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domingo, janeiro 20, 2008

A eminência da burrice

É quase um instante fatídico ao qual todos estamos indubitavelmente cativos ainda que seja por uns segundos, em que alguns de nos desejamos com todas as veras do corpo e da alma não sermos o que somos, como uma fuga eventual da sua mais básica condição de humano, não me refiro a momentos de decisão extrema o qual você, eu e todos estamos absolutamente sós, em momentos em que por circunstancias e por total negligencia de nossa capacidade de compreender emoções e pensamentos terminamos arrastados a erros, erros da nossa inocência, do nosso autoengano, por vezes não é intencional, mas talvez motivado pela dificuldades eventuais e da circunstancia, por vezes não nos reconhecemos.
Afinal a capacidade de fazer besteiras do ser humano é quase tão infinita a sua probabilidade de criar genialidades, uma suspensão entre a candura, beleza e a tragédia e o horrendo, trajetória natural de cada um, mas a verdade que por vezes, por não conseguirmos o exato equilíbrio entre o pensamento e a emoção, e quase nunca sabemos muito bem equilibrá-los, e o normal da nossa vida é a impulsividade, sempre a passionalidade tornado mais pessoal tudo, e neste momento entra em cena o algo que não somos nós em verdade, um momento breve de pura insanidade, onde dizemos coisas horríveis, fazemos coisas estranhas, pensamos horrores, será que nos reconhecemos assim?
Pudéssemos nos furtar a descida aos infernos pessoais, e com cálida doçura aprender a perceber o bem em si com um estado natural de cada um, e escapar ao inolvidável condicionamento que aniquila emoções, a padrões que nos empurram, oprimem, e em um momento qualquer pudéssemos abrir nossas asas para alem da cela que limita nosso espaço e pairar acima e de toda a prisão, transportando para alem dos grilhões a sutil delicadeza de nossas emoções mais finas e sagradas, o carinho de nosso carinho, o amor de nosso amor, a prece de nossa oração, a verdade ultima de nossa verdade, a calma e a serenidade deste momento, onde apenas o silencio tem voz suficiente para expressar.
É quando deixarmos as mesuras de nós mesmos, observando na simplicidade daquilo que verdadeiramente somos então começamos a sentir a essência da vida, a beleza do momento, a afabilidade de ser tranqüilo mesmo que as marés a nossa volta estejam revoltas,que nosso coração não seja uma tempestade tal qual as marés, que sejamos o porto tranqüilo, o ancoradouro da paz, da luz e da sabedoria.

Paz e luz no teu caminho.
Com minha Benção.
Fabiano.

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