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quarta-feira, novembro 05, 2008



Em desagrado

Gosto de pessoas difíceis e embora o contexto seja bastante amplo variando bastante de pessoa para pessoa, tenho afinidade com as que gostam de complicar o simples( de minha parte faço isso eventualmente apenas para matar a modorra...) mas com toda certeza conhecemos pessoas cujo o temperamento é repleto de procedimentos que torna difícil o contato puro e simples. É preciso divertir-se com alguma coisa, e notoriamente tais pessoas tem feridas abertas a luz do dia tornando alvo bastante fácil para aqueles que com algum esclarecimento conseguem levar a vida mais serenamente flexionando nos pontos certos, e ante tais fragilidades fica fácil que as pessoas se sintam ofendidas, humilhadas, constrangidas e sentindo náusea deste protagonista que vos fala.
Muito raramente uma pessoa difícil é inteligente, a natureza se encarrega de limitá-lo pelas suas próprias fraquezas, mas com alguma eventualidade de cometa encontro tais pessoas por ai, e sou um provocador convicto, faço questão de pisar intelectivamente onde dói mais(prazer de um, dor de outro, o prazer é assim vai de déu em déu ao sabor do vento...), mas porque tenho tanto prazer nisso? São muitos os prazeres, o primeiro deles é interessante ver a pessoa debatendo-se em sua própria agonia, é como alguém que tenta quebrar barras de ferro com a própria cabeça;outro prazer, é o aspecto da sofisticação de pensar, com raridades algumas destas pessoas me fazem pensar e me fazer pensar é o mais amplo carinho que alguém pode fazer a mim ainda que sofra para isso,como disse o prazer vai de uma mão para outra, embora eu não seja muito sádico, a dor alheia nos faz a bem todos, pois do contrario nosso “mundico” seria algo um pouco menos hostil não é mesmo? Sim as lagrimas que vemos pela televisão são de verdade, mas isso faz parte da programação. Outro motivo de meu apetite pelas pessoa difíceis é que pode lhes ser oportunizada probabilidade de flexionar seus paradigmas, isto claro se tiverem humildade para isso, coisa rara, dificilmente as pessoas reconhecem que estão erradas apenas porque sua presunção, vaidade, orgulho e egoísmo falam mais alto que todo o resto a nossa volta!
Madalena embora o nome fosse belo, ela era uma dessas pessoas realmente difíceis, cheias de limites, preconceitos, sonhos frustrados, orgulhosa, mal comida e parecia viver com uma TPM eterna e constante em sua vida. Nada lhe era bom ou agradava, dizia que sua vida era corretíssima, nunca fora infiel ou desonesta e esse era o seu discurso.(tenho para mim que tais pessoas embora sejam reais vivem um conflito de culpa profundo, pois sabemos que nem somos totalmente límpidos e nem tão pouco encardidos, somos um meio termo, se alguém tem duvidas experimente pesquisar a própria vida e acariciar o próprio chulé, flato e o delicioso cheiro de sovaco...).Mas Madalena era uma santa, porta-se como um “puta” arrependida, e como todo chato sabia exatamente apontar os defeitos dos outros mas é completamente míope para os seus.
Então como é natural, o destino por vezes prega peças em nosso caminho, Madalena enamorou-se de Jorjão,um malandro descolado que sabia muito bem como ludibriar “pessoas santas”, ou poderíamos abordar por outro ângulo, ele sabia como aflorar o “mal”, a lubricidade e a paixão mesmo em um freira com setenta anos, Jorjão usava do que sabia de melhor, bancar o ingênuo e inocente, naturalmente tinha tempo para isso, era lento, tudo muito devagar como a dança da mamba negra, não tinha pressa para nada, fazia-se de envergonhado e tinha a facilidade de convencer as pessoas.Olhava nos olhos, dizia palavras doces e meigas, o restante tudo era presumível em um mundo de inocentes e carentes de toda sorte... Madalena apaixonou-se pelo tipo respeitador de Jorjão, era um verdadeiro cavalheiro, atencioso, carinhoso, educado um verdadeiro sonho de toda mulher (talvez esse seja o recado, profundo, quando alguém é perfeito demais abra bem o seu olho, pois pode ser uma breve ilusão de ótica ou estas vendo o que queres ver ...). Quando finalmente após largo tempo de estudo, jogo de paciência e alguns constrangimentos, Jorjão beijou Madalena na boca, ela sentia a total confiança em Jorjão e em breve tempo contraíram intimidades, sim e mesmo assim Jorjão fora recatado mas deu-lhe idéias que excitavam o momento, pediu em nome do amor que ambos sentiam que ela se desnudasse na frente dele e de sua câmera , ela acho algo estranho, mas aqueles momentos eram tão bons, poderiam depois juntos ver as fotos e talvez inspirar outros momentos, e Jorjão era tão..tão..tão..carinhoso , respeitador tão honesto quanto ela.Permitiu.Fez caras, bocas, jeitos, abriu isto e aquilo com sorriso de mulher e amada.
Dia seguinte a fatalidade, as fotos de Madalena andavam pelo bairro nas mãos dos melhores amigos de Jorjão e algumas foram entregues por debaixo da porta de Madalena.Quando ela pegou as fotos e olhou caíra em si, que faria? Sua moral esta manchada, como podia todos sabiam de seus desejos fesceninos, como iria olhar a turba e falar do alto de sua superioridade a aqueles que pecavam?
Dizem que depois de episodio Madalena converteu-se , virou discípula do reino de Deus, e como não poderia deixar de ser, se tornou a autentica Madalena arrependida e estava agora nos braços do Senhor.
Quanto a Jorjão, bem ele anda por ai, circulando pela rua talvez mesmo esteja próximo a você e nem percebas, afinal ele é o Jorjão...

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

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