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segunda-feira, outubro 17, 2011

Trecho Solto...

“...Tammie foi pra cama. Se esticou de cara pra baixo. Ainda estava chocada. Daí, rolou pra fora da cama e se estendeu de costas no chão. Agarrei-a pelos cabelos e dei-lhe um beijo selvagem.

-Ôô... que cê ta fazen...

Lembrei que ela me prometera uma grande trepada. Virei-a de bruços, levantei seu vestido, tirei sua calcinha. Me inclinei sobre ela, tentando embocar na sua buceta. Cutuquei, cutuquei - e entrei fundo. Ela tava no papo. Dava uns gemidinhos. Então, tocou o telefone. Levantei, fui atender.
Era Gary Benson.


-Tô indo praí com o gravador. Vou entrevistar você pra rádio.
-Quando?
-Daqui a uns quarenta minutos.

Desliguei e voltei pra Tammie. Ainda tava de pau duro. Agarrei seus cabelos, lasquei-lhe outro beijo violento. Seus olhos fechados; sua boca, morta. Montei nela de novo. Lá fora o sol se punha e todo mundo se sentava nas escadas de incêndio pra apanhar sombra e brisa. O povo de Nova York estava ali sentado, tomando cerveja e refrigerante gelado. Eles iam tocando o barco e fumando seus cigarros. Só estarem vivos já era um vitória . Eles decoravam as escadas de incêndio como plantas. Se viravam com o que tinham na mão.

Fui direto ao amago dela. Que nem um cachorrão. Os cachorros é que entendem do assunto. Era bom esta fora do Correio. Sacudi, surrei seu corpo. Ela tentava falar com a voz embargada pelas bolinhas.” Hank...”, ela dizia.
Gozei, por fim, e fiquei dentro dela. Os dois empapados de suor. Rolei pro lado, levantei, tirei a roupa, fui pro chuveiro.

Mais um foda com essa ruiva 32 anos mais nova que eu. Me sentia bem no chuveiro. Pretendia viver até os oitenta e, então, trepar com um garota de dezoito. O ar-condicionado não funcionava, mas o chuveiro era ótimo. Me sentia bem demais. Estava pronto pra ser entrevistado pra rádio".

Bukowski – MULHERES.

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