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segunda-feira, junho 23, 2014

Eu sou o que tu não vê




Eu sou o que tu não vê

Eu não sei o que você pensa
Quando olha em meus olhos...
Não sei se vês um ser humano ou um animal atroz
Mas não tire conclusões precipitadas ainda...
Não seja rápido
Decline a audição...

Talvez esse animal não esteja me vendo
Vago em tua atmosfera
Como um vírus desmedido a procura de abrigo
Trazendo a tona sombra
Dor e amor as vezes...
Mas não sou culpa
Não minha culpa
Como um totem de enganos e vestígios

Deito sonhos e canções
E sou o que é imolado
O que assume o dano
Espreito resquícios do ontem sorvendo acertos
Não sei o que pensas ainda...
E isso não importará
Se pensas...julgas ou desprezas...
Mas ainda estou ali em ti
A espera de afagos, beijos e sonhos que não se destrocem
Entoando minha cantiga antiga
Nas dobras de tua alma

Sou o inesperado dormindo em ti
Brilhando nos olhos do mendigo
E no abraço da mãe
Na beleza do acaso
Sou a dor mais funda do desconhecido
E estou também no beijo de despedida
O carinho que você esqueceu de dar...

A plenitude da verdade...
Ainda não importa
Mas um dia me veja
Se veja.



Luís Fabiano.

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