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sexta-feira, outubro 17, 2008



Uivo raivoso: ao vento.

Existe alguma coisa errada com a mundo, embora a expressão seja ampla e de fronteiras invisíveis,impalpáveis , basta observarmos detidamente todas as coisas sobretudo as que acontecem por ai, e algumas vezes conosco quando temos percepção para tal, muito embora conosco somos muito míopes, e naturalmente nos vestimos de vitimas de tudo e todas as coisas, do sistema, do governo, dos impostos, a injustiça social, do amor que acabou,do amor que não acabou, vitimas perfeitas e encenadas.
Este é o primeiro de todos os erros, a não responsabilidade de cada um,mas não se preocupe possivelmente isso nada tem haver com você ,sinta-se a vontade, possivelmente seja um delírio de minha parte querendo alguma utopia que de algum sentindo ao caos!Quem disse que o caos precisa de sentido?
Por um momento me dei conta disso, hoje quando escapei de ser o que mais gosto de ser, um alienado total(não contem nenhuma noticia,nada,não desejo saber nada que acontece no mundo...é tudo inútil..), sem limites, não quero saber as mesmas noticias de sempre no mundo, que em verdade são sempre iguais, as mesmas, alterando apenas protagonistas e ambiente,habitat, sinceridade, de outra feita já havia me decidido, com toda certeza não quero saber o que esta acontecendo no mundo, tento cuidar um pouco do meu mundo interno, único capaz de alterar realidades objetivas!(altere seu mundo pessoal, e o mundo lhe será diferente...)
Mas na poucas noticias que eu vi,salta-me aos olhos a vitimização geral, que todos se dizem sofrer, questiono realmente, se todos são tão vitimas, onde estão os algozes? Se todos nós seres humanos somos “bonzinhos”, quem é o bandido?
Existe alguma coisa muito errada mesmo, hoje um rapaz que mantém duas moças em cativeiro por não sei quantas horas,recebeu a “benção” da sua defesa, palavras do advogado dele”:ele esta fazendo isso tudo por amor, em casos assim o que este rapaz mais deseja é estar ao lado da pessoa que ele mais ama.”
Como se pode perceber ele é mais um inocente.
Até posso entender que as pessoas tenham direito a defesa, mas o que esta em jogo? O ato em si ou as causas anteriores ao ato, que sempre tem uma base emotiva muitas vezes desgovernada,uma psicopatologia emocional, se tais emoções são atenuantes de alguma coisa, então eu declaro que todos somos realmente inocentes, somos vitimas, somos todos “bonzinhos” porque tais causas sempre estão presentes em nossa vida ordinária, mesmo nos momentos mais simples, podemos justificar a agressão a qualquer pessoa quando as causas emocionas destrambelhadas nos tomem conta efetivamente, viramos vitimas de nossas próprias emoções, algozes de nós mesmos, esqueçamos a culpa e fiquemos no terreno das responsabilidades!
Quem em alguns instante não foi vitima da raiva, paixão, ciúmes, inveja, diferença ou discórdia você pode fazer o que quiser, tudo, e certamente terás direito a ser defendido,,eis meu estimulo a passionalidade, e a alegação argumento da defesa será sempre a insanidade temporária, a obnubilação da razão pelas emoções aturdidas da circunstancia ou então, será loucura mesmo e de um momento para outro de algoz ferino e ofensivo, você é transformado em vitima, como todos somos, você passa a fazer parte novamente se nosso mundo!!
Existe alguma coisa muito errada com o mundo, longe de mim ser passional ou fazer ferver emoções circunstancias que não tem nenhuma importância para ninguem, mas sinto com um zumbido no ouvido, uma inegável sensação da imensa inutilidade do sistema que embora “dourado” se depara com o ato falho, e esse é estritamente humano, a barreira intima de cada um, barreira feita de valores e desvalores na assepsia normótica do ser trivial, onde teoricamente todos somos semelhantes, somos irmãos e portanto passiveis de qualquer coisa.
Se levarmos em conta a nossa historia pessoal para justificarmos atribulações de caráter, no âmbito social ou pessoal, ai preciso concordar somos todos vitimas ,infalíveis vitimas.
Minha indignação é apenas um uivo solitário para o nada jogado ao vento,não dou e não darei a ninguém as minhas responsabilidades, se fiz besteira, se fui tomado por este ou aquele sentimento, se uma catástrofe acontecer em minha existência, a culpa não é de ninguém, mas minha, total e intransferível responsabilidade, longe de mim ser vitima!Mil vezes ser o vento que quebra a flor, a ser a vitima do vento.
Mas claro como aqui é a vida real, meu uivo é perda de tempo, e quanto ao final da historia das seqüestradas, é claro que o final não foi feliz, na vida real os finais não são feitos de...e foram felizes para sempre!

Um suave fel em teu caminho.
Luís Fabiano.

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