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domingo, setembro 25, 2011



Templo Solitário Templo

Outra vez tudo caia por cima de mim
Meteoros agudos riscando a alma em breu
Entre as finas felpas de todas as tentativas
Então de novo tudo desmaiava em exaustão
A tela em borrão
Traços sem promessas

Era preciso erguer-se novamente
Para mais um round de merda
Enquanto o vento soprava vísceras
As fagulhas não se apagavam no espirito em promessa
A porra da existência sussurrando tudo emborcando o contra
Para ver sarcasticamente o que faremos

Sentia o sangue na garganta
Era preciso decidir
Correntes ou vento
Sucumbir ao empuxo dilacerante dos sonhos borrados
Ou
Erguer-se de toda a merda, em inquebrantável desejo de vencer
Ondas do mar que não cessam jamais
Ambulância deslizando tentando calar agonias...
Tentar...tentar e tentar... o grande filho da puta alado volta
O anjo broxa das asas quebradas
O sebento luminoso dos espinhos de Deus

Ultimo folego ainda
Escarra o sangue da alma
Entre o suor, as lagrimas e o olhar do tigre
Ergo-me novamente e seja como seja
O ferro engolido pela ferrugem ali
Da lama nascendo o lótus
O mediador reinicia a luta
Sorrio de mim mesmo
Eu não desisto
Já venci.


Luís Fabiano.

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