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sexta-feira, novembro 30, 2007

Mentiras de uma verdade, Verdade
de uma Mentira

Permitam-me o desabafo real e quase verdadeiro de acordo com minhas crenças subjetivas e minhas incontestáveis verdades, mas dizer verdades é algo muito complicado, num mundo que conspira e vive de mentiras, de ilusões, do logro, do engano e auto-engano, das máscaras que escondem feios rostos feitos de verdades, de pinturas que disfarçam erros, da capacidade de sobressair-se quanto tudo mais é um borrão feito de simples verdades, porque não aceitamos com tanta naturalidade a verdade que esta em nós e em nossa volta?Porque sempre douramos a essência das coisas para que elas tenham uma aparência rosada como criança pura e recém nascida?
É curioso gostamos da face aparentemente pura, disfarçada de verdade, mesmo que por sobre esta aparência esconda-se um polvo de mil tentáculos , mas gostamos é nossa maneira de lidar com verdades que não temos a força suficiente para entender, estrutura, fibras da alma para suportar.
Porem o ente humano é curioso, conheço pessoas que se falamos verdades estas tais não gostam, se falamos mentiras estas pessoas não gostam também, então como se faz ?Não raro quando me perguntam algo eu falo, e falo a verdade que vem em mim, que vibra alma, porem por incrível que pareça as pessoas ficam irritadas, revoltadas, aborrecidas, afinal foi verdade demais? Bem então vamos para o extremo oposto, mentira, então mentimos e tudo fica aparentemente bem, porem se disse que é uma mentira novo transtorno, nem mentira e nem verdade ?Não raro para ser diplomata nestas ocasiões,afinal não queremos ser crucificados por falar verdades, então criamos um hibrido de verdade meio suja de mentira, e mentira mais ou menos com alguma sinceridade de verdade, aí fica bem, ai todos gostam, aí agrada não é ?
É.
Do alto da minha arrogância, prepotência,do meu atrevimento insolente, escolho aqueles que são dignos de verdades profundas,exatamente como você escolhe também o que vai dizer para obter suas vantagens, sabemos que existem aqueles a quem somente a manifestação mais pueril já satisfaz, não posso fazer nada, a escolha é minha, mas a atitude é de vocês!
Um recado para você que não gosta de verdades,aprenda a olhar a vida com um pouco menos de egoísmo, só um pouco, nada irá te agradar o tempo todo, e nem desagradar também, apenas isso,são dinâmicas naturais da existência, belas e complementares alem do mais em um momento ou outro você terá de sair do mundo restrito do agrado e desagrado, a dualidade não responde ou satisfaz nada você já percebeu ?E pensar um pouco mais alem, será que você consegue?
Bem ,a mentira é mais sexy.
De minha parte falarei aquilo que vai a alma, em primeira instancia todos são simplórios, limitados e errantes contumazes, gostou ?

Com todo meu carinho.
Fabiano.

quinta-feira, novembro 29, 2007

"O egoísta não é uma pessoa incapaz de amar; mas sim o único capaz disso. Para dizer “Eu amo você, é preciso primeiro saber dizer “Eu”.”

Any Rand
Mulheres da vida

Nada de filosofia barata, nada de jogar conversa fora ou mesmo perder o nosso precioso tempo, a assinatura da realidade é a sua manifestação interna e perene inegável mesmo quando tudo a volta sopra mentiras e ilusões, é assim e sempre tem sido assim.
Todos os dias a mesma coisa, Rosa levanta-se e cumpria seus deveres de mãe de dois filhos pequenos e famintos, atendia com relativo prazer suas crias, como um historia que sempre se repete, filhos de pais diferentes que ela nunca soube quem eram, filhos da revelia, do acaso ou do total descaso, párias da indignidade segundo a sociedade, numa tentativa de redenção!Quando na verdade eram apenas crianças.
Vez por outra Rosa olhava-se no espelho e as vezes mal conseguia enxergar-se, via um vulto, uma sombra, sem olhos, sem coração, em função disto olhava-se muito pouco ao espelho, afinal existem coisas que é melhor não ver, a cegueira ajuda a viver, suportar e suportar-se.
Então atendida a sua quase família ela partia para o trabalho, Rosa não era que poderíamos chamar de profundo exemplo de beleza, era uma montanha, uma montanha em ruínas,magra quase esquálida, um rosto abatido, cabelos curtos e negros até os ombros, olhar não de mulher fatal, mas de cansaço, um eventual sorriso que era mais um ensaio a uma sedução sem graça que as vezes funcionava aos poucos clientes, então entregava-se como uma mercadoria, entregava a sua vida em ruínas, seu corpo em ruínas, aqueles que buscavam prazer barato e sem compromisso, cabe aqui dizer que essa é medida de quase todos os homens ,após a ejaculação tédio e enfado e em alguns uma profunda vontade de sair correndo, ou usar qualquer mecanismo de fuga subconsciente, que faça aquele momento passar mais rápido, e não raro as mulheres desejam abraços,afagos e talvez beijos ?
Terminado o ato numa quase manifestação automática, ejaculação rápida, o dinheiro e o breve adeus quando eram educados, com o tempo Rosa aprendera algo com seu trabalho. homens que tratam mal a mulheres da vida nunca souberam tratar mulher alguma,porem existiam clientes que a tratavam como uma rainha e neste espaço de tempo curto e breve ela sentia-se feliz, felicidade em grãos, em pequenos pedacinhos medidas pelo tic-tac do relógio.O dia termina e Rosa volta ao lar, com alguns trocados, com o corpo cansado e alma vazia.
Então enquanto mexia o feijão gostoso para alimentar sua família, mexia também em seu coração, os tantos acontecimentos em sua vida que a levaram até ali, dizia de si para consigo, que não sentia-se uma pecadora , embora as vezes tivesse prazer, mas que há de errado em ter prazer? O mesmo prazer que um escultor tem diante de sua obra acabada?Não havia pecado, ela não sentia-se culpada, tinha dignidade, olhava a sua volta, a casa estava em ordem, a alimentação ali estava,tinha um familia,e com este breve olhar sentia satisfação, pensava ainda, a vida cobra seu preço e tudo não se pode ter, aprendera com seu pai, onde andaria o velho?Convivera muito pouco com ele a morte o havia levado muito cedo. O feijão borbulhava com um aroma maravilhoso, e todos sorriam, ainda mergulhada em seus pensamentos, afinal a vida não é tão ruim, assim o cheiro daquele feijão enchia aquele lar de esperanças, esperanças cheias de sacrifícios e dor que nas ondas vaporosas do aroma nem eram percebidas, tal como a vida de todos aqueles que tem alguma felicidade, a vida sempre cobra seu preço.Nunca esqueça disto, era seu consolo para horas difíceis.
Um breve silencio e só a orquestração do talheres e bocas a manifestar-se, que feijão gostoso.

Com todo meu carinho.
Fraternal
Fabiano.

terça-feira, novembro 20, 2007

"Nunca confunda o auto-conhecimento com presunção."

Fabiano.
Uma rosa sem pétalas.

O encanto sempre é e será encanto amigo, se aquele que se encanta souber como encantar-se, e aquele a quem nada encanta mesmo diante das maiores potestades da natureza, dos exemplos mais profundos que a vida nos ministra vê com olhos embaçados a tudo e a todos, sim, o valor não está fora esta em si.
Então ante seus olhos ele pegou aquela rosa e levou-a ao nariz e então sorriu sim que perfume, era uma rosa e então correu e a ofereceu ao primeiro transeunte que por ali passava, então disse: veja senhor é uma rosa uma rosa linda, então curiosamente o transeunte pegou, olhou a rosa e constatou que ela estava despetalada, e com um sorriso de alguma indiferença ele disse: Mas esta rosa esta sem pétalas, ela está despetalada !E então o menino pegou a rosa e levou- a ao nariz veja sinta, que perfume gostoso.O estranho pegou a rosa novamente e a levou ao nariz e sentiu,e era verdade a rosa estava perfumada com um aroma de fresca, podia-se imagina-la até mesmo orvalhada.E então o estranho sorriu, é verdade a tua rosa esta perfumada.Apenas lhe falta as pétalas.
E então o menino foi embora contente, e eu fiquei a pensar:Quantas vezes queremos que as rosas de nossa vida estejam frescas,orvalhadas, belas mesmo e nem sequer percebemos a sutileza dela que o seu mais belo e profundo tesouro, o perfume.Para aquele que aprendeu a sentir o perfume da vida, todas as rosas estão sempre frescas, sempre belas mesmo que lhe faltem todas as pétalas.
Ao longo do caminho as nossas pétalas vão caindo também, e vamos ficando essencialmente o perfume, que possa o encantamento daquilo que é essencial falar mais alto em ti quando tua pétalas não mais tiverem tanto viço.

Com meu profundo carinho.
Fraternalmente
Fabiano.
Tio Marcelino

As vezes a vida nos imprime lições em muitos níveis e muito embora por vezes façamos um regate do passado através do presente ...ontem dialogávamos entre a família com pessoas que a muito não via, que para mim que por vezes sou indiferente a certos contatos de natureza familiar, nada me toca muito isso é verdade em grande parte e maioria das vezes de minha sinto estar literalmente apartado de tudo e todos ao que não é um sensação desagradável, é jeito de ser só e nada mais, não existe arrogância ou mesmo presunção de minha parte,apreciador da verdade gosto de estar envolto em minha atmosfera algo egoística e verdadeira, não faço força para agradar a quem quer que seja, eu apenas sou eu! Você consegue ser você sempre?
Então sentado a sombra de uma pitangueira tendo a minha frente um personagem impar falando do alto dos seus 81 anos, feitos e muito bem vividos segundo ele, um detalhe, ele muito longe esta de aparentar a idade que tem, um rosto com poucas rugas, um sorriso largo, os cabelos um pouco e ralos mas branquinhos como um preto velho, barba bem feita e só um bigode alvo emoldurava seu rosto, conversando de absolutamente tudo, distribuindo abraços aos que chegavam e no alto da sua profunda simplicidade satisfeito, pleno com aquilo que tem e em paz com aquilo que não tem, curioso isso porque nunca conseguimos ficar em paz com aquilo que não possuímos ?Um sentimento de paz é algo sempre que começa em nossa individualidade, ninguém lhe rouba a paz, nada pode lhe fazer isto, naturalmente se você possuiu maturidade da alma, conhecimento advindo da sua experiência vivencial ou através da sua autobusca.
Um dado instante ele parou e nos narrou uma breve historia :Que todos os dias passavam um cidadão na frente de sua casa, e este lhe era desconhecido e todos os dia tal pessoa dizia a mesma coisa , pois tio Marcelino gosta de ficar na frente de casa tomando seu chimarrão ao entardecer naquela hora meridiana, então o cidadão dizia: E aí vida boa !Isso era todos os dias, passava no mesmo horário a mesma frase, :E aí vida boa hein...!Tio Marcelino apenas sorria, um dia depois de alguns meses como diz tio Marcelino ele levantou,mas naquele dia ele não estava muito bem de espírito, então passou o cidadão e disse sua frase usual, e aí vida ganha!
Então tio Marcelino pediu para ele se aproximar, ele aproximou-se e tio Marcelino disse:Amigo, quero apenas te dizer uma coisa,a pessoa que é o vida boa é o senhor, porque eu amigo nem sei como você, por que embora você não tenha notado eu sou totalmente cego, eu nunca vi você, não sei como você é, apenas ouço a tu voz, você me entende? Quero que você saiba uma coisa amigo, é você que tem uma vida boa, você anda, tem dois braços e sobretudo enxerga, você pode ver tudo a tua volta, vida boa amigo é tua!Disse isso com muita tranqüilidade e sentou-se, junto ao seu chimarrão.
Tio Marcelino não era cego mas ao longo do tempo foi ficando em função de uma doença degenerativa, e mesmo sem nada ver ainda faz quase tudo em sua casa a ponto que algumas pessoas duvidam que ele tenha problemas na visão ,ontem mesmo ele me contava que ele virou todo um canteiro para a plantar verduras, já havia inclusive espalhado suas sementes e que em breve elas iriam nascer, alfaces, cebolinhas e etc...ele mostrou-me sua adega ,cachaças de todo tipo,em diversas garrafas feitas com frutas, com butiá e outra tantas, vinhos de toda feita, tudo feito por ele cego!
Eu cá comigo fiquei pensando, a cegueira de tio Marcelino é a prova da profunda ironia da vida, porque ele absolutamente simples, repleto de sabedoria não cultural, tira seus exemplos da natureza, do encanto de nada ver e tudo entender,lembro quando ele me disse: Olha meu filho minha dor ela pertence somente a mim e ninguém mais,vivo em paz com ela e ela vive em paz comigo, eu aprendo com ela e ela aprende comigo e tudo fica bem, ninguém tem haver com aquilo pertence ao que eu sinto, de mim só passo as pessoas a minha vontade de viver e isso já me deixa feliz!
Ele já aprendeu que deixar o outro feliz é que nos deixa feliz, ironias de uma cegueira!

Fraternalmente
Fabiano.
Amenizando a ruína

Palavras, jogos de palavras combinações habilmente articuladas para argumentação sensata e lógica, por vezes enfadonha doutras simplesmente nada dizem , talvez mesmo a maioria das palavras sejam usadas para não dizerem a realidade em si, um disfarce bem feito, camuflagem a guisa de entendimento conforme as elegantes perspectivas intelectivas ao que o momento sugere.
Vamos nos dando conta que por um maneira muito curiosa do ente humano gostamos dos escapismos que espelham a verdade mais crua, gostamos que tudo seja dito é verdade, porem não tudo, não tão intenso, não tão verdadeiro, e mediante isto então criamos a maneira coloquial de dizer coisas que são desagradáveis ou mesmo agradáveis, sempre luarizando causas, acho mesmo que em certas circunstancias as coisas devem ser medidas, talvez reduzidas, mesmo abrandadas, e saber o ponto de equilíbrio entre a necessidade real e a manipulação é que nos torna senhores desta arte.
Hoje as pessoas são elegantes demais para expressar vilezas, hoje chama-se traição entre consortes, de intimidades extra-conjugais ou adultério que o mesmo que traição porem é mais elegante em uma palavra pomposa, e assim vamos, corrupção é a mesma coisa que suborno ou mesmo a pessoa não cumprir sua função real em função dos interesses próprios,talvez pelo aclaramento de tais palavras percebamos que de alguma forma nós estamos muitas vezes inseridos no contexto, roubo, preferimos a palavra furto porque o roubo sempre é muito ofensivo , um detalhe importante com relação a isto que naturalmente depende que quem estejamos falando a palavra pode ficar ainda mais suave ou mais grave, que interesses entram em cena aqui?
E o desfile segue amigos, a palavra peculato que em essência significa roubo, estelionato, esta é a uma palavra curiosa, significa em verdade mentira, mas não é uma mentira qualquer, é uma mentira contada para enganar alguém e através deste engano obter vantagens pessoais, isso não é uma palavra é arte bizarra!Vocês não acham engraçado, mas eu não sou muito adepto de coisas políticas, prefiro o politicamente incorreto, mas é estranho que muitas destas palavras nos escutamos na mídia com relação a política?É,deve ser impressão imprecisa minha.Todas estas palavras são ótimas justificativas disfarçadas que na verdade traem o seu sentido real,ta aí uma coisa que as pessoas não entendem ou pensam, trair o sentido real, quando se pode amenizar para nós mesmo o dano quase fatalmente o fazemos, para evitar toda e qualquer dor.
Bom quando tais expressões são usadas para expressar emoções, sentimentos aí a coisa transfigura-se em um fantasma vagante a luz e a sombra dos interesses pessoais e quase sempre imediatistas, tais como as juras eternas, bem a traição começa que eternidade para nós seres mortais é mais ou menos entre 70 e 90 anos, é uma eternidade breve, se você tem duvidas, coloque aí cem anos a partir da idade que tem, você não estará mais aqui.Bem dirão alguns e o outro lado da vida?Mas aí a situação é outra, amor humano se ele for humano demais com toda certeza se finda ao termino da vida física. No outro lado somente pensamentos e emoções reais existem.
Autenticidade é algo raro e feito de palavras simples, sua beleza natural é sua moldura ,plácida tranqüila e transparente,(transparente é outra palavra que escutamos muito, diga-se de passagem a ênfase no transparente é justamente porque não transparece nada,tenha certeza quanto mais transparente for, mais existem coisas que você não esta percebendo, é a profunda ironia do ser humano)é manifestação da razão por excelência fala tão intensamente quanto a luz do luar, quanto o sorriso das arvores ou a conversação do vento da primavera, perfumes da vida.

Cuidado,e preste muita atenção, todo o texto foi feito para amenizar algo, o texto em si foi um disfarce, mais um disfarce fácil e simples exatamente da maneira que gostamos limpinho, verdadeiro e levemente perfumado.
Diz o adágio o popular que para bom entendedor meia palavra basta.
Fraternalmente
Fabiano.
Estrada Perdida

Vez por outra as pessoas tem ímpetos de buscarem ardorosamente o passado, agarrando-se a uma chama extinta, num desespero de tentar voltar a ser o que eram em acordo com o momento que estavam vivendo, não mais amigo, não mais, felizmente não será possível, porque a historia é única, irrepitivel, embora aos nossos densos sentidos tenhamos uma impressão que lenta daquilo que passa e se vai como tudo na vida.
Muitos gostariam de voltar a ser o que eram em tempos passados, curioso isso,num jogo de esconder-se de si mesmo a impossibilidade, ao que perdeu a pureza, ao que perdeu as nobres emoções, ao que os sonhos foram desfeitos como um vento forte, aos que se encontram perdidos que jeito?Que forma?
A estrada da memória é perdida amigo, tudo fica exatamente onde deve ficar, é engraçado por vezes desejamos rasgar a nós mesmos na ânsia de tirar todas as sombras feias de nosso aspecto, e resgatar a nossa essência mais pura e intocada.
Muitas vezes pensei nisso, nossa pureza de criança se vai e junto dela aquilo em verdade não somos, ou seja puros, porque a pureza não é como pensam os mais desavisados, uma veste ilibada translúcida,alva isto não é e jamais foi pureza, a pureza é em verdade o salto amigo, aquele que sabe e explorou os abismos da lama e lentamente, com paz vai se soerguendo dela e tão sujo objetivamente, mas com os olhos fitos nas estrelas, e então vai olhando para o infinito e percebendo a dimensão que abaixo fica, e com compaixão feliz e silencioso entende aqueles que fazem as estradas as avessas,então sorri, paz aos que ficam.
Os olhos da Divindade algo em ti acorda.
E perene segues, pois a beleza desfralda seu mistério, não mais é preciso julgamentos e acusações ou mesmo violência de toda sorte, não sabes muito bem eles fazem isso por total desconhecimento de si.
A estrada foi encontrada amigo, ela está aí a tua frente,a seguirás ou deixarás para depois?

Longe de mim ser Polyana, mas tenho a certeza absoluta que cada ente humano se conhecer e seu ponto de vista pessoal alterar-se, você verá que o mundo aos teus olhos será um lugar muito diferente,é possível ver beleza, é possível perceber em um mar de insanidades respirar o éter do universo e em meio a guerra verás paz, em meio de todo este amalgama feito de lama perceberás a cálida luz da lua,magia e prateada.


Com minha benção
Fabiano.

quarta-feira, novembro 14, 2007

O truque em tí!

Na singeleza do momento em que se vive, na simplicidade de acontecimentos fortuitos, nas apreciações não programáveis que a vida nos propõe, na beleza circunstancial que ludibria a nossa momentânea lógica, neste instante mágico é que conseguimos contemplar a vida em sua plena manifestação!Por vezes perdemos a naturalidade do movimento sem dar-nos conta, no entanto é dentro da frugalidade da vida que a felicidade torna-se possível! Porem, onde ocorre a magia da vida?
Pode-se ao combinar elementos estranhos em si, misturá-los externamente na esperança de espremendo-os converte-los em manjar de emoções sublimes? Seria na fornalha das emoções é que conseguimos alquimizar as manifestações mais grosseiras de nós mesmos e na compreensão das mesmas fazendo-a buscar o mais alem?É a chave amigo!
O que advêm de fora pode inspirar-te, mas o afago, o refinamento final é teu e de ninguém mais, e aqui entende-se que todo o movimento externo é pueril e inútil, quase opaco, se na concha de tua alma estiveres oco,vazio e sem vida.
A nobreza de alguma coisa não mora em sua objetiva manifestação mas na interioridade que nos irmana,a encenação que a vida propõe, onde os dramas existências são desenrolados é uma breve mascara usada para permitir a sublimação de nossa errante irrealidade, quanto mais denso algo, maior a sua sede de infinito, muito embora apartado de si, é só uma força errante,cega, força sem força, um peregrino sem estradas ,com partidas, mas sem término.
Gostamos muito de cascas, de aparências de tudo aquilo que seja ilusório, mas que distraia os sentidos mais brutais, é do nosso gosto, pudéssemos antes sim fechar os olhos e ver o que não se vê, ouvir o que não se ouve, sentir o que não se sente, e pleno simplesmente sorrir mas não, é preciso ainda andar muito, o que se faz, arranha as nossas realidades, pouco diz é verdade, o que fala alto é a apreciação que se tem de si, ao que é nobre, tudo é nobre, ao que é mesquinho o mundo será feito de ninharias e mesquinhez de vida, pedaços miúdos de existência, não tentarás realizar o grande truque? Ou esperarás que a vida o presenteie gratuitamente com uma dádiva advindo dos mistérios do nada existencial ?
Muitas vezes os vemos por aí, os vemos sem muito sentido e sem nada sentir,tão ébrios quanto tu,ora trôpegos e incertos,pensam eles também como tu querendo gotas de felicidade,uma paz luarizante, um abraço que dá força a vida, afinal quem não embaraça-se vez por outra nas teias da vida?Será que podes ver quando tudo aponta a derrocada a chama branda que brilha quando em nossa consciência realizamos o encontro?

Existem aqueles que olham para o carvão como se fora um pedaço de diamante.

Com a minha benção, toda paz.

Fabiano.
Primitivas paixões...

Dizem que existe um nível das relações humanas que as coisas começam a ficar mais interessantes, não duvide fica mesmo, se obviamente podemos alcançar os pícaros mais elevados da sublimidade o contrário se faz presente neste ínterim pois a energia é mesma, forças díspares em sentido antagônico ou talvez nem tão antagônicos assim, nosso sistema de valores dúbios e algo moralistas sem que a realidade profunda que por vezes nos empurra para algo que nos é mais familiar em função da nossa evolução, do que uma sutil presença quase imperceptível de desejo de sublimidade, em grande parte de nós esse desejo existe, mas é tão sutil quanto o bater de asas de uma borboleta ,nosso fundo deve ser sempre a verdade, sem colocarmos filtros feitos de preconceitos,cinismo e falsidade tão comum em nossa abordagem em relação a vida, a maneira que procedemos aos outros é um bom espelho!
Não penso que todos são mentirosos, cínicos, não, apenas percebo que usamos mascaras para disfarçar nossas manifestações mais grosseiras, e talvez o grosseiro seja a nossa realidade subjacente pois fazemos o possível para oculta-lo, nos entanto ele ali esta em nossa transpiração, respiração e pulsar da vida, as emoções mais comuns em nossa vida tem essa peculiaridade em nossa realidade, eu lamento ou debocho,mas amigo se você não cuidar-se, o mal odor aparece, se você não ficar atento o ronco e outros tantos sons escapam de você, isto em tratando-se apenas de obviedades físicas,disfarçáveis por bons perfumes, mas que perfume você irá usar em tua personalidade?Por outro lado, o instinto é uma boa justificava para nós,por que sendo herança de nossos antepassados isto também torna-se um álibi,ao nos irritarmos,talvez agredirmos ou simplesmente sermos rudes, aqui não há contexto, apenas rudes, um bom observador percebe o quanto somos frágeis neste aspecto, uma palavra que nos é dita e que não seja exatamente o que desejamos ouvir, uma cascata de fatos se desencadeiam dentro de nós,numa dinâmica de revolta,culpa e medo, raramente e muito raramente temos uma tranqüilidade de proceder ao discernimento e fazermos o salto para uma sublimidade não primitiva!
Porque?
Proximidade e desconhecimento de si amigo, estamos próximos demais daquilo que somos e longe demais daquilo que aspiramos, sonhos são mais ou menos assim...no entanto alguns transformam-se em coisas reais não tão idênticos aos originais, e outro transformam-se em nada no caso da maioria,isso é nossa realidade, algo indesejável e algo inescapável, em função do cativeiro de nossos mais básicos instintos! Os melhores...
Pode-se comparar a expressão grotesca e ululante de um orgasmo convulsivo seguido de gritos,urros,unhadas e gemidos, ao doce olhar de amor que entende na subjetividade das emoções o que se passa com outro? Pode-se comparar,fluidos,sangue,suor e urros, com a quietude plena e consciente de si na beleza da apreciação em a natureza?A objetividade e com subjetividade?
De minha parte acho que ambos são um profundo equivoco,o peso dos contrários é mentira que subverte,mascara e engana a nossa falha mais real, ser ou emoção ou instinto.

Fraternalmente
Fabiano.
Desrelacionando-se

O tempo passa em nossa vida, e naturalmente o inexorável tempo trabalha não tão somente nas fibras corpóreas mas ao longo de algumas árduas experiências nossa realidade subjetiva e relativa aprimora-se talvez não na melhor maneira como deveria se conceber como um auto-encontro pacifico e sereno,o descobrir-se com todo o carinho e dignidade a que nós seres dotados de alguma inteligência, deveríamos proceder, mas não é bem assim, as coisas são um pouco complicadas, ou melhor temos a arte nas mangas de complicar quase tudo em nossa vida em função do total desconhecimento de si...as vezes acho que nós deveríamos vir com manual de instruções!
Não sou nenhum pregador de causas justas ou mesmo me lanço a solucionador de problemas alheios, nem ínterim creio que precisamos cada aprender a cuidar do próprio chulé, mas penso muito nas singularidades da vida, vida a que me refiro a vida de relação aquela que permite que nós possamos interagir de alguma maneira com o outro, e dei-me conta tomando banho estes dias que a proximidade em demasia é algo asfixiante para qualquer relação,para uma saudável convivência é preciso haver uma distancia,distancia feita de personalidade, de apartamento físico mesmo para que cada um seja o que realmente é, de minha parte não desejo mistura-me a nada que não seja eu mesmo e não pense ser isto egoísmo, não , é uma noção tão real quanto a daqueles que pensam que somente asfixiando o outro consegue-se a “segurança” para a suave convivência, penso que o abraço não deve ser tão apertado, que as caricias não devem ser eternas elas devem ser suficientes e fluir a sua satisfação natural,penso mesmo que por vezes confundimos tudo, confundimos as emoções físicas com as sublimes expressões da alma e tratamos tudo como um único contexto, que se plenamente conceba-se ao ápice tantos das vulgares emoções como das mais cândidas e diáfanas aspirações, um movimento totalmente incompleto! Porem gostamos disso, graças a esta miscelânea que permite esconder coisas reais e seres imaginários conseguimos talvez uma convivência relativa com o mundo, a convivência de uma fratura, repleta de equívocos, uma queda de braço constante.
Tenho a impressão que nossos corpos atrapalham a relação de nós conosco mesmo, pudéssemos ver-nos sem eles, tocarmo-nos sem eles, entender-se sem afagar, sem que o suor alheio contaminasse nossas entranhas, sem preciosismo, sei que soa muito estranho, mas que bom seria se pudéssemos estar na graduação em que as sensações nada implicasse as emoções,chegar próximo ao outro e na intimidade de seu coração sorrir-lhe e disso sentir-se plenificado,feliz e satisfeito, mas ainda não é possível!Não me entenda mal, não tenho nojo do ser humano, não de todos pelo menos, mas creio piamente que a aproximação em demasia torna demasiada a intimidade e algo de ti certamente se perde, e do outro também, o que se perde é menos importante ao que se ganha?Essa é a pergunta.Cada faz sua escolha, de minha parte, já fiz a minha.
Me questionaram como um coisa poderia ser assim desta forma, eu sorri e disse que era muito simples, relacionar-se é fácil o complexo é desrelacionar-se, ou seja aprender abrir mão,o libertar o outro,tudo é muito estranho e as pessoas não dão-se conta de sua própria culpa, as vezes tudo que se faz é para caminhar para o correto e nem por isso esta viagem tem garantias, gostamos de garantias que não existem!
É preciso atualizar-se tanto quanto o mundo atualiza-se, verdades são dinâmicas, hoje é uma verdade amanhã transforma-se em uma inverdade,comprovada cientificamente, uma espécie de dança das cadeiras feita de das evoluções internas e externas,não se culpe é natural.

Minha benção a todos.
Fraternalmente
Fabiano.

terça-feira, novembro 13, 2007

Sinceridade?

Rodolfo era uma pessoa de boa natureza, tentava ser justo as vezes buscava meios de ajudar as pessoas e noutras tantas nem se importava com nada, como se nada tivesse muito importância em sua vida, gostava desta maneira de apreciar as coisas, existia uma passividade dinâmica em sua inteligência,bem, embora não fosse muito inteligente, inteligência comum como costumava dizer, achava os seres humanos uns tipos primitivos através de suas procedências em relação aos outros, por vezes sentia ojeriza em relação até a si mesmo,naturalmente neste caminho por vezes julgava as pessoas, embora fosse contra a qualquer julgamento, ria de si mesmo ao pensar isso, pois afinal como o ser humano é esquisito, estranho, esdrúxulo mesmo.
Ao longo de sua vida aprendeu muito, afinal a experiência advinda da felicidade e tristeza tem subjacentemente aprendizado da natureza que busca o equilíbrio sempre, mas sua visão do ser humano continuava a mesma, as pessoas olhavam para Rodolfo com estranheza, nunca sabiam como ele iria reagir, em uma manhã destas que todos eventualmente temos, manhã cinza, feita de nuvens carregadas cujo o brilho do sol oculta-se, manhã feita de transtornos bi-polar, ao abrir os olhos para este dia deu-se conta de si!Você já se deu conta de si mesmo?É aquele momento raro onde percebemos num momento de lucidez como uma interrupção do ego e uma mergulho infinitesimal de alguns segundos na consciência de Sí, naquele segundo você percebe você, percebe os outros, vê com tanta clareza os problemas e as raízes embaraçadas dos mesmos, Rodolfo viu-se a si mesmo, e percebeu em momento algum de sua vida tinha sido sincero em relação a si, a seus pensamentos, a seus sentimentos e em relação as outras pessoas, estava agora com 42 anos e sua vida tinha sido uma imensa mentira contada por ele mesmo, suas relações nunca existiram de verdade, o sentimentos que ele imaginava ter não passavam de aspirações inconscientemente disfarçadas para justificar a sua frustração de não ser o que realmente era , mais uma das imensas mentiras que contamos para nós mesmos o tempo todo, deu-se conta as pessoas a sua volta que talvez lhe gostassem, gostavam de uma imagem, de um fantasma que em verdade nunca existiu percebeu a total desimportancia que tinha as coisas e pessoas a sua volta, todas poderiam morrer que certamente ele não sentiria nada, talvez mesmo estivessem mortas?
E talvez para Rodolfo o golpe mais doloroso de todos, percebeu que nunca amo ninguém, teve corpos a sua disposição, alguma inteligência rara mas as vezes, mas amor nunca! Puxa como ele queria saber o que era isso?!Naturalmente não se prendia o desejava amor humano, feito de humanos defeitos, queria sentir-se amado, queria amar, naquele instante ele chorou muito, as máscaras então haviam caído, e ali estava ele nu na mais esplêndida e magnífica verdade o Sí ali estava, sem indumentárias,acessórios e outros tantos objetos de traição que usamos para disfarçar o que realmente somos, naquele instante ele não queria ser mais nada, queria apenas sentir uma pontinha de amor?E chorando só pensava nisso, como fazer, seu peito oprimido , a respiração carregada, ali ficou...
Naturalmente a historia não tem final feliz, pois a verdade é apenas verdade, o milagre não é derrogação das leis que mantém o universo, quando enfim damo-nos conta de nós mesmos é que começamos a viver e saímos da emulação de aspirações que não somos nós e que o tempo naturalmente encaminha para o ápice e conseqüente término, Rodolfo, naquele momento como um louco e desesperado queria apenas amar e ser amado e terminou sua existência assim, a Divindade não o veio visitar, sua ultima companhia foram as dos insetos
Aqui jaz.

Com minha melhor intenção
Fraternalmente
Fabiano.
"As fontes da nossa vida mais profunda hão de confundir-se na dourada pureza da paixão."

Aldous

segunda-feira, novembro 12, 2007

"Status é comprar coisas que você não quer, com o dinheiro que você não tem, a fim de
mostrar para gente que você não gosta, uma pessoa que você não é. "


Geraldo Eustáquio de Souza
Igualdade em desalinho

Tudo que se escreve esta sujeito as interpretações pessoais, que sejam são a habilidade da cultura e de alguma inteligência nas pessoas mais mentais, e a passionalidade e as emoções exacerbadas dos emotivos viciados, e também existe o pior tipo que são os condicionados quem nem pensam e nem sentem, mas seguem uma linha por que o “mundo” segue uma norma de filosofia,pensamento num fanatismo quase inconsciente.Minha idéia não é incentivar o preconceito de toda sorte, mas olhe bem e olhem-se bem, somos iguais?Você não vê? Ainda sobrou algum bom senso em você?
A dor é inevitável, não somos iguais,e gostaríamos realmente de ser?! Nunca, jamais, não sejamos cínicos em pregar em aberto que somos todos iguais, idênticos, não somos, aliás somos bem e muito diferentes felizmente, no entanto temos uma imensa dificuldade de aceitar isso, nós infelizmente misturamos o fator humano aos nossos conceitos pessoais,somos de alguma forma humanos repletos de variedades e diferenças e sobretudo divergências, então não há beleza nisso?Porque grita mais o ego e o egoísmo que a capacidade de apreciar o outro?Seja a raça o status social,ou de preferência sexual diferenciada, qual o problema disso? Temos essa opção e esta liberdade de apreciar com olhos ilimitados através das peias de nossas pessoais rebeldias não aceitas, em uma seqüência de valores equivocados onde o limite de nossa personalidade não pode alcançar que é justamente a fronteira alheia, por que então a agressão a sí? Ela advêm de nosso sentimento de sentir-ser exclusivo ser dileto do Criador ou semelhante, esqueçamos de uma cultura turva, heranças de regimes totalitários e separatistas ou mesmo das diferenciações de toda sorte filosóficas e religiosas, conseguimos magicamente justificar tudo não para o mundo mas para nós mesmos, uma amplidão restrita ao si. Muitos apresentaram suas razões em função da historia,uma causa, uma justificativa.
Naturalmente não estou referindo-me a direitos civis que de uma forma irregular emulam um funcionamento eclipsado, por que estes deveriam ser espelhos de uma conceituação liberta,a imposição é uma armadilha fatal feita para manter-se cativo ao que não se deseja, podemos impor ao outro a condição de convivência com o diferente mas nunca de aceitação, porque a aceitação é madureza da alma que faz refletir em seu pensamento esclarecido consoante com as suas emoções sublimadas, mas a questão não é o outro ser diferente, mas o que esta diferenciação aflora em mim de forma inconsciente e as vezes bem consciente? Como a maioria de nós não é genial, as justificativas são incompletas, incongruentes e derivadas mais de condicionamento que mesmo razão.
Mas toda historia tem o outro lado...as ditas “vitimas” de preconceitos e coisas semelhantes, a grande maioria adora fazer-se de vítima, é o papel representado do “coitado”(aquele que sofreu um processo de coito involuntário),porque é mais fácil a vitimização, que auscultar forças pessoais para pairar vitoriosamente sobre o desafio, gostam de baixar a cabeça e pedir clemência em vez de superar-se, amigo é apenas no desafio que crescemos, é somente quanto tudo aponta contra a nos é mostramos do que somos feitos a maioria de nós prefere ser os oprimidos da vida, não estou me referindo a status ou posicionamentos externos, nada disso, mas sim de capacidade de auto-ver-se como algo muito maior que a concepção do senso comum assim o quer.Para que servem os desafios afinal?Para nos curvar mediante eles?Para chorarmos toda as lagrimas da alma?Só?
Quando ele apontar em tua vida, saiba que irás perder partes de ti, partes incomodas e desnecessárias e vá em frente, liberte-se de si mesmo e serás o que realmente és.

O cativeiro não é feito de correntes e grades, é feito de castração mental e estreiteza emocional.

Fraternalmente.
Fabiano.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Olhos de um desiludido.

É preciso saber ver e sobretudo saber observar as coisas da vida, saber vislumbrar e lançar entendimento sobre o objeto de observação é uma arte, pois não raro somos guindados a observação das coisas com uma tendência pessoal, por gostos, preferências, satisfação, e sobretudo que seja fácil, tudo aquilo que requer algo de nós(um pequeno sacrificio),um leve aprimoramento de quere ver, perde o sentido para nós, para que afinal complicar o simples?
Em função de nossos desejos pessoais literalmente deixamos de ver e conceber a verdade imanente em cada coisa, pois adicionamos a realidade uma alegoria que não lhe pertence, então entram em cena nossas emoções, boas e ruins, nossos “sonhos”, as nossas profundas esperanças e a espera de um milagre que não vem! Não, não pense que sou pessimista longe disto, mas a visão crua da vida remove dela o que ela não é, e a enche de beleza sutil que em nosso vão devaneio perdemos pois não são duráveis como a essência da vida, uma vida completa é feita de intensidade e não eternidade, pois percepções de tempo são tão múltiplas e alteráveis como os desejos do homem, este segundo é eterno, você sabia disso?
Hoje em nosso mundo, tudo é feito com um extremado exagero, temo tudo em exagero, naturalmente o exagero é a compensação de nossa falta de qualidade, então é preciso que as cores sejam todas berrantes a ponto de abafarem a sutileza de nossa incapacidade de perceber a enevoante brisa, feita brumas.Os sentimentos das pessoas devem ser feitos de amor, mas um amor tão mesquinho, um amor incapaz de pensar na beleza e felicidade alheia, um amor sensível a qualquer coisa, amor feito de prisão.
Para bem observar a vida é preciso primeiramente que você se observe com acerto, vendo-se, entendendo-se e naturalmente perdoando-se , esta é a primeira regra, depois é preciso que você tire daquilo que você observa toda as tuas aspirações, esperanças e cultura, veja como um olhar indiferente a ti e irrelevante ao outro, disto surge o discernimento, mantendo a tua individualidade,calando a mente e as emoções então tens uma visão próxima a realidade dos fatos, faça isso quando uma desgraça assolar a tua vida, este é um bom teste, tente esquecer a intensidade das coisas e prenda-se apenas ao fato, é isto possível?Bem nas primeiras vezes é praticamente impossível,mas o tempo e alguma vontade e alguns desafios tornam você hábil, em literalmente reduzir as emoções, pensamentos e outras tantas coisas no exato tamanho do que é, você consegue ver e sentir as coisas e pessoas a tua volta na real importância que elas tem? Bem você perceberá em verdade que muito poucos realmente são importante, os outros...bem outros são apenas os outros.
Confesso que por vezes fico apiedado da maneira como a maioria das pessoas a minha volta observa a vida, vendo coisas que não existem, imaginando sentimentos que não existem , alimentando frustrações disfarçadas de felicidade, compensando a amargura pessoal em sentimentos distorcidos em relação a outrem, olhos iludidos, embaçados e tristes, é assim que os vejo, agarrando-se a um fiapo de luz, para não caírem no abismo não aceito de sua própria escuridão, mas piedade logo bate em retirada pois, muitos assim agem por que preferem a palpável ilusão a subjacente realidade interna de si, que fazer afinal a vida é gosto pessoal ou agosto pessoal.

Com meu carinho.
Benção a todos.

Fraternalmente.

Fabiano.
Aquele


E aquele, entre os homens, que não quer voltar ao pó,
É preciso antes que comece a cantar em qualquer canto um canto de dor.
E aquele, entre os homens, que não quer gestar intrigas,É preciso antes que aprenda a calar em todas as línguas.
E aquele, entre os homens, que não quer morrer de solidão,
É preciso antes que comece a beijar todas as bocas.
E aquele, entre os homens, que não quer morrer sem verdade,
É preciso antes que aprenda a acreditar em todas elas.
E aquele, entre os homens, que não quer morrer de tédio,
É preciso antes que aprenda a ser todos de todas as maneiras.
E aquele, entre os homens, que quer permanecer íntegro,
É preciso antes que saiba silenciar todas as falas.
E aquele, entre os homens, que quer permanecer sensível,
É preciso antes que saiba sentir tudo de todas as maneiras.
E aquele, entre os homens, que quer permanecer são,
É preciso antes que saiba ter todas as loucuras."

Gustavo de Castro.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Multiplicidade da mono-idéia...

Talvez mesmo a assertiva sagaz que assevera que a imitação é o nosso maior exemplo de total falta de criatividade, ainda que por vezes as pessoas adorem justificar esta colocação que tudo não passa de uma tentativa de aprendizado, questionável sem dúvida...
Perambulando pela cidade em um evento tão “cultural” quanto a feira do livro isso é sentindo de forma muito grosseira pois não existindo variações no que se segue a livros sobra alguns espetáculos locais para preenchimento de um vazio essencial, naturalmente isto não é um julgamento, é apenas exemplo tosco da manifestação de não idéias das pessoas, uma multiplicidade de coisas nem sempre quer dizer variedade, conheço pessoas que são multi-mono-ideias , ou seja o seu mundo é tão restrito em um acervo de idéias que são variações sobre o mesmo tema, sem genialidade, sem inspiração e mesmo vontade de ser diferente.
Respeito as idéias alheias, mas nem sempre, pois não me satisfaço ideologicamente com a miséria mental-intelectiva, é preciso haver paixão, brilho e alguma beleza, pode-se viver sem beleza e alguma harmonia?
Mas creio sinceramente que você não se interessa por isso, afinal que uma reflexão pode lhe dar objetivamente?Nada,talvez uma dor de cabeça por usar aquilo que você usualmente não faz uso, gostamos de tudo pronto e embalado a vácuo, inclusive as idéias alheias, não me admiro, você ainda acha, imagina que pode fazer assim no que se refere a tua vida, a felicidade, a paz e outras tantas coisas que não gostamos de fazer a busca solitária...essa é a chave a busca solitária...afogamos muitos de nossos pensamentos mais belos em função do vazio a que a dicotomia existência básica e condicionada, fazendo caminhos velhos e carcomidos, mono-idéia !
Bem, mas toda trajetória tem sua saturação o seu estado natural de exaustão, isso ocorre com tudo não se iluda quando atingimos um novo estágio naturalmente é preciso deixar coisas para trás, deixamos coisas caras a nossa vida, deixamos pessoas para trás, nos desprendemos dos catalisadores evolutivos utilizados e partimos ao próximo desafio, tolice amigos é ficar eternamente agarrado a uma chama extinta, sem brilho, sem crescimento e mesmo luz, quantas chamas extintas que alimentamos em nossas vidas, na vã tentativa que a luz brilhe em nossas vidas ?É isso inteligente? Não.
Alguém consciente de tudo da vida, das leis que regem a existência sabe é preciso libertar-se, sim amigos, a liberdade é possível mas tenha a certeza que ela começa na consciência o único lugar possível de seu nascedouro, como tudo nada virá do teu externo sim da tua alma, da conquista e discernimento no que tange a ti mesmo, essa é uma das palavras chaves, discernimento, o que é você, o que são teus impulsos e outras tantas coisas...a auto-cultura que torna aprimorada a sensibilidade transformado-a em sublime aquilo que doutra feita era ou é grotesco, este é o diferencial, o diferencial que não queremos ser, escolhemos a restrição.
Estaria eu pedindo demais?
Sim, sempre nunca gostei de coisas fáceis e obvias, para que possas ter algum valor para mim é preciso que sejas mais e muito mais do que és, e não peço desculpas.

Tanto quanto você, eu também estou me lixando a tua vida!

Com meu pitoresco carinho.
Fabiano.
"Virtude e sabedoria são coisas sublimes, mas se elas criam orgulho e uma consciência de separatividade do resto da humanidade, são apenas as serpentes do eu reaparecendo sob uma forma mais refinada."

Ocultismo Prático, 74

quinta-feira, novembro 01, 2007

Amor morto, naturalmente tudo fenece na vida!


Hoje não peço licença e nem mesmo desculpas, que aliás detesto,é preciso deixar algumas coisas claras em relação aos sentimentos humanos e sobretudo as relações humanas,naturalmente me refiro a relações intimas, próximas mesmo, não aquelas desimportantes com que lidamos cotidianamente, amigos falso,colegas de serviço que são tolerados em função de nossa prostituição por salário,pessoas que nos querem bem mas até ali dentro do limite dos seus interesses, essas relações são totalmente irrelevantes, jogo de interesses que temos uns com os outros numa vã tentativa de chegar ao lucro, obter a vantagem seja ela o que for,se pudermos tirar algo de alguém e nos empanturrarmos de prazer, tudo vale, e não coloque meias medidas, vejamos a crua,instintiva e ultima verdade em nós.
Então entramos frontalmente nas relações ditas,chamadas e entendidas como amor:Lamento informar amigo(a),amor não existe.Interesse,troca,equivalência e outras coisas sim do gênero, que são erroneamente chamados de amor,portanto não existe eternidade, amor eterno, intimidade e cumplicidade eternas, não existe, em verdade as pessoas se amam, a si mesmas e solitariamente, os seus defeitos mórbidos cujo o principal é o egoísmo, quando penso somente em mim, sou totalmente egoísta, pouco importando se a outra pessoa esta feliz,se ela me faz certas coisas,me atende,me satisfaz interesses funestos e baixos ou mesmo nobres eu a amo de todo coração, se caso ao contrário,nosso interesse se esvai,como fonte que termina por secar, então não amo mais, e disso faço uma ofensa, cujo o motivo pode ser qualquer...piadas do amor, seja um engano, ou simplesmente em dado momento em que a pessoa alvo passou a pensar um pouco em si tudo muda, e as cores já passam a ser carregadas, pelas sombras existentes em nós.
Dizem os otimistas e místicos que a relação entre homem e mulher é um estágio para uma relação em um nível sublime de total desapego a si e a humanidade como um todo, bem sendo assim bem podemos perceber que estamos muito longe, será que alguém pode pensar no outro sem que isso tenha segundas intenções ?Bem o outro sendo humano,e trair a tua idéia que tens pronta em tua cabeça,o ideal, é dele a culpa?Melhor, se ele te atraiçoar totalmente isso te fará mal, ou ofenderá as tuas limitações do ideal a que estabeleceste?De quem é a culpa afinal?
É tua, ó ingênuo.
Não tente jamais engarrafar o amor, se por alguma eventualidade ele existir,é duro de entender minhas verdades porque elas não tem fantasia,romance,sublimidade é apenas crueza sem maquiagem e sem retoques,bem e aqueles que duvidam, venham conviver comigo e eu lhes mostrarei como o amor não existe, lenta e gradativamente sua aparência vai se desgastando,ficando carcomida,sua sublimidade lentamente vai desaparecendo deixando apenas uma marca na alma, sem que tenha muito significado.
Certa feita em uma oportunidade singular cheguei mesmo a dizer a alguém quando o tema foi abordado , que o amor havia cometido suicídio, um harakiri,e ante os olhos orvalhados do meu interlocutor nada mais disse, teria entendido?
Creio que até hoje ninguém entende nada a respeito, e faz-se esta fuga para tentar entender ,e vivenciar o esplendido sentimento de amor...olha a dor,que é uma rima barata dele.

Fraternalmente.
Fabiano.
O vazio da Forma...

Temos uma forma muito estranha de compreender as coisas em nossa vida, sobretudo as coisas que consideramos nossas, as emoções e as pessoas ditas e entendidas como amadas, precisamos tocar, aprisionar palpar a forma de maneira que ela esteja muito próxima, é preciso devorar para então mediante a agressão conseguirmos uma segurança que não existe neste imenso deserto de emoções conspurcadas, na nossa ânsia de termos o coração agrilhoamos o corpo, na ânsia que se sentir satisfeito o outro é o objeto de desejo, como pode?
Nossa vida real é subjetiva e profunda, o corpo é um bom caminho e nada mais mas seguramente ele não é o fim, o fim de nada...”sentou-se Jony Boy na cama, e olhou para ela atentamente, ela sorriu em forma de timidez pecaminosa, já havia feito isto um tanto numero de vezes que sua intimidade era quase uma maquina que sorria grotescamente em um o sorriso vertical, para ele seria a realização de seu prazer, um prazer não solitário desta vez, sua primeira vez sim...tanta expectativa e desejo, ela o toca, acaricia com carnes quentes e a algo úmidas ele lentamente cai no torpor, em seguida um espasmo nervoso e tudo acabado, gozo rápido e sem graça, sua frustração aumentou quando a virgem profissional passou a vestir-se rapidamente e entre lábios dizia quase um adeus...Sem gosto, carinho ou mesmo depois, nada fica apenas o soar que a porta bate e mais um esquecimento.
Naquele instante ele percebeu num átimo o quanto ao corpo nada diz, ou melhor pouco diz, a poesia era grosseira, o gesto repleto de fadiga e a nada levava a nada, toda aquela intensidade, ansiedade se esvai como se não houvesse nada, ficando um fogo extinto, frio e vazio.
Se não houver o prazer da alma, o prazer do corpo é para fomes medíocres, se não houver onde recostar a cabeça, mesmo que seja um pedra, tudo que fica é lassidão, pode o gozo tão somente matar a fome que inspira a fome?Bem eu respeito, mas não signifique que esta seja a dinâmica mais harmoniosa em a natureza exorte a comunhão,corpos se combinam, ondulam vem e vão, de si aromas, suor e prazer, o corpo se alimpa se perfuma e tudo volta ao mesmo estado como se nada existisse, curioso isso, o prazer da alma como ela morre jamais usufrui quando nobre de beleza, entendimento e compreensão sua satisfação é plena e recolhe intrinsecamente os frutos de paz, jamais inquietação ou lamento.
O prazer que vem do corpo tão somente e nada mais é quase um ato de necrofilia, morre tão plenamente em sua onda de prazer não acrescentando nada em sua qualidade, não pense amigo que estou pensando que as pessoas devem amar para fazerem sexo, que sou um romântico moralista e metido a ético nada disso, prazer é prazer sua abordagem dependerá de inúmeros fatores,entendimento,cultura,emoção e imaginação primitiva, o gozo é fácil, o caminho até ele é sua escolha, pode ser martírio ou sublimidade essa é a diferença.
Não seja como Jony quando acordou o pináculo já havia se ido a longa distancias, de minha parte prefiro as preliminares porque o gozo em si é muito sem graça, quase uma morte.
A forma trai o olho mas jamais preenche um coração.

Aos adoradores do prazer, aos que sabem que o prazer não é um fim e nem tão pouco um começo, é apenas estrada.

Com minha benção.
Fabiano.
"QUAL É O SENTIDO DA VIDA ? Não responda a mim mas antes sim a você mesmo, este é o seu sentindo."

Fabiano.
“O único medo que sentimos é da escuridão dentro de nós, os outros medos são derivações imperfeitas deste."

Fabiano.
Um doce olhar de compaixão

Aos poucos que me conhecem sabem que não sou muito dado a pieguismo ou manifestação simuladas de emoções nobres, minha determinação é sempre a luta profunda, a conquista mais significativa, e tenha toda certeza que não tem relação alguma você, minha luta não é contra você, muito embora muitos a minha volta assumam a postura de vitimas porque vem seus sonhos derribados como um castelo de cartas...de minha parte eu dispenso sonhos, prefiro intrinsecamente minha presença no aqui, enraizada na realidade eterna.
Para que se possa crescer amigo é preciso curar-se, em verdade as pessoas como um todo estão gravemente enfermas na sua condição pessoal, enfermidade que custa a manifestar-se no campo objetivo da vida, faz suas estradas ocultas por meio da alma, emoções, do psiquismo até então aportar na materialidade estranhamente na forma que mais lhe tenha menor resistência biológica, é certo se o corpo enferma é porque a alma está também.
Enquanto não lançarmos um olhar compassivo para conosco abrindo o coração ante nossas pequenezas da alma, ante a busca de si mesmo,ante a nossa realidade mais profunda, esta que muitas vezes nada tem haver com o que vivenciamos cotidianamente, onde as vezes fazemos algo sem que isto seja nossa verdade, uma fragmentação, bem até nestas circunstancias é possível uma vivencia saudável quanto existe entendimento do que se é.As pessoas confundem muito a compaixão com a piedade, não faça isso, compaixão é a nobreza de olhar luminescente de quem entende as causas e possíveis conseqüências, piedade é de si mesmo em relação ao outro que é um espelho para você.
Não é utópico, mas olhe com carinho para você mesmo, para seus defeitos, sua aparência,suas coisas, tudo esta a tua altura neste momento, não olhe para as tuas fragilidades com a reprovação que você impõe aos outros,não olhes para tua aparência enchendo-a de recriminações, acusações, não olhe para as tuas coisas com a revolta da insatisfação, estar agradecido não é ficar estagnado mas antes sim compreender que tudo é uma passagem muito breve que instanciamos para ser catapultados ao passo seguinte, pouquíssimos de nós pode fazer o processo de maneira única o salto quântico de si mesmo, esta gradualidade é a experiência que permite a conquista.
Bem quando é possível fazer isto para si mesmo o entendimento do outros se torna natural, é neste instante que entendemos que realmente somos todos irmãos em lutas, não contra o outro mas contra si mesmo, o outro é sempre o caminho mais fácil da minha falta de entendimento, será que é possível achar um culpado diferente? E precisa ser culpado?Tal como a patologia que faz estranhos caminhos em nosso interior em busca da menor resistência, fazemos exatamente assim a outrem em busca da sua fragilidade, atingindo suas emoções para garantir que as nossas egoisticamente permaneçam intactas é possível que nós amigo, tenhamos nos confundido com a nossa doença, então precisamos a luz da humildade entender nossa condição, é o primeiro passo, enquanto ignorarmos tudo deixando a sombra da imaginação impulsiva administrar nossa existência, seremos almas em lutas a cada de um inimigo que não existe de verdade, porque quanto o inimigo é oculto todos objetivamente são inimigos potenciais.
Será possível agirmos diferentes?Ou a felicidade é um preço muito caro para você? Sacrifícios existem e existiram sempre pois na existência nada é gratuito.

Meu carinho extremo a vocês, isto é minha impossibilidade de ministrar-lhes uma benção.
Fraternalmente.

Fabiano.
Jihad – Guerra Santa

Falemos de ironias, de ignorâncias, de burrice o direito natural que todo ser humano tem em fazer asneiras, falemos de divergências, de diferenças, talvez de cultura, falemos de tradição, de religião, falemos de bem e mau, falemos de cegueira com olhos abertos, falemos de vozes que não cantam mais, de destruição, de raiva contida em ti, falemos de ciúmes, de orgulho ferido, de frustrações, falemos de emoções não correspondidas, falemos de anjo e demônios, falemos em amor que mistura-se ao desejo, falemos de pureza, falemos da morte guardiã de todos,da revolta e da incompreensão, falemos da saudade que deixa o silencio,da canção da natureza, falemos da pobreza de espírito e da abundância do corpo, falemos da verdade, da ironia da vida ,falemos da nossas incapacidades, daquilo que está alem de nossas forças, sim falemos do doenças e da saúde, falemos de lagrimas...e um sorriso.
A compreensão é algo mui caro e raro, não me refiro amigo a aceitação, a aceitação é parte da compreensão, compreender é abrir-se a verdadeira razão das coisas a nossa volta e neste instante não apenas aceitar mas saber por entendimento das leis que regem a vida e as relações, compreensão é a natureza da Jihad – a guerra santa, é santa porque visa a buscar em si esta compreensão, “matando” os inimigos do Sí, seja a ignorância, esta é a Jihad maior (a jihad menor, a que faz explodir bombas contra um inimigo externo que a sombra projetada do fanatismo e estreiteza de pensamento, isto é a estultice, que torna um fanático igual a todos sejam eles que filosofia,religião ou partido a que pertençam, é o direito a ignorância que todos temos).Não aceita nada, compreenda, lance luzes em seu pensamento, não se deixe limitar porque seus desejos não foram digamos bem sucedidos, frustração é absolutamente natural e claro se você souber entender,compreender, pode crescer muito, mas isto é importante para você?
Os tesouros subjetivos da vida são os mais preciosos porque sua natureza não fenece jamais, bem os outros...caminham para opacidade e ausência de brilho, diga-se de passagem que somente o ser humano mesmo quando a carne talvez não apresente tanto viço e cujo o tempo haja carcomido, é que pairar acima de mostrar ainda mais seu brilho intenso, não estou sendo poliana,é verdade, para tanto é preciso que haja paixão pela vida, de viver e um objetivo o qual se possa vincular, ainda que este objetivo seja sem objetivo, que seja essa nossa contribuição a vida a existência e nossa compreensão .
Ainda não existe nada lá fora, teu inimigo externo não existe, ele é apenas uma emulação em forma de espelho das sombras existentes em tí, bem para eliminar a sombra é preciso apenas acender a luz e nada mais.
Onde está a minha vela mesmo?

Meu carinho.
Fraternalmente
Fabiano.
Oxidando relações

Convivência é uma arte disso não resta a menor sombra de duvidas, não me refiro tão somente as relações intimas em casa mas também a todas que de alguma forma ou de outra nos cerca, por vezes obrigações e outras tantas enclausuram, é uma arte a qual o refinamento depende muito do nível de egoísmo de cada um, um egoísmo liberto trás alguma serenidade o contraponto também é verdadeiro como é estranho tudo isso, a palavra que eleva é a mesma que aprisiona, dicotomia existencial cujo o entendimento lança luzes sobre nossas percepções em relação a si mesmo e a vida. A arte de suportar o insuportável, medindo a vias do antagonismo e destilando apenas pequenas doses invisíveis de veneno porque afinal não somos deselegantemente sinceros , esta autenticidade nos faz mal, preferimos o sorriso amarelo e uma língua bifurcada, repleta de cinismo doce, quase uma ironia a vida.
Bem, mas nem tudo deve ou é assim,a capacidade de interagir com o insuportável para aquele que é um bom “general” é uma oportunidade de aprimorar suas armas, para sem sincero isso é o que me agrada, adoro pessoas insuportáveis porque me ensinam muito mais que meus passivos ditos próximos que olham na mesma direção que eu?Um jogo fácil.
Uma abordagem em milhões, a probabilidade que materializa-se em função da previsibilidade de nossos atos falhos, como uma forma de calcular fácil, com toda certeza vocês não são exceções, ante o desafio o resultado sempre é previsível corra, ajoelhe-se, peça misericórdia, arrependa-se eternamente,não é bem assim?Ou quando existe exceção, rasgue o peito e de alma plena faça o vôo, lance-se a coragem disposto a tudo mas sobretudo encontrar a verdade ultima.
Mas existem com toda certeza coisas piores, que ao meu ver é a essência da tragédia humana, que é transformar outro ente humano em um objeto de adorno ou semelhante, isto ocorre quando a oxidação das relações, onde o outro é apenas útil para algumas coisas e nada mais, então não temos mais um ser humano, temos uma coisa que eventualmente funciona, equivale-se a um torpor que toma conta, onde o encantamento se esvai pela natural noção da realidade que incansavelmente sempre vem, transformando em função da maneira como abordamos as coisas,pessoas e seres em nossa vida, o problema amigo não são “elas”é você, porque com o decorrer da vida tudo torna-se tão opaco quase sem vida? Percepção é a chave, a ansiedade e expectativa em relação a algo é caminho correto para frustração,a nossa ansiedade é a pressa, a celeridade que queremos impingir as coisas, pode amadurecer o fruto pela simples vontade?O primeiro erro, a expectativa cria algo que não existe, da dimensão que não existe a não ser em nossa pensamento, é naturalmente uma perda breve da noção da realidade, porque o objeto de desejo nunca será da mesma dimensão de nosso pensamento, inferior e por tanto decepcionante.Uma dica, não espere nada da vida, você elimina vários problema com essa atitude e fica sempre no lucro, entende?
Mas aprendi uma coisa singular a longo de algum tempo, mesmo relações nobres oxidam, mesmo relações em o corpo não faça parte chegam ao seu desenlace, mas na nobreza as coisas funcionam diferente, existe uma maturidade mutua que naturalmente rompe os sutis vínculos em busca de sua própria libertação suprema, neste instante não existe dor, lagrimas ou mesmo angustia, na beleza existe reciprocidade em função do belo,do refinado e compreensão daquilo que esta muito alem de nossas pobres almas, liberdade afinal.

Ainda não conseguimos viver do aroma das rosas, é ainda preciso mata-las para roubar-lhe o precioso cheiro, e nossa concepção de vida, fazemos a rosa, e afazemos aos que nos cercam.

Com minha benção
Fraternalmente
Fabiano.

Equilíbrio

Se, em lugar de fazerdes hoje algo que tendes a fazer, o deixardes para o dia seguinte, não será que precisamente isso, invisível e imperceptivelmente a princípio, depois forçosamente lança em confusão muitas coisas e, em alguns casos mesmo, baralha os destinos de milhões de pessoas, para o bem, para o mal, ou simplesmente em relação a uma mudança - talvez não importante em si, mas, apesar de tudo, uma mudança? Recordai que todo o sentimento é relativo. Não há nem bem nem mal, felicidade nem miséria, per se.

Mestre Kuthumi