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domingo, março 07, 2021

TETAS CAIDAS

 


Ela contempla meu pau mole

Eu suas tetas flácidas

De bicos virados para baixo

Mordidos

Somos o exemplo da derrota

Sendo ruídos

Por um tempo sem fim

 

Ela sorri e existe alguma paz vaga

Os bicos tristes estão ali

A um milímetro da minha boca

Chupo carinhosamente

Esticando sua flacidez com os lábios

Como um maldito bebe à espera da seiva

Que alimente

Que mate

Que engula

Que envenene

 

Pergunto se dali sairá cerveja?

Ou whisky ?

Ela balança a cabeça negativamente

Mas pouco importa

Tudo que queria era mamar

Mamar no tempo

Em um tempo melhor

Mas nem ela poderia me dar isso

Então ela sorri

Me pergunta: tu gostas deles?

Meu pau permanecia mole.

Eu digo: sim que eu os amo

Tudo é emoção escondida

Frágil beleza

Sorvida de nosso intimo

Como uma sonata de esperança

 

Cheiro aquelas tetas moles

Cheiram a histórias

A leite e tristeza

Mesmo assim elas me parecem tão lindas

Porque não é o que são

Desfizemos lentamente

Deitados em nossa flacidez

Nada mais era importante

Seus bicos

Brilhavam como estrelas abandonadas

Em minha noite

 

Fio da Navalha.