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sexta-feira, novembro 21, 2008



Gotas de amor...em viva carne

Que nosso mundo anda bastante conturbado isso estamos enfadados de saber, e em verdade eu nem quero mais sabe,r porque tais informações são de uma profunda redundância inútil, mais cansa, irrita e adiciona um dente a mais nas mandíbulas do mundo a guisa de informações atuais!!!
Mas em se tratando de relações então, tal apreciação ganha aspectos muito interessantes, porque existem particularidades do ente humano, e tal gama é tão vasta que dizer que algo é errado ou certo por vezes pode ser uma blasfêmia imensa ou um atestado de ignorância catalogada. Na intimidade a dois, muitas coisas acontecem, coisas que certo ou errado não querem dizer nada, ambigüidades a parte, quando geralmente outras pessoas ficam sabendo da derrocada, de alguma tragédia ou algo assim, é porque algo saiu do controle,talvez a ignorância tenha saído do controle, e a ignorância é uma mescla em duas partes, uma a respeito de si mesmo e outra a respeito das coisas que nos acercam.
Jordão e Marli eram um casal espetacular, desses de cinema, eram literalmente o sonho realizado e ideal, belos, educados e com uma sofisticação que beirava quase o ideal, aquele tipo de pessoa que temos a impressão que nem sequer fazem necessidades básicas, sim..não peidam, não arrotam e não cagam e algumas até nem morrem. Era visto que se amavam muito, o que era alvo de inveja de todos, mas o amor por vezes toma caminhos estranhos até mesmo bizarros, mas cada um faz a sua poesia em rimas...
Aquele dia Marli chegou atrasada em casa, embora não fosse costume,mas parece que existem momentos que a propicidade para o mal é literalmente inspirada, ela chega abre a porta encontra a seguinte cena: Jordão sentado no sofá, eram por volta de vinte e uma horas e quarenta e sete minutos, a cara de Jordão era uma tempestade com tornados categoria F5, então ele dispara:
-Que horas são essas? Onde estavas? O que houve com teu batom ?
Marli que não estava acostumada a ser atada assim, sorri porque acha que é uma brincadeira, e diz de forma displicente:
-Ora Jordão, isso são coisas a se perguntar a uma mulher casada? Estava com uns amigos...e sorriu de forma inocente...
No entender de Jordão que estava profundamente irritado, com um mar de insegurança em seu intimo, o sorriso dela foi a gota d’água, ele levantou-se rapidamente e deu-lhe duas bofetadas sendo que a segunda com o aliança matrimonial, terminou por ferir-lhe o rosto sangrentamente, ela caiu ao chão no canto de uma parede, enquanto o gigante Jordão em pé sorria dizendo para ela:
-Não estas achando graça agora? Porque ?
Marli não entendia nada, perdida, com dores na face, realmente não sabia o porque Jordão estava daquele jeito, se ainda ontem ele trocava juras de amor intensa, onde estaria aquele homem gentil, bondoso e educado ?
O rosto de Marli inchou na hora, e algumas gotas de sangue caiam do canto da sua boca, ela ergue-se com dificuldades, ante o olhar empedernido de Jordão, não conseguia explicar nada, tinha medo que a mão pesada de Jordão...
Como num flash da cabeça de Marli lembrou-se, Jordão e ela quando tinham intimidades, havia uma natural violência entre eles, sim sexo digamos “forte”, cabelos puxados, palmadas na bunda, tapas na cara ( assim lembro-me de Nelson Rodrigues “...mulher adora apanhar, homem que não gosta de bater”, ele tinha razão, existem prazeres e prazeres, e eu não questiono nenhum deles, pois os gostos são vastos...)por outro lado embora fosse uma pancada quase amorosa, era uma pancada, e ali diante daquele homem bonito convertido em fera pela sua besta interior havia contrapontos, Marli não sentiu prazer de apanhar na cara...não sorria, apenas gemia e não era de prazer, havia dor e sangue...mas o prazer passa de uma pessoa para outra em um piscar de olhos,Marli não havia feito nada errado, mas quem diz que um tapa precisa obedecer a justiça de algo?
O que Marli jamais desconfiou era que apesar de beleza e educação emoldurada de Jordão, ele tinha necessidades de controle, mas que a gentileza soube disfarçar,ontem um amor, agora porem medo e brumas, ele bateria novamente nela? Ninguém saberia ...
O silencio era lamina que penetrava a pele, sons de respiração e aquela dor,ela passa pela fera quieta...mas tudo estava destruído..seu corpo, sua razão,e suas emoções um único tapa rasgara-lhe a alma.
Nada seria como antes.

Paz e luz em teu coração.

Luis Fabiano.

Um comentário:

Anônimo disse...

É claro que isto é apenas uma estória.....Mas o que será que um homem faria se por ventura apanhasse de uma mulher? E se apanhasse da mulher amada? Como ele se sentiria?????

Bjs.

Dóris