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quinta-feira, novembro 01, 2007

O vazio da Forma...

Temos uma forma muito estranha de compreender as coisas em nossa vida, sobretudo as coisas que consideramos nossas, as emoções e as pessoas ditas e entendidas como amadas, precisamos tocar, aprisionar palpar a forma de maneira que ela esteja muito próxima, é preciso devorar para então mediante a agressão conseguirmos uma segurança que não existe neste imenso deserto de emoções conspurcadas, na nossa ânsia de termos o coração agrilhoamos o corpo, na ânsia que se sentir satisfeito o outro é o objeto de desejo, como pode?
Nossa vida real é subjetiva e profunda, o corpo é um bom caminho e nada mais mas seguramente ele não é o fim, o fim de nada...”sentou-se Jony Boy na cama, e olhou para ela atentamente, ela sorriu em forma de timidez pecaminosa, já havia feito isto um tanto numero de vezes que sua intimidade era quase uma maquina que sorria grotescamente em um o sorriso vertical, para ele seria a realização de seu prazer, um prazer não solitário desta vez, sua primeira vez sim...tanta expectativa e desejo, ela o toca, acaricia com carnes quentes e a algo úmidas ele lentamente cai no torpor, em seguida um espasmo nervoso e tudo acabado, gozo rápido e sem graça, sua frustração aumentou quando a virgem profissional passou a vestir-se rapidamente e entre lábios dizia quase um adeus...Sem gosto, carinho ou mesmo depois, nada fica apenas o soar que a porta bate e mais um esquecimento.
Naquele instante ele percebeu num átimo o quanto ao corpo nada diz, ou melhor pouco diz, a poesia era grosseira, o gesto repleto de fadiga e a nada levava a nada, toda aquela intensidade, ansiedade se esvai como se não houvesse nada, ficando um fogo extinto, frio e vazio.
Se não houver o prazer da alma, o prazer do corpo é para fomes medíocres, se não houver onde recostar a cabeça, mesmo que seja um pedra, tudo que fica é lassidão, pode o gozo tão somente matar a fome que inspira a fome?Bem eu respeito, mas não signifique que esta seja a dinâmica mais harmoniosa em a natureza exorte a comunhão,corpos se combinam, ondulam vem e vão, de si aromas, suor e prazer, o corpo se alimpa se perfuma e tudo volta ao mesmo estado como se nada existisse, curioso isso, o prazer da alma como ela morre jamais usufrui quando nobre de beleza, entendimento e compreensão sua satisfação é plena e recolhe intrinsecamente os frutos de paz, jamais inquietação ou lamento.
O prazer que vem do corpo tão somente e nada mais é quase um ato de necrofilia, morre tão plenamente em sua onda de prazer não acrescentando nada em sua qualidade, não pense amigo que estou pensando que as pessoas devem amar para fazerem sexo, que sou um romântico moralista e metido a ético nada disso, prazer é prazer sua abordagem dependerá de inúmeros fatores,entendimento,cultura,emoção e imaginação primitiva, o gozo é fácil, o caminho até ele é sua escolha, pode ser martírio ou sublimidade essa é a diferença.
Não seja como Jony quando acordou o pináculo já havia se ido a longa distancias, de minha parte prefiro as preliminares porque o gozo em si é muito sem graça, quase uma morte.
A forma trai o olho mas jamais preenche um coração.

Aos adoradores do prazer, aos que sabem que o prazer não é um fim e nem tão pouco um começo, é apenas estrada.

Com minha benção.
Fabiano.

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