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quinta-feira, março 05, 2015

Valsa do Silencio


Valsa do Silencio

O silencio absoluto
Não existe
Que há
São pequenos sons que preenchem lacunas
Ruídos infestados de vida
Permeados de significados
Um coração que bate
Outro para

Som dos teus olhos que piscam
Do adeus em uma esquina
E do gelo batendo no fundo do copo
Esse vento soprando imperceptível
Entre dobras e vielas
Vida cheia de sons
Sons que preenchem
Que disparam do silencio

Deixando rastros de emoção
Desenhos de pensamento
Sons que se despejam no espirito
Congelando o tempo
Nos carinhos que fazemos

Fagulhas crepitando a sombra dos destinos
Despindo o inesperado
O som das roupas caindo ao chão
Nos sussurros de portas que se fecham
Sons que deitam
Beijam

O som dos sonhos
Que morrem quando acordamos
Teu som nas noites de agonia
E riso nas fazes de tênue paz

Um cão que late em alta noite
Um acorde final
Silencio feito de mentira
Acariciando nosso ouvido
Uma mentira que faz bem
Como tantas mentiras que são boas.


Luís Fabiano


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