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quinta-feira, janeiro 24, 2008

Da série erros da criação...
Beijo intumescido (ou arroto amoroso)

É preciso que algo a mais seja escrito ainda?Um texto?
Voltamos a buscar fatos estranhos e constrangedores que ocorrem na vida diária que nos levam a pensar a respeito do porque em determinados momentos quando tudo tem absolutamente a ambientação correta, o momento oportuno,a sincronicidade do universo conspirando em prol, e ainda assim os burros dão na água...
O famoso tiro no pé não é uma lenda como se presume, é pratico e cotidiano, mas nem tudo é erro da criação, algumas vezes é erro da criatura é quase que inescapável infelizmente o que não deixa naturalmente de ser plenamente tragicômico, mas como sempre estamos procurando uma terceira pessoa para colocar a culpa então deixemos na conta do Criador.
“...era noite de lua cheia, um céu repleto de estrelas havia um clima de magia no ar, a luz , o vento soprava suave,o aroma da perfumes suaves, corpos que se tocavam sutilmente com caricias, pele contra a pele, mãos que encenavam uma balé de sedução, o riso fácil, o paladar movido pela bebida certa, uma conversa descompromissada e suave deixando os pensamentos livres quase disformes em uma atmosfera repleta de encantamento e humor, um abraço e mais outro, naquele momento quase tudo era a tradução de tranqüilidade de um interesse desinteressado,a aura dos amantes, a energia dos seres amados e encantamento, então a musica perfeita toca e com um único olhar ambos entendem na silenciosa linguagem de seus corações e intenções, se aproximam, mais e mais, então seus lábios se tocam, um longo e profundo beijo suave,molhado...então com a gentileza de animal acuado, a dama empurra o cavalheiro e diz com plena sinceridade,me dá licença mas eu preciso arrotar, e com um gesto macabro abre a boca e não para cantar uma ópera mas antes sim para eructar sonoramente em dó maior!
Naturalmente que o clima fora “levemente” quebrado, a estas alturas do campeonato, o cavalheiro pois a analisar-se num questionamento sem fim,seria o seu hálito?Ou talvez o seu beijo a fizesse sentir nojo? Estaria com alguma ferida ou chaga em sua boca? Pois-se a olhar nervosamente no espelho retrovisor procurando talvez um resquício de alimento nos dentes?Esquecendo-se completamente da dama, que neste momento enrubescida olhava para o chão, para os lados como que procurando uma saída mais próxima da situação vexatória, trágica e plenificada pelo ridículo, houve um longo período de silencio, um silencio barulhento e quase insuportável,e então com uma voz entre dentes a dama olha para o cavalheiro e diz:Desculpe.
É claro a que esta altura o amor, o clima, a magia já haviam saído de férias, ato falho, e como mais nada haviam a dizer a melhor opção era a despedida, e como é praxe do ser humano a falta de comunicação em nível real,profundo ficaram cada um engaiolado em seus pensamentos, presumindo, presumindo erroneamente, de minha parte,acho quando tudo tem as possibilidades plenas para dar certo é natural que torna o ambiente mais favorável a exposição do menor erro, tal qual uma única minúscula gota preta em roupagem alva, tudo torna-se evidente.
Não desculpas possíveis,ao que é da natureza humana, o que deveria ser perene em nossa alma é a profunda compreensão do ato falho de cada um e que obviamente não desmerece qualidade latentes ou evidentes,ou vocês acham que os grandes da historia não tiveram seus atos falhos?Será que a obra de Picasso torna-se mais feia porque ele era de uma personalidade difícil, possuía inúmeros casos amorosos,dado a vícios diversos e outras tantas coisas que não tem o menor sentindo mencionar, será que sua obra ofusca-se diante disso?É claro que não porque, é preciso compreender que todos temos pícaros paradisíacos e infernos dantescos, e quando não estamos em um, certamente estamos visitando ou outro.
Agora dei-me de licença, preciso arrotar e não farei isto na frente de vocês, afinal pega mal..

Com todo o meu humor e leve sarcasmo.
Paz em teu caminho.
Fabiano.

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