Tentação
Péssimas ideias as vezes me assaltam
Dragões nefandos do desencanto 
Pilastras erguidas tentando conter a nuvens 
Uma víbora peçonhenta enrodilhada no coração
Lentamente cravando suas presas
Talvez com um por do sol maldito
Trazendo a sombra sem estrelas 
O macabro entre em cena 
Despindo o figurino da benigna placidez
Tudo se converte em uma tentação
O quinto andar é diz que tenho asas 
A velocidade diz que não há problema
As garrafas dizem pra ir até o fim
A katana sobre a cama com meia lamina de fora 
Alma do haraquiri...
Abro a gaveta e arma fica me olhando...
A coloco sobre a cômoda 
O cão domesticado cuspindo fogo
A melíflua voz do desengano
Verdade pontiaguda transpassando meu peito
A serpente sobre por dentro de minha garganta
Respiro claustrofóbico
A espera da solução magica...
Anjos errantes do desterro
O impossivel sem mãos
O cão puxado e uma certa dúvida 
Apertar ou não o gatilho?
Luís Fabiano.

 
 
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