Pesquisar este blog

quinta-feira, novembro 20, 2008

VAMPIROS...



"...se mandem ,rapazes...minhas meninas não são pro bico de vocês.
-Sem essa, Zenaide, só queremos dar uma olhada por ai. Tem mina nova no pedaço? – Isistiu Charles,tirando pigarro da goela.
-Qual é gorducho, ganhou na loteria por acaso?
-Não torra. Só quero olhar as minas.
-É isso ai – concordei ,olhando a bunda de uma negra dançando um pagode imaginário.Havia em seus olhos cintilações diabólica, coisa da cultura negra, maravilhosamente anárquica e sedutora.
-Primeiro a cor da grana.
-Porra! A gente não quer olhar as garotas!
-Paga pra ver, gorducho.
Charles, incomodado, revirou os bolsos atrás de dinheiro.Fiz o mesmo,sabendo de antemão que a busca era absurda , pois aquela noite estava completamente duro.Charles, entretanto, achou alguma moedas.
-Só isso! Que mixaria?! – Gritou Zenaide,gargalhando –isso ai não dá pra nada rapazes!
Charles me olhou com os olhos cheios de rancor, olhos úmidos.
-Tudo bem:tudo bem - volveu ela, caçando as moedas da mão de Charles.Essa mixuruquice da pra alguma coisa.Acompanhem-me.
Seguimos a marafona por um corredor mal iluminado, paredes grafitadas, em que se viam inúmeras portas dando para ninhos de amor.No fim do corredor ela abriu uma porta comida de cupins,entrando resolutamente no quarto.Entramos atrás.Um cheiro azedo de mijo e porra, pespegou nossas narinas.Demos de cara com uma menina de aparentes quinze anos , deitada numa cama de ferro, extremamente branca cabelos curtos, lábios pintados de preto.Puxara sobre seu corpo um lençol encardido.Quentinha.A putinha que infernizaria minha vida, ali , sepultada naquela cama, parecendo um anjo desassistido perambulando pelo inferno,
-Eis minha rosa, rapazes! Recém colhida.
A garota se encolheu toda, olhando-nos de esguelha.Fui para ao pé da cama, avaliando-a melhor. Era bem bonita, olhar negro e destemido.Senti-me um crápula, de corpo e alma necrosados.
-Olhem bem rapazes...É para isso que a merreca do gorducho ai serve.
Ela saiu gargalhando, batendo a porta atrás de si.Charles e eu ficamos parados, olhando a putinha que puxara o cobertor sobre a cabeça, ocultando-se totalmente.
-Que que vamos fazer, paisano? - Inquiriu Charles apertando o escroto.
-Nada.
-Você é um tapado! A menina ai dando a maior mole da paróquia e a gente aqui de bobeira.
-Zenaide disse que é só para olhar – retruquei raivoso.
-Zenaide que vá a merda - vomitou Charles aproximando-se da cama.Antes de leva a cabo o intento de molestar a garota, a porta se abriu dando passagem a uma coisa horrorosa. Um anão... Metro e meio de monstruosidade.Trazia sobre o ombro direito um grande aparelho de CD donde brotava o som de um rap chinfrim.Vestia uma camisa de física calções azuis e chinelo de dedo.Sorria, o cretino, enorme língua emergindo da grotesca dentuça. Ignorou-nos totalmente.Largou o aparelho no chão e saltou sobre a cama, puxando o lençol que ocultava Quentinha. Jesus, ela não tinha corpo, isto é, corpo de mulher.Não passava de uma adolescente, corpo ossudo, barriga afundada, coxas finas e sem seios.De dar dó.Tornou a puxar o lençol sobre si.O anão porem , arrancou-o de suas mãos, jogando-o no chão.Ela recuou assustada, fechando bem as pernas.O animal sorriu, passando a língua pelos lábios.Foi arrancando lentamente os trapos, ficando absolutamente nu. O seu caralho meio mole batia nos joelhos.Imaginei aquela coisa dura. Por certo teria dimensão totêmica. Um pavor! A garota evidentemente desejou ser engolida pela terra só para escapar daquele monstro. A terra entretanto , não se abriu. Agarrou-se a cama, olhos arregalados, apertando as pernas um contra a outra. O cacete do anão foi crescendo, crescendo atingindo espetacular tamanho.Aquele sujeito faria sucesso num circo de horror. Rapaz! Suas pernas tortas eram menores que a coisa endurecida. Um pavor.
Aninhou-se na cama e, de gatinhas, aproximou-se da presa miando como um gato.
Miau, miau - fazia ele babando-se. Tive ímpetos de agarrá-lo e jogá-lo porta a fora.Mantive-me preso ao soalho, suando e tremendo de raiva. Levou as mãos aos joelhos da menina, forçando-a abrir as pernas. Ela gritou, esperneou. Nada disso, porem adiantou alguma coisa.O animal revelou-nos a gruta da jovem , cuja penugem era rala. Havia um piercing em um dos lábios vaginais.
-Nossa que coisa mais bonitinha - ele ciciou, acariciando a escancarada vagina.
Asco;senti asco. De mim, por ficar indiferente aquele assedio criminoso; de Charles, que apertava o cacete, olhar famélico; do monstro que, tão logo acabasse de cutucar a menina com o dedo, iria arrancar-lhe o cabaço sem piedade.Porem, antes de fazê-lo, pos para fora metro e meio de língua, enfiando-a entre as pernas da garota, que gemeu alto arranhando suas costa, deixando
uma trilha de sangue. Ao arrancar a língua da xoxota da ninfeta, bateu-lhe duas vezes no rosto, arrancando-lhe convulso choro. Em seguida,s em hesitação, deflorou a gazela, que gania alto, pernas tremulas. Charles fechou raivosamente as mãos A sua testa brotou pingos de suor. Olhou-me mordendo os lábios; um fio de sangue escorreu queixo abaixo. Permaneci hirto, congelado dos pés a alma vivendo aquele pesadelo. O anão subia e descia sobre o corpo da menina cujo olhar era esgazeado, de pleno abandono, querendo emigrar para uma galáxia distante, O puto , ao gozar gritou rangendo os dentes. A língua ficou pendida, gotejando sobre os pequenos seios da menina, Foi a coisa mais patética que vi na vida.Refeito do orgasmo, pôs-se a uivar, a soquear a cama, olhou-nos fundo nos olhos; um olhar vitorioso.
-Não é para o bico de vocês, babacas! – Gritou passando a mão pelo pau gotejando porra. Deus um salto para o chão, pegando suas roupas. Vestiu-se lentamente , rindo baixinho Pegou o aparelho de CD caminhou em direção a porta e, antes de sair virou-se para nos .
-Até a vista, rapazes!
Voltamo-nos para a garota, que gemia alto passando as mãos por entre as pernas sangrentas. Encolheu-se como um borboleta voltando a condição de crisálida. Nesse ínterim Zenaide entrou no quarto toda sorridente, largando fumaça de cigarro pelas ventas.
-E ai, como foi o espetáculo? Gostaram ?
- Que grande fodida você me saiu - resmungou Charles. Fazer uma coisa dessas com a coitada da menina. E aquele anão? Insistiu ele.
-E um monstro.
-Ah! E meu secretario. Ele deixa as meninas no ponto.
Arrastou-nos para fora do quarto. Ao chegarmos a recepção indicou-nos a rua.
Se mandem , rapazes... O espetáculo terminou.
============================
Extraído da Obra VAMPIROS de Manoel Soares Magalhães.

Nenhum comentário: