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sábado, junho 14, 2014

O texto do Filme...



 O texto do Filme...  

"O que você pretende com esses retardados?
-Não sei.


Creio que sair fora do meu mundo feliz.
Descer aos abismos da estupidez, fealdade,torpeza falta de fé  e falsidade. 
Unir-me a vida dos perdedores, mas sem pertencer a esse mundo e sabendo,.que sempre posso voltar ao meu próprio mundo e a você".

Extraído do Filme – Ex Drummer 2007

Diretor – Koen Mortier



Pérola do dia





quarta-feira, junho 11, 2014

Poesia Fotográfica




Perola do dia:



Tem dias...




Tem dias...

Tem dias que o corpo ou alma
Desejam todos os pecados do mundo
Tem dias que um gole é pouco
Que drogas sonham com você
E que a gozada é inevitável

Tem dias que você quer mergulhar fundo na lama
E adormecer para não acordar cedo
Tem dias fudidos sim
E ainda que o sol brilhe
Tudo não passa de merda

Tem dias nada realmente importa
E você a mentira brilhando no olhar alheio
Bons dias
Maus dias
Dias incógnitos

Dias que a saudade te vence
A maldade também te vence
A doença te vence
E nestes dias fique alerta com o veneno letal

Rompa o ciclo danoso
Case-se com o luar
Beije carinhosamente uma transex linda
Trepe com um ciclone
Mas faça algo...
Não perca...
Não deixe de rosnar
Furiosamente
Até amanhã...
E amanhã...
E amanhã.



Luís Fabiano.

segunda-feira, junho 09, 2014

Fio da Navalha - Entrevista Adão Monquelat



Fio da Navalha - Entrevista Adão Monquelat

Adão Monquelat concedeu uma entrevista ao Fio da Navalha.
Temas como a cidade de Pelotas e suas historias, a historia do livreiro, escritor e historiador. Suas lembranças e suas descrenças são trazidas a baila com seriedade, bom humor e uma breve ironia.
Fio da Navalha ficou muito satisfeito com mais este trabalho realizado.
Aqui fica nosso agradecimento ao Adão Monquelat.
Senhoras e Senhores - Adão Monquelat.

Fio da Navalha.





sexta-feira, junho 06, 2014

Muros que Gritam




Uma escrita pequena
Em um canto qualquer... esquecida
É um grito
O mesmo grito desconhecido e ignorado que nunca escutamos
Grito de dor...
Grito de terror...
Grito de espanto...
Os muros gritam
Olhem bem pra eles
Eles olharam para você


Local – Parede do ICH.

quinta-feira, junho 05, 2014

Momento Boa Música - Rogério Skylab



* Momento Boa Música

Rogério Skylab - Casas da Banha




O genial Rogério Skaylab e seu inusitado estilo
exotismo artístico contemporâneo.



Filetes de sangue


  Filetes de sangue    

Ficamos nos olhando nos olhos... sem dizer coisa alguma, o silencio berrava entre nossos olhos. E tantos porquês... porque precisa ser assim? Porque tudo na existência, tem data de validade... nada infinito, nada eterno.

O tempo é uma corda distendida que lentamente vai apertando e nos finaliza. Então nos olhamos uma vez mais, e ela foi caminhando, o tempo estava frio com uma leve garoa que chorava, é assim que as coisas se desfazem na existência com testemunhas ausentes, ali é você e apenas você que passará.


Luís Fabiano.

quarta-feira, junho 04, 2014

Perola do dia:




Nelson Rodrigues - Momento Mestre


- Momento Mestre -

O irretocável Nelson Rodrigues



Alguém dirá que A vida como ela é... insiste na tristeza e na objeção.
Talvez e daí?
O homem é triste e repito: - triste do berço ao tumulo, triste da primeira a última lágrima. Nada soa mais falso do que a alegria. Rir num mundo miserável como o nosso é o mesmo que, em pleno velório acender o cigarro na chama de um círio. Pode-se dizer ainda que é triste A vida como ela é... - porque o homem morre. Que importa tudo o mais, se a morte nos espera em qualquer esquina? Convém não esquecer que o homem é, ao mesmo tempo, o seu próprio cadáver. Hora após hora, dia após dia, ele amadurece para morrer. Há gêneros alegres, eu sei. Fala-se em “teatro para fazer rir”. Mas uma peça que tenha essa destinação especifica é tão absurda, como o seria uma missa cômica.

Agora o aspecto da sordidez. Nas abjeções humanas, há ainda a marca da morte.

Sim, o homem é sórdido porque morre. No seu ressentimento contra a morte, faz a própria vida com excremento e sangue.


Nelson Rodrigues.
Obra – Historias da vida como ela é – Elas Gostam de Apanhar.



Dama de Porcelana



Dama de Porcelana

Eis que a verdade da pena digital torna a vomitar de alma aberta, a porra de deus, quando acontecimento, mais hediondos tangem a vida comum de nosso imbecilizante viver.
Eu a conheci nos corredores do meu prédio. Um prédio detestável, repleto de gente preconceituosa, repleto de regras morais e todas as idades e muitos com idade avançada. Dizem que a velhice justifica tudo...mas calhordas tem idade?

Ela tem o semblante triste e a pele branca de papel, um papel transparente, o olha tímido, uma timidez capaz de provocar o animal que existe dentro de mim. Sou assim caro leitor, gostaria de comer a todos o tempo todo... inclusive você... amorosamente.

Nossos encontros no elevador do prédio tornaram ocasionais...e acasionalidade traz a intimidade... alguma a princípio. Nos tornamos amigos...é incrível a natureza leitor... podemos nos aproximar de tudo...se houve um fluxo existencial... somos animais instintivos... e seja para onde quer que você olhe, é sempre o mesmo jogo...a presa e o predador... e qual você é na maioria das vezes? Quando o teu chefe te fode, te trata mal... você é a presa... e quando você cospe no café que ele pediu... você é o predador...quem nunca cuspiu em um café?

Naquele elevador...ela se confessava =, tudo que dizia eram problemas, era depressiva, fria e complexada, com manias, com medo excessivo, os homens fugiam dela.

A beleza para ela era um castigo, uma punição divina. Porque ela era apenas bonita e tinha todos os outros problemas, alguém com tantos problemas insolúveis me deixa de saco cheio. Por vezes precisa tirar toda a merda de dentro de você, jogar carga ao mar, desapegar das coisas ruins e viver... simplesmente viver, viver desesperadamente, viver como se fosse o último dia de vida. Estabelecer tantas regras existenciais com a vã ideia de capturar a felicidade...

Mas que porra leitor! Você pensa assim? Não é assim que funciona... somos uma alma presa em um corpo animalesco, e há de se respeitar os instintos, há de se viver mais e teorizar menos!
Eu estava disposto a corrompe-la um pouco, aquela dama de porcelana, e antes que me esqueço caro leitor o nome dela é Marlim.

Um dia neste mesmo elevador infame, eu e ela apenas, as portas se fecham... sem que nada traduza nada e assim mesmo eu toquei nela diretamente sem rodeios, fui investigando suavemente deslizando a mão muda do joelho subindo como uma serpente pela perna esquerda dela, chegando lentamente a buceta... tudo lento como uma dança, quando toquei por cima da roupa nos seus lábios ela não reagiu e soltou um breve gemido baixinho... seguindo de um leve sorrir bobo... lindo. O desabrochar de uma puta... é como uma nascimento.

E aquilo foi o início...naquelas viagens de elevador que duravam trinta segundos...as vezes mais...e fui dando passos...informais deixando apenas os desejos brilharem...não sei exatamente se isso a ajudava, ela sorria e não queixou-se mais. Não tínhamos mais tempo para papo furado...problemas que transtornam ficávamos entregues e felizes por trinta segundos. Caro leitor... não queria quebrar aquele protocolo silêncios, éramos eu e ela nunca cumplicidade de desejos e doenças psicológicas.

Ontem ela estava de vestido... e minha mão tocou por cima da sua calcinha...e para minha alegria secreta ela não depilava a buceta... os pelos fluíam para os lados da calcinha, tive uma ereção fantástica, ela sorriu novamente... um sorriso franco e sincero.

Gosto de relações doentias, gosto de gente perturbada mas não as violentas. Ela doce como um canto sereno...então caros leitores mantemos ainda hoje essa fronteira calada, uma fronteira que não transpassaremos, não iremos fuder, não iremos ter uma relação de amor, não teremos mais palavras e tudo isso em uma combinação traçada por nossos desejos. Eu me sinto um grande filho da puta orgulhosamente.

Então naquele segundos de verdade...nos entremos ao máximo que a vida pode propiciar... o prazer não precisa ter horas, um segundo pode ser a eternidade tudo é o quanto você se entrega ao viver... ontem eu enfiei dois dedos em sua buceta leitor...dois é um bom número, tirei os dedos molhados de cio dentro dela e chupei os dedos brancos na frente dela...e a porta do elevador se abre, até amanhã Marlim. E é exatamente assim caro leitor, esta história ainda não teve final...e mesmo agora que você lê eu posso estar deslizando meus dedos pela buceta ou cu de dama de porcelana na esperança que ela não se quebre.

Luís Fabiano.



terça-feira, junho 03, 2014

Fio da Navalha Teaser - Adão Monquelat


   Fio da Navalha  - Teaser

    Adão Monquelat   


Fio da Navalha teve o prazer de entrevistar o historiador, livreiro e escritor - Adão Monquelat aborda sobre diversos assuntos, Pelotas, historia e sua experiencia existencial. 
Ele também comenta de forma sutil partes de seu novo livro - Pelotas dos Excluídos. 
Esta é uma amostra do que vem por ai...aguardem a entrevista na integra.

Fio da Navalha.




segunda-feira, junho 02, 2014

Poesia Fotográfica




"Trecho Solto...



"Trecho Solto...

Sem Palavras

A vida inteira busquei
Explicações e deciframentos
Encontrei silencio e segredo,
As vezes o conforto de um ombro,
Outras vezes
Dor.
No último lapso
De um tempo sem limites
-embora a gente o queira compor
Em fragmentos –
Abriram-se as águas
E entrei onde sempre estivera.
Tudo compreendido
E absolvido
Absorta eu me tornei
Luz sem sombra
Assombro.

Autora - Lya Luft
Obra   –  O silencio dos Amantes

Navalhadas Curtas: Milagre na Dom Pedro




Navalhadas Curtas: Milagre na Dom Pedro

Postei.

-Porque tu não foi lá? Diz a mulher
-Porque eu não tava afim porra...
-E a tua filha hein? Me diz...me diz...
-Não mete a criança no meio...

Eles eram humanos que eu não gostava. A criança estava ali também, olhando aquilo e andando de um lado para outro. Eu penso em mim, preciso beber urgentemente! Mas tenho que me conter. Eu sou um merda e eles eram uns merdas...

Então a criança subitamente escapa pela porta em direção ao meio da rua... ambos os pais saem correndo e pegam a criança no meio da rua... entre gritos e ofensas...

Tudo acabou bem... Mas eles seguiram brigando, brigando sem dar-se conta do milagre.
Naquele exato instante, criança no meio da rua, nenhum carro passou na Dom Pedro e o sinal estava aberto...


Luís Fabiano


Pelotas Tatuada


     PELOTAS TATUADA     





    Rua Almirante Barroso n 2335   



domingo, junho 01, 2014

No quarto Escuro




No quarto Escuro

A porta se fecha
Luzes são apagadas
E você está sozinho agora
Entregue ao próprio abandono...
Ali, onde não há testemunhas
Tu fazes a tua confissão...das merdas...
Ali, diante de ti mesmo

Os sorrisos cínicos não são necessários mais
O politicamente correto é esquecido
Porque a sociedade, gosta que você minta...
E você se sente bem a vontade mentindo... é mais fácil
E evita punições as vezes...
Tudo parece melhor do que é...
Tua penetração forçada
Pênis de arame farpado, rasgando as tuas entranhas
Mas, com uma película protetora...

Ali no teu quarto escuro...
Teus preconceitos... surgem como sombras eternas...
Vestígios de uma chuva feita do esgoto...
Tua podridão...

Ali...
Não há homossexuais, há viados, putos e bixas...
Você se sente mais à vontade... não é?
Não há inclusão social de ninguém... aliás pra você, foda-se a inclusão

Ali
Se teu filho disser que esta usando maconha, cocaína ou crack, você vai cobri-lo na porrada...
Porque é o que você pensa...

Ali
Ninguém pode te dizer nada... ou se defender...
Não há policia, justiça, direitos ou esquerdos...

Ali
Você está sozinho... você é o que é... querendo ou não
Prisioneiro de ti mesmo...
Se tolere se for possível...
Em tua solidão, não haverá espaço para doentes ou deficientes...
Eles são aleijados pra você...

Ali não espaço para o carcinoma.... porque a palavra certa, é câncer...
O retardado mental... é o mongoloide... pra  você

Ali
Você solta o que é...
Assim como existem coisas que jamais se diz para outras pessoas
Somente no quarto escuro, na solidão...
Você diz baixinho para você mesmo...

Ali
Os afrodescendentes, são transformados em criolos, pretos e negrões...
E você não entende bem, por que ainda estão livres...

Ali
Nesta zona morta de ti mesmo
As vozes se emudecem...
A canção torna-se um uivo feroz...
O chocalho da cascavel balança forte no canto mais escuro...
O pio soturno da coruja mistura-se aos morcegos...
Sem fantasias...
Sem mentiras

Ali você esta nu...
E isso é ápice da tua humanidade...
Mas só tem uma coisa... seu filho da puta...
Você vai precisar sair daí um dia...
E alguém estará esperando...


Luís Fabiano.


sábado, maio 31, 2014

Kátia



Kátia

Katia odiava concorrência
Para ela as outras mulheres eram todas melhores...
Então tudo virava uma disputa
Mediocridades venerando o desastre

Katia articulava
Katia mentia
Katia beijo de judas

Mar nem sempre foi assim
Você não sabe da historia...
Eram perguntas que ela nunca fazia
Respostas que não queria
Lacunas deixadas para outro dia
Não gostava de Katia
Não pelo jogo sujo, mas por sua negação
Para ela a resposta eram os outros
E dela o que viria?

Katia controlando seu homem
Katia no emprego perfeito e perfeita
Katia jogando a culpa em você

Então cansado de Katia
Parei a sua frente
Estava disposto a coloca-la no de frente ao espelho
Diante do luar
Por vezes podemos escapar
Mas não para sempre

Parei olhando nos seus olhos
Como o predador vigiando
E disse: Katia porquê? Porque?
E ela tentou escapar, mas a contive - porque?

Katia flores de raiva
Katia medo da verdade
Katia juízo final

Uma capa de cristal
Archotes de erros desmedidos
A desmedida chama em ti
Coa a tua dor, teu amor...
E nos retalhos daquilo que te desespera
Entorna o ninho do teu renascimento

Katia chorou...
E pela primeira vez...
conseguiu ver.


Luís Fabiano.

Navalhadas Curtas - Pipocos ??




Navalhas Curtas – Pipocos?

Sigo meus instintos, sem limites. Tava por uma de pegar uma puta de rua. Sofro de amor desesperado. Chego na Coronel Pedro Osório, caminhando como um vagabundo, num sábado a tarde.
Logo rapidamente uma se apresenta... eu não escolho, sou escolhido pelas putas.

-Quanto é o programa – pergunto
-No motel e tal, é quarenta pila... no outro local ai já é cinquenta...

Olhei bem pra ela, vestia simples e esconda uma bunda as grandes... meu fraco fatal. Sempre olho a bunda de todas as mulheres que conheço... possivelmente eu olhe a tua também...

-Ok então, vamos pro motel...
-Opaaaa, mas eu posso tomar um banho primeiro né?
-Claro...banho é bacana...

Ela tem vinte e três anos, mas aparenta quarenta e três...que merda.
Chegamos ao motel. Ela se despe na minha frente, na sombra do quarto, então ela vai para luz... puta que o pariu...

O corpo dela é coberto de espinhas de vários tamanhos, algumas meio estouradas... era uma visão hedionda da vida... Fiquei olhando aquilo, enquanto ela se banhava, e mergulhei em um impasse existencial – comer ou não comer eis a questão? Aquelas espinhas eram meio nojentas...

Mas toquei no meu pau, e ele estava duro ou se encaminhando para isso... então eu espremi todas aquelas espinhas. Afinal o que é uma espinha pra quem já colocou a boca em lugares piores...


Luís Fabiano.


quinta-feira, maio 29, 2014

Pérola do dia:



Cu Largo



Cu Largo

Eis a humanidade digna de pena...
Elevando desejos democráticos
No afago dos calhordas
A luz e do grito dos idiotas semeados no horizonte
Tal pensamento bailou em seu íntimo frágil de ferida...
Quando ao cagar, ela percebeu o que depositou no vaso
E num olhar sereno de espanto
Imaginou a merda viva...
Como era grande
Ainda que o cheiro fosse uma hecatombe
Eis a estranheza humana...
O dar-se conta filosófico
O satori hediondo

Então com alma de um Sherlock
Foi enfiando os dedos no próprio cu percebendo a textura cremosa...
As mulheres nunca tocam no próprio cu assim... cagado...
E seus dedos bailarinos...foram entrando um a um...
Entrando
Entrando
Um
Dois
Três
Quatro...
Mas o dedão se negou...
Então percebeu sua verdade como uma doença revelada...
O seu cu era imenso...
Um cu muito grande...
O conhecer-se é essencial...
Você se conhece assim?
Um cu guloso
Rasgado e abençoado
Num sorriso vertical do demônio
Portal dimensional do prazer

E ela teve orgulho da abertura
O trauma converte-se em infâmia
A infâmia sedenta de prazer
E desde então...passou a exibir o cu para suas amigas(os)...
Rindo quando elas reagiam reprovando
Porque assim como seus cus eram fechados...
Estreitas eram as suas almas
Que não chegariam aos extremos da existência
Teriam a vida pastel
Feita de sonhos comuns
Verdade comum
Final comum
É isso que você deseja?

E jamais tocaram a verdade nua pois
Isto é o que esperado ditatorialmente
Nos músculos morais que sociedade pinta...
Mas ali naquele sanitário
Convertido em templo...
O resultado converteu-se em virtude
Fazer do resultado
A felicidade
E ainda que nada aconteça
Deve-se estar em paz.

Luís Fabiano.


quarta-feira, maio 28, 2014

Trecho solto...


"Trecho solto...

EugênieComo estou contente de ter sido a causa! Mas minha cara, não entendi uma palavra que deixaste escapar. O que entendes pela expressão puta? Perdoa-me, mas, como sabes, estou aqui para ser instruída.

Saint-Ange Lindinha, chama-se deste modo a vítimas públicas, do deboche dos homens, sempre prontas a se entregar ao temperamento deles ou ao seu interesse.

São felizes e respeitáveis criaturas, que a opinião difama, mas a volúpia coroa; e que ,bem mais necessárias a sociedade do que as recatadas, tem a coragem de sacrificar, para servi-la, a consideração que esta sociedade ousa lhes tirar injustamente.

Vivam as que se sentem honradas com este título! Eis as mulheres verdadeiramente amáveis, as únicas filosofas de verdade!

Quanto a mim, minha cara, há doze anos trabalho para merece-lo, asseguro-te que longe de me escandalizar, ele muito me diverte. Ou melhor: adoro que me chamem assim quando me fodem. Esta ofensa ferve-me a cabeça.


Extraído da Obra – A Filosofia na Alcova
Autor- Marques de Sade
Editora Iluminuras páginas – 36,37.




terça-feira, maio 27, 2014

Ruas de Pelotas



Ruas de Pelotas

Eles estão na tua esquina
Quando não vês
Passam por ti e até cumprimentam
Nestas mesmas ruas que recebem bons e maus
Com a chaga do inesperado
Estas ruas de Pelotas

Que a noite desmaiam neons
De luares refletidos em sarjetas
E insegurança...
Insegurança...
Insegurança galopante
Estas ruas, tuas ruas, minhas ruas
De todo lugar
Aquecendo o medo
Em um frio inverno que chega
Rua de bondade
Rua de crime

Vielas tortuosas despejando noite
Por vezes não vemos
Não sabemos
Não queremos
Ruas que te perdem
Reféns entoando canto de liberdade
Maquiando tudo numa beleza feita de suposições

Ruas de Pelotas
Dia, sol e brilho
Crianças brincando
E lá no outro lado da cidade rajadas
Fuzis, tiros e dinheiro que se vai...
E depois silencio
Ruas de Pelotas...

Um amigo espancado porque não tinha dinheiro quando foi assaltado
Pagando o preço do sangue...
Para virar notícia do jornal local amanhã...
É isso
Somos a notícia do amanhã...
E será que você não será a notícia?
Eu espero que não
Eu espero que tudo termine bem...
Embora não saiba como.

Luís Fabiano.



Poesia Fotográfica



Pérola do dia:



segunda-feira, maio 26, 2014