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quarta-feira, julho 23, 2014

Parte 2 - Melhor Bar do Fim do Mundo




O Melhor Bar do Fim do Mundo -  Parte 2

Profecias se realizam as vezes... será? No meu entender existe uma anatomia existencial quando as coisas se anunciam nas entrelinhas do viver... mas que grande porra...muitas vezes somos cegos deslizando num mar de gosma feliz...

Fosse como fosse eu tava lá...onde tudo é bom...yes, O Melhor Bar do Fim do Mundo... ainda neste dia aquelas mulheres lindas seguiam cagando no banheiro e porquê?

Estou meio bêbado, agora e permaneço com ótima companhia... Então outra mulher de lindos cabelos chapados entra na cova do banheiro. O cheiro de merda com o aroma de vinho argentino é uma combinação das poucas que a existência pode nos presentear.

Estou feliz... e comento com uma desconhecida, quando a moça cagona sai do banheiro pela terceira vez:

-É my love... hoje a noite vai ter sexo anal queira ou não...

Risos, deboche e ironia.
O Blues daqueles caras seguia firme, evocando as boas décadas de vinte e trinta... é isso, gostamos de coisas novas assim. Estamos no Melhor Bar do Fim do Mundo... boa música é tudo e dirão para mim é tudo? Merda e música?
Não... existem também mulheres rastejantes...você já viu uma? É apoteose do fracasso.

Estava agora conversando com Jajá, um bom amigo. O álcool faz o tom é como gasolina para fazer o motor funcionar, a conversa flui, então como uma pandorga gigante e solta e fora de controle e louca e bêbada ela aparece. Puta merda... o semblante do fracasso.

Você já fuder com mulheres fracassadas? Eu já, mas não aconselho, porque elas grudam como merda no sapato...e isso é terrível, você não tem mais vida, não tem mais liberdade ela fica ali...
E ela era uma pandorga bêbada também... e Jajá me olha com cara de bosta. E diz:

-E ai Fabiano... te anima?
-Não me animo... já tive mulheres loucas o suficiente em minha vida...

Então a pandorga bêbada fala:

-Oi Jajáaaaaaa... fala comigo Jajáááááááááááááá
-To falando...e ai ...tais feliz?
-Para com isso Jajá... tu sabe o que eu quero Jajááááááá...

A voz dela arrastada, bêbada, cansativa, implorante, uma minhoca delirante rastejando aos pés de Jajááááááá... na pica de Jajá, as bolas de Jajá....ela queria tudo.

Ela nem percebia o Blues que é mais importante... nem as bebidas são mais importantes... a final caralho, estamos no Melhor Bar do Fim do Mundo...
Silvio também estava conosco...o melhor amigo de Jajá... Silvio bêbado também...gargalhava e debochava da fracassada.

Os mais apiedados defenderão a mulher bêbada... mas não façam isso, vocês não sabem da história...não tome o partido dela. Ela não é burra... ela é um poço de carência... lembro de Dra. Shirley que disse uma vez: se quando eu ficar velha, chegar a um estado de carência sexual profunda, eu contrato um garoto de programa e foderei muito...”

É sempre a mesma história amigos, não importa a classe social. A vida gira em torno de dinheiro, sexo e por último amor. O restante é tudo artifícios para essas emoções. Você acham que acaba por ai? Errou:

-Jajá... vamos ali na esquina Jajá...(diz a fracassada)
-Fazê o que ?
-Jájá, tu me dá uma comidinha ali na esquina em pé mesmo...rapidinho, não vai te custar nada...não vai mudar em nada tua vida Jajá...

Eu me sentia nas nuvens...mais uma taça de vinho, mais uma e mais uma e claro outra... o blues preenche a alma enquanto desfilam todos os tipos no Melhor Bar do Fim do Mundo...
Não quero estar em nenhum outro lugar...deixe-me morrer criador...entre bucetas, bebidas e boa música.


Luís Fabiano.
Segue.


segunda-feira, julho 21, 2014

Navalha da CENA - O homem do Ano



Navalha da CENA...  O homem do Ano.


Um tapa na segunda feira pô...

Ta pensando o que malandro?
Que virar matador é assim? Que porra é essa? As vezes os caras não passam de uns merdas com armas na mão...

E ai vem aquele monte de balela...  eu isso, vou faze e acontece... e nada.
Vai nada rapá...nada. E ai Bezerra da Silva diz...” é preciso disposição para apertar o turbina...”

É isso, O Homem do Ano é um matador... mas os caras que ele se mete... puta merda...são uns bostas...vem ai umas ideias bizarra...qual é? O filme é de 2003, traz o Murilo Benício assassino e herói... O filme é foda, tem ai no youtube de grátis pra tu assistir... e fica também um agradecimento ao Maciel que mostrou a cena.



Fio da Navalha.





Fio da Navalha – Diálogos



-Vamos fuder hoje Fabiano?

-Ta perguntando?

-É...

-Como assim?

-Fuder cara, tu me comer, fuder...

-Mas assim? A seco? Tudo bem, mas calma ai...vamos beber algo primeiro, depois ficar fora de controle como uma vagoneta do inferno...e então e ai então, quando o fogo chegar ao céu, começamos a foda... que tal?

-...

Luís Fabiano


domingo, julho 20, 2014

Simples Arte


Simples

Arte





Paula



Paula

Amanhece mais um dia
Abrir os olhos
Esticar os ossos
Erguer-se uma e uma vez mais
É assim...
Hoje
Amanhã e depois
Paula joga com a rotina voraz

Paula vai ganhar?
Paula vai perder?
Paula abrirá suas asas?

Mas este era o seu sonho antes
Casamento
Filhos
E amor eterno
Mas os vidros embaçam
Orifícios se entopem
E ela segue em frente

O varal cheio de roupas que brilham
Sorrir outra vez neste dia
Tentando engolir que a vida é boa

Paula quer seu sonho de volta
Paula quer que o tempo volte
Mas o tempo não volta...
O tempo não muda

Toalhas pra lavar
Cebolas para cortar
Camisas para passar
No escritório, pilhas de papel
Ela sabe como você, que algo que não está certo...
Deixou-se sufocar
Deixou passar do ponto...
Por tudo
Por mim e por você...
Copos sujos na pia
Talheres fora do lugar

Paula frente ao espelho
Mas não há pinturas hoje
Nem esmaltes também
Mas ainda há sorrisos

Paula quer virar o jogo?
Paula, é preciso perder algo...
Paula esse é o preço a pagar
Paula, você pagará?

Agora a noite caiu...
Filhos, o homem, a casa todos mergulham no silencio
Paula deita apaga a luz e fica olhando o escuro
Ela tem certeza que amanha
Tudo vai ser diferente.

 Luís Fabiano.



Sarau da Navalha - Carla Avila


     Sarau da Navalha     

A Carla nos brindou no Sarau da Navalha, com um poema que abriu o Sarau.
E aqui Fio Da Navalha deixa você com as palavras do Mundo Palavra.


Fio da Navalha.






Poesia Fotográfica...




sexta-feira, julho 18, 2014

Fio da Navalha – Diálogos



-Fabiano, tu já te apaixonou?

-É claro porra, cada vez que acordo pela manhã to apaixonado...

-Mas alguma buceta já te fez perder a cabeça?

-Não, nunca aconteceu, a cabeça do pau ta bem longe do cérebro...

- Nem eu faço tu ficar louco?

-Prazer é tudo, mas to tranquilo...

-Tu me acha uma merda de mulher?

-Não, te acho massa, é apenas meu estilo... e ter estilo é foda.

-Mas tu matarias por mim né?

-Ai depende da situação, se for uma situação eu ou tu? É claro que é tu.



Luís Fabiano.

quinta-feira, julho 17, 2014

quarta-feira, julho 16, 2014

Fio da Navalha - Dialogos



Fio da Navalha  - Diálogos...

-Fabiano...assim só pra te dizer, eu trepei com três caras essa semana...

-...( ergui as sobrancelhas)

-Só pra te dizer entende...dei pra três essa semana.

-Tudo bem. Você me conhece né? Sou invulnerável ao amor e ao ciúme também...

-Tu não ama ninguém então né?

-Não disse isso... apenas não tenho a fragilidade que o amor as pessoas... aquelas velhas besteiras de submissão, eternidade e a porra toda...

-Tu é de ferro cara...

-Não, eu sou de aço...

-E eu achando que tu ias ficar de cara...

-Que nada... agora seguinte...me conta as fodas, pois eu preciso de material para o Fio da Navalha...

-...
  
Fio da Navalha.





terça-feira, julho 15, 2014

Pelotas Tatuada



    PELOTAS    TATUADA    


Local Praça 20 de Setembro


Fio da navalha – Diálogos




-É Fabiano...graças a deus eu parei de beber...bah
-É? Porra... que merda hein, que posso dizer, parabéns?
-Sim...eu encontrei Jesus sabe...
-Como é?
-Isso eu agora sou de deus...
-Deixa eu me apresentar...
-Porque?
-Eu sou o filho do outro cara... (copo na mão) quer um gole?
-Não...já parei com isso, sou de deus.
-Sei...quer um gole?


Fio da Navalha          


segunda-feira, julho 14, 2014

O melhor Bar no Fim do Mundo



O melhor Bar no Fim do Mundo

Sou um andarilho da noite, gosto das estrelas, das sombras e becos. Gosto de ver as putas nas ruas, as travestis, as bebidas e o amor que a noite pode oferecer. Minha preferência, os arredores da cidade, no centro da cidade nada de muito interessante, lugares previsíveis, pré-definidos tão entediantes como valsa de quinze anos.

Cavalgo a noite sempre a espera do melhor, do local dourando que brilhe em uma madrugada insana, dando boa música, boas bebidas... eu sonho com o Melhor Bar do Fim do Mundo... e eu achei em nossa cidade... mas não adianta, contarei o segredo.
As coisas precisam ser descobertas para terem sentido... O Melhor Bar do Fim do Mundo.

Noites vem e noites vão, e lá estava eu no bar cheio como uma panela de pressão... e a música mais do caralho que esta cidade pode oferecer, Blues, Jazz e sonhos. Puta que pariu eu me sentia bem pra caralho.

Me acomodei em pé no corredor que dá acesso ao banheiro, eu uma excelente taça de vinho e uma boa companhia de Shirley. A música preenchia horizontes, converso com os transeuntes que a bebida acaba tornando irmãos. Isso é o bom do beber... estranhos anônimos ficam mais tranquilos, baixam a guarda que durante o dia carregamos com tudo e com todos, as pessoas conversam mais... querem opinar tranquilas, sorriem mais com facilidade... noite, noite, noite é bom.

Então uma mulher sai do banheiro, tem cara feliz, cara de alivio com os seus dentes separados, com dentes faltantes juntados com um aparelhos verde, lembrando a seleção falida. Ela sorri feliz para todos que ali estavam... eu ri também.

A gente sempre ri, sabem como é...talvez né... mas o que se seguiu foi o horror transitando em uma mar de merda incinerada. O cheiro que veio atrás dela, vindo daquele banheiro foi terrível... parecia que a merda do planeta havia saído daquele cuzinho lindo... ela passa feliz... deixando um rastro de merda que todos sentimos... os mais afoitos apontavam para ela de costas... e se foi.

Então como a profecia de meu amigo Moizes, aquelas mulheres lindas que enchem o bucho no bar, e depois ficam cagando sem parar por ai...diria ele... pois foi exatamente o caso.

Então como um porteiro de banheiro, eu passei a avisar a todas as pessoas que iam ali...para levarem máscaras de gás pois fedia demais (de porta fechada)...imaginem uma merda cozida... em um ambiente fechado por que estava frio... mas ainda assim nada me tiraria dali.

Estamos sempre em busca de uma salvação... a música daquele grupo trocando Blues, porra era uma apoteose nos levando para o tempo... tudo isso no Melhor Bar do Fim do Mundo.


O Melhor Bar do Fim do Mundo... segue.
Irei contando as historias do bar devagar...e ai penso se revelo ou não...um lugar do caralho é o Melhor Bar do Fim do Mundo.


Fio da Navalha


Navalhadas Curtas – Dá um teco...



Navalhadas Curtas – Dá um teco...

Encostado no bar de boa bebendo. Ouvindo boa música em boa companhia, desejando nada mais. Minha vida simples feita de nada. Me sinto tranquilo, a noite terminará normal, talvez com uma boa punheta em casa.

E ai entra em cena o acaso malévolo que cavalga a noite, esgueira-se de dia. Tudo bem,cada um curte a sua.Me perguntam indiferente:

-Vai um tekinho ai?
-Como?
-Um tekinho... ta ligado né?
-Sei, sei, mas não obrigado... prefiro as drogas licenciadas...(levando o copo de vinho)
-Bah...mas um tekinho é tudo de bom...
-Vai fundo tranquilo...
-Mas tu não quer ai um tekinho...hã? Hã? Hein...um tekinho...

Fico olhando em silencio concatenando a o silencio...

-Não obrigado...to tranquilo.
-Atá...então vou ali...sabe dar um tekinho...

Então, uma mulher meio quarentona que estava passando disse:

-Eu quero um tekinho...
-Ta beleza...então vamo lá...

E foram para o banheiro felizes da vida como se tivessem entrando no céu. Mas vai saber lá o que é o céu...




Luís Fabiano.

Pérola do dia



domingo, julho 13, 2014

sábado, julho 12, 2014

Fio da Navalha - Diálogos...



Fio da Navalha -  Diálogos...

-Fabianooooooo
-Diz.
-Enfia no meu cuzinho agora?
-Claro love, é pra já...
-Isso, isso... que delicia, vai assim
-Ei, que é isso aí saindo do teu cu?
-Hã ?

Luis Fabiano.


sexta-feira, julho 11, 2014

A Navalha da Cena – Drácula Bram Stoker - 1992





A Navalha da CenaDrácula Bram Stoker - 1992


É foda... tenho ótimas recordações deste filme em 92. Puta que pariu...sai do então cine capitólio muito impressionado...era lindo, e naquela noite eu me animei muito e bati algumas punhetas para as vampiras.

Esse é o tema...você está na porra de um castelo de um vampiro...então na madrugada você é atacado maravilhosamente por três vampiras absolutamente lindas...elas querem o teu sangue...tua alma...elas querem te chupar mordendo o pau...caralho!! E você não vai deixar? Hein...a puta que pariu para o mundo...eu sou aquele cara ali...venham vampiras venham... me suguem totalmente...rompam minhas artérias ...rasguem minha alma...me esgotem...até a morte. Essa é cena.

Keanu Reeves fez a cena com Monica Bellucci, e ele narra que uma cena muito difícil... só imagino...ser a vítima, a entrega... a cena é foda, tira o folego, assusta e excita ao mesmo tempo. Foda.


Luís Fabiano.





quinta-feira, julho 10, 2014

Momento Boa Música - Ze Ramalho


Momento Boa Música

    Zé Ramalho - Trupizupe   





Fio da Navalha – Diálogos...


Fio da Navalha – Diálogos...

-Fabiano, o que é poesia pra ti?
-Porra! Difícil responder...sei lá, talvez um sopro da alma? Um lampejo da emoção? Talvez a forma mais gloriosa de dor. Cara poema é a faca entrando...o estalo do açoite e a lambida no rosto...poema é meu pau duro apontando para o céu.
-Legal isso...
-É, mas a maioria das pessoas pensa que escreve poema, na verdade não fazem nada...só merda, tudo enganação, tu termina de ler, e não tens nada em ti...isso é foda, e fica ligado, se tu terminar de ler algo e nada ficou em ti...a leitura é uma bosta, vai bater uma punheta que vai ser mais útil.


Luís Fabiano.

quarta-feira, julho 09, 2014

Poesia Fotográfica




Quando você não puder mais




Quando você não puder mais

Quando você não puder mais beber
Quando não puder mais comer
Não puder mais fuder...
Quando você não puder mais fumar

Eu pergunto e ai?

Quando você não puder mais dizer a verdade
Quando não puder mais olhar
Quando não puder mais andar
Não puder mais modificar
Quando você tiver passado do ponto...

Eu pergunto e ai?

Quando não puder mais sentir o gosto
O cheiro
A textura
A dor...
Quando não puder mais ajoelhar
Quando você não puder mais não recusar
Quando não puder mais desviar
E nem mesmo gritar

Eu pergunto e ai?

Quando não puder se livrar das amarras
Quando não puder se retorcer
Quando não puder tremer
Quando não puder mais ganhar
Quando não puder mais jogar
Quando não puder mais perder...
Não puder mais trepar
Quando não puder aguentar mais

Eu vou perguntar e ai?
E ai?
E ai?
E ai?

E tudo que restará será a confissão do silencio
O suor das pedras
A pele das estrelas
O abraço do vento
E o beijo do mar
Mas tudo isso
Quando não puder mais.

Luís Fabiano.



terça-feira, julho 08, 2014

Pérola do dia:


Fio da Navalha – Diálogos...



Fio da Navalha – Diálogos...

-Fabianooooo...
-Fala
-Tu acha a minha xexequinha pequeninha?
-Não, mas eu gosto das coisas espaçosas...
-Porque tu disse isso?
-Porra, porque é verdade, vou dizer o que? Que tu é apertadinha como uma virgem?
-Também não é...
-Então relaxa de boa, a real é que és arrombada e ta tudo bem, gosto assim esse é nosso amor.

Luís Fabiano.


segunda-feira, julho 07, 2014

Maria - 01




Maria –01

Ela é daquelas raras
Sofre espontaneamente sempre
Entre suas labaredas e tensões
Suavemente brilha na seriedade quase hostil
Sorrisos entre dentes
Mas no fundo não sabe muito de si

Maria meio nova
Maria uma experiência
Maria segredos do encanto

Traz em si um pesar
Como traços inconfessáveis de um trauma
Quando pensa tenta achar natural
Mas no silencio
Ainda ouve os gemidos dele
A força dele
O cheiro dele
Os desejos dele rasgando mais que o corpo

Maria lembra
Maria abraça-se ao convés
Maria arte que sorri

Sabe que deve abrir as grades do peito
Deixar escapar a dor
Mas ela lembra
E a memória é uma lamina
Que dança dilacerando
Ela sorri
E é como se uma ponte se estendesse

Maria salva
Maria abraços da esperança
Maria dores que disparam

Então caminhando pela praça, encontro Maria
Nos abraçamos
Falamos banalidades
E eu não sei mais como ela esta
Mas parecia feliz
É melhor não estragar nada
Nossas porcelanas são sensíveis.

Luís Fabiano.


Fio da Navalha – Diálogos...


Fio da Navalha – Diálogos...

-Fabiano parei de fumar...
-Que legal.
-Que tu achas disso? Parar com um vício... eu to melhor né?
-Se te sentes bem...ok. Mas tu achas mesmo que ta melhor?
-É, eu acho... quer dizer, acho que mais ou menos...
-Sei... sinceridade?
-Diz...
-Tu ta meio nervosão, ta falando sem parar, tu ta inquieto e agitado...eu não te acho legal assim.Já pensou em começar a beber?


Luís Fabiano.

Pelotas Tatuada


        PELOTAS TATUADA      


Local - Rua Garibalde n 34.


quinta-feira, julho 03, 2014

Fio Da Navalha – Diálogos...


Ao longo de um único dia, falo com muita gente... e nem sempre é agradável, decidi colocar um pouco mais do que ouço e escuto por ai... assim foi parido o Fio da Navalha-Diálogos
Um grito no cotidiano anônimo, no mar de merda existencial... fica a vontade aí, quando menos esperar você também pode estar por aqui...

Luis Fabiano



Fio Da Navalha – Diálogos...

-Fabiano, porque tu não escreve sobre a alma humana? Seria mais bonito... eu acho...
-To cagando pro bonito, eu só escrevo sobre o que me grita e me impressiona...
-Tá e a alma humana?
-Que alma??
-Cara, to falando sério...
-Tais falando sério? Então seguinte, vai te fude...

Fio da Navalha.

quarta-feira, julho 02, 2014

terça-feira, julho 01, 2014

Poesia Fotográfica





Final - Rei das Bucetas, verdades duras, falso amor e reconciliando-se com o diabo





Rei das Bucetas, verdades duras, falso amor e reconciliando-se com o diabo.

Final!

Já ouviu falar em possessão demoníaca? É foda...você é e não o que ta fazendo. O demônio é culpado... mas porra do corpo é teu. Despertei do transe. Olho para as coisas a volta, para o Rei, para Jussara e Tonho... todos parecem desfocados como um sonho...isto esta acontecendo?
Sim está.

Silencio no bar...Jussara vai retornando e acho que ela viu a luz... o Rei estava furioso com aquilo. Mas a fúria do Rei é breve. Tudo sob controle, as coisa de certa forma tornam ao normal. Noite longa no bar do Rei. Me sinto cansado e bêbado.

O pagode recomeça, é a terceira vez aquela noite. Nos recompomos...o Rei recupera o bom humor. Estou de volta ao balcão do bar, onde um novo copo de cachaça foi servido. Tonho o atendente, parece assustado com aquilo, pergunta:

-Fabiano...que houve aqui?

O Rei interfere:

-É amor Tonho...é amor o louco amor...há,há,há.

A insanidade deixa resquícios maravilhosos. Agora olho para Jussara, que perdeu a expressão furiosa. Fico olhando para tuas tetas grandes... os demônios estão por perto? Ou estão longe? Fodam-se os demônios.

-Fabiano...acho que deverias ir embora pra casa – diz o Rei...
-Qual é Rei? Tu irias?
-Acho que se eu tivesse tentado matar alguém eu iria...
-Mas esse filho da puta não vai – Diz Jussara.

Ela tinha razão... somos dos canalhas, desgraçados. Ela me conhece como a palma da mão, sabe que o comum me é tedioso. Sabe que não brinco de casinha com mulher, sabe das minhas muitas amantes, sabe que fujo amor como um desesperado em chamas. O amor não me interessa nunca. Me de seu corpo, seu carinho, sua buceta, cu e suas tetas...mas não me ofenda com o amor. Não.

-Porque tu acha isso Jussara?
-Porque o Fabiano...tu é um canalha...poucas pessoas te conhecem como eu...

O Rei...estava tranquilo, o pagode bom de Zeca Pagodinho...as mulheres tornaram a rebolar gostoso... a noite trazendo o castigo fulminante intenso recendendo a vida mais profunda.

-Sou...e tu que és Jussara?

Ela fica me olhando em silencio...era como o cio gritasse entre nossos olhares. E ela vem até mim...furiosa e me beija. Foi como se tivessem passado mel em uma navalha...o doce corte da morte. Aliás Jussara não foi criativa... poderia ter usado uma navalha para me atacar não é?

Toda a bebida
Todo o desejo
Todo o encanto fudido
Toda Pelotas em chamas
Asfixiando anjos
Beijando demônios

Começamos a nos beijar, e tudo foi tão maravilhoso...meu pau sobe depois de tanta adrenalina...quem pensa em coisas terríveis com de pau duro? Nos atracamos no bar do Rei...e ouvia as gargalhadas do Rei ao fundo... como uma entidade da madrugada!

Jussara coloca as pernas dela entre as minhas, o vestido dela sobe lentamente como uma serpente pronta para o bote. As mãos de Jussara, percorrem minhas costas, meu rosto ela enfia dois dedos em minha boca...entre nossos lábios colados, ela está maravilhosa essa noite, seus cabelos crespos cobrindo meu rosto...me sinto um cachorro no cio...quero Jussara inteira...tetas, cu e buceta e talvez um pouco do seu sangue.
Minhas mãos percorrem o corpo dela... e a bunda é algo...sinto a calcinha dela por cima do vestido... uma micro calcinha enfiada em suas carnes suculentas...grandes como uma opera de Carlos Gomes... gosto de bunda grande... a alma pode ser pequena, mas a bunda deve ser uma apoteose. Enfio a mão entre suas nadegas e toco por cima do olho magico e cego nada que vê. Ela geme baixinho no meu ouvido, ela esta tão apertada em mim, respiramos juntos...nossa música... beijos molhados...babados mesmo...o cuspe escorre de nossos lábios e tudo parece uma fogueira. Essa desgraçada é foda! Faz as outras mulheres parecerem nada... é loba, é égua, a tigresa com raiva em um quarto escuro?
Você tentou pegar uma tigresa furiosa no escuro?
Não tente.

O bar do Rei ficou estreito demais. Tomei o ultimo gole de cachaça e saímos dali. Pegamos o Olhos de Gato e nos dirigimos para casa de Jussara. Noite fria? Porra nenhuma... entramos no barraco dela. E na porta com ela ainda entreaberta, nos entregamos fulminantes, ela fica de quatro sem tirar a roupa, ergue bem o vestido... a bunda para fora da casa...é madrugada...eu arredo a calcinha para o lado, gosto disso,  o pau toca a buceta molhadíssima dela...Jussara esta pingando prazer...começamos ali mesmo...enfio tudo nela de uma vez... seus gemidos são como as criaturas da noite uivando e uivando...Jussara esta inundada é uma mulher intensa...os líquidos dela molham minha calça... ficamos na porta fudendo-fudendo assim... a madrugada e ninguém viu eu acho... Jussara agora grita em desespero...me sinto um cavalo enfiando em minha égua predileta.
Gozamos juntos...puta que pariu do que é feita esta mulher?

Então eu entramos totalmente para dentro do barraco... e ela não quer parar, nunca quer, ela tem lava nas veias...eu a quero muito, arrancamos nossas roupas e ela vem por cima...rugindo...e vai enfiando o meu pau no cu...maravilhosamente...entrando, entrando, entrando...e aquele cheiro fantástico nos invade permeando a alma...a porra...o suor...a merda...urina...estamos loucos... o cu de Jussara se abre muito, gosto assim ela não tem pudores, medos ou inseguranças agora... um rabo enorme devorando meu pau, ela grita, eu grito...gemendo, urrando, desesperando, agoniando...ela vai se mijando de prazer...ou porra feminina...jatos gostosos quentinhos...

Seguimos fudendo até a exaustão...suando muito, cheiro forte de tudo...de suvaco intenso...gozamos, estamos mortos os dois, entregues e deitados no chão do barraco.
Ela me olha no fundo dos olhos com as poucas forças que tem...

-Eu ainda quero te matar Fabiano...porque sei que quando saíres daqui...vais desaparecer...
-Não sei de nada Jussara...nada, não faço planos, não decido porra nenhuma, deixo a vida fazer isso...

Não tenho forças.
Não penso em ir
Deixar o tempo cavar a cova
As horas como piranhas morderem a tua carne
E tentar permanecer vivo
Por quanto tempo?
Que importa.

-Não fala mais nada Jussara, apenas me abrace.

Luís Fabiano.