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sábado, maio 10, 2014

Mãe !




Mãe !

Não é mentira e nunca foi
Tão verdadeiro como blindados sem freio
Amor feito de sangue cuspe e bucetas abertas em flor
Tem coração a granel
Com costuras de alma prateada

Ama, ama, ama como um cadela pegando fogo
Com gama e dentes de aços
E passionalidade de sobra...
Pimpolho explode no mundo
Choro, emoção e dor...

O pimpolho inocente até quando se torna estuprador
Quando mata inocentemente...
Quando fica bravo
E deseja enfiar a piroca no cu de um camelo no deserto
Sim, tu és mãe...não é?
Mãe que sofreu, que fudeu, e que se fodeu...
Da família o quartel general
De paz, felicidade e luz?
É verdade né?

É tudo tão lindo visto daqui...bem longe de ti...
Filhos maravilhosos criados e perfeitos das mãos de Deus...
A gratidão que uma cadela tem...
Então sorrir estupidamente feliz
Com dentes enferrujados de tempo
De poeira
E o que fica é a realidade
Que não é de televisão e novela...
Que não é do presente do dia...
E nem de um te amo que nunca vem... ou vem em voz baixa...
É mãe...
É foda...

O risco de fogo tremendo em uma noite sem luar
Enquanto copos de seda brindam doçuras
Sorvendo a hipocrisia necessária de todo o dia, para viver...
Lenta e lentamente como cuspe fétido de uma lhama
Claro que sim...
És mãe é fato...
Mãe deste mundo tão lindo...aqui de longe...
Tua buceta deu luz, mas eles nunca serão tudo aquilo que você pensou...

Serão tão fúteis como tu...
Tão grandes as vezes como tu...
Tão limitadas como os teus desejos de felicidade contínua, que não existe...
É mãe não existe...
Sou o traço da decepção cristalina que eventualmente sorri...
Mas tu és mãe...
Me inocentas
Me crias...

E de certa forma me matas também...
Ergo o meu pau feliz hoje e sempre...
E sapateio com Freud na dimensão dos improváveis...
Mas não se preocupe...
Eu não quero te comer.

Luís Fabiano.




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