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segunda-feira, janeiro 14, 2008

Raso, retirado...

Quase tudo que nos cerca é uma complexitude infinita de rasura causa uma impressão que tudo é de alguma forma importante, mas pela simples observação mais acurada e natural da vida percebemos que quase nada efetivamente é importante(no sentindo que nos fala ao coração), a grande maioria das coisas são repletas de vácuo, de um falatório bem articulado por vezes incentivador e inflamado no sentido de provocar a fleuma de nossa “alma/ego”, um estimulo externo como um fogo fátuo, assim como de uma paixão, que faz alargar nossos sentimentos de forma repentina e depois dissipa-se, desaparece como se nunca tivesse acontecido, tal como grandes tsunamis, deixando apenas marcas por vezes irreversíveis.
Apenas para contextualizar nossa abordagem, já alguns acham que eu sou vago,esquivo quase distante em minhas colocações, falemos de um assunto da moda, aquecimento Global, a guisa de prolegômenos, com toda certeza você tem “perdido” o sono por causa deste tema, não é mesmo? Que assuntinho mais superdimensionado, não que não seja verdadeiro, no ritmo que segue a poluição de toda sorte com toda certeza iremos naturalmente pagar caro os efeitos devastadores como já de alguma forma vem ocorrendo, mudança do tempo, alteração drástica de temperatura,derretimento dos pólos,camada de ozônio,e aquecimento dos oceanos, isto só para citar o que esta na moda atual, mas sendo sincero amigo(a), em que isto toca realmente em teu coração e tua mente? Ou será que você não tem problemas mais imediatos que precisam a tua atenção neste instante...?
O comportamento do ente humano individual é semelhante aos dos grandes países e empresas poluidores considerados os “vilões” desta historia que já tem alguns anos, ou seja, estão se lixando!! Passados os modismos, certamente inventaremos outro para substituir, para preencher as manchetes, para propagandear produtos “tecnologicamente corretos”,”politicamente aceitos” “moralmente entendido”, e toda esta conversa que serve apenas para disfarçar nosso profundo descaso, primeiro pelos semelhantes, depois pela natureza como um todo, nossa falta de sinceridade em assumir posturas reais é que é o verdadeiro vilão subjacente ao contexto exógeno.
Quando realmente as coisas relevantes da vida assumem importância real para cada um de nós?
Resposta simples amigo(a), é quando perdemos, quando sentimos dor,é quando as conseqüências vem ao encontro de nosso coração,de nossa mente, de nosso corpo. Quando perdemos a saúde passamos a querê-la com todas as veras da alma, quando perdemos alguém de suma importância em nossa vida, desejamos dizer todas as palavras que calaram ao longo da vida em nossa garganta, quando não mais temos o abraço fraterno e quente, quando o carinho não afaga mais nosso rosto, quando as vozes ficam mudas, quando os sorrisos se tornam ausentes, quando não mais podermos sorver um gole de água pura e cristalina, literalmente quando a vida entra em extinção aí temos anseio pela vida, é como se despertássemos de um sono por causa de um sonho paradisíaco, e ao acordar-se a percepção súbita que não era um sonho, mas antes sim um pesadelo real, e quanto a isto amigo não tenha duvidas a realidade é inexorável, as vezes bela e doutras nem tanto.Como um colapso harmonioso.
Você achou minhas colocações muito distantes da realidade?
Não responda a mim, porque a consciência embrutecida não desperta pela simples razão?Porque não somos seres movidos pela razão e talvez os poetas tenham razão, o ser humano é um coração bruto, com lampejos eventuais e esparsos de iluminação, nem bom e nem mau, apenas eventual, interesseiro, egoísta e profundamente ambicioso, e em outros momentos tranqüilo e quase pacífico, plácido.
Será que queremos retirar o raso dos nossos paradigmas estratificados?Será que é possível ver um pouquinho mais alem do que a virtualidade momentânea propõe?Ou que nos chama instantaneamente é a nossa maior expressão de pensamento e emoção possível?Soa como um profundo contra-senso de alguém que sabe que é preciso viver o presente na vida, mas ai entra em cena um refinamento, uma sofisticação de pensamento é preciso saber viver o presente a luz do eterno, de um modo muito generalizado as pessoas vivem no “presente” mas a luz do seu Ego e isto obviamente leva-nos por caminhos dolorosos o então caminho já mencionado da natural extinção, seja ela da natureza,da emoção, do pensar, dos fundamentalismos de baixo nível.

Paz e luz em teu caminho.
Com minha benção.

Fabiano.

Um comentário:

Anônimo disse...

Através dos olhos de uma criança

Um velho sentava-se em sua cadeira de balanço dia após dia.
Ele prometeu não sair dali até ver Deus.
Em uma bela tarde de primavera, o velho balançando em sua cadeira, incansável em sua busca visual de Deus, viu uma garotinha brincando do outro lado da rua.
A bola da garotinha rolou para o seu quintal, e ela correu em sua direção.
Ao abaixar-se para pega-la, olhou para o velho e disse:
- Eu vejo o senhor todos os dias balançando-se em sua cadeira e olhando para o vazio.
O que está procurando?
- Ah, minha querida, é jovem demais para entender - respondeu o velho.
- Talvez - respondeu a garota.
-Mas a minha mãe sempre me disse que se eu tivesse algo em minha cabeça, deveria falar sobre isso, para compreender melhor. Ela sempre diz: "Srta. Lizzy, compartilhe os seus pensamentos." Compartilhe, compartilhe, compartilhe, é o que sempre diz.
- Bem Srta. Lizzy, eu não acho que poderia ajudar-me - resmungou o velho.
_-Possivelmente não, senhor, mas talvez eu possa ajudar apenas ouvindo.
-Está bem, criança, eu estou procurando por Deus.
- Com o devido respeito, o senhor balança para a frente e para trás nessa cadeira dia após dia à procura de Deus?
-Perguntou a Srta. Lizzy, intrigada.
- Sim. Preciso acreditar antes da minha morte, que existe um Deus. Preciso de um sinal - respondeu o velho.
- Um sinal, senhor? Um sinal? disse a Srta. Lizzy, agora bastante confusa com as palavras do velho.
-Senhor, Deus dá-lhe um sinal quando o senhor respira, sente o cheiro de flores frescas, ouve os pássaros cantando e todos os bebês nascem. Ele dá-lhe um sinal
quando o senhor ri e chora, quando sente as lágrimas saindo de seus olhos. Isso é um sinal em seu coração para abraçar e amar. Deus dá-lhe um sinal no vento, no ar-íris e na mudança das estações. Todos os sinais
estão aí, mas o senhor não acredita neles. Deus está no senhor e em mim. Não existe procura, porque ele, ela ou seja lá o que for está aqui o tempo todo.
-Com uma das mãos em sua cintura e brandindo a outra no ar, a Srta. Lizzy continuou: - Minha mãe diz:
"Se você estiver procurando algo monumental, é porque fechou os olhos, pois ver Deus é ver as coisas simples, ver a vida em tudo."
- Srta Lizzy, é muito perspicaz em sua compreensão de Deus, mas o que fala ainda não é o bastante.
Lizzy caminhou até o velho, colocou as suas mãos infantis sobre o coração dele e falou suavemente em seu ouvido:
- Senhor, isso vem daqui, não de lá. - E apontou para o céu. - Encontre-o primeiro em seu coração, em seu próprio exemplo. Então verá os sinais.
- Quando atravessava novamente a rua para ir embora, ela virou-se para o velho e sorriu.
Então, ao inclinar-se para sentir o cheiro das flores,gritou: - Minha mãe sempre diz:
"Se você estiver procurando algo monumental, é porque fechou os olhos".
( Extraido do site Minutos com Deus

beijos
LO
15/01/2008