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sexta-feira, outubro 31, 2008



Um amigo, de um amigo,
de um amigo meu...

Quem é ou quem são os amigos?
Essa pergunta ingênua tem o fito apenas de provocar uma coceira e fazer você buscar aqueles velhos conceitos de amizade que aprendeu com alguém e de alguma forma isso ficou incrustado na sua cabeça.
Fui aprendendo que este papinho que amigo é para a vida toda é uma destas débeis colocações tão funestas como a jura de amor eterno que tão trivialmente as pessoas dizem mas que de alguma forma sabem que não é verdade, a eternidade mora em um segundo.Não se iluda pensando que eu esteja aborrecido ou alguma coisa do gênero, mas caminhava flutuando a mente e ouvia um papinho de duas meninas falando a respeito de amizade e toda aquele pseudo-significado que ela pode trazer.
De certa forma aprendi a fragilidade das pessoas, e amizade, amor, felicidade, tristeza e outras tantas manifestações são elementos circunstanciais movidos por desejos conhecidos e desconhecidos ou seja, agregam-se em determinado instante e depois se desagregam com a mesma naturalidade, naturalmente as pessoas ficam nutrindo uma emoção que deriva de um contexto passado o que lhe sugere alguma continuidade, porem esta continuidade mora em um elemento frágil que é o limite de cada um, dentro de cada ente humano existe a eterna briga do bem e do mal que todos trazemos em nós.
Então meu amigo, como garantir que tal manifestação de amizade poderá existir sempre independente das tempestades que ocorreram? Geralmente as pessoas “amigas” são movidas pela dor (a dor move o mundo...) as pessoas se aproximam convivem, se ajudam mutuamente mas cada ser humano tem seu limite, mental, ético e moral, não duvidem disso!
Que fique claro não estou dizendo que amizade não existe, apenas que ela não é tão romântica assim, o que é preciso fazer para que um amigo deixe de se-lo? Para algumas débeis criaturas é preciso muito, uma verdade desagradável, um contrariedade moral e ética e tudo desanda fácil,a confiança é muito frágil, claro a não ser quando falamos de tipo humanos muito acima do normal, especiais (o que é pela mediocridade deste mundinho algo mais que raro, verdadeira mosca branca!!)

“Maria e Elisa,eram amicíssimas, cresceram juntas, moravam na mesma rua, conviviam dia e noite, trocavam confidencias, sabiam tudo uma da outra, os pais ficavam admirados do quanto as duas se davam tão bem, chegaram a adolescência, ambas descobriram o quanto era bom namorar, dividiam tudo inclusive os pequenos “crimes” de fugir para ir a festas as escondidas, coisas que adolescentes fazem e que de certa forma lhes cria laços fortes.
Quando Maria ficou doente, Elisa pediu a sua mãe que deixasse ela ajudar a cuidar da amiga, logicamente graças a esta amizade tão bela, simples e verdadeira, as famílias naturalmente se aproximaram, era como se amizade das duas contagiasse a todos em uma aura de felicidade “extraterrestre”.
Todos eram unânimes: estas duas vão ser amigas para sempre...vão ser companheiras inseparáveis e vão com toda certeza se ajudar muito... Assim todos se expressavam, alguns vizinhos já olhavam aquela amizade profunda com olhar malicioso (é claro, sempre existe um filho da puta em conflito, basta olhar para os lados...).
Os anos se passaram e então Maria conheceu um rapaz, ela agora contava com vinte e oito anos, a amizade delas seguia profunda intima e verdadeira.Maria noivou e em breve marcou a data do casamento, Elisa ajudava em tudo, como sempre prestativa a amiga que lhe era de uma confiança absolutamente inquestionável (tenho para mim que nada ou ninguém sejam inquestionáveis, questiono até a Divindade...), a felicidade da amiga parecia ser a sua felicidade, Maria estava nas nuvens, o rapaz a amava ela também o amava, e todos se davam bem mesmo com Elisa, que tinha um namoro daqueles sem profundidade, mas como ela era divertida, entendia que seu tempo não havia chegado.
Maria casou-se feliz e linda como devem ser as noivas, foi para lua de mel e quando retornou dez dias depois a amiga veio lhe abraçar e saber das novidades, Maria estava feliz e tudo ia muito bem.
Como era esperado Elisa passou a freqüentar a casa de Maria, que embora casada fazia questão que amiga seguisse sendo sua amiga como sempre fora, sempre tinha tantas coisas para contar...
Mais uma vez o tempo passa, e um dia destes dias comuns que nos fazem questionar algumas coisas, Elisa pensava consigo mesma e só, entre tantos pensamentos lembrou-se do marido de Maria, pensava: nossa, ele é tão bonito, atencioso com ela um verdadeiro gentleman.
Aquele pensamento era inocente, mas parece que vozes ouviram o que Elisa pensava.
No dia seguinte quando foi na casa da amiga, percebeu as pernas fortes do marido da amiga, ele a flagrou no olhar, sorriu, e ela também. Maria chegou em casa e estava, pede licença que iria tomar um banho e deixa a amiga e o marido conversarem (as vezes isso pode ser um erro fatal...), conversa vai , conversa vem, ambos ficam muito descontraídos, ele educado e olhava nos seus olhos, ela tranqüila e envergonhada por achar o marido da amiga um homem muito atraente.
O tempo passou mais uma vez, e o que era impossível aconteceu, Elisa se apaixona pelo marido da amiga, e o pior que ele corresponde tal amor, começam uma relação silenciosa quase virtual, morriam de vontade de se tocarem, mas não seria direito, na costas de Maria ? Tanto marido como Elisa estavam em conflito, o limite de cada um havia chegado, o amor os havia vencido e claro Maria danou-se, porque quando se chega ao limite de cada um, pouco vai importar o que foi o passado, as dores em comum, ou os nobres sentimentos da amizade, fatal circunstancia que nos cerca, qual é o teu limite?
Logicamente que tudo isso pode ser uma imensa besteira se você for capaz do ato que transcende a você mesmo, neste caso você esta categorizado nas exceções e por isso mesmo você não nem mesmo algo “real”, um inumano(não sei se nobre ou não, mas nas exceções isso pouco faz diferença).
Não existem amigos, existem circunstancias alimentadas pela memória.

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

"Eu tenho uma dificuldade intrínseca de existir no mundo (…) dada a fragmentação com que vivemos nossas vidas. Somos todos pequenos atores de pequenas aventuras absolutamente irrelevantes. Já não existem grandes revoluções, grandes aventureiros, grandes estadistas. Nossa vida se inscreve hoje nesse gigantesco bric-à-brac do cotidiano. A grande autobiografia, hoje, seria aquela que desse conta da crescente mediocrização a que estamos sujeitos, seja através do embotamento do espírito crítico, da razão ou dos próprios sentimentos."

Jamil Snege

quinta-feira, outubro 30, 2008


Ébrio de beleza.

Gostaria de estar ébrio, saciado inteiramente, mas minha sede é inextinguível
Quase como um normal, queria apenas beber das belezas e sumos da vida, mas a taça que serve o mel por vezes serve fel e meu paladar por hora se perde.
De tantas taças bebi,mas essa sede que não passa jamais...esse gole que queima e hora acaricia, taça de amor descanso de revolta, aprisco de mim e de ti.
Deixa por breve instante que seja, eu embriagar-me de ti, dos aromas mais nobres de tua alma e por serena brandura minha sede, encontrar a tua e em cada taça, sorver o que em silêncios fala as nossas melhores emoções, taça de sons e de vozes que calam.
De tantas sedes em mim...mas me falta o que beber, que se dirá a uma sede que não encontra sua saciedade? Que diriam as estrelas, que não encontram olhos para admira-las ?
Que dirá a mão, que em vão procura a face para acarinhar ?
Sedes que não se calam, lembranças, saudades e taças que ficam vazias.
Sim, gostaria de estar ébrio, mas da beleza que abunda em nosso intimo, sede de outras belezas a procura da sua quintessência.
É verdade que falei de fel, e como não falar?Acaso poder-se-a nesta vida embeber-se apenas de paz, amores e flores do espírito? Não foi verdade que em taças de dificuldades, dores e desilusões, aprendeste no sábio fel a querer em serenidade sorver o mel?
Poderá o roseiral viver apenas das brisas da primavera? Ou no inverno de sua clausura, no frio de sua quietude almejará os carinhos do sol?
Sede de vida em a natureza, entre flores e espinhos, lagrimas e pedras.
Podes aplacar o meu tanto querer?
Não tenho esta resposta, mas vamos brindar com aquilo que em nós seja o melhor, por breve momento, bebamos a taça inteira e fiquemos em paz no bom sentimento que nos faz melhores.

Paz profunda em ti.
Luis Fabiano.

Excesso de paternidade...



Contos de Hospital.Excesso de paternidade...

Como já sabem, eu tive o prazer de frequentar hospital, para fazer uns curativos em uma “bicheira” que por autopunição fiz a mim mesmo.Não entrarei em detalhes deste assunto, porque cada um carrega sua punições da maneira que mais lhe agradar, e alem do mais poderá lhe causar náuseas em função do nauseabundo assunto de pés” podres”. 

De fato escrevo sobre muitas nojeiras, as vezes que as pessoas fazem de público, mas com toda certeza prefiro as que elas fazem em oculto quando todos dormem, uns sonham e outros tem pesadelos, é um mundo repleto de santos!!

Isso me faz lembrar que detesto saber a realidade profunda das pessoas. O cheiro sempre é desagradável, não, não me falem a verdade mais intima, mintam para mim por favor, vistam uma máscara e me digam coisas breves e suaves, doces como um despertar em meio a natureza, é possível você fazer isso?

Não espalhe seu péssimo odor por ai.

Não é por nada não, mas a realidade profunda das pessoas lembram um pouco os meus repugnantes pés, nada é casual, pois e embora a objetividade seja tão diversificada, quando mergulhamos alem das aparências de qualquer ser humano, por mais intelectualmente esclarecido, ou de bons princípios e “moral” inatacável (me apresentem esta pessoa por favor...) vem a tona sempre aquilo, que nos torna tão humanos feliz ou infelizmente, e meus pezinhos balançam dedinhos carcomidos e de aroma suspeito de pus... deixamos para lá, não quero atrapalhar alguma refeição sua... 


Estava sentado aguardando a minha vez, sem pressa, meu caso não era de urgência, era fazer um curativo nos dedos e tudo ia bem, ali na sala de espera meu observatório da alma humana, tanto quando as dores físicas ali expostas, ficavam também a mostra as dores da alma, fragilidades em carnes cruas, medos cheios de dor, e sorrisos que eram preces a procura de um consolo breve, confesso que me diverti muito ali, todos eram personagens em potencial inclusive eu, não canso de falar de meu ridículo pessoal, me dou bem com ele.


Eles entraram pela porta, o pai obeso carregando um filhinho também obsesinho no braço, percebia-se que ele estava cansado, fiquei apenas observando, imaginando devido a maneira abrupta da entrada que se passava algo muito “grave”, sério mesmo. 

Ele largou o pimpolho na cadeira e via-se que era apenas uma torção de calcanhar, nada grave, talvez uma dor chata mas que se resolve tranquilamente. O pai foi atendido e então o pimpolho levantou e saiu caminhando naturalmente, eu achei um pouco estranho, pois quem esta com dor não sai caminhando normalmente, ele foi até o bebedouro, pegou um copo com água e quando estava voltando para o lugar o pai viu ele caminhando...e aqui começa o show.

O pai fala gritando mandando o pimpolho sentar-se imediatamente pois a luxação poderia ser gravíssima ( eu ri..) o rapaz parecia ter uns 12 anos sentou-se. Neste momento o super pai, pega uma cadeira de rodas e faz o rapaz sentar-se, até aí tudo certo, mas já existia um exagero, mas que culpas ou burrice esse pai carregava com si ?
Nem quero saber.


E então para a alegria de todos que estávamos esperando o” superpai” começou a andar de um lado para outro com o rapaz na cadeira de roda, dizendo besteiras, do tipo:meu filho: você é o campeão de fórmula um(fazendo o som com a boca de um carro de corrida...) um lado para outro, o rapaz então quis fazer xixi,e o pai chega ao balcão e pede passagem para o banheiro pois o rapaz estava com uma urgência daquelas de fazer xixi, detalhe o menino balançava o pé “doente” mais que os meus que eram sãos.


Olhei aquilo,  havia um exagero muito grande em tudo, sim, era destes pais que transformam os filhos em bonecos de cristal, prontos para serem pisoteados pelo mundo, crianças mimadas repletas de frescuras, de uma frescura que o mundo real não tem, conheço adultos que foram mimados e lhes tenho asco, pois eles ainda retém traços da fragilidade a que foram submetidos, sempre que vejo tais demonstrações fico fatalmente pensando: esse pai, essa mãe devem ser uns tremendos ignorantes ou tiveram mãe na zona, desconhecem profundamente que seja amor, respeito e verdade, no sentido mais amplo de tais sentimentos.
Freud explica e foda-se.
De minha parte só quero ficar ali apreciando o horror quando ele crescer.



Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.



quarta-feira, outubro 29, 2008


Vossa Excelência
Titãs
Composição: P. Miklos, T. Bellotto, C.Gavin

Estão nas mangas
Dos Senhores Ministros
Nas capas
Dos Senhores Magistrados
Nas golas
Dos Senhores Deputados
Nos fundilhos
Dos Senhores Vereadores
Nas perucas
Dos Senhores Senadores...

Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Senhores! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Senhores! Corrupto! Ladrão!...

Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!...

Estão nas mangas
Dos Senhores Ministros
Nas capas
Dos Senhores Magistrados
Nas golas
Dos Senhores Deputados
Nos fundilhos
Dos Senhores Vereadores
Nas perucas
Dos Senhores Senadores...

Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Bandido! Corrupto
Senhores! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão!...

-"Isso não prova nada
Sob pressão da opinião pública
É que não haveremos

De tomar nenhuma decisão
Vamos esperar que tudo caia
No esquecimento
Aí então!
Faça-se a justiça!"

Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!...

-"Estamos preparando
Vossas acomodações
Excelência!"

Filha da Puta!
Bandido! Senhores!
Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!...

Esta é a minha humilde homenagem a todos os politicos vitoriosos e derrotados de todos os tempos,aos apreciadores de política em geral e que por interesses pessoais e interpessoais se vendem em todos os ambitos politicos, aos inocentes da causa que de alguma forma acham que politica resolve alguma coisa para alguem alem de si mesmo!
Por favor não se iludam, não existe revolta em mim, mas sempre que uma musica fala a verdade é preciso dar-lhe a expressão e render-lhe graças.
Sorriam pois é divertido!

Titâs:



Após o ufanismo...

Passada a parda movimentação que cunha o sufrágio, eis me aqui novamente sereno é naturalmente abusando de meu cinismo e ironia, mas por casualidades da existência por vezes isso é inescapável.Realmente não sou de opor absolutamente nada a ninguém, de minha natureza libertária aprendi a nada esperar de quem quer que seja, e se por uma ironia algo bom acontece tudo me é lucro, seja derrota ou vitoria, acho mesmo que as pessoas deveriam ter o bom senso suficiente para determinar o que mais lhes apraz, sem que isso ferisse a trajetória alheia, mas isso sim creio eu, é uma profunda utopia de meu querer, de meu sonhar e do meu devaneio mais maluco!
Foram os políticos, os politiqueiros e os que por alguma razão qualquer e pessoal se arvoravam em declamadores da republica, silencio, sem propagandas chatas, bandeiraços a cada esquina, nada mais apenas silencio e quietude, tudo que um ser humano deseja quando já se encontrou um pouco ao menos.Relax.
Estávamos em um bar da cidade, bar qualquer freqüentado por pessoas “normais”, visivelmente o ar estava empestado de política para todos os lados( eu respeito, mas não é assunto da minha predileção, prefiro falar de putas,de depressão e amores perdidos,é acho q eu sou um brega...há,há,há...), botons, símbolos e assuntos, curiosamente um musico tentava tocar com sua viola o entretenimento que distrai a mente e deixa serenos os pensamentos, a voz grave do musico as era boa mas noutras canções tornava-se um verdadeiro assassinato de tons! Bebíamos, boa cerveja gelada em um papo tranqüilo, conversa por vezes feitas de olhares e breves sorrisos como são as pessoas que se entendem irmanadas por bons sentimentos, falar da vida alheia ainda é uma espécie de prazer...,deboxe.
Acho que não gostaria de ser bom observador embora míope, mas confesso que sou bom observador, (quando fui militar tive esta função, era observador avançado...), o público diversificado que beirava ao alternativo, alias esta palavrinha é muito flexível, podendo ser enquadrada tanto como aspecto Cult ou como bizarrice hedionda, (ambas as colocações são muito boas e vertem bons assuntos e textos...) e algum tempo depois roda de amigos, nada de papo cabeça apenas, cerveja e conversa fora é massagem na alma e berço de citações enciclopédicas.
Fatalmente o assunto chegou na política, e eu já tive momentos em minha vida, quando tinha quinze anos uma ingenuidade virginal quase beirando a idiotice, até perdia meu tempo em discussões estéreis, hoje a malandragem me ensinou que não há o que discutir quase nada, dificilmente alguém me acrescenta alguma coisa neste contexto, longe de mim a vaidade tudo não passa de realidade, mas que há de novo no cenário político do mundo? Deixo tais colocações para quem ainda crê em um mundo melhor, repleto de florzinhas, amor e alegria inocente, pergunto: como pode isso ser possível, da maneira como tratamos as crianças, a educação e a vida humana e a natureza? Só Alice tem esperanças de mundo melhor...se você ainda tem, trate de desprender-se delas...mas voltando.
Então, mesmo não querendo discussão, fui convidado de forma involuntária a entrar em tal discussão, porque se vota ou deixa de votar, votar em quem ou no que, (saudade de meus poemas nas cédulas eleitorais, mas hoje tudo eletrônico, sou um romântico nato...), fui questionado, fui argumentado, julgado simplesmente por minhas despretensiosas intenções, apenas sorri como sorriem os bobos da corte diante de argumentos que não me dizem nada, de palavras que tentavam arrancar o que esta solidamente calcado na mais excelente verdade, verdade intima de todos nós, vocês acham mesmo que um mundo melhor é derivado de uma atitude política? Há, há, há, então digam a todos aqueles que transgridem a lei, que se tornem todos bonzinhos, que o mundo os receberá de braços a aberto, um ato político de libertação, Ato político de amor e fraternidade!!
Somente néscios imaginam que é possível, apenas por fatores intelectivos mudar uma simples pessoa já é impossivel, é visível que não, do contrario o mundo já seria um lugar bem melhor...porque informações abundam, mas o processo de conscientização é lento, muito lento...e estão inclusos ao processo:aprendizado,experimentação,revolta,dor e entendimento, antes disso caros amigos nada feito.
Estrada longa demais.
Sorri e voltei a minha cerveja e a olhar os tipos de todos naipes que abundam na madrugada, parece estranho mas existem pessoas que aparecem somente a noite, divertidas e sombrias, algumas ,parecem egressas de um museu de cera, a cerveja , a companhia estavam ótimas e o resto...bem é só resto, a cerveja torna as pessoas mais agradáveis...

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

terça-feira, outubro 28, 2008

"...sempre fui fascinado de como o prazer é volúvel, ele saí de uma mão para outra de forma muito rápida, tristeza de uns é a alegria de outros..."



Marquês de Sade, olhava a cena de uma decaptação,uma linda jovem pecadora perderia a cabeça ante uma turba enlouquecida e feliz, diante de um maravilhoso espetáculo!


Extraído do Filme - Contos Proibídos do Marquês de Sade.

segunda-feira, outubro 27, 2008



Um beijo da vida,

e um sopro da morte...

Decididamente existem assuntos que embora nos arvoremos em intelectuais entendidos (alguns intelectualóides...) naturalmente, com a plena noção em que o bom senso deve, ou deveria prevalecer, mesmo assim existem certos assuntos que homens não devem se meter, sob o fito de trazerem mais desgraça a uma desgraça evidente, falo assim talvez pelo meu profundo respeito as mulheres (não a todas é claro, existem seres humanos que não são nada respeitáveis,homens, mulheres...), mas as que com alguma coragem sabem se impor, com atitude, personalidade, graça e inteligência, claro, que tudo isto junto é obra quase divina e rara, logicamente não somos acumuladores de qualidades, somos mais ou menos “sujinhos” e isso por si só já basta, ser um isto entre o ordinário e o extraordinário...
Kátia amanheceu completamente decidida, a noite foi difícil um breu profundo em sua alma, noite sem estrelas, mas, depois do fatídico resultado do exame de sangue comprovando que realmente gestava (aquilo para ela fora um golpe pesado, quase fatal, quando leu o resulto seu corpo tremia e porejava, e nunca pensou que tal situação fosse deixá-la triste, mas infelizmente não era o seu melhor momento...tantos motivos, tantas desculpas, tantas dores...), embora dolorosa não sentia-se vitima, sentia-se burra, tola e naturalmente descuidada, como converter uma tragédia em um acerto? Magia que se faz nestas horas atrozes?
Aceitar a responsabilidade por algo que não queria que acontecesse agora? Fazer isso por medo de alguma punição Divina?Ou talvez porque sua “consciência” a poderia crucificar mais tarde? Em si um mar revolto se agitava, o prenuncio de tempestades sem fim...lhe ocorreu, mas quem seria o pai? Ultimamente teve tantos parceiros que seria preciso fazer uma convocação por radio para o exame de DNa? Kátia, ria de si mesma e de seu ridículo.
O assunto lhe explodia a mente, vinha a tona todos os conceitos “morais” que aprendera, mas a verdade diante de um problema de tal monta, tudo não passava de baboseira, era como importar-se, se o mundo iria acabar em 2012,ou fazer um mapa astral para deter um vulcão,ou ainda tentar fazer anedotas ou piadas quando uma katana transpassa seu tórax, perda de tempo e total desimportancia, já não estavam em jogo escrúpulos, mas sim o que sentia, a solidão, nada e nenhuma mão amiga se lhe estendia aquela hora os anjos pareciam de férias, sim destes momentos sombrios que a vida nos empurra e nos pegamos pensando o que fazer?
Depois de quase queimar todos os neurônios não havia duvida, a melhor saída seria interromper agora a gestação estava com apenas três semanas de forma que fisicamente a agressão não seria das mais graves, e depois num futuro sabe-se lá quando, talvez tivesse o seu bebê, foi assim que Kátia acordou pela manhã, sentia-se tão repleta de vida mas ironicamente desejava matar isso, não tenho tempo ou jeito para ser mãe agora...
Kátia conversou com uma amiga que tinha experiência “nestas coisas”, foram a farmácia compraram as drogas necessárias, e as amigas abraçadas no banheiro da casa de Kátia apenas aguardavam, espera da fatalidade, Kátia teve um forte sangramento, e em alguns minutos tudo se extinguiu, estranhamente Kátia respirou aliviada e pela primeira vez sorriu entre as lagrimas que lhe caiam da face .
Estranhos alívios do ser humano, pudéssemos ser recicladores de lixo toda vez que por nossa profunda ignorância fazemos besteiras sem fim, sinceramente não julgo nada, e pouco sei o que esta certo ou errado ou onde começa um e termina outro, raramente a vida é feita de finais felizes, mas de realidade feita de pedra.
Kátia chorava, Kátia sorria, e entre uma coisa e outra sentia hora o beijo da vida, enchendo-lhe de esperanças e oportunidades, por outro lado sentia o bafio da morte lembrando que tudo para que seja digno precisa ser vivenciado com autenticidade.Não sei se Kátia se transformou, ou passou a tomar cuidados, ou converteu-se para achar Deus,nem sempre o ente humano está com tal disposição, existem acontecimentos que tanto faz como tanto fez.
Existem assuntos que homem não deve...

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

quinta-feira, outubro 23, 2008


Unicornio
Silvio Rodriguez
Composição: Sílvio Rodriguez


Mi unicornio azul
ayer se me perdió,
pastando lo dejé
y desapareció.
Cualquier información
bien la voy a pagar.
Las flores que dejó
no me han querido hablar.

Mi unicornio azul
ayer se me perdió,
no sé si se me fue,
no sé si extravió
,y yo no tengo más
que un unicornio azul.
Si alguien sabe de él,
le ruego información,
cien mil o un millón
yo pagaré.
Mi unicornio azul
se me ha perdido ayer,
se fue.

Mi unicornio y yo
hicimos amistad,
un poco con amor,
un poco con verdad.
Con su cuerno de añil
pescaba una canción,
saberla compartir
era su vocación.

Mi unicornio azula
yer se me perdió,
y puede parecer
acaso una obsesión,
pero no tengo más
que un unicornio azul
y aunque tuviera dos
yo solo quiero aquel.
Cualquier información
la pagaré.
Mi unicornio azul
se me ha perdido ayer,
se fue.
==========================
A voz latina de Sivio, trata de emoções raras, tão raras que por vezes mesmo defronte delas não temos a devida noção ou lhes emprestamos importancia, convicção ou entendimento, da saudade de nobres sentimentos e alguma inocencia que algum momento da existencia tivemos.
A vida se encarrega de extraviar com alguma belezas e naturalmente nos coroa com outras tantas coisas, mas nós somos outros, e gradualmente vamos perdendendo a crença em unicórnios azuis e outro tantos aspectos de nossa natureza, a musica é uma doce lembraça destas coisas, não se perca de seu unicórnio azul.
Paz em teu caminho.
Luis Fabiano.
======================
Silvio Rodriguez:


Mudável...

É preciso mudar, mas sinceramente para onde?
Qual é ou será meu destino ?Como tudo que é instantâneo, queremos ávidas respostas, afoitas cheias de certezas gratuitas, mas que certezas existem? Toda certeza é apenas uma, que ela cabe apenas na circunstancia que se vivencia nada mais.
Mas que fazer?Pudéssemos dar ao desterro, a forma de doce alento, como fazer de fel o mel, de todo amargor, paixão e de todas as dúvidas certezas carinhosas.
É, preciso mudar-me, mas para onde vou?Podes tu me dizer?
Junto minhas malas, tralhas e mijados, sim coisas feitas de tempo, amontoadas de ilusões que ao longo da jornada foram convertendo-se me mil nadas, sem sentido ou grandeza, pego tais pedaços de memórias, um punhados de emoções carcomidas, e milhares de pensamento e simplesmente saio porta a fora, sem rumo ou paradeiro.
Como um enfado das coisas repletas de sentindo, hoje eu saí para além de qualquer sentido, para alem de que as três dimensões do mundo “real” nos prende, não tenho pouso certo, trajeto ou onde declinar minha cabeça, fui atendendo a um pensamento maior, meu coração queria sair do ostracismo em meio a turba ululante, sentia em mim , apenas o querer mais forte e derradeiro que qualquer coisa que jamais senti, como uma loucura, demência ou algum transtorno passageiro qualquer destes que a psico-alguma coisa gosta de nos taxar.Sim minha loucura e parte da tua.
Sai pelas avenidas, ruas e caminhos da vida, caminhando como quem busca uma resposta, para onde?Caminhos que não tem bússola,descoberta e experiência de como ser ou estar aberto a Ser, pois o fiel da mudança é a não castração condicionada de nosso entendimento, como sendo base única e com validade eterna, eterna, mas que é eterno? Me mostre o eterno repleto de certezas!Deixa-me tocar as fibras da certeza repleta de Eternidade...
Não, nada disso é possível agora, tuas convicções são tuas e exclusivamente tuas, não a podes transferir a quem quer que seja , tua caminhada e tua solidão e afago.
Sigo por ai, como seguem os ventos, como a noite procura o dia e as estrelas nossos ansioso olhares , não sei para onde vou mas sei que é preciso mudar, mudar-me...vem comigo...

Paz e luz em teu caminho.
Luís Fabiano.

“...eu não era exatamente uma criança feia, eu era difícil de ser entendindo."

Chico Anysio
Vale a pena curtir:

quarta-feira, outubro 22, 2008



Mão na Cara

Os contos da vida real por vezes são repletos de ficção tamanha a impressão irreal que nos permeia, mas de fato, ante a seriedade de algumas poucas coisas que aparentam ter, fica obvio que existe na criatura humana um ímpeto pelo irreal,pela maquiagem, a possibilidade de querer disfarçar as realidades de alguma forma, de tal monta que a crua realidade ganhe aspectos mais agradáveis e doces.
O disfarce é livre, e ele acontece nas camadas mais ínfimas de nossa mente, estranhamente, quando se manifesta em sentindo mais grosseiro, leva-nos a duas situações distintas, ou torna-se um conflito hilário, ou converte-se em uma aberração repleta de drama, sinceramente ambas são ótimas, são sempre historias repletas de ironia,lagrimas e muitos risos, é minha singela homenagem ao idiota que vive em cada um de nós, que só coloca as manguinhas de fora quando a oportunidade surge, não surpreenda-se com você mesmo.
Esse era o nome dele, Dr.Pedrão, logicamente não havia nenhuma analogia a rigidez de seu caráter, chamavam-no assim porque era advogado, embora nunca tivesse feito doutorado, mas a vaidade das profissões são coisas que faz o ser humano criar as tais ilusões que falei acima, como sou intimo dele chamarei apenas de Pedrão.
Homem casado, corretíssimo, conhecido por sua moral e ética bem elevadas, muito embora não fosse uma coisa tirânica, tinha uma família exemplar e já com a idade dos sessenta anos era um respeitável senhor de cabelos brancos, mas a vida é um jogo de ironias, sua mulher a amada Hilda, que regulava com a sua idade não mais sentia apetites de amor físico, a senhora nos seus sessenta e dois anos bem vividos, não era como poderemos dizer, uma ninfomaníaca era uma “broxomaniaca”, que fazer, o tempo é cruel com todos, mas ela não era um coroa atraente, tetas murchas,pele sem brilho,a sua grutinha do amor ressecada e nos olhos a ausência de brilho que desperta fogos intensos, mas o que mais transtornava Pedrão era falta de cheiro de mulher, nossa isso era fatal, mulher que não tem cheiro de fêmea não desperta instintos ferozes(quando me refiro a cheiro de fêmea, digo:feromônio, que estão presentes nas secreções das axilas, virilha,do anus e claro da vagina, sim, vagina precisa de cheiro de vagina mistura de suor, com leve tempero de xixi, tudo quentinho, abafadinho, mistura dos deuses capaz de despertar o melhor e o pior de um homem...).
Logicamente que Pedrão também não era nenhum top model da terceira idade, estava com cabelos brancos, muitas rugas, os ralos pelos do peito, e um membro que já não mais lembrava a Torre Eiffeil, mas parecia um humilde caracol lento e carregando a sua casa de carne mole. Mas existia um porem, Pedrão sentia tesão ainda, e como Hilda não comparecia ele encontrou uma saída canalha, mas uma saída, (não iria fazer justiça com as próprias mãos até porque, ele iria se turbinar com um azulzinho, tal investimento precisa de uma princesa ou talvez duas...), foi assim que encontrou no jornal um local adequado para dar vazão ao seu tesão recolhido, sim passou a freqüentar a casa das “primas”,o prostíbulo, a casa de tolerância , o puteiro, virou freguês rapidamente,Regininha e Marciana, uma loira e uma morena, mistura de pecado original, o velho sentia-se com quinze anos e claro pau de sessenta, elas o atendiam sempre, ele tomava o seu “remédio” e seu flácido membro ganhava sobrevida e fruía prazer por uma hora mais ou menos, saia feliz.
É claro que em casa seguia sendo o pai exemplar, “respeitava” Hilda que nem em sonho imaginava isso, muito calada estava tranqüila na sua assexualidade , o amor de ambos seguia intacto com um cristal de coleção, tudo brilhando no lugar, sua vida pessoal em nada se alterara,apenas desenvolveu o vicio de ter duas menininhas de vinte e dois e vinte e três anos arrancando-lhe do mundo mortal normal, ( e a grana também, ao final do gozo sempre ve
m um desprazer, pagar, tudo é pago de alguma forma...).
Até aqui nada disso é realmente importante, isso é comum , trivial mesmo, o ser esta sempre em busca de seu gozo de alguma forma, uma casa, um carro, uma mulher, um homem, afinal as pessoas querem é gozar de alguma forma, você escolhe.
Mas Pedrão logicamente desenvolveu uma estranha mania, que deixava claro todo o seu conflito intimo, embora o que fazia fosse traição explicita, em sua cabeça o processo não era aceito,de tal forma que ele precisa de uma maneira de dizer para si mesmo que não estava traindo Hilda, e então o ridículo original aparece. Quando Pedrão se aproximava a uma quadra da sua segunda casa, a casa das primas, ele colocava a mão no lado do rosto tapando aproximadamente trinta por cento do rosto, em sua imaginação tinha a impressão que estava totalmente ocultado e este ocultar dava-lhe a impressão que não estava fazendo nada errado porque obviamente ninguém estava vendo, e se visse não era ele.
Pedrão segue freqüentando o puteiro até hoje, sinceramente não sei como ainda não teve uma overdose de Viagra, mas seja como ele já é conhecido na região pelo meu mecânico e seus filhos que acabaram por dar-lhe um apelido, que a quadra inteira já sabe, e todo sussurram silenciosamente, lá vem ou lá vai no O MÃO NA CARA!.

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

terça-feira, outubro 21, 2008



Não há nada lá fora

Seria tão simples perceber isso ,se em mãos serenas tivéssemos nossa alma, nossa calma, nós...
Mas tu coração inquieto, andas por caminhos por vezes sem caminhos e como peregrino em noite funda e escura te perdes, para onde vais coração amigo? Para onde, diz-me?
O silencio confessa segredos
Não sei, não sei.
E no tempo que o tempo consome, queres todas as tuas respostas,rápidas, instantâneas, como se pudéssemos acelerar o ritmo da natureza, a vinda das estações, fazer dos novos pomares a fruta, fazer da juventude senilidade e da ignorância, sabedoria.
As respostas virão ao nosso encontro, não talvez da maneira que imaginemos, pronta, bela e acabada, a isso cabe ao pensamento de cada um, saber verter a sua arte,espremer a sua alma e dela extrair o sumo, o mel e o néctar.
Tempo passa e nas asperezas da estrada arestas vão se arredondando, tornado-se curvilíneas, e o que dantes era a inflexibilidade titânica, hoje e com alguma dificuldade aprendeu a curvar-se ao sabor vento, segredo que as árvores e as plantas já sabem a muito, a arte de não quebrar ao vento atroz e frio.
Então como quem ouve o sussurro das vozes silenciosas de todas as coisas vivas,naquele momento me ouvi, me vi e me senti, e como janelas que se abrissem em meu rijo espírito, soube naquele momento que em si o mundo é feito de mil nadas, mas nós lhe empregamos vida, beleza e sentido por aquilo que somos.
Não há nada hostil ou benévolo no existir, apenas existe, o não perceber a si, e conseqüentemente os outros e disso resulta desatinos e dores, saudades e amores.
Quem não enxerga a totalidade transforma toda a existência em ausência profunda, ainda que seus campos estejam repletos de pomares, flores e vida, essa é a única e verdadeira miséria do ser.
Cachoeiras, transformam-se em pedras e água corrente simples, montanhas se convertem em morros e campos em desertos para todo aquele que simplesmente não se vê.
Naquele dia dei-me conta e me vi pela primeira vez.
Soube então que não existia nada lá fora, nada fora de mim, nada ,nada ,nada, e o que existe é reflexo de nosso melhor e nosso pior, são os valores que nossa emoção e pensamento de alguma forma já adquiriu.Tesouro que a traça não roe e o ladrão não rouba, tesouros da alma.
Não existem inimigos lá fora, existe apenas um único inimigo que és tu mesmo.
Gostaria de gentilmente tornar isto palpável para todos, como o ar que se respira e o abraço de quem amamos, penso nisso dia após dia mas tais respostas dependem do tempo também, como querer ganhar o céu águia amiga se tuas asas ainda não nasceram? Como saber os mistérios das estrelas, se ainda tateamos em furnas e sombras? Como dar a voz o vento que apazigua corações se ainda emitimos grunhidos dissonoros?
Não posso, e ti e a ninguém mais cabe descerrar as portas do teu ser, abrir os teus olhos e afagar teu inimigo, combater o bom combate.
Não tarde em ver-te.

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.


"Nós não emprestamos os olhos a realidade, mas o olhar, assim ela se torna apenas o que queremos ver."


Fabiano.



"Os dois corpos unidos se comunicavam aos sussurros, com pequenas frases de amor. Se acariciavam, se desejavam com cada pedacinho dos sentidos. Depois, quando esfriava a sensualidade, dava pena sentir tanto amor. A sutileza do amor é um luxo. Desfrutá-lo é um excesso impróprio dos estóicos."


Pedro Juan Gutierrez

segunda-feira, outubro 20, 2008



Patético humano, e um


leve gosto de sedução

Permitam-me escrever sobre o patético humano, e talvez para meus buscadores olhos isso seja uma tarefa muito tranqüila de ser alcançada, porque não sofro por excesso de humildade e convenhamos quem já consegue enxergar o próprio ridículo deu alguns passos na fuga do raso e trivial da existência ordinária, sem sentindo,sem alguma espiritualidade. Falo isso com a delicadeza de um discípulo de Sade, é inescapável, apreciador profundo do bizarro, jamais me furto a oportunidade de assim exercitar na pena digital, os monstros cabíveis de minha imaginação. A muito me disseram que era um pouco chocante, mas decididamente eu não sou nada ou ninguém comparado a realidade da vida, repleta de requintes de crueldade e burrice é infinitamente mais chocante que minha baças historinhas!
Nestor era um cara absolutamente comum, dessas boas pessoa que se esforçam para ganhar a vida honestamente, tenta dar o melhor para sua família, muito embora as condições de sua vida eram difíceis, mas por assim dizer havia alguma felicidade (na vida de ninguém a felicidade é um prato servido de forma absoluta, a felicidade esta presente neste momento e agora, mas nós colocamos tantos embargos a ela que praticamente a tornamos impossível mesmo amanhã...), Nestor era casado com uma mulher simples e eles tinham uma filha chamada Augusta pequena com três anos de idade. Orgulhosamente seu pai lhe ensinara a profissão de pedreiro, e trabalhava assim tranqüilo feliz sem esperar nada que fosse uma expectativa grandiosa da vida, era chegar em casa abraçar Sueli sua esposa, brincar com a filha, bebericar uma cachaça e talvez a noite fazer amor gostoso aos suspiros de Sueli!! Como disse vida simples, para ele era feliz, sempre tivera bons princípios morais, era fiel a Sueli, não era desonesto em momento algum mesmo que lhe surgissem oportunidades (coisa muito rara, hoje existe um elogio ao que é desonesto de forma que ser honesto é um atestado de imbecilidade, coisas dos tempos modernos de virtudes tão parcas...).
Tudo ia bem e seguia melhor ainda, Nestor começara uma nova empreitada, trabalharia no cemitério municipal, fazendo jazigos que davam passagem para o “além”, ria feliz e ironizava em sua filosofia barata que ele dava descanso aos que partiam, aos que como diria um bom gaudério, “aqueles que encilhavam o cavalo em direção a estância de São Pedro...”,e outras piadinha que fazemos sobre a morte, talvez numa tentativa de fazê-la parecer mais agradável, fuga breve de nossa realidade final.
Quando chegou na sexta feira o patrão pediu a Nestor que ficasse até mais tarde em função do ronda precisar se atrasar-se um pouco, ele faria as vezes de segurança, avisou que tinha um corpo sendo velado, mas que os familiares estavam por ali e tudo estava calmo mesmo, afinal um morto, para onde ele irá mais??Há,há,há.
Ficou Nestor relaxado, e caminhava para ajudar a passar o tempo, mas então como sói poderia acontecer em circunstancias especiais, existe a tentação, já que estava de bobeira iria aproveitar para bisbilhotar o corpo, que como ele tava ali de bobeira por ali!
Eu sempre digo, nunca faça coisas que lhe sejam um desafio sem saber o que ocultamente existe nas subjacências de tais coisas, corra perigos calculados, assim Nestor foi, quando seus olhos encontraram os olhos fechados da morta em questão, ficou supreso! Embora a circunstancia fosse triste, a morta era linda, rosto claro, cabelos negro, maquiada, em vestido negro lhe cobria o corpo e as duas mãos sobre o vasto busto dava a impressão que iria levanta-se, talvez levitar, magra como uma modelo.
Nestor ficou perturbado com tal visão, como podia uma morta ser tão bela e gostosa? Ironicamente lembrou-se da mulher Sueli que embora viva não tinha atributos de uma beleza incomum, em seu coração e mente criava-se um conflito canalha e tipicamente masculino, a morta era mais interessante que a viva ,ao menos fisicamente, pensamento estranhos vinham-lhe na cabeça, fazia comparações, aquela mulher linda,bela e parecendo cheia de vida estava morta,e sua mulher viva e tão apagada e sem graça parecia morta!
Neste momento o ronda noturno chega para rende-lo, e também lhe arranca de aprofundar tais pensamentos.Sinceramente eu não coloco a mão no fogo por Nestor mesmo sendo tão respeitável e fiel, de minha parte se Dolores a morta lhe desce uma piscadinha nossa historia poderia tomar outros rumos(ficaria com um final digno do Marques de Sade), mas o patético humano é exatamente assim, por vezes a tentação existe, boas tentações, péssimas tentações e por ética, escrúpulos ,moral,tradição ou qualquer outro nome que você queira dar ficamos ligeiramente paralisados, sinceramente não julgo uma coisa ou outra, apenas não gosto de quem fica com a bunda quadrada por estar sobre um muro a vida inteira, para no final dar-se conta que o que fez estava errado, respeito os maus, respeito os bons só não respeito os omissos, esse são um verdadeiro dano.
Naquela noite Nestor chegou em casa, beijou Sueli com um beijo morno, mas a noite depois que sua filha adormeceu, eles fizeram amor gostoso como sempre.

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

Gosto de conversa entre amigos, em tais momentos sempre surgem pérolas.Estavamos todos etílicamente lubrificados e entre piadas, risadas eis o que surge durante um breve carinho nas costas de um cão linguincinha (Daschund):

"...sabe pessoal, que esta cadela é até meio jeitosa."

Renato Barbosa( Barbosinha)

sábado, outubro 18, 2008

Benção de esquecer

O ontem se foi, levando consigo sua vivencia e voz, de ontem ficaram as fiéis marcas, presença feita de silêncios que levaremos para vida a fora, como cicatrizes repletas de memória, lagrimas e risos.
No ontem bebi de duas taças, numa sorvi amargor e fel e doutra néctar e maná, momento do existir, pois de nossa experiência não se bebe de apenas uma, sempre de uma e outra, fica assim explicita nossa profunda dualidade, de mim e de ti, benção e mácula, céu e Terra, dores e amores.
Sim era verdade, que do ontem quis o hoje com ânsia, como a escapulir de meus pesadelos mais terríveis, porem quando em fuga desesperada me libertei, aqui cheguei trazendo comigo grilhões e feridas abertas, e o ontem estava comigo, estava em mim, minha ilusória liberdade se foi, se foi, presa de ontem presente...
Percebi a fragilidade de estar aqui, como tênue chama de uma vela que ilumina e consome-se tremeluzindo, das dores do ontem em mim, hoje entendi, entendi onde se dá o perdão de nossos pecados de onde nasce a liberdade, mesmo ante as marcas de nossa alma, digo, simplesmente esquece, abandona agora grilhões e esteja presente aqui, esquece e abraça-me eu sou o presente e só vivo se vieres até mim.
Não anseia pelo futuro, devaneios de tua imaginação, não agoniza no passado laço de tua memória densa, eu sou esquecimento, fica sereno e grato de tuas marcas e esquece tudo o mais, e ao abrir teus olhos, nasceste novamente, livre de tudo, aprende a olhar com os olhos de um recém nascido, na vida maneira única de sentir-se plenificado não amanhã ou ontem, mas no hoje.
Vem até mim, eu sou o esquecimento, vem comigo a vida nos espera.

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

sexta-feira, outubro 17, 2008


A cruz e a espada
Paulo Ricardo

Havia um tempo em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu

E agora eu vejo aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo e o meu desejo
Se perdeu de mim

E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa
O que me restaEncontrar alguém legal pra ficar

E agora eu vejo
Aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo e o meu desejo
Se e perdeu de mim

E agora eu vejo
Aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo e o meu desejo
Se perdeu de mim

E agora é tarde
Acordo tarde
Do meu lado alguém
Que eu nem conhecia

Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia

agora eu vejo
Aquele beijo era o fim, o fim
Era o começo e o meu desejo
Se perdeu de mim

E agora eu vejo
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo e o meu desejo

Musica antiga, letra que trata de perdas e ganhos, coisas e pessoas que passam e que deixam marcas profundas em nosso coração em nossa vida, com toda certeza na época que esta música foi feita ela não tinha ou teve profundidade,era mais uma musica,a voz de Paulo Ricardo rouca e metalica era um apelo a emoção, neste acústico, quando entra a voz de Renato Russo rasgando espaços, tudo fica diferente, a fala de sua ausencia traduz exatamente o que a musica diz e ironicamente apenas a sua voz está, fica aquela sensação no ar que ele a qualquer momento irá entrar no palco, mas é apenas sua voz e só,(Paulo Ricardo visilmente tocado) sua emoção sua intensidade entoando a profundidade de não estar, do que se pode entender nos silencios da vida, sorvam a beleza desta canção.

Paz e luz em teu caminho.
Carinhosamente
Luís Fabiano.





Uivo raivoso: ao vento.

Existe alguma coisa errada com a mundo, embora a expressão seja ampla e de fronteiras invisíveis,impalpáveis , basta observarmos detidamente todas as coisas sobretudo as que acontecem por ai, e algumas vezes conosco quando temos percepção para tal, muito embora conosco somos muito míopes, e naturalmente nos vestimos de vitimas de tudo e todas as coisas, do sistema, do governo, dos impostos, a injustiça social, do amor que acabou,do amor que não acabou, vitimas perfeitas e encenadas.
Este é o primeiro de todos os erros, a não responsabilidade de cada um,mas não se preocupe possivelmente isso nada tem haver com você ,sinta-se a vontade, possivelmente seja um delírio de minha parte querendo alguma utopia que de algum sentindo ao caos!Quem disse que o caos precisa de sentido?
Por um momento me dei conta disso, hoje quando escapei de ser o que mais gosto de ser, um alienado total(não contem nenhuma noticia,nada,não desejo saber nada que acontece no mundo...é tudo inútil..), sem limites, não quero saber as mesmas noticias de sempre no mundo, que em verdade são sempre iguais, as mesmas, alterando apenas protagonistas e ambiente,habitat, sinceridade, de outra feita já havia me decidido, com toda certeza não quero saber o que esta acontecendo no mundo, tento cuidar um pouco do meu mundo interno, único capaz de alterar realidades objetivas!(altere seu mundo pessoal, e o mundo lhe será diferente...)
Mas na poucas noticias que eu vi,salta-me aos olhos a vitimização geral, que todos se dizem sofrer, questiono realmente, se todos são tão vitimas, onde estão os algozes? Se todos nós seres humanos somos “bonzinhos”, quem é o bandido?
Existe alguma coisa muito errada mesmo, hoje um rapaz que mantém duas moças em cativeiro por não sei quantas horas,recebeu a “benção” da sua defesa, palavras do advogado dele”:ele esta fazendo isso tudo por amor, em casos assim o que este rapaz mais deseja é estar ao lado da pessoa que ele mais ama.”
Como se pode perceber ele é mais um inocente.
Até posso entender que as pessoas tenham direito a defesa, mas o que esta em jogo? O ato em si ou as causas anteriores ao ato, que sempre tem uma base emotiva muitas vezes desgovernada,uma psicopatologia emocional, se tais emoções são atenuantes de alguma coisa, então eu declaro que todos somos realmente inocentes, somos vitimas, somos todos “bonzinhos” porque tais causas sempre estão presentes em nossa vida ordinária, mesmo nos momentos mais simples, podemos justificar a agressão a qualquer pessoa quando as causas emocionas destrambelhadas nos tomem conta efetivamente, viramos vitimas de nossas próprias emoções, algozes de nós mesmos, esqueçamos a culpa e fiquemos no terreno das responsabilidades!
Quem em alguns instante não foi vitima da raiva, paixão, ciúmes, inveja, diferença ou discórdia você pode fazer o que quiser, tudo, e certamente terás direito a ser defendido,,eis meu estimulo a passionalidade, e a alegação argumento da defesa será sempre a insanidade temporária, a obnubilação da razão pelas emoções aturdidas da circunstancia ou então, será loucura mesmo e de um momento para outro de algoz ferino e ofensivo, você é transformado em vitima, como todos somos, você passa a fazer parte novamente se nosso mundo!!
Existe alguma coisa muito errada com o mundo, longe de mim ser passional ou fazer ferver emoções circunstancias que não tem nenhuma importância para ninguem, mas sinto com um zumbido no ouvido, uma inegável sensação da imensa inutilidade do sistema que embora “dourado” se depara com o ato falho, e esse é estritamente humano, a barreira intima de cada um, barreira feita de valores e desvalores na assepsia normótica do ser trivial, onde teoricamente todos somos semelhantes, somos irmãos e portanto passiveis de qualquer coisa.
Se levarmos em conta a nossa historia pessoal para justificarmos atribulações de caráter, no âmbito social ou pessoal, ai preciso concordar somos todos vitimas ,infalíveis vitimas.
Minha indignação é apenas um uivo solitário para o nada jogado ao vento,não dou e não darei a ninguém as minhas responsabilidades, se fiz besteira, se fui tomado por este ou aquele sentimento, se uma catástrofe acontecer em minha existência, a culpa não é de ninguém, mas minha, total e intransferível responsabilidade, longe de mim ser vitima!Mil vezes ser o vento que quebra a flor, a ser a vitima do vento.
Mas claro como aqui é a vida real, meu uivo é perda de tempo, e quanto ao final da historia das seqüestradas, é claro que o final não foi feliz, na vida real os finais não são feitos de...e foram felizes para sempre!

Um suave fel em teu caminho.
Luís Fabiano.

"A verdade de outra pessoa não está no que ela te revela, mas naquilo que não pode revelar-te. Portanto, se quiseres compreendê-la, não escute o que ela diz, mas antes, o que ela não diz".


Gibran



quinta-feira, outubro 16, 2008



Temporais

Sopra em mim, brisa suave de serenas emoções
Dizem que ela se aproxima, calma e lentamente ,assim se anuncia quase não querendo ser,
Em minha alma densas nuvens de um cinza denso quase negro de minhas fragilidades, queria poder ver sol,por um momento apenas, mas o que vejo é peso de minhas vivencias, quase experiências que se precipitam em mim de mim, em meu não querer lembrar, ter a benção de mim esquecer e nascer como nasce o amanhecer...
Mas antes..
Transeuntes fogem em disparada a busca de proteção, o vento fica mais forte,e por um instante eu olho os céus de meu coração, e pergunto porque? Ante um céu carregado por dentro e por fora, não há como escapar,precipitação, precipito-me em lagrimas tal como chuvas em ti, torrencial, intensa e bela, como a afogar o que em mim não seja tão belo, e fazer nascer o que seja mais refinado e diáfano, assim fico entre mortes e nascimentos , uma parte de mim tão longe e outra tão perto.
O vento arrasta meus pensamentos, pedaços de mim são colhidos pela natureza, levado aos confins, lugares desconhecidos de mim mesmo o que permanece silencioso,ocultado por minha débil ignorância, granizo de minha indiferenças, dureza de minha insensibilidade ,o frio congelante do querer.
O vento sopra mais forte, em seu sibilar trás terríveis medos e pesadelos de ilusão sem fim, tempestade que nunca termina, sensação que o tempo não passa, um tempo sem tempo.
Em meu desespero, rezo, praguejo, amo e odeio tudo em uma coisa só, meu espírito é palco e picadeiro, ator e historia,a um instante, e essa bonança que não chega, todos parecem surdos,l á fora tempo agressivo, que fazer não existem esperanças nem dentro ou tão pouco fora?
Me calo, pois sei que passa, pois tudo passa...
Abro lentamente meus olhos, tudo passou lá fora apenas calmaria molhada, ela se foi...
Deixando quietude, vida e serenidade.

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

quarta-feira, outubro 15, 2008



Perfume das Virtudes

Existem coisas, situações e pessoas que são poesia por excelência, são naturalmente belas e extasiantes por suas simples natureza, existem outras tantas que são o fétido bizarro antagônico até do que se convêm chamar-se de ser humano:de fato, por momentos fico olhando e penso, isso foi feito por um ser humano?Adorador profundo desta sombra que permeia nossa essência jamais posso me furtar ao colóquio que nos inspire ao conhecer-se, e por outro lado nos leve ao mais franco deboxe de si, é preciso debochar de si mesmo para ser-se pleno de saudade.
Olegário sempre fora um mesquinho, o tempo havia passado e parece que aprendizado de coisas realmente importantes tinha passado em vão, para ele que não era zen-budista, a vida era apenas comer, beber e ter algum prazer o qual a sua mão muitas vezes ajudava, sim verdadeira mãozinha! Mas a mesquinhez de Olegário era essencial,destas misérias abissais, sempre irritado e tentando se aproveitar de alguém se houvesse chance para isso,dizia batendo com as duas mãos na barriga dilatada:
-O mais importante ta aqui!!
Era um elogio a própria gordura(ele era um espécime mais digno de pena que asco, mas quando olhava para ele sentia apenas asco...)olhar para ele era como ver a cara do desespero, tinha poucos amigos, nem mesmo eu seria amigo,nada contra a estranhos tipos, apenas não tolero misérias da alma e Olegário reunia todas elas,por vezes eu olhava para o céu e questionava o criador, uma vez que perante ele somos todos irmãos, puxa vida somos irmãos de Olegário?Somos irmãos de políticos? Somos irmãos, de Nero, Hitler, Tamerlão, Atila? Talvez por tais pessoas que tenham inventado a colocação, ovelha negra da família, aos que me conhecem literalmente sabem que não posso falar muito disso!!
Mas sempre existe um dia em nossa vida, o dia que parece que o Divino simplesmente resolve jogar dados, e dá asas aos que não querem voar, beleza aos que são cegos do espírito, amor aos que são feitos de concreto, lagrimas aos que não olhos, convenhamos o Criador tem bom humor, mas talvez nós é que sejamos mal humorados! E de fato assim é, naquela manhã fatídica Olegário havia amanhecido diferente, estava de bom humor, bom astral, havia tomado banho e adivinhem tinha ganho alguns trocados no bixo, era o sorriso pleno de uma realização, aquele dia encheria a pança completamente com toda vontade até a saciedade, mas isso seria detalhe, coisa pequena, ele sentia-se feliz!
Milagrosamente colocara a melhor roupa e andava pela sua rua satisfeito, até uma vizinha que nunca havia lhe dado atenção(vizinha, você sabe não é, daquelas putinhas oportunistas e totalmente monas...algo como as flores, dama da noite...apenas a noite se abrem...) ela estava aquele dia literalmente fértil, e seus desejos voltaram-se para Olegário, possivelmente estava querendo se auto-flagelar, nossa consciência nos faz buscar coisas estranhas quando culpas não diluídas, é preciso achar uma fuga rápida, uma vez que toda culpa é inútil e por isso mesmo castiga - lá é a prova cabal de nossa demência temporária!
Mas demente ou não, a ruiva conhecida como Lorca (também pela sua dimensão, brincavam com ela para não chamarem de orca a baleia ruiva...)chamou Olegário para sua casa,para sua intimidade, Olegário sentindo seu ego maior que uma catedral aceitou o convite, temia algo mas aceitou.
Quando entrou na casa da Ruiva, ficou realmente nervoso, ela foi se aproximando tocando no braço, passou os fartos seios no seu ante braço, Olegário naquele momento senti-se um homem de verdade ou um menino na montanha russa, pensava:
-Que coisa estranha que sinto, uma espécie de frio na barriga, e a duvida cruel se seu membro pequeno,escuro e torto, honraria as imensas tetas de Ruiva??
Começou a suar frio, a uma dor de estomago, mas ele segurava um possível peidinho que lhe quisesse escapulir, por fim passou –lhe o mal estar. Ruiva foi buscar um drinque e ele aproveitou o intervalo para solar o gás venenoso que lhe fustigava as tripas, quando finalmente deixou escapulir o ”evento”, foi tarde demais, sem duvidas não havia apenas vento, mas líquidos, caldinhos, cremes e é claro doces aromas, doces momentos, ironia do destino, em seu dia feliz e perfeito, cagara-se em plena sala de uma prostituta!
Não esperou ela voltar, saiu correndo dali com medo ser execrado,deixou literalmente marcas de seu medo,desatino e outras tantas... na cor parda de um sofá manchado e mal cheiroso!
Dizem os poetas que as emoções transportam as pessoas a dimensões que são um paraíso, ou um inferno, e como as diáfanas emoções buscam as sutilezas tal qual perfumes que o vento leva ao longe inspirando gratas emoções, é inescapável embora mediante cosméticos bem sofisticados, o que carreia de nauseabundo em uma alma é sua essência, disfarces tolos ajudam mas a verdade é pura.

Paz e luz em tua alma.
Luis Fabiano.


"Eu sempre tive uma opinião muito mais negativa a meu respeito do que a maior parte dos meus detratores. Isso ajuda a não perder de vista a minha insignificância"


Diogo Mainardi.

terça-feira, outubro 14, 2008



Onde está o título???


Parece inescapável ao meu livre pensar, talvez as lentes de meus óculos estejam embaçadas, talvez mesmo devesse quebrá-los, jogá-los para longe , lentes que facilitam e me enceguessem, de mim e tatear, com um pseudo cego? Futucarei com gravetos quebradiços a alma humana? Não sei , realmente não sei, a verdade que em meu pensar é inescapável a calhordisse humana,a apreciação mais ordinária, os mesquinhos interesses e um egoísmo tão grande quando a própria estupidez. Não sei se gostaria de dizer:viva os bonzinhos, feliz dos sinceros. Mas como posso dizer isto?
Até posso mentir para os que estão a minha volta, talvez um pouco,cretinice de não se dizer toda a verdade, mas para mim mesmo não dá, por vezes este fatídico vicio da verdade trás um jugo por demais pesado e algumas pessoas merecem a verdade para outras...qualquer coisa serve porque simplesmente não faz diferença! Não faz diferença em meu sentir, quase não as distingo. Não fazem diferenças os pensamentos, as emoções, as mentiras e as verdades, quando se enxerga apenas o próprio umbigo o que faz ser diferente? Ficam ali planetas, estrelas, galáxias todas girando naquele buraquinho meio escuro e misterioso onde coisas se ocultam.O umbigo.
Existiram inocentes, onde? Puros!Apenas uma taça de pureza para minha alma sedenta.
Sinto saudades de tal coisa, de alguma inocência, de uma pureza como se fora um breve descanso ante a hostilidade do mundo que apenas deseja, deseja tudo de ti,arrancar-te, como a comprar tua alma,entregá-la ao sacrifício indigno de ti e tua sombra. Caminhando pelas ruas vejo nos olhos das pessoas a armadura pronta para defender/atacar, um medo de ser a presa, não tão somente fisicamente, mas presa de emoções boas ou más, presa de pensamentos puros, contaminar-se com a pureza,de imantar-se de luz, sim sinto saudades, de olhos serenos e pacíficos que nada querem, nada desejam e que apenas são, que possuem o brilho das estrelas.
Não sou tão romântico ou tão pouco perverso, não quero olhos infantis engraçadinhos porem vazios, e nem devaneios sem chão, quero apenas que saibas quem és tu e não te percas em brumas mesclas de desejos e ferimentos, dicotomia do amanhecer e do por do sol , quero significados e conscientes olhares. É como seu quisesse fazer emergir a beleza que em ti reside e por todos os motivos sem motivos tu a desconheces, é isso que quero ver, deixo de lado todo o resto,sem brilho e baço de teus fragmentos perdidos.
É isto um devaneio?Cálida loucura?
Que seja,me deixai a sós.
Então amigo meu, se de fato é muito o meu querer, sonho sem razão, utopia sem pés, deixa assim, não tenho como me furtar a minha canalhice enciclopédica e essencial ,não jogarei fora meus óculos porque de nada adianta, nem tão pouco vazarei meus próprios olhos, pois é futil. Nada de sacrifícios vãos ou apenas aparente é preciso dar a sua parte.

Paz e luz em teu caminho.
Luís Fabiano.
é ve

Hijo De La Luna (tradução)
Sarah Brightman





Tolo é aquele que não entende
Uma lenda conta de uma cigana
Que pediu à lua até o amanhecer.
Chorando, ela implorou
Que ao chegar o dia
Casasse com um cigano.



"Você terá o seu homem,de pele morena"
Disse a lua cheia no céu"
Mas em troca eu quero o primeiro filho
Que você tiver com ele.
Porque aquela que sacrifica o seu filho
Para que não fique sozinha
Não parece amá-lo muito"



Lua, você quer ser mãe,
Mas não encontra um amor
Que lhe faça mulher.
Diga-me, lua de prata,
O que pretende fazer
Com uma criança de pele.
A-ha-ha, a-ha-ha,
Filho da lua.



De um pai com a pele da cor de canela
Um filho nasceu
Branco como o arminho
Com olhos cinzas em vez de verdes
Filho albino da lua.
"Maldita a sua aparência
Esse não é um filho de um cigano
E isso eu não vou tolerar"



Lua, você quer ser mãe,
Mas não encontra um amor
Que lhe faça mulher.
Diga-me, lua de prata,
O que pretende fazer
Com uma criança de pele.
A-ha-ha, a-ha-ha,
Filho da lua.



Pensando ter sido desonrado
O cigano foi até sua mulher
Uma faca na mão
"De que é este filho?
Você me enganou!"
E ele a feriu mortalmente
E então ele foi até o bosque
Com a criança nos braços
E a abandonou.



Lua, você quer ser mãe,
Mas não encontra um amor
Que lhe faça mulher.
Diga-me, lua de prata,
O que pretende fazer
Com uma criança de pele.
A-ha-ha, a-ha-ha,
Filho da lua.



E nas noites em quea lua está cheia
É porque a criançaestá de bom humor
E quando a criança chora
A lua se faz minguante
Para fazer-lhe um berço
E quando a criança chora
A lua se faz minguante
Para fazer-lhe um berço

Mesmo que poéticas todas as coisas da vida tem seu sacrifício, é preciso ser assim, do contrario tudo passa em breves desimportantes momentos sem se graça ou sentindo, não me refiro tão somente a autopunição(isso é plena estupidez ao meio dia, culpas,arrependimentos e frustrações.), mas o quanto você esta disposto a dar de si mesmo quando algo é realmente importante, qual é o preço do teu amor? Sacrifício de abrir mão de si de mesquinhas emoções em prol do sublime, filho da beleza anseio de esperanças e alguma nobreza. Preço alto. Pois do ordinário repleto de vazio nada...apenas fácil e aberto caminho, sacrifícios são feitos de estreitezas.
Paz em teu caminho.
Luis Fabiano.

Sara:

http://www.youtube.com/watch?v=xZEUYbsZkaQ