Pesquisar este blog

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Cálice da paz, cálice da dor, eis a mesma taça.

Na maioria das vezes não penso no que escrevo deixo fluir a onda de pensamento em direção onde apontarem os caminhos das primeira palavras, falo sobre a vida,morte, de uma maneira ampla, nunca amanheço com os mesmo paradigma de quando deitei e certamente não gosto apenas de escrever sobre paz, harmonia e felicidade, creio que os defeitos humanos são um prato amplo e abundante, embora não seja nem parecido com Nelson Rodrigues, gosto da vida como ela é, tiro e capturo momentos plenos em si, mas não absolutos, preenchem o espaço de uma verdade única, mas não eternamente, é por mera circunstancia que assim descerro percepções e busco contextualizar os muitos ângulos a que a vida nos submete, é certo que nem todas as historias são felizes, é certo quem nem todas são amargas, elas apenas o são a fração de bem ou mal de acordo com ângulo e momento que estamos vivendo na eterna relatividade de ambos, e se hoje choro por certo um outro momento estarei gargalhando, dicotomia da vida, simples, eis a vida.

Tácia estava feliz aquela manhã, amanhecera mais feliz que o normal e não entendia muito bem o que se passava, mas estava a fim de aproveitar o momento de paz com seu amado e companheiro Nelson, bem a relação deles nada tinha de incomum em verdade apenas o fato de se “gostarem” muito, se respeitarem o bastante e o fato de ele estava morando com ela faziam já três meses, no resto tudo como se esperava, dividiam muitas coisas, atividades e a parte financeira, embora a relação recente deles de apenas seis meses, ela o achava o homem ideal a seus sonhos e anseios, e ele a achava a mulher com que poderia dividir muitas coisas, coisas que eventualmente ele sonhava, então realmente o paraíso estava pronto aparentemente nada poderia alterar aquilo, nem para Adão ou Eva!
Então Tácia levantou-se e por um momento sentiu-se tonta ao que Nelson prestativo a ajudou, um breve mal estar tomou conta daquele momento. Ela dizia, fique tranqüilo meu bem isso já passa é apenas uma tontura breve, em silencio no recôndito de sua mente Tácia temia algo, mas ficaria calada, gostaria da surpresa, coisas de mulher. Tomaram café e cada um foi para o seu emprego se encontrariam apenas ao final do dia, a noitinha onde como sempre trocariam impressões do dia, jantariam e dormiriam abraçados como sempre, sempre dormiam assim.
Tácia saíra de casa decidida, sua intuição não podia estar lhe mentindo, fora a um laboratório e providenciara um exame de sangue rapidamente, o resultado ela abriria antes de chegar em casa para poder saber com tranqüilidade, afinal poderia estar errada,eu costumo me enganar com as coisas dizia para consigo mesma, poderia ser nada demais.
O dia passa ela trabalha normalmente e então antes de chegar em casa passa no laboratório para pegar o exame, senta-se na sala de espera com o resultado na mão e com a respiração sôfrega e ansiosa abre lentamente o envelope lacrado – POSITIVO, em letras garrafais, naquele instante uma onde maior de felicidade a invadira, sim, daria a luz a um ser especial, a uma criança iluminada cujo o pai era o amor de sua vida, era uma noticia tão boa, que poderia dar errado?
Correu para casa, gostaria de preparar o momento para dar a noticia a Nelson, talvez um jantar,ou um doce especial, uma bebida para comemorar...e todas as estas coisas que as pessoas felizes pensam em suas vidas quando tem “positivas” noticias a dar.
Nelson chega em casa e nota um ar diferente no ambiente, uma musica tranqüila tocava, incenso perfumando o ar e a mesa lindamente posta, estranhou mas sorriu gentilmente para Tácia, dizendo amorosamente, meu anjo, estou esquecendo de alguma data especial? Por favor querida me ajude não me deixe assim perdido, disse isso rindo suavemente.
Então Tácia o pega das mãos e o conduz a um abraço amoroso seguindo de um beijo repleto de carinho, dizendo, tenho uma surpresa para nós meu amor, uma surpresa feliz, de uma olhada neste envelope debaixo de seu prato, por favor. Um breve nervoso percorreu a espinha de Nelson, então pegou o envelope e leu em um piscar de olhos, no mesmo instante tirou o sorriso amoroso do rosto, e disse secamente, o que significa isso? Ela ainda não entendendo, diz, hora meu amor seremos papais. O sangue de Nelson congelara nas veias é uma imensa onda de asco percorreu seu corpo e espírito, então disse, mas como pode isso? Eu me cuido, você se cuida como pode?Onde erramos?
Neste instante Tácia deu-se conta que a felicidade era apenas sua, e talvez não sua também, Nelson ficara tão transtornado, nunca o tinha visto daquela forma, alterara a voz e com apenas uma única palavra escrita em papel o mundo perfeito e o paraíso começavam a apresentar problemas, Nelson revoltado já afirmara que não queria ser pai de forma alguma,isto não estava no contexto” ideal” de sua vida aquela criança seria um ônus, que faria mais uma criança no mundo? Tácia não argumentava,sentia os músculos pesados, em seu peito a dor era tão grande, mas tão grande que não cabia só em sua alma, tinha a impressão que o mundo chorava por meio de seu coração, faltava-lhe olhos para tantas lagrimas, assim estava a cena, Nelson reclamando, xingando, esbravejando, destratando, e Tácia sentada em um banco alquebrada, Tácia chorava muito, não mais reconhecia o homem amado e amável,aquele que aparecera subitamente definitivamente não era Nelson, como pode enganar-se tanto?
Por fim Nelson calou-se em um mutismo que falava mais que suas palavras, então levantou-se e disse fria e diretamente:Vou embora,vou assumir a legalidade financeira e nada mais,não assumirei a paternidade,não amor, não convivência, o que precisar financeiramente é só me pedir. Porem peço um pequeno favor, de nunca falar de mim para esta criança, não quero saber seu nome ou quando nasce ou como viverá.
Obrigado por tudo e Adeus.
Pegou sua mala que estava mais ou menos pronta, enfiou alguns poucos pertences nela, tirou a chaves da casa de Tácia do seu chaveiro e ouvi-se apenas um bater da porta. Tácia sentia-se uma mulher abjeta, como que estuprada por aquele homem que até aquele dia, era um homem maravilhoso,bom e perfeito, basta uma palavra para que tudo se perca e por ironia do destino a palavra era POSITIVA.

Sem anestesia.
Paz e luz em teu caminho.
Fabiano.
"Para aquele acostumado com a imperfeição tudo aquilo que é belo possui alguma falha, por mínima que seja. Seus olhos viciados só veêm o erro."

Fabiano.

domingo, fevereiro 03, 2008

Foi Inspiração que os outros não me Inspiram

Ontem diante de mim mesmo, conversava com um dos meus sete eus,nesta reunião macabra um dos meus eus afirmou do alto de sua vaidade profunda dizendo:Eu como todos vocês tenho em mim uma inquietação, muito embora tenha motivação suficiente para viver e animar este corpo e ate mesmo ser feliz em alguns momentos,(há,há,há gargalhou como um exu)mas confesso que por vezes me sinto exausto pois o mundo de fora das fronteiras deste organismo é muito vazio e pouco receptivo, e por vezes tenho a impressão de estar falando com apenas outros corpos sem o Eu, isto me cansa muito porque nunca tenho retorno de nada que é dito, e por vezes sutilmente pensado, apenas uma montanha infinita de profunda ignorância,(há,há,há gargalhou).
Os outros seis Eus se entreolharam e com um olhar de consentimento balançaram suas cabeças afirmativamente e este Eu risonho seguiu seu mórbido discurso: Para que possamos ser levados as fronteiras daquilo que somos é preciso exigir,explorar e sobretudo extrapolar o limite, mas como se pode jogar um jogo de dupla sozinho?Confesso que já pensei em muitas maneiras de fazê-lo e de alguma forma até é possível, pois afinal a ignorância alheia tem lá seus benefícios, é um laboratório de experimentações e talvez neste sentindo “eles” se tornem úteis uma contribuição da ignorância para “ciência” o nosso próprio aprimoramento afinal colegas quem é inteligente sabe como extrair suco de pedras e faz brotar suas sementes ainda que em pleno deserto,bebe em fontes secas e alimenta-se de manjar dos deuses ainda que este alimento seja uma mão vazia tal como um galho seco.
Os outros Eus, agora em coro com uma gargalhada sarcástica e depravada.
Sentindo o estimulo que lhe faltava ao mundo exterior o Eu exultou, e iria seguir falando quando interrompido por outro dos meus Eus obviamente pediu a palavra porque afinal não é bom ficar apenas calado escutando outro e concordando, Eu sou exatamente assim, dizia o outro Eu,não gosto que sejam unânimes ma antes sim façam o contraponto, quando todos acham que esta certo, Eu prefiro discordar para dar graça o lampejo de uma discórdia pacifica que leve um balancear de paradigmas, todos que são unânimes naturalmente não pensam , declinam de sua vontade por acreditarem naquilo que é fácil e simples em demasia uma satisfação preguiçosa que o simples pensar nos sugere, talvez colegas, a sujeição seja nossa a maior escravidão, todos baixam a cabeça a argumentos pueris.
Todos os Eus sorriam por saberem que era a verdade então seguiu, para que possa haver entendimento possível devemos banir todo o entendimento, o entendimento é a supremacia da ignorância ante a ordem natural de tudo que existe entender e entender-se e perder-se totalmente é a submissão ao sistema, bem o sistema não da resultado apenas perpetua o sistema em uma evolução vagarosa e tediante se podemos voar com as águias porque arrastarmos como minhocas?E este Eu foi aplaudido de pé, entre aclamações e palmas, afinal todos nos temos uma predileção por algum pecado, alguns pecam pelas emoções ilusórias de amor, outros pecam pelo excesso de sua mente e outros pecam por simplesmente não pecarem, folhas baças em branco sem que nada possa ser acrescentado.
Então a reunião acabou e todos foram embora esperando uma breve oportunidade que seja para manifestar-se, enganar e ludibriar o próximo, rasgando emoções e divertindo-se com os carinhos alheios.

Paz e luz em teu caminho.
Importa ?

Fabiano.
Bem minha singela homenagem as festividades de momo, é
possivel ver alguma luz no fim do tunel escuro.


"Quem gosta de miséria é intelectual".

Joãozinho Trinta - Carnavalesco
Nos Bastidores

Por trás de uma lágrima

Raramente estamos dispostos a nos fazer entender o que se passa por detrás de tudo aquilo que nos acontece, por vezes o fazemos por profunda ignorância, doutras porque somos seres muito voltados a nossa causa própria numa espécie de tropismo para o egoísmo e neste instante tudo o que ocorre a nos é o mais importante pouco importando se meus parentes, vizinhos, amigos, rale-se o planeta, não me importa que estejam bem ou vivendo no inferno, em verdade isso nunca me interessou pois vivo para mim.
Dona Mariana chegara ao Banco cansada naquela época contava com aproximadamente cinqüenta anos, somos discretos pois as mulheres não gostam de dizer a idade, chegando ao Banco naturalmente não quis fazer uso da filas de idosos, era muito vaidosa para isso, entrou na fila normal e ali estava em paz relativa pois afinal era preciso estar na fila, como todo acontecimento em nossa vida que é por vezes inescapável, mas estava tranqüila, e a fila anda, a fila vai, até que por fim é atendia pelo caixa que a esta altura do acontecimento estava com uma má vontade natural e completamente declarada em seu proceder grosseiro, quando por fim dona Mariana disse: Por favor você poderia fazer este depósito?O caixa pegou os papeis colocados no balcão num gesto agressivo arrancando das mãos de dona Mariana que a esta altura olhou para ela com ternura repreensiva e disse: Minha filha o que esta havendo ?Você não tem o direito de trabalhar assim, você é paga para atender, e atender bem, se não esta satisfeita com o emprego demita-se e de lugar a outra pessoa que deseje trabalhar com vontade e dedicação, alem do mais apenas para que você saiba, eu estou aqui nesta fila embora muito bem e em paz relativa, eu estou com câncer carcomendo minhas entranhas, e o mínimo que desejo é ser atendida com alguma educação, será que você pode por favor me atender? O caixa teve um choque, natural mas neste instante talvez o medo de perder o emprego(infelizmente só fazemos as coisas certas por medo de algo...),então sorriu amarelo e procedeu o atendimento em silencio.

O tempo passa.
Um dia chega ao banco um Sr, vestindo-se bem e procura a moça do caixa, ao encontrá-la, fala com o gerente e pede que se possível gostaria de falar a sós um assunto urgente com a moça do caixa se possível dispensá-la por alguns breves minutos, ao que gerente concorda. Então em uma sala de reuniões Juliana entra e senta-se e o Sr olha para ela dizendo: Gostaria de primeiramente dar-lhe os parabéns. Juliana não entende nada como assim? Pelo que ?Ao que responde o homem: Bem meu nome é tal, e sou advogado da Sra Mariana, ela recentemente faleceu por motivo de câncer como você deve saber, mas no entanto ela era portadora de pequena fortuna e ao abrirmos o testamento seu nome constava neste exatos termos:
-Designo parte de meus haveres em dinheiro para a senhorita Juliana, moça atenciosa que prestativa que atende no banco tal, o qual me prestou grandes serviços sendo sempre muito fraterna e receptiva, tenho certeza que fará bom uso em função de suas necessidades.
Juliana teve um pasmo e começou a chorar, agora lagrimas sinceras e verdadeiras talvez como nunca tivesse chorado em toda sua vida, naquele instante arrependimento, culpa,emoção e claro tristeza por entender as coisas que por vezes não são obvias em nossa vida, mas por um determinismo advindo de nossa profunda burrice e ignorância é preciso sempre verter muitas lagrimas para que nosso coração possa lançar um momento de entendimento e valorizar acontecimentos que são “ordinários” em nossa vida que passam em comum a todo momento em nossa vidas, o que se passa por detrás daquilo que vemos? Que pensamentos e sentimentos animam as pessoas quando fazem qualquer coisa ? O que passa por detrás do sorriso e das lagrimas que espoream tua alma? Não sabemos o que se passa no silencio da alma alheia, que tanto esperam, seus traumas e limites.
A maior parte de nossas alegrias e tristezas são expressas no templo solitário de nosso coração, em oculto nos bastidores da vida,pudera compartilhar de meus silencios e ao que cala fundo em meu coração, no teu coração, meus sentimentos não emprestam asas e nem teus pensamentos podem romper fronteiras mas em uma comunhão calada eventualmente nos encontramos, esbarrando em lagrimas e sorrisos.

Paz e luz em teu caminho.
Com minha benção.

Fabiano.

sábado, fevereiro 02, 2008

Da série erros da criação!

III – A comadre Zen

Sem dúvidas existem personagens que são emblemáticos por natureza, pois sua manifestação é toda mais exótica que o comum e claro não poderia ser diferente, pois a criatura é um traço similar ao seu Criador, a Divindade, e por ser justamente divina criou o homem a sua imagem e semelhança então o erro da criação é por sua vez uma espécie de perfeição compatível a criatura no sentindo de aprimorar-se, mas enquanto aprimoramo-nos não podemos naturalmente deixar de perceber o humor a que a vida faz, irônicas piadas entre dentes,lagrimas e risos e não temos como um bom observador deixar de um participe.
Ela era de uma compleição forte, diríamos eufemicamente(geralmente as pessoas educadas chamam obesos de fortinhos...), ossos fortes e algo salientes, um cabelo preto semi longo um pouco cuidado e uma personalidade, esta sim muito curiosa, lerda por natureza em tudo que fazia ou expressava, parecia em a maior parte do tempo estar em outro planeta em um outro estado de consciência, muito embora conscientemente justificada pelos padrões de “normalidade” que hoje elegemos,então comadre sentava-se a frente da televisão para assistir a sua viciosa e tediosa novela de sempre, afinal “todos” fazem isto porem para ela era uma atitude religiosa quase um rictus sagrado, sentava-se e entrava em transe hipnótico e então seus filhos começavam uma algazarra descomunal, imensa,intolerável,insuportável, praticamente colocando a casa abaixo entre gritos e correrias, e ela nem sequer percebia o ocorrido, seu marido, um “santo” homem que então percebia e tentava deter os capetinhas trazendo o inferno para dentro de casa faltando apenas as caldeiras, sem que comadre sequer desse conta do que mais ou menos se passava, alguém tentava lhe por a par dos ocorridos, ela apenas olhava para o lado e dizia filosoficamente:Deixe as crianças,elas estão brincando!! Então olhava para frente novamente e seguia vendo sua televisão como se nada no mundo estivesse acontecendo.
Gostava de comer frutas é verdade, porem levava um tempo absurdo para deglutir saborosamente uma simples maçã me refiro a muito tempo mesmo, de um modo geral ela era uma pessoa Zen naturalmente sem saber afinal apreciava o crescimento das pedras praticamente uma orientalista nata.
Eventualmente ela tinha estranhos ataques de “intelectualidade”quando então ficava o dia todo falando a respeito de algo de uma forma muito intelectiva e exauria as pessoas a sua volta de tanto que repetia suas colocações inteligentes, mas claro como tudo que seja burro em demasia ou genial em excesso leva-nos a um estado de profundo incomodo e comadre era assim, fortuitamente creio que nem mesmo ela se suportava, lenta e absolutamente lenta para tudo tinha uma profissão de professora, então tentem se imaginar alunos dela, uma aula praticamente fora dos eixos, sem nenhum controle efetivo sobre os alunos que a esta altura a cunhavam de apelidos diversificados em função desta sua natureza, sem duvida um personagem de cinema.
Então por fim a novela acabou..então como que magicamente ela acorda do transe dando-se conta do mundo a sua volta, seu olhar vago percorrer a casa...e então ela fica muda...sem nada a dizer...literalmente sem comentários.

Esta é uma homenagem a todas as pessoas que dizem: Não posso ficar sem minha novela!!
Levemente ácido/adocicado.
Fabiano.
"Estude intimamente a paixão que à primeira vista parece assemelhar-se completamente a outra e verá que essa diferença existe e ,por menor que seja, ela possuiu precisamente este refinamento e este toque distingue e caracteriza o gênero de libertinagem sobre o qual aqui se discorre."

Marques de Sade - 120 dias de Sodoma.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Para amenizar eufemicamente...

"Em tempos de guerra, todo buraco é trincheira."

Frase Gaudéria.
Respostas para minhas não perguntas...

O ser humano é um ser à busca de respostas, boas respostas e fáceis de preferencialmente, nada que requeira um esforço mental de natureza muito profunda e que lhe dê alivio imediato aos seus simples, corriqueiros e ineficientes questionamentos, porque sempre queremos as tais respostas, e de uma forma muito particular “nossa” resposta, mas esquecemos que a resposta em si tem muito pouca importância, ela é o final de uma longa historia.
De minha parte creio que entender e saber são de suma importância, mas infelizmente fazemos sempre as perguntas erradas, equivocas e com uma segunda intenção inclusa, que é a resposta direcionada previa de nossos anseios, afinal você gosta de respostas desagradáveis? De um modo geral as pessoas sentem-se desconfortáveis diante de respostas negativas que lhes frustram a existência, porem quando procede-se errado as perguntas é natural que as respostas estejam a altura do que se pergunta de um modo geral tudo baseia-se em SIM ou NÃO, e claro não fazemos perguntas realmente relevantes a vida.
Quem a exemplo acorda pela manhã e questiona-se:Qual o sentido e objetivo da minha vida? Ou então: Será que serei capaz de dar amor incondicional? Porque sou assim? Perguntas importantes capazes de mudar nossa vida se nos dedicarmos a descobrir as respostas, mas naturalmente estas respostas não vêem de forma imediata, algumas talvez você vá precisar de anos pensando porque elas são instigadoras e nos levam a um próximo passo onde a inspiração propõe descobertas a respeito de si mesmo, obviamente alem de nossos limites pré-concebidos.
Naturalmente isso faz-nos recordar o tempo de nossa infância onde perguntávamos muito na ânsia de realmente querer saber, aprender de nossos cansados pais as respostas, o tempo passa e de alguma forma mantemos o velho agora vicio preguiçoso de querer todas as respostas prontas. Isso não é mais possível felizmente, porque para entendermos a grande maioria das coisas faz-se mister a experiência da busca ,o que efetivamente nos gradua e eleva a receptividade da compreensão nata ao que questionamos.
Mas tais perguntas chaves, você as faz?
Fica pensando em tais e possíveis respostas?É claro que não. Você nem sequer acha isto importante, sem nenhum julgamento de minha parte, apenas amigo você não tem o tamanho, da dimensão de tais respostas, o que estas respostas irão desatar em você,o que estas descobertas poderosas irão propiciar em termo de “evolução” da tua própria pessoa nas fronteiras da tua personalidade e mentalidade? Isso é nada demais, é o mesmo esforço que a ciência acadêmica faz para descobrir as ínfimas propriedades da matéria, um questionamento profundo e continuo uma exploração alem de seus “limites”. E essa é uma boa pergunta, quais são os teus limites? Não pode romper tais limites agora? Quem construiu tais limites? E até quando ficaremos satisfeitos com tais limites? E outra tantas que seguem que ao menos deveríamos eventualmente ter em mente, mas obviamente acabamos sendo levados a tais perguntas em função dos inúmeros acontecimentos da vida por vezes mais dramáticos por vezes questões limites em um nível mais pratico e vivencial, talvez em circunstancia que torna-se impossível não questionar-se e não querer obter a resposta , é por vezes inescapável.
Aqui algo que me esqueci de mencionar não é preciso ter todas as respostas certas sempre ou erradas, não faz mal não saber a resposta o importante é a pergunta, não podemos garantir que você irá obter a resposta imediatamente ,e as vezes é assim mesmo amiga(o), fiquei tranqüilo e em paz.

Paz e luz em teu caminho.
Cordialmente
Fabiano.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

O advogado das amantes

Meritíssima, senhoras e senhores do júri e assistência em geral...
Em primeiro momento colegas e membros do júri, que neste momento antes de qualquer coisa,antes mesmo de percebermos e evidenciarmos nossa ojeriza por tal causa ou mesmo pela ré aqui presente, possamos fazer breve mergulho em nossas consciências e avaliarmos dentro da verdade e da sinceridade que tanto exigimos das pessoas que se nos acercam, aquela exigência inflexível e direta ante os nossos próprios erros e os erros alheios, Srs. que por um pequeno instante tentemos pensar como pensa a vitima e a ré, e por favor não sejamos falsos inocentes considerando-nos completos e não conspurcados pelo “pecado” original a tal ponto que, sem um pré julgamento sejamos absolvidos instantaneamente de todo e qualquer litígio, não mesmo senhoras(res),não sejamos hipócritas, quem de nós que nunca sofreu tentação alguma, pecaminosa ou não? Sejamos sinceros, quem de nós, quem, esteve sempre satisfeitos e plenos, plenificados em suas relações formais, feliz, em todos os momentos da sua vida familiar,tranqüilo?Quem de nós nunca teve ou sofreu ou esteve exposto a alguma interferência pecaminosa e poderíamos ate dizer carnal? Quem de nós nunca se sentiu carente ou mesmo triste ante uma situação complexa de sua vida, e assim sendo mesmo que de forma inocente e despreocupada não intencional, depositou suas lagrimas em ombro alheio? Possivelmente em primeira instancia não façamos a junção de tal comportamento ao respectivo ato ou efeito do que se presume o libelo da traição.
Neste momento senhoras e senhores isto não nos deve ser relevante pois quero que consigamos sentir o que aqui a acusada sente em sua solidão mais presente que o prazer, mais vivendo em fantasia e imaginação que de fato uma presença real e integral, praticamente alimentando-se de “farelos emocionais”, restos o qual a então esposa oficial deixa no exíguo tempo, ela a acusada sabe exatamente o seu posicionamento secundário e fica passivamente feliz a isto, não reclama pois sabe que o seu amor é incondicional, cabendo aqui de passagem mencionar que a esposa cobra este amor “ilimitado” como por divida a sua dedicação, tempo, juventude, filhos, o corpo, a estrutura familiar e naturalmente o contexto social incluso numa postura faradisíaca de direitos adquiridos naturais.
Hora Senhoras e senhores, tenho noção que não podemos entrar em discussões filosóficas das regências sociais até aqui desenvolvidas, mas antes sim perceber que estão em julgamento emoções humanas, sentimentos humanos, pensamentos humanos e que portanto a razão pode nos dizer muito pouco, há razão para o amor? Nossas leis são para julgar a legitimidade ou não que uma coisa ou que uma situação podem ter, mas quando entramos no impalpável terrenos do coração humano nosso julgamento deve ser flexível e possivelmente desvinculado dos condicionamentos impostos como corretos da nossa sociedade vigente.
A Senhora X, aqui apresentada como amante e acusada de influenciar a vida familiar do senhor Y, é antes sim também mais vitima que ré desta ação, uma vitima de si mesma, vitima do amor, quando o cupido a flechou em sua sentimentalidade mais verdadeira e profunda, não ,não tiro os méritos da esposa, mas reconheço e vocês o reconhecerão os também méritos da amante, mulher de propriedade pessoal no campo dos valores morais sujeita a deslizes como cada um de nós, que embora no curto espaço de tempo que tem com o senhor Y, dedica-se inteiramente a tentar fazer-lo feliz, as vezes uma felicidade breve, física mesmo, mas que lhe da felicidade por ver o semblante feliz de seu “companheiro emprestado”, ela de fato acredita no senhor Y, ela escuta os seus reais problemas, já a esposa com o passar do tempo torna-se surda aos problemas do marido, de fato como e transformando a relação em um ambiente de estranhos, onde então a legalidade é imposta não pelo amor em sua profunda manifestação de beleza e docilidade, mas pelos rituais do consórcio que em seu aparato social cria a então demoninação casamento.
É nos braços dela, a amante que o senhor Y deposita suas lagrimas, e ela que fica só em algumas horas ou minutos depois, é ela que anseia e ficará sem uma família “normal”, instituída, ela que em a maioria dos casos fica sem o amor de um filho, é ela que acredita e ela que vai deitar-se com a sua solidão a noite, quando ele volta para o seu lar emulando uma “normalidade” de vida e vivencia familiar, não pense que estou inocentando completamente a acusada,ela sabe perfeitamente sua condição e fez sua escolha, como cada um de nós fazemos as nossas boas ou más escolhas e naturalmente somos responsáveis as nossas próprias custas, não gostamos do papel que ela representa é certo, mas por puro e prévio preconceito estratificado em nossa consciência, e por querer o melhor da “ordem” ainda que por vezes esta ordem rasgue nossas emoções e deforme nossa alma e nos deixe triste.
Acho que este julgamento é errôneo, creio não estamos voltando nossa atenção ao verdadeiro culpado, creio piamente que nem amante ou esposa devem ser aqui mencionadas nos autos ,embora ilegal nestas circunstancia o procedimento judicial o qual tenho a intenção de dar inicio, que colocando nesta instancia sem uma petição formal, mas que ao termino deste Meritíssima, irei dar prosseguimento legal.
Rogo a deus para que abramos nossas emoções e pensamentos e dentre um entendimento do senso comum possamos flexibilizar sentimentos, refinar pensamentos e naturalmente aprimorar atitudes, que não tenhamos formulas estratificadas e irredutíveis da realidade que possamos anelar a paz, a felicidade e a serenidade de nosso coração onde quer que esteja porque é de nossa essência humana, que possamos nos dar tal chance.

Paz e luz em teu caminho.
Com minha profunda intenção
Fabiano


Ninguém nega a existência do crime passional, negá-lo seria negar a paixão a mais vibrante das realidades humanas, ninguém nega a lagrima, a suplica, a angustia, o desespero a exaltação, o delírio, e o amor as vezes é tudo isso, uma tempestade desencadeada dentro de uma alma.”

Mario Bulhões Pedreira - Citado por Mandrake Episodio 3 - EVA
Uma frase, um pensamento...
Para aliviar...

Meu amigo Kbeça, hoje falou uma frase que merece alguma consideração, ele do nada disparou esta para mim...

"...eu não tenho frescuras, além do mais quem come qualquer coisa tá sempre mastigando."

Kbeça (Henrique).

quarta-feira, janeiro 30, 2008

"Cada homem é absolutamente para si mesmo o caminho, a verdade e a vida".

Mabel Collins
"Se a todos fosse dado o poder mágico de ler
nos pensamentos dos outros, suponho que o primeiro
resultado seria o desaparecimento total
de toda a amizade."

Bertrand Russel

terça-feira, janeiro 29, 2008

Contos de Elevador

Bem, não adianta disfarçar, não mesmo, em um elevador todos ficam obrigados a ficarem constrangidos naturalmente em função do espaço, sim tudo tranqüilo e perdoável até ai,alguns preferem ficar olhando para baixo, outros dizem nada, nem boa tarde ou bom dia, nada, é claro tudo isto é perdoável, o ser humano não é acostumado a ser intimo de outro ser humano, talvez porque a intimidade precise de alguns estímulos externos para que possa vingar objetivamente e Inescrupulosamente,decididamente não quero ser intimo de qualquer pessoa, aliás tem pessoas que eu não quero nenhum tipo de intimidade,cuja a distancia é salutar a todos,sim tudo perdoável, tem também o outro tipo, cujo o silencio é muito incomodativo a ele, então ele tenta de todas as formas naqueles breves segundos entabular uma conversa, inventando todo tipo de conversa que chamamos sem pé nem cabeça, destes eu particularmente não gosto, mas enfim sem culpa, afinal não se precisamos gostar de todo mundo...
Isto aconteceu ontem, eu entrei no melhor e mais seguro meio de transporte que o homem já inventou, o elevador, e fui acompanhado de um senhor, uma garota de aproximadamente dezoito anos e uma senhora em sua quarta idade, tudo bem todos "felizes", é impressionante como o tempo pode se elástico quando as coisas caminham por vielas tortuosas,nos olhamos desconfortavelmente e sorrimos, ai deu inicio ao ataque de “pânico”,o senhor falou do tempo para mim dizendo que estava muito calor, eu respondi dizendo que de fato o calor estava muito quente e que a tendência era elevar a temperatura(detalhe,não estava calor...)então a senhora entrou na conversa dizendo que havia visto a previsão e era chuva depois do calor, sorrimos e eu disse, daquela chuva que molha rimos da besteira seria, e por fim a menina dispara, quer dizer então que vai dar praia? Eu sorri e disse, vai dar tsunami,calor e chuva...todos acharam muito engraçado e tudo isto aconteceu em quinze segundos, felizmente eu fui o último a descer do elevador e fiquei pensativo na porta de entrada da minha casa, um momento breve de reflexão profunda da imensa capacidade das pessoas trocarem besteiras umas com as outras para fugirem de algo,se pudessem estar ali sem estarem o fariam de alguma forma, em breves quinze segundos foi suficiente para mostrarmos nosso lado do transtorno transitório neurótico, e fazer um breve viagem a insanidade, imaginemos se esta viagem de elevador durasse digamos mais de três minutos ?
Em minha fértil imaginação já pensei em um” elevador brother”, as pessoas presas em um elevador, com direito a todo tipo de estresse, a vida real e dura de elevador, alguém com síndrome de pânico, um claustrofóbico,um ablutofóbico(medo de tomar banho), um afefobiobico (medo de tocar e ser tocado por alguém), uma androfobiaca(medo de homens) junto com um automisofobiaco(medo de se sujar), um estenofobiaco (medo de lugares estreitos) e por ai vai, será que preciso acrescentar mais?

Certamente daria um lugar bem "divertido",ambiente profícuo para proliferar a maluquice nossa de cada dia.
Não pense amigo, eu você e todos nós, eventualmente mergulhamos de cabeça nos braços carinhosos da insanidade breve, quando você olha atravessado para alguém, diz palavras duras, ou não diz nada, quando você reclama sem parar, quando esta insatisfeito com á vida que esta se levando, quando você mente para si mesmo coisas para que em breve instante que seja você se sinta mais feliz, quando por um momento você tem vontade de matar o seu chefe envenenado, e outras tantas e corriqueiras situações da vida que nos tiram brevemente a sanidade, bem, baseados nisso e na quantidade de psicopatologias que assim se tornam justamente pela repetição tenha a certeza plena amigo, você é capaz de tudo em maior ou menor grau, quanto é preciso estimula-lo para você odiar alguém? É fácil? Difícil?
Será que é mais fácil estar em paz e vibrar em harmonia, ou nossa tendência mais sórdida é justamente a cisão,o desentendimento fácil, basta uma palavra em momento inoportuno e tudo converte-se em um mar de dissabores, somos muito frágeis e anormais demais, quase nunca estamos dispostos a ver o outro lado da moeda, saber a antítese da historia, ou o que levou a acontecer algo, nossa visão é superficial, é preciso amigo entender o ato do ato.
Então neste breve instante de pensamento, entrei em casa, e claro precisei sair novamente,aperto o botão para chamar o elevador e adivinhem quem estava lá ?

Paz e luz e em teu caminho.
Fabiano.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Fechadura da consciência

“...então fiquei ao longe vendo-a brincar de tentar aprender a abrir as porta do armário,eu ria em off enquanto minha filha de cinco anos fazia as inúmeras tentativas de abrir as portas do armário da cozinha, se ainda lembro, existia um sorriso em seus lábios e uma alegria em seus olhos brilhantes, uma alegria de descobrir/aprender a cerca do novo, naquele breve momento a vi livre de medos, de condicionamentos, de padrões e idéias pré-estabelecidas é,ela nem sabia o que era isso, impressionante como esquecemos tudo isto,a alegria da descoberta, nos fechamos como um caixa pronta é não mais nos abrimos, como se tudo estivesse pronto e instantâneo, seria assim?
Então a porta do armário abriu-se e um sorriso iluminou seus lábios, gargalhando fechou a porta e abriu novamente, então agora vinha á próxima descoberta, que haveria no armário? Isso seria uma nova aventura, bela misteriosa e cheia de alegria, linda e tão inesperada como cada instante da vida assim o é, porem ao longo do tempo vamos perdendo o encantamento em uma espécie de morte pré-matura, e tudo vai se tornando “comum”, com respostas prontas, sem mistério, sem beleza,sem graça, sem descoberta e sem o novo.
Você acha mesmo importante ter prontas todas as respostas? O comportamento ínfimo do funcionamento de tudo e todas as coisas? Você se permite fazer o vôo do mistério sem ter a resposta mas pela a maravilhosa experiência de poder descobrir?Ou os outros e todos os acontecimentos da tua vida são também “caixas” prontas o qual você tem medo?
Se formos pensar assim então eu não estou errado em meus textos anteriores, de fato as pessoas são obras previsíveis do condicionamento padronizado, com emoções prontas, pensamentos prontos e todos ditados pelo padrão vigente, será que você se dá conta que é muito mais que o padrão?O padrão foi criado para ajudá-lo a gatinhar e nada mais, porem agora é hora de abrir as tuas asas e lançar-se em pleno na gama infinita de pensamentos e emoções inteiramente novos, sem medo de conhecer-se , ver-se, entender-se.
Cabe aqui alicerçar, o padrão é flutuante nós porem o congelamos em nossa mente/coração para que ele corresponda a nossos objetivos estratificados então em vez de abrimos nos fechamos e claro o conflito vai existir porque o modelo externo sofre atualização e a nossa estruturação interna esta sedimentada.
Nada contra a quais quer objetivos traçados na vida pessoal de cada um, mas é preciso saber como fazê-lo, é preciso atualizá-lo também internamente numa correspondência entre minha vontade e as imensas probabilidades que todos estamos mergulhados, porque ao longo do tempo se nos congelamos em qualquer idéia,emoção ou pensamento veremos que ela nunca se converte em exatamente no plano estabelecido de nosso ideal, em outras palavras tudo deve ser atualizado constantemente para que nada se congele em nossa alma, mas antes sim sejamos o fogo vivo da vontade, da descoberta, do mistério.
Você já pensou porque faz quase todos os movimentos de sua vida maquinalmente?Porque viver deixou de ser um mistério? Porque deixamos de fazer descobertas e ficamos presos a nossos traumas, acontecimentos menores que transtornaram nossa consciência, a derrotas de toda sorte,a perdas diversas,perdas emocionais, profissionais, financeiras, como toda um sincronia estivesse “conspirando” para você literalmente se “ferrar”, porque consideramos o dia de ontem igual ao de hoje e outras tantas infinda questão viscerais a nossa vida que vão ficando para trás criando uma imensa barreira entre a verdadeira existência e o que interpretamos segundo nossas dores pessoais, e aí que o coelho deve sair da cartola amigo(a), este é o instante mágico de beleza ínfima e sutil que você deve abrir seus olhos novamente...”e ela brincava de descobrir como abrir as portas do armário,nada era mais importante que aquilo e com o sorriso nos lábios abriu a porta e fechou novamente...”
Você será o que se limitar a ser, se você não se limitar poderá viver e ser absolutamente o que quiser, basta romper as cadeias que o você mesmo crio para o prender, um pássaro que amputou as próprias asas simplesmente por não pô-las em movimento, correntes feitas de elos mentais, grilhões feitos de emoções de entrelaçadas do passado ou tramas de medo do futuro e até quando?
Infelizmente somos convidados a pensar/superar tudo isso quando grandes dores vem ao nosso encontro, fazendo nossa alma querer muito, ansiar como nunca pela liberdade possível, porque sempre este drama humano vem a se repetir?
O maior de todos os males do mundo é a ignorância.
Com o tempo e algumas experiências vamos percebendo a fragilidade de cada um de nós, que deixamos as “coisas” oxidarem porque somos ignorantes, deixamos o amor morrer porque deixamos de considerar a sua imensa grandeza e muitas vezes não nos achamos qualificados para ele e nos entregamos a nossa fragilidade inata e pessoal, aquelas já citadas, nossos medos do futuro e recordações do passado enquanto a vida esta aqui. Eu respeito a tua dor seja ela qual for, minha alma como a tua sofre,mas não cometas o pecado original que é limitar-se, acorda a criança de cinco anos em ti e permita descobrir como abrir as portas e como fechá-las entre risos, você é o que determinar que quer ser!
A gaiola foi aberta agora, deixa tua alma quieta e serena abrir as asas e com olhos fitos nos no universo alça teu vôo agora, vai ás portas estão abertas, vai...

Com meu imenso carinho.
Paz e luz em teu caminho

Fabiano.
Voo livre

"Linda não sou eu
linda é a vida
que vem de ti e me entorna
-e o que possuis de mim
além das bordas."

Beth Almeida

domingo, janeiro 27, 2008

Um instante é a eternidade!

Cada vez que pensamos em eternidade a grande maioria das pessoas tem a certeza absoluta que é para sempre, porem é preciso considerar, o quanto é para sempre?
Para começar, você é a mesma pessoa para sempre?
O que em você é para sempre?
Muito embora as pessoas queiram eternizar seus quinze anos de idade tudo é uma mera fantasia, o tempo é inexorável e faz questão de demonstrar isso transformando eternidades em instante fotográficos breves, então a eternidade amigo é um momento que capturamos no presente pleno de intenção e sinceridade, intensidade é a palavra, quanto existe intensidade estamos no eterno, onde esta o erro porem?
O erro esta em quere engaiolar o instante que se vive, querer aprisioná-lo e dele fazer eternidade, isto não passa de um imenso equivoco fazendo de um dia, de uma data, uma porção da eternidade e forma objetiva enquanto a correta interpretação seria a do símbolo, pois o símbolo é atemporal e maleável a interpretações de toda sorte então denota uma certa passividade ativa que abre-se em probabilidades.
Mas porque sempre fazemos questão de prender a sete chaves os instantes únicos que vivemos?Porque simplesmente não deixamos que eles partam como tudo que parte em nossa vida e da lugar a outras possibilidades não pensadas?Será que não percebemos que a única maneira de ser pleno e feliz é libertando naturalmente nossas emoções e pensamentos.imaginemos que a longo da nossa existência não esqueçamos nada, nenhum dos acontecimentos funestos e grandiloqüentes de nossa vida, uma memória estupenda da nossa tragédia,e a lembramos sempre, em forma de traumas mais ou menos explícitos,que maneira uma mentalidade assim (doente) poderá ver a vida a vida com os olhos desvelados de seu passado?Ledo engano aquele que interpreta que desvalorizo o passado, não, é apenas uma questão de aprendizado e não trauma, trauma é patologia que se associa a mecanismos de defesa antecipados num errôneo julgamento que tudo é exatamente igual sempre, a experiência é diferente, ela te da compreensão das possibilidades profundas e diversas dos seres humanos,e o bem mais preciso, a tranqüilidade de espírito para lidar com o caos,com a balburdia e a desordenação que no certa de toda sorte, a experiência que traduz-se em capacidade de agir e não reagir coisas tão distintas como pensar e sentir, como a luz e a sombras de nossa alma.
Porem é preciso derivar, um segundo pode ser eterno dependendo exatamente do quanto estamos envolvidos, na presença de um inimigo por exemplo onde o fato externo desperta os aspectos mais primitivos em nosso coração e pensamento, natural é que o tempo torne-se mais elástico lento mesmo, onde é a exata interseção de nossa influencia pessoal no sentido da fuga o que torna atenção ao momento algo pleno quanto maior a atenção “negativa” tanto maior e mais lento e preso o tempo, quanto maior a atenção em sentido livre e em direção de emoções mais refinadas o tempo sofre uma dinamização, algumas horas nos braços da amada(o) passam muito rápido, porque a sensação vai em direção da paz e tranqüilidade.
Mas sejamos francos, na verdade tudo acaba em um tempo mais ou menos longo ou curto dependendo naturalmente da função unívoca, biunívoca, em outras palavras o tempo certo de cada situação, relações de ódio ou amor, entendimento e desentendimento possuem o seu tempo correto e eternidade é uma desculpa que criamos para não aceitar nossas limitações frágeis, se você deseja eternidade torne o seu momento presente muito bem vivido e intenso, porque a areia da ampulheta esta escorrendo...e o amanhã pode não existir.

Luz em teu caminho.
Fabiano.

sábado, janeiro 26, 2008

"O que se tem de evitar é a dor ainda por chegar. O passado não pode ser mudado nem emendado; o que pertence ao presente não pode e não deve ser evitado; mas o que igualmente tem de ser evitado são as antecipações de aflições ou os temores do futuro, e todo ato ou impulso que possa causar, a nós ou a outros, sofrimentos presentes ou futuros."

Ocultismo Prático
Beijo sem lábios

“...então lentamente ela foi se aproximando e suas mãos se encontraram em uma dança misteriosa, quando seus lábios se tocaram em uma emulação de beijo, beijo sem beijo, apenas um símbolo da profundidade, talvez da brevidade de um instante repleto de entrega e preenchido de pura emoção, seus lábios se tocaram mas não se tocaram, ela queria que ele removesse a mascara, mas ante a negativa o silencio da compreensão e do respeito falaram mais alto, embora através da máscara ela beijara seu coração, afagara sua alma e tocava seu espírito onde quer que ele estivesse, era curioso, embora vestidos ambos estavam nus, que poderia se esperar quando a verdade perene é o pano de fundo da intenção,o corpo encena o vai a alma, mas como os sentidos primitivos do corpo raramente permite a profusão que abunda na alma, pudéssemos tocar sem tocar, ver sem enxergar, perceber por mero entendimento e quedarmo-nos em paz ante ao que é mais sublime.”
Afastaram-se então e nunca mais tornaram a ver-se, porque existem momentos e singularidades que valem toda a teia de sofrimentos que emaranham por vezes nossa alma, um beijo sem beijo vindo da tua intenção mais pura trás paz e serenidade a ti e a todos que se acercam.
Quando nossas intenções são repletas de entrega profunda e sincera?Quando em nossos corações deixamos a peias egoísticas de lado e pensamos no outro ou nos outros sem que em nada lucremos com isso?Seria o nascedouro da intenção o berço da própria corrupção primordial?Ou seriam os outros apenas apêndices de nossas realizações que são de nós para conosco mesmo?Detalhes fortuitos para prazer próprio?
Não assumimos nosso exato estado pessoal porque sinceramente não acreditamos nele, alguns se presumem melhor do que são e outros piores do que se imaginam e poucos muito pouco conseguem ver-se sem que suas lentes estejam obnubiladas por interesses pessoais, será que percebemos que a visão ,o paradigma de uma coisa não deve ter o esporeamento das circunstancias adulterantes do momento? Conseguimos “julgar” uma situação absorvendo o contraponto da mesma e em defesa?
É preciso fazer a entrega e nada mais.


Paz e luz em teu caminho.

Fabiano.
"Todas as coisas importantes são realizadas
com o coração despreocupado."

Ramtha