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quinta-feira, outubro 30, 2008


Ébrio de beleza.

Gostaria de estar ébrio, saciado inteiramente, mas minha sede é inextinguível
Quase como um normal, queria apenas beber das belezas e sumos da vida, mas a taça que serve o mel por vezes serve fel e meu paladar por hora se perde.
De tantas taças bebi,mas essa sede que não passa jamais...esse gole que queima e hora acaricia, taça de amor descanso de revolta, aprisco de mim e de ti.
Deixa por breve instante que seja, eu embriagar-me de ti, dos aromas mais nobres de tua alma e por serena brandura minha sede, encontrar a tua e em cada taça, sorver o que em silêncios fala as nossas melhores emoções, taça de sons e de vozes que calam.
De tantas sedes em mim...mas me falta o que beber, que se dirá a uma sede que não encontra sua saciedade? Que diriam as estrelas, que não encontram olhos para admira-las ?
Que dirá a mão, que em vão procura a face para acarinhar ?
Sedes que não se calam, lembranças, saudades e taças que ficam vazias.
Sim, gostaria de estar ébrio, mas da beleza que abunda em nosso intimo, sede de outras belezas a procura da sua quintessência.
É verdade que falei de fel, e como não falar?Acaso poder-se-a nesta vida embeber-se apenas de paz, amores e flores do espírito? Não foi verdade que em taças de dificuldades, dores e desilusões, aprendeste no sábio fel a querer em serenidade sorver o mel?
Poderá o roseiral viver apenas das brisas da primavera? Ou no inverno de sua clausura, no frio de sua quietude almejará os carinhos do sol?
Sede de vida em a natureza, entre flores e espinhos, lagrimas e pedras.
Podes aplacar o meu tanto querer?
Não tenho esta resposta, mas vamos brindar com aquilo que em nós seja o melhor, por breve momento, bebamos a taça inteira e fiquemos em paz no bom sentimento que nos faz melhores.

Paz profunda em ti.
Luis Fabiano.

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