída!
Então,amigo(a) você é inocente, a culpa não é tua, você é inócuo,infantil,singelo e puro, o problema sou EU, sou eu que não te suporto, sou eu que em verdade deseja vivenciar algo incomum, algo que você não pode me dar e nem precisa me dar, tudo o que você pode me doar ou causar é tédio e pena, isto é tudo e de alguma forma isto é a justificativa para todos os problemas na área de convivência que tive, tenho e terei, você me causa tédio, me entendia a maneira como pensas a vida, me entedia a tua limitação mental, a tua obtusidade emocional, me causa um enfado o aspecto profundamente simplório como pensas a vida a maneira e modelo que estabeleces para ser feliz ou para imaginar o que a felicidade seja isto ou aquilo, me causas enfado, pelo teu jeito, pelo teu querer, por teus sonhos simples, pela tua maneira tão simples de querer as coisas e imaginar que este querer pode te dar prazer eterno, esta é a tua verdade e ela me cansa.
As frases feitas, os pensamentos prontos, os modelos estabelecidos, as emoções programadas, as ofensas fáceis de serem atingidas em ti, o sorriso tolo, que sorri por sorrir, a ausência de teu refinamento espiritual, a incapacidade de acompanhar, as promessas estanques feitas naturalmente para serem quebradas, o carinho interesseiro que busca a retribuição de alguma forma de qualquer forma, o amor...o amor que só ama a si mesmo, mas como disse, de nada disso tens culpa,isto é a tua vida e eu prefiro não te causar transtornos ,ficar longe, para que possa manter alguma apreciação a respeito da tua pessoa a distancia é a indicação.De longe toda convivência é possível, uma virtualidade presente.
Por isto fico distante, de ti e todos, porque meus pensamentos são velozes e fagueiros, minhas emoções sutis, minha verdade dinâmica e minha passividade é agressiva, mas todos estais inoscentes, não tens nenhuma culpa de nada, peço que me perdoais se for possível, alguma atrocidade que tenha destilado em suas vidas, certamente todos estavam com razão, e isso assumo, é fato, se houver algo que possa fazer para vos ressarcir, compensar eu o farei, sendo que a primeira coisa que irei fazer é vos privar de minha convivência, para que todos possam viver em paz, saiba querido amigo(a) és um ser especial que busca a sua evolução natural, como as flores a espera da primavera, como os frutos em semente, sois folhas verdes em meio a natureza, tentes e tereis todas as probabilidades para conhecer os fragmentos emocionais que falam tanto a alma, que sussurram belezas em vosso coração, ficai tranqüilos não tendes culpa, ficai em paz.
Tenho rigorosidade odiosa como uma doce manifestação, meus desejos são o teu ser de amanhã, o teu hoje me são argolas de ferro que me prendem em isolamento plenificado, e como querer que anseios do amanhã abrace carinhosamente o hoje?Não há como.
Então me perguntam, que querer é este que tanto buscas?
Que coisas seriam estas que minha alma tanto anseia?
Posso vos repetir se ainda não entendestes, vos responderei, com todo prazer.
Uma perfeita inteligência sutil, refinada e não condicionada absolutamente nada, um perfeito sentimento puro, imenso e livre inclusive de si mesmo,só isto basta,mas isto simplesmente não qualifica a ninguém na face da terra ou no céu.

Paz em teu caminho.
Com minha benção.

Fabiano.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Quando nada fala ao coração

“...então prorrompeu uma serie de impropérios e desaforos que tinham por objetivo aliviar seu pesado coração ferido de uma forma tão abrupta, dizia as grosserias que gostaria de escutar como uma autopunição, um autoflagelo para alcançar a pureza da alma, como a maioria de nós que dizemos atrocidades na ânsia de livrar-se de grotescos e primitivas emoções, a ofensa aos outros é puramente incidental efeito colateral de uma fragilidade que não tem ou sabe como tomar caminhos mais sublimes, talvez mesmo seja o termômetro para medir os sentimentos capazes de nos levar a atos impensado, a natural cegueira do instinto, a parte mais desenvolvida de nossas potencialidades mentais.
Porem é importante saber, nada disso vem da realidade de nosso coração, vem de nosso condicionamento primitivo, pode iludir-se de maneira a traduzir estes pensamentos e emoções através de nosso coração, mas a verdade que odiar com todas as veras do coração é um ato impossível por ser um estado de inconsistência dimensionado na verdade naturalmente transitório, pois este estado leva ao auto-aniquilamento da alma, e se existe uma realidade intrínseca pode-se dizer queremos de alguma forma nos preservar,assim sendo tudo é uma questão de tempo que nos leva não a uma conversão espontânea, mas um despertar de si mesmo, da sua real dimensão,de valores existências e sobretudo de uma sede de paz, de amor e de profunda serenidade da alma.
A voz do coração é misteriosa, feita de silêncios o qual não costumamos ouvir,por vezes, preferimos o tumulto de mil vozes vazias quem enchem os sentidos, impressionam aquilo que temos de mais grotesco e que deixam uma abismo na alma. De minha parte posso falar, sou um exemplo do quão poucas coisas falam a meu coração, muitas vezes escuto das vozes dissonoras, inarmônicas poemas repleto de maquiagem, de retalhos,pedaços imperfeitos de tudo que se diz, pensa ou age e com uma total ausência de si, assim sendo para mim existem muito poucas pessoas de verdade, não consigo fechar o numero de minha mão, e não trocaria minha solidão por todas a vozes que dizem juras de amor,clamam, porque nada me toca a alma, meu abismo é fundo demais, a algum tempo atrás já havia escrito de minha total falta de fé nos ser humano, talvez tenha me enganado, tem uma pessoa que confio plenamente, a mim mesmo, os demais...como confiar em alguém que não sabe o que é?Você confiaria em um estranho?Neste aspecto posso dizer que confio sabendo de sua fragilidade pessoal e da sua eminente possibilidade para o fracasso, confio plenamente sabendo das suas fraquezas, portanto não me surpreendem.
As vezes meu coração fala, mas infelizmente ninguém escuta, meu coração fala pelas palavras que não digo, fala pelos meus olhos ao olhar as estrelas do firmamento, quando desejo fundamente o abraço do vento, quando desejo beijar a aura das flores, quando desejo arrancar do teu, do meu silencio as notas mais harmônicas, a musica das esferas, puxa pudera arrancar das fibras de meu coração tudo isto e emprestar meus anseios a muitos, assim fala o coração, não são os lábios que são belos, antes sim o que eles proferem que traduz beleza, não são os olhos belos, mas o que aquele olhar traduz, não é o corpo delgado com vaporosa vestimenta que desperta a paixão, mas é o gesto que o impulsiona de forma impalpável que embora quieta fala a alma, as vozes do coração, como explicar em palavras o que flutua no éter, como tornar palpável aos teus olhos a chama que brilha no fundo do teu próprio coração?
Aprendi com o tempo que quando capturamos o amor ele imediatamente começa a fenecer, suas asas não podem abrir-se em um gaiola dourada,é livre que deve ser e buscar sua própria essência, é livre que deve partir de ti e sondar as profundezas de outrem, sem prender-se, ou encarcerar, buscando a comunhão de serena beleza, deve procurar não a tua presença antes sim a tua ausência, não a tua voz mas teu silencio,não teu corpo mas teu hálito.

Paz e luz em teu caminho.
Com minha benção.

Fabiano.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

NA BUSCA

Pensamos;
Procuramos;
Rodamos por tantos cantos
À procura de algum encanto -
Um momento santo
Capaz de fazer frente
Ao interno e silencioso pranto...
Desencanto.
No entanto,
Num súbito espanto,
O encontramos
Num interno e silencioso canto...
Não mais pensamos;

Não mais procuramos;
Não mais rodamos, apenas,
Sentamos e aquietamos...
Sabemos!

Nelson Jonas

terça-feira, janeiro 08, 2008

"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta."

Albert Einstein
Uma verdade e Uma mentira

Pudessem as coisas serem mais simples...
Dera e pudera a alma não trotear por descaminhos da vida
Saberia se possível, fazer tranqüila e doce semeadura
E fazer brotar flores raras entre as pedras duras e secas
Nem sempre o trabalho do semeador é feito em terras propicias
Antes sim, o verdadeiro semeador extrai do deserto caustico,
Belezas singelas que possivelmente não alimentem o corpo, mas que sem duvidas
Transportam a alma para serenas paragens.
Pudessem todas as minhas,tuas e nossas verdades casarem-se e juntas sondarem o infinito e o éter, buscando
Nada mais a não ser a plenificação de si.
Pudesse antes de proclamar o melhor e o pior em ti, ver com olhos desnudos de todas as ilusões,
Fantasias e mentiras contadas de ti para contigo mesmo, e apreciar por breve instante que fosse
O fugidio momento de paz, que o cansaço da estrada nos faz querer verdadeiramente.
Puxa, pudesse eu contar as verdades, e antes de disso trazer luz a tua capacidade de entender, mas os olhos
Não empresta a sua capacidade de ver, e nem o coração pode vestir os sentimentos que não lhe pertencem,
Nem mesmo a verdade por ser única empresta seus adornos singelos, e nem transfigura-se,é nua e pura
Em sua nascente, como não o são os pensamentos órfãos que vagueiam em tua memória, sem pouso ou descanso em teu coração.
Posso te dar de mim, uma taça cheia de puro fel que ainda sim estaria acariciando tua fronte para que
Entendas que nem tudo se dá exatamente como queremos, mas antes naquilo que é a
Completude de nossa alma, e por vezes o carinho nos intoxica as entranhas e doutras as dificuldades fazem-nos
Querer o infinito, embora com alguma dor.

Luz em teu caminho.
Com minha benção.

Fabiano.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

"A falta de liberdade não consiste jamais em estar segregado, e sim em estar em promiscuidade, pois o suplício inenarrável, é não se poder estar sozinho."

Dostoievski
Série,Erros da Criação!

Muito longe de criticar os processos criativos da vida ou mesmo de tentar colocar o Senhor em check, o qual de certa forma todos somos colaboradores e participes deste contexto cabe naturalmente quem sabe sermos pontos de referencias em cima do que hoje esta criado, quase tudo é justificável em termos de erros, afinal somos imagem e semelhança Dele, quando Ele criou o todo o fez em seis dias e descansou no sétimo, tamanha pressa naturalmente não permitiu vislumbrar detalhes comezinhos advindos do cotidianos mais aproximado da existência, inclusive nós quando nos observamos de longe temos uma impressão que tudo esta normal e perfeito no entanto quando entramos no contexto interior de cada um o que vem a acontecer? Percebemos as naturais falhas advindo de uma obra que em linhas gerais esta perfeita mas que “peca” em detalhes, o como disse não é uma critica ao Demiurgo é uma ironia aos participes que ainda não conseguem arredondar os cantos das obras tornando-as apreciáveis em sua excelência mais profunda, mas afinal quem quer profundidade hein?Se o grotesco te satisfaz então este texto é dedicado a você, sarcasmo e ironia a parte deixe-se levar por pensamentos no mínimo divertidos do teu cotidiano que hora nos encanta e por vezes nos faz rir da própria desgraça.


Acordando Pela manhã!!

Pensando cruamente em termos gerais da vida chego a conclusão de um dos porquês das relações ultimamente darem com os burros “nagua”é justamente o despertar pela manhã, é impossível encontrar prazer ao acordar pela manhã e deparar-se com a remela, o rosto marcado de baba, os cabelos em desalinho total, a voz rouca e sonolenta, o natural estado de “abobação” de quem não esta entendendo nada, acho um erro profundo acordar ao lado de alguém com este aspecto, entendo que é a vida real, e portanto inescapável ,mas pense, é um desprazer, salvo quando é possível deboche e ironia que leva as pessoas a rir da própria tragédia, você consegue isto?
Prometo não ser asqueroso neste relato, mas já acordei com pessoas que ao levantarem-se da cama pela manhã antes e qualquer bom dia possível (diga-se de passagem, dar bom dia com este aspecto narrado é a maior das ironias, péssimo dia!!) então a criatura levanta-se e punha-se a cuspir no sanitário, entre tosses, engasgos e escarros, fora o contexto inimaginável que muito longe encontra-se da beleza, alias beleza ao acordar pela manhã?Só é possível se ambos estiverem encapuzados ou bêbados!!
Deixe assim, eu entendo, é claro que tenho espelho e sei logicamente não sou uma obra de da Vinci pela manhã, mas já prometi privar as pessoas deste ridículo, existem algumas expressões usuais e condicionadas que afirmam que este circo faz parte do amor, são uma mentira contada para nós mesmos para nos ajudar a conviver com isto, alguns chamam isto de cumplicidade, intimidade,convivência e relação.
Ai uma boa dica, talvez para as relações “darem certo”a solução seria a total ausência de intimidade, sem intimidade alguma, vivendo uma vida como se não houvessem “corpos”, comunhão de almas, apenas um amplo campo de idéias inteligentes e um vasto universo de emoção, inteligência e emoção, quer maior afrodisíaco que este?Deixemos as remelas, o coco, e a baba,os maus odores de fora e fiquemos com o aspecto mais sutil, seria possível nos encontrarmos apenas para brindar a beleza da vida?O prazer?E convivência harmoniosa?
O refinamento da existência?
Ou será que somos feitos inacabados e toscos para esta convivência mais aproximada feita de mal aspecto e péssimo aromas?
Você acorda perfumado(a) pela manhã?
Bem com esta idéia de desconvivência certamente promoveríamos a extinção da raça humana(diga-se de passagem não se perderá lá grande coisa...).O criador poderia ao fazer os acabamentos de sua obra ter lembrado-se disso,e tornar o sono um estado mais natural, sem que fosse assim tão danoso para o aspecto físico das pessoas, ou então a pessoa acordaria como se não tivesse dormindo apenas fechado os olhos, sem remelas ou baba, seria uma espécie de sono desperto.
Sem duvidas intimidade é letal, estranhos são capazes de dar-se a vida inteira sem que fronteiras de proximidade sejam rompidas e conseqüentemente levadas ao extermínio natural, mas bem certamente você deve estar se questionando que existem exceções, logicamente que sim, existem pessoas que conseguem conviver, suportar e sublimar isto, mas são cada vez mais raros,em estatísticas e eu não acredito em estatísticas, afirma-se que as pessoas cada vez se separam mais, que os casamentos são cada vez mais breves isto deve ser um sintoma de alguma coisa!!
Não, mas não preocupe-se, nada disso é com você, como quase todos os temas mais relevantes da vida tudo passa a sua periferia e alem do mais convivência é um dos maiores pecados humanos, não suportamos o diferente, o estranho e muitas vezes fazemos de ouvidos de mercador para alimentarmos nossa ignorância latente.

Bem, nada mais, faça o que for possível e tenham um bom despertar.

Fabiano.
"A maior prova de resistencia biológica do ser humano
é sua capacidade de sobreviver a esta montanha
infinita de lixo que é a cultura pop."

Paulo Francis
Gosto dos tolos de cara alegre.

Fabiano.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

O motoqueiro Fantasma existe!

Não irei insultar ninguém, mas penso que por um breve momento que realmente a fantasia imita a realidade ou ambas simulam-se simultaneamente fazendo-nos acreditar no acaso da existência, tudo são acontecimentos que devem ou pelos inspiram momentos de reflexão, podemos concluir que coisas desagradáveis acontecem a todo momento,o problema certamente não é este, mas sim como reagimos diante de tais fatos, as vezes podemos espelhar uma quase humanidade singular e apreciativa ou podemos trazer a baila o inferno com todos os seus demônios e asseclas, naquele dia eu decidi sorrir e ficar mais ou menos em paz, afinal o trágico já havia acontecido.
Estava dobrando para chegar em casa e o motoqueiro fantasma invadiu a minha porta direita fazendo uma acrobacia sem proteção indo beijar o solo feito de pedras em um sacrifício feito no altar da burrice e desatenção e claro com algum sangue advindo de suas superficiais feridas pois todo sacrifício que se preze é preciso haver algum sangue e dor, da moto retorcida e da porta destruída o dano mais intenso foi sem duvida o bolso.
Confesso que por um instante fique pensativo, não sei estou emulando uma humanidade forçada pois quando o motoqueiro fantasma bateu a minha primeira real preocupação foi com ele, bem eu mesmo nem acreditei nisto de uma maneira ou de outra geralmente não me importo com sacrifícios de guerra assimilei que faz parte da existência e minha insensibilidade me deixa a parte de tudo que ocorre com você e o mundo, realmente não me importo, e talvez não tenha me importado com ele, mas antes sim comigo mesmo, detestaria ter um motoqueiro fantasma morto em minhas costas com todos os ônus de responsabilidades judiciais e policiais, é tem razão não me importei com ele, sim com minha idoneidade.
Curiosidades a parte o motoqueiro fantasma era um chorão, compreendi seu choro quando fiz o orçamento de minha porta, mas nas estruturas mais subjacentes do ocorrido percebi que o rapaz já tinha tido um dia difícil e que aquele acontecimento culminara naquilo que simplesmente ele se negava a acreditar embora fosse real, afinal coisas ruins acontecem.
O ponto de apreciação neste contexto creio ainda ser o primitivismo de nossa pseudo-humanidade,somos “bons” não porque isto se trate de perfume natural de nossa alma mas porque circunstancias advindas de um resultado penoso que de alguma forma nos levem a constrangimentos de alguma sorte “inspiram” dentro da nossa hipocrisia o bem que não existe de verdade causado pelo mal que existe de forma real em ti, em mim e em toda humanidade.Quando o bem será a natural dinâmica de nossa vida?Sempre pensei isto e confesso que a resposta ainda não chegou em sua maturidade, aprendi que uma coisa só é verdadeira e boa quando o ato que inspira for feito de desapego do bem e do amor em si em sua manifestação mais simples. Bela e natural, se você desejar mesuras, reconhecimento,agradecimento e correspondência, é porque nunca foste sincero, apenas pensavas ou pensas apenas em ti mesmo,o resultado é altura de ti mesmo, funesto.

Paz e luz no teu caminho.
Com minha afeição.
Fabiano.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

"Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas quando parte, nunca vai só nem nos deixa a sós. Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada."

Gibran.
Hora da Redenção

“...então ele olhou com olhos injetados de sangue, viu o quanto ela era desprezível, um ser abjeto, tudo que lhe provocava na alma eram os sentimentos mais frágeis e feios, a ignomínia a qual ela fazia acordar em si, ela despertava em mim tudo de pior ao que o ser humano pode ser exposto, sempre temos alguém a qual não gostamos e que nos faz descer os abismos de primitivas emoções , alguém que faz a raiva, ódio em nós manifestar-se da forma mais dramática encenando em nossa vida as vis e lamentáveis emoções.
Então ele caiu fundo em si, é por vezes impossível resolver uma situação quando a outra situação é outra pessoa a qual ficamos nus e expostos, mas a sinceridade sempre é algo que de alguma forma, um paradigma que abre saídas para uma possível solução isto naturalmente quando se é um mínimo inteligente,em verdade não precisamos gostar e amar a todas as pessoas com quem convivemos, isto é impossível, mas com toda certeza é possível nos respeitar e manter limites de quase aparente equilíbrio, uma emulação de que tudo esteja em harmonia, um armistício que permite uma certa distancia psicológica simular paz.
Cansaço de tudo isto,e alguns de nós conseguimos dar conta que o primeiro a ter contato com emoções brutas e primitivas somos nós mesmos, até quando? Creio que esta saturação não depende de mim e talvez nem mesmo ta tua boa vontade é algo que vai alem da concepção trivial, falamos aqui amigo de limites feitos de correntes, de estreiteza e limitação de pensar e mesmo que tenhamos a capacidade mental de entender determinados conhecimentos ele ainda sim é muito frio em relação aos nossos quentes primitivismos, e posso afirmar neste ínterim que neste aspecto o conhecer ou desconhecer faz nenhuma diferença quando existe a tua ausência pessoal.
Todos nós sabemos as regras de uma boa e relativa saúde, mas o que isto muda em nosso comportamento efetivo e real, fazemos tudo para termos uma boa saúde?Não minta para você mesmo.
Mas um dia chega, e como lei imperativa da existência nos deparamos antagonicamente em situações que nos colocam no extremo oposto daquilo que sentimos,não me refiro a punição, karma, castigo divino e todas estas besteiras que os auto-culpados inventam para obterem a “salvação” de suas alma falidas, nada disso, mas em determinado momento assumimos um papel inverso e onde as coisas que nos transtornam se fazem sentir em sentindo mais intenso e profundo dentro da sua própria vida... Então ela o olhou e o viu como nunca o tinha visto, e sentiu asco,náusea de o ver assim, ele que antes a odiava agora a amava, e ela que o amava agora não mais,na consciência dele o flagelo de queres sofrer por um engano cometido, um desentendimento,uma fragilidade inerente a nós,um querer não entender quando se tem razão e um desejo profundo de compaixão quando se esta equivocado, quando se erra, agora estava ali, gostaria de nunca ter dito tudo que disse, feito tudo que fez,sentido tudo que sentiu, quanto tudo pode ser mais simples amigo, faça este favor a você mesmo simplifique e sobretudo suavize,quando alguém lhe transtorna esta pessoa esta sendo um mestre a lhe mostrar as tuas limitações, as tuas fragilidades, teus orgulhos, não deixe os péssimos sentimentos em ti falarem mais alto mas antes sim deixa a tua luz brilhar,faz tua inteligência aparecer porque quando existem escuros labirintos emocionais é necessário habilidade e flexibilidade mental e uma jocosidade entre humildade e arrogância.
Não pense que amor é solução, longe disso, um amigo meu costuma dizer que devemos sempre buscar a linha do equilíbrio, e ser equilibrado não significa ser exatamente o mesmo sempre, é ser regular a luz e sombra dos acontecimentos.Posso dizer que sou agradecido a todos os mestres e mestras que tive e não foram poucas(os),suas insanidades me ensinaram muito,suas emoções descontroladas burilaram minha alma tratando cruamente com sentimentos em mim, tratando-os fazendo aparecer sua verdadeira aparência e beleza ou por vezes suas feições carcomidas.
Agradeço, apesar dos pesares,de alguma forma todos acabaram lucrando,mas nada é absoluto na vida.


Paz e luz em teu caminho.
Com afeição.
Fabiano.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Vida de Lagarta e o instante borboleta!

“A Borboleta que esvoaça em volta da chama até se queimar é mais nobre que a
toupeira que vive, segura e descansada, na sua toca fria e úmida.”


Lembro o dia em que tive oportunidade de ver ambas conversando, eu permanecia em off, apenas como um mero observador do acaso mas que de uma forma especial permite um aprendizado, então disparou a lagarta olhado uma borboleta esvoaçante:
-Borboleta,borboleta sinceramente não te entendo como podes ser assim tão feliz, me informei e fiquei sabendo que as borboletas vivem apenas um dia que acordam com o amanhecer e partem para o mais alem ao cair da noite, sinceramente tenho pena de ti, borboleta.
A borboleta que agora havia pousado em um pequeno ramo fino em flor,aproveitava para aspirar o perfume da bela florzinha amarela enquanto ouvia a arenga da lagarta, e então quando a lagarta calou-se disse:
-Ola amiga lagarta, como você está?Olha vou dizer algo para você,não entendo muito de borboletas ou mesmo de lagartas, e talvez nem mesmo de fé, mas posso dizer para você lagartinha, amanha serás mais linda que eu hoje sou, e compreenderás que a vida longa de uma lagarta destina-se ao apogeu que é virar por um instante fátuo de um dia o brilho de vida intenso de uma borboleta, neste dia tudo tornar-se-á claro para ti,todo o sofrimento valeu, e tua prece ao céu será o beijo que dás as flores como um eterno agradecimento .
Então a lagarta calou-se, e pela suas feições pude ver que não entendeu nada e com indiferença na alma amaldiçoou a borboleta, que levantava vôo.
No dia seguinte não ouviu-se mais a voz da lagarta, mas podíamos ver apenas pendurada em um galho um casulo,a crisálida de seda silenciosa e misteriosa a espera do amanhã.

Paz e luz em teu caminho.
Com afeição.
Fabiano.
A primeira de 2008

Bem finalmente o ano começou, pelo menos no calendário, é um principio e nada mais, posso dizer inicialmente que “nada” mudou, ao menos para mim, serei o mesmo, e não pensem que estou de mal com a vida ou com falta de indulgencia para os que me acercam, longe disto, apenas vejo desambiciosamente tudo que me esta nas minhas imediações, minha real suspensão da descrença.
Sem fantasias amigo, teus problemas continuaram sendo os mesmos,as possíveis soluções para teus problemas talvez sigam a ser as mesmas e a natureza dos teus novos velhos problemas serão oriundos da mesma fonte ou seja, você mesmo, faça todas as tuas mandingas, vista-se de branco dos pés a cabeça,amarelo,rosa, leve suas oferendas aos seus santos de fé,entoe cânticos e mantras, faça preces e aleluias, chame Deus,o diabo, Alá, Maomé, Jesus,Buda, faça sua festa e depois durma e ronque naturalmente volte a realidade depois ao acordar pela manhã você sabe que precisa fazer suas necessidades básicas, a realidade inescapável, não tente encontrar conexão, é tudo símbolo, a mensagem sagrada de um símbolo é seu conjunto e natural e despertamento para o que ocorre em nossa alma.
Não posso me furtar de dizer ao apagar das luzes de 2007,senti luto por um ano que teve seus méritos e deméritos como sói poderia acontecer e naturalmente nenhuma culpa embora gostemos de achar culpados idílicos e perfeitos em meio a turba de nossa vida, um culpado que precisa ter um rosto,uma forma e um nome, mas porque precisa ser assim?
E ao espocar dos foguetes e bombas de 2008 como uma tentativa de iluminar a noite sem fim, como inveja das estrelas que todos os dias nos brindam com sua cálida luz e subjacentemente nos inspiram a humildade daqueles que não se utilizam de artificialismos para iluminar-se.
Eu entendo, é nossa maneira de comemorar as datas de alguma relevância, para emular uma probabilidade de felicidade, são tão raros os teus momentos verdadeiramente felizes que é preciso exprimi-los ao maximo, sugar-lhes os tutanos e tentar estar brevemente feliz sem ser-se a felicidade em si, porque compreendemos que é preciso morrer amigo um pouco todos os dias e renascer com o alvorecer de um novo dia, mas não sabemos fazer isto, levamos para o amanhã, todas as nossas naturais idiossincrasias,as magoas, tristezas e problemas de ontem que de alguma forma seguem no hoje,como fantasmas, talvez como uma nau que gira em círculos repetindo dilemas e tragédias rancores e dissabores, quem não sabe morrer cotidianamente, com toda certeza desconhece a vida em sua essência mais profunda, aquele consegue encontrar a flor de lótus em pleno esplendor em meio ao nauseabundo pântano é porque aprendeu a colher estrelas onde os cegos vêem brumas toscas.
A coisa mais importante a ser aprendida com este inicio de ano e que talvez não passe de uma colocação de auto-ajuda simplória (detesto auto-ajuda,prefiro auto-explosão) é justamente a imensa gama de possibilidades que podemos nos oportunizar não em 2008,não em 2010, mas hoje, libertar-se da castração dócil a que nos submetemos, amigo você é muito mais do que imagina, ou melhor você é o que imagina, se pensas como uma ameba és isto que és, se desejas e almejas o infinito, espelho do infinito te tornas, é simples tudo isto.
Estes dias conversava com uma amiga, e ela afirmava que gostaria de cantar, mas ao mesmo tempo alegava que não possuía voz para isto, eu disparei para ela, o primeiro passo ta feito é admitir humildemente que você é um zero vocal, o próximo passo é querer cantar não somente com a voz, mas com a alma, com esta intenção disse a ela, que ela só não cantaria se não quisesse,aprenderia as técnicas e se tivesse coração isto,não só tão somente cantaria, mas faria do seu ato de versar e cantar sua oração de beleza a vida, o encanto sublime que temos em nós, em algum lugar perdido, esquecido, ignorando, aprisionado ,encarcerado e com grilhões feitos de nossos pequenos sentimentos.
O que posso mais dizer amiga(o),não é o esperado , não te desejo um bom ano porque não te desejo um mau ano, ante sim exorto para que tua consciência expanda-se e que nesse expandir faça crescer as belezas latentes em teu coração

Paz e luz em teu caminho.
Com afeição.
Fabiano.