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domingo, novembro 17, 2019

quarta-feira, outubro 02, 2019

Amor e Putaria



Amor
também pode ser profano,
sujo,
vadio.

Amor
também é putaria,
é selvageria
de quem quer matar
o seu desejo
dentro do outro.


É pressionar contra a parede,
jogar na cama,
foder no chão.


É gozar, sim,
na boca,
nos seios,
no rabo,
na alma.


É se libertar
de todas as amarras sociais
pelas quais
nos encontramos
tão presos.


Amor
não é apenas o bonitinho,
o fofo,
o romântico.

Amor é livre.

Amor
só não pode ser
de mentira,
porque o amor
é verdadeiro
e os melhores amantes
são sempre aqueles
que já se encontram exaustos
do jogo.



Arthur Diogo | Realismo poético


terça-feira, setembro 17, 2019

Ahhh a 
Felicidade...
é tão pessoal.


sábado, setembro 14, 2019

domingo, agosto 11, 2019

Poesia de Agosto

Chupa meu pêssego ?


Ausensia




Ele hoje não está
Mas no silencio
Vislumbres de saudade
Despem-se
lentamente
Numa memoria falsa
Em que nada herdei

Somos o que somos
Entre nossas próprias tragédias
Numa experiencia só
De preencher vazios
Lacunas vorazes

Medos
Ânsias
Ele não está

Pouco importam estes e aqueles dias
Quando tudo respira ausência
Numa fogueira que se estingue num bolero
Então
Dobram-se as esperanças
Mergulham os lábios no copo de cachaça
Ele mesmo ausente gostava
O mundo fica diferente

Poesia em visgos
Retas desmaiadas
E curvas doces e flácidas

Ele hoje não está
E não há nada que ninguém possa fazer
Porque simplesmente
Existem coisas
Que não há o que fazer.

L.F


sexta-feira, julho 26, 2019

Nossa

Minha Profunda Adoração


domingo, julho 14, 2019

Poesia



Café?




Café?

Abro os olhos
A realidade ainda é embaçada pelo álcool
O que merda aconteceu?
Reconheço a casa e o mundo
Priscila dorme pelada roncando no sofá
Me ergo com dificuldade

Rasuras de um nascer do sol fudido
Enquanto filhos da puta dormem felizes
Não preciso trabalhar
Preciso me livrar de Priscila suas merdas
O dia está horrível
Minha cara também

Fico olhando para Priscila dormindo
Penso em colocar o pau nela assim
Mas creio que um café seria melhor
Vou até a cozinha aqueço água
Fico tentando me lembrar o que aconteceu mesmo
Eu comi Priscila?
Eu dei pra alguém?

Na verdade, tanto faz essa é a vida
Futilidades plenas de emoção
São poesia de encantos dos falsos deuses
Começo a rir de mim
Sou o palhaço indomável de uma existência vil

Agua ferve e Priscila acorda
Sua pele branca de anoréxica
Se arrasta pelo ap, por fim me olha nos olhos
Mas algo está muito errado
Então vem até mim agressiva, meu café já está servido
Meu sorriso cínico pronto

Ela vem em minha direção xingando
Um monte de merda
Fico em silencio
Não sei revidar nada
Fico olhando enquanto dedos me são apontados
Gritos ganham o céu
Não entendo o que ela diz ou reclama
Parecia estar falando uma língua morta
Fui concordando pra facilitar

Então ela sobe na mesa onde está me café
Se abaixa ate a xícara e da uma longa mijada dentro dele
Fiquei pensando: será que ela vai cagar também?
Começo a rir
O mijo transborda o café
Então ela me olha e sai batendo uma porta.
Fico olhando xícara, sai fumaça dela...
Experimento o café
Bom dia pra vc também.

L.F


quinta-feira, julho 11, 2019

sábado, julho 06, 2019

Poesia Fotografica Julho


Sovaco ?

Quem nunca 
passou a língua nestes pelos
não sabe o que é o paraíso!


domingo, junho 23, 2019

Asfixia Erótica?


Humm
interessante...

segunda-feira, junho 17, 2019

Poesia Fotográfica daquelas


A nova 
esfinge



Amanhecer descalço com gosto de chumbo e uma puta remelenta Depois da chuva God!




As portas do inferno estão abertas
Noites derretidas
Vestiram o dia
Minha cabeça dói
Não sei onde estou, merda
Tateio meu cu para saber se fui comido
Parece estar tudo bem

Olho para lado esquerdo
Uma estranha em estado de coma
Me olha com olhar vesgo
Roncando como uma porca

Estamos pelados e sujos
Meu pau esta duro como uma estaca
Olho para bicos do seio e eles tem pelos
Sinto vontade de chupa-los assim mesmo e tomar whisky
Escapar daquela merda toda por um segundo
Fico mexendo no pau
Uma punheta matinal tranquila
Cuspe e um dedo no cu

E tudo está lindo
Cheiro de porra e poesia no ar
Me arrependo outra vez?
Não
Mas estou ficando velho
As medidas sem prévias
Alfinetam angustia no coração
Fazendo certezas bailarem

Pelas vidraças sujas
A chuva cai desmaiada
E a saudade faz
Sua cena

Olho a vesga
Olho o vidro
Olho minhas frestas tantas
Enquanto a baba escorre ao meu lado
Eu preciso levantar
Coragem
Coragem

L.F

sexta-feira, junho 14, 2019

Poesia Gif Fotográfica


" Eu acredito em
Amor & Putaria
putaria e amor ".  

Rogério Skaylab - Um mestre



Navalhadas Curtas: Dia dos Namorados 2




A maldita memória insiste em vomitar em doses homeopáticas as minhas tragédias pessoais. A pena digital mais uma vez se ergue triunfando do alto do abismo e belisca a bunda do diabo.
O dia 12 chegou, com ele todas as expectativas possíveis inatingíveis.
Nesta época eu estava casado com a Lucia.

Ela era legal, fazia coisas bacanas para me agradar, fazia outras tantas coisas que eu achava uma merda. Lucia era foda, tinha personalidade forte.
Lembro que nesta época eu ainda tinha algumas emoções mais comuns aos humanos.
Fazia parte de meus sentimentos ciúmes e sentimento de posse.
Lucia era mais velha que eu, tipo mais de vinte anos.
Nossas esperanças e expectativas nunca foram as mesmas. Noivei e casei totalmente sem pensar, apenas fiz porque parecia uma boa ideia.

Neste dia maldito, ela iria fazer algo, mas cá entre nós: eu nunca achei essa data importante, assim como não acho o dia meu aniversario também...é uma data e só.
Chego em casa cansado do trabalho, o chão repleto de caminho de rosas...fiquei olhando achando que era uma macumba sai lá...mas entendi logo, segui o caminho até o quarto, e la estava Lucia de lingerie vermelha e de quatro na cama.
Entendi tudo, mesmo aquele lindo cu de quatro eu não sentia a menor vontade de fuder naquele momento. Sou assim, eu precisava descansar um pouco beber algo para relaxar, talvez tomar um banho e bem, mas Lucia era cheia de intensões e tesões, eu teria que fude-la naquele momento para não quebrar o protocolo que ela estabeleceu...

Ela me olha de 4 e diz: Vem amor, vem comer a tua Lucinha olha como ela ta pra vc.
Era o clichê autentico da vida.
Fui baixando as calças e o pau teve que ficar duro, bati com a piroca na bunda dela e nosso dia dos namorados começou. A imensa buceta dela estava bem melada e então de certa forma me entusiasmei, entrei fundo na buceta fazendo bons movimentos, me sentia um campeão.
Então porque não inovar?

Eu digo: amor dia dos namorados vamos no cuzinho?!
Ela responde: sim, mas vai devagarinho tá?
Sim eu respondo.

Tiro o pau da buceta, com um carinho vou passando o caldo da buceta no cu dela, ela esta relaxada e parece feliz o dia dos namorados esta funcionando. Era um vitorioso.
Então encosto a cabeça do pau na “boca da argola” o olho negro de deus vai se abrindo lentamente e ate que estava gostoso, ela diz:

-Não vai muito fundo tá amor?
-Fica tranquila eu nem tenho pau para ir fundo em nada.

Então tudo corria bem, estamos como anjos vomitados por deus em céu gozo e amor. Então eu fui fundo, o mais fundo que pude, fui estocando gostoso ela dizia: para amor, para...

Ta doendo? Eu pergunto.
-Não amor...mas não vai mais fundo.

Então eu era uma locomotiva feita de prazer, movido a lenha e fui socando, socando então ela contrai o cu de uma maneira única, e eu gozo e ela também....sinto a porra fluir para o túnel dela.

Então num acesso de felicidade tiro o pau rápido do cu e então a poesia se fez verbo, do cu daquela moça saiu a famosa “chocolatada”, uma mistura de porra e merda, uma merda clarinha que jorrou por cima de mim, na cama, nas pernas dela no chão...acompanhado de muitos peidos ruidosos...ela explodiu coco e fedor...tinha merda para todos os lados que vc olhasse.

Eu não me contenho e começo a gargalhar...muito e digo pra ela: Feliz dia dos namorados.

L.F

Tem mais.


domingo, junho 09, 2019

Navalhadas Curtas: Aquele dia...




Ter boa memória é foda.
Lembro de coisas que não gostaria de lembrar, depois de oito casamentos ainda tenho pesadelos terríveis, por isso não casei mais.
Marisa não foi um casamento.

Acordo pela manhã, Marisa parecia atacada, mas Marisa sempre parecia estar atacada algo, como se tivesse um cancro no cu. Cheguei a gostar de Marisa em algum momento, mas depois virou nada.

Então meu telefone toca, o celular em uma manhã de sábado, atendo:

-Alô...
-É tu delicia? Nossa que bom que consegui falar contigo delicia...
-Mas quem é ?
-E a Lucia, gostoso tesudo a Lucinha...
-Que Lucia?
Marisa me olha com muita raiva.
-Lucia, cara a Lucinha xexequinha doce...que tu sempre disse, que minha buceta é açucarada
Marisa: Com quem ta falando ai cara?
-Com a Lucia...
-Que Lucia?
-Ela me disse que tem a xexequinha doce mas não sei se é verdade
Porra, Fabiano estas tuas vagabundas ligando a essa hora da manha... vai la fuder essa xeca doce  vai...

Eu não tava entendendo quem era e não estava entendo a Marisa também... mas que porra, me irritei e decidi falar com a Lucia.

-Então vamos rever essa xexequinha doce?

Marisa me atira um ferro de passar, como você pode ver tenho ótima lembrança dos dia dos namorados.

L.F

ps:Vou narrar algumas essas semana, mas não se engane é puro desastre.


quarta-feira, junho 05, 2019

Poesias de Junho

Adoro



Que fazer com a maldita agonia?



Que fazer com a maldita agonia?


Acordar em noites de pesadelos
Entre vagas famintas
E ânsia
Que fazer?
Que fazer com a porra do peito
Doendo
Com alívios de espasmos estão longe
Mais bebida como o veneno lento
Impregnando as veias e a alma

Que fazer com esta agonia filho da puta?
Transforma-la em literatura?
Em merda?
Ou aplicar o golpe fatal?
Sempre é uma saída
E isso me acalma.

Mas a agonia está ali
Como uma briga de tigres raivosos no peito
Consumindo
Consumindo
Rasgando
Que fazer com essa merda?

Onde o despejo das chamas
Recaem
Queimando abandono
Onde pontes fecundas
Beijam a outra margem
Cheias de esperança

Assim como um ato de fé
Aquietando marés
Enquanto a barragem se rompe
Na vazante
E o alivio nosso
Hoje e sempre.

L.F

segunda-feira, junho 03, 2019

Poesia de Junho


A Moldura
as vezes 
é melhor 
que 
o Quadro


domingo, maio 26, 2019

Poesia Fotográfica Maio




Rei das Bucetas – A Buceta Dourada





Acordo de madrugada, sobressaltado, não sei onde estou o álcool fazendo efeito ainda whisk, Rum e gelo. Geralmente acordo me engasgando com o vomito ou refluxo que vem me visitar.

Tudo certo, dou umas boas tossidas e o afogado está salvo novamente. Creio que não morrerei assim tão fácil como rock in roll.
Levanto da cama, olho a janela, a note de sábado forte nas ruas de Pelotas. O bar está fechado, mas carros estacionados tocam uma musica horrível, pessoas bebem e gritam e fazem o som dos infernos. Nada como estar em casa.

Vou até a cozinha tomo água, enquanto um verme dentro de minha alma fica se retorcendo implorando a voraz rua...puta que pariu, os deuses malditos assobiam e vou, sempre fui assim levado por desvios.

Não perco tempo pensando em certo e errado. Isso geralmente não significa nada quando se quer algo, quando a porra do desejo diz pra você- foda-se o bom senso, foda-se a moral, foda-se o mundo, fodam-se todos.

Visto uma roupa qualquer, camiseta preta e jeans meu uniforme, em segundos estou dentro do carro e claro, percorro as sujas ruas de Pelotas, as nada receptivas ruas, babadas de visgo e sangue, drogas e diversão.

Muita gente na rua, e eu não sei exatamente o que procuro. Uma buceta? Um cu ? A sarjeta iluminada? Não sei, deixo a coisa toda fluir.
Cheiro de umidade da rua um cheiro dormido, um cheiro de cu sujo com um pouco de suor, muco e sebo. Um paladar para os fortes, sinceramente gosto de um cu sujo, gosto de uma buceta que esteja mijada de um dia todo, são poesias, lembra tanto o que não somos.

Ruas do porto já não são mais como as mesmas, aquela hora, crackeiros nos cantos escuros, iluminados pelo cachimbo, sigo andando. Então lembro de um velho poema, daqueles autores malditos que amo: uma buceta esguia, guia teu caminho

A buceta repleta de carinho
Beija com os lábios grandes
E sua marca é um caminho de lesma
Deita entre elas
E bebe do seu sumo

Começo a rir sozinho, percebo como sou abobado, lembrando poemas que ninguém conhece. Então cansado de rodar pela cidade, decido ir visitar a única que alma que fica acordada a madrugada toda em sua caverna: o Sr Antônio o Rei das Bucetas, meu padrasto por adoção.

Chego no Bar, o pagode daqueles que odeio sempre ta tocando, e nada de som mecânico, é um pessoal tocando pagode e tomando cachaça, seja  a hora que for na madrugada.

Sentando em uma das mesa, o velho senhor vestido de branco e o dono da porra toda.
Desço do carro, o pagode animado segue, uns poucos casais dançam bêbados e felizes, o Rei aponta um lugar vago em sua mesa. Me sento, ele fica me olhando, com um olhar questionador. Fico ali, procurando uma bunda bonita para olhar, sou assim, as vezes nada acontece, mas outras sabem como é.

-Filho, que tu faz a essa hora aqui?

-Acordei e não sabia o que fazer... não tinha de interessante vim aqui.

Como se adivinhasse meus pensamentos o Rei sorri:

-Tais a procura da buceta dourada não é?

Lembrei que já fui casado com uma loira, e depois comi varias outras loiras, todas tinham a buceta com pentelhos loiros, lábios pequenos e rosado e claro, tinham irritação da minha porra. 

Não sei porque isso acontecia, eram alérgicas a minha porra, todas elas. Até pensei que talvez eu tivesse alguma pereba no pau, mas não era alergia mesmo. Uma das ultimas fodia comigo e imediatamente ia lavar a buceta, eu achava estanho, mas vai saber?

-Sabe Rei creio que sim...aquela buceta que seria a buceta das bucetas! Aquela buceta que se come e todo o desejo desaparece, sempre pensei nisso, minha procura foi essa...mas isso não existe né?

-Não filho isso não existe, porque não é assim que funciona, a coisa não parte de uma mulher rara, de uma pessoa especial...parte daquilo que doamos a quem gostamos, amamos etc...tudo parte de ti.

Tenho sérios problemas com o amor.
É tema que sempre me dói significativamente. Eu apostei minha vida em amor ou amores errados, eu apostei tudo para ter uma felicidade comum a todos, tipo, cachorro, filhos e uma casa de boa e ali viver e nunca deu certo...nunca mesmo. 
Tudo bem, eu relaxei e passei a viver diferente.

-Eu entendo Rei, mas isso é complexo de entender.
-É simples filho, a mulher da tua escolha tu entregas o teu prazer, teu carinho, e faz tudo para que seja plenificada por ti, pelo teu melhor. Que mais se precisa?

O Rei gargalha alto em uma madrugada suja, dizem que ele é uma entidade, mas ele bebe comigo e gargalha e todos olham.

A cachaça chega na mesa, e sinceramente não quero filosofar, esse papo todo não preenche o vazio, não mesmo. Tomei a cachaça e me deixei entorpecer.

Acordei em casa, não sei exatamente como vim dirigindo, mas acho que deu certo, você esta vivo e eu também.

L.F.


segunda-feira, maio 20, 2019

domingo, maio 12, 2019

Por onde anda aquela mulher



Por onde anda aquela mulher

Meu pensamento se perde
Revirando as frestas do passado
A procura dela
Meu pensamento deseja o que não mais se pode ter
Tudo muda
Eu mudo
Ela mudou
Por onde ela anda?

Aquela que enfrentava manhãs frias
Com brilho nos olhos
E fome de viver
Aquela que cuidava de filhos e marido e do marido alcoólatra?
Onde?

Que não perdia o horizonte
Que nadava contra correntezas
E mantinha por sua natureza
Um sorriso desafiador dos conflitos...
Sorriso insistente
Inquebrável certeza de vencer
Cheio de carinho e amor...
Por onde andas?

Aquela que as respostas nunca estavam terminadas
Que enfrentava uma jornada tripla de trabalho
E ainda tinha forças para ajudar outros...
Aquela que enfrentou doenças
Dores
Desemprego
E exploração...

Passava por isso como um trator silencioso...
E hoje?
Hoje vejo uma outra mulher
Uma mulher que não queria ver...
Mulher estranha
Frágil por um fio na linha da depressão
Incerta de tudo que lhe cerca
De um brilho esmaecido
De certezas esquecidas
De dúvidas e duvidas tantas

Por onde andas?
Golpes outros terminam por nos dobrar?
Não trocarás socos contra as ondas contrarias?
Não.
Nem farás força para estar em pé...
Meu pensamento se perde sim
Queria o que não se pode ter
Que voltasses...
Volta...
Volta no vento por favor...
Meu coração tem sede de ti
Mas essa é uma resposta que ainda temos

Te quero viva
Como a fé feita de fogo
Lutando no presente
Como a nova página que se vira
Serena no destino...
E uma nova história que começa
Vem...

Vamos começar uma nova historia
Não sei o quanto isso significa para ti
Mas eu estou aqui
As marés contrarias aguardam todos
Ainda não sei por onde andas
Mas sei que vou te achar.

L.F

quarta-feira, maio 01, 2019

Calcinha


CALCINHA


Ela larga a peça
Displicente como uma bebida jogada
E tudo que parece tão simples
Mas
O tempo mostra fissuras
Um cheiro do espanto
Volvendo ao braço do tempo
Rasgando o espaço
Do banheiro
A buceta
Sua história
As marcas do corrimento
lembranças de sua infecção
em meu coração de flagelo
Como doce
verme de desejo
saqueando o meu coração

Ela abre a buceta delicadamente
Os lábios sujos e melados narram
a noite
os homens
as mulheres que esteve

O silencio é lindo
Como uma Beethoven surdo
Porra  lentamente escorre por entre suas pernas entreabertas
Ali
A poesia do demônio
Do amor
Da doença

Ela nunca foi tão linda hoje e sempre
Enquanto fuma e 
Fica me olhando sorrindo
Ela é o que é
Sua verdade entorna
Luz tênue do chão
E meu abraço a espera
sem nenhum porque.

L.F