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sábado, março 26, 2011


Decepção

Ela acenava com graça insipida
Sorria com dentes de porcelana
Mentia irretocáveis verdades
Mas algo estava errado naquela perfeição
Tenho alma míope
E suas tetas, bunda e pernas
Eram mais belos que tudo que já havia visto
Que interessa o resto?
É neste momentos que Deus perde
Quem vai querer saber de minucias da mente
Ou um coração mergulhado em trevas ou luz?
Eu não.
Agarrei-me ao que ela tinha de melhor a oferecer
Eu a via como uma carótida pulsante
Enfiei meus dentes com vontade,
O meu pau no fundo daquele templo sagrado
Queria rasgar-lhe a alma
A gozada é o piscar de olho da eternidade
Depois tudo se diluiu
A ultima gota do sangue em meus dentes
Imediatamente um abismo se abriu entre nós
Agora nada salva
Então depois tudo consumado
O ultimo ato de promessas malditas
Falidas, mortas e nauseabundas
Estava pronto para voltar aos braços do Altíssimo
Filho pródigo da porra
Recebido hoje e amanha e eternamente
Ela vem agora
Queria ronronar
Já estou distante entregue a meus devaneios
Sonhos rascantes que fatalmente falecem
Servi mais uma dose de rum
Minha prece, meu carinho e o único
Que em minha puta vida
Não me decepcionou.
Tim-Tim.

Luís Fabiano

Um comentário:

Dóris disse...

Gostei, tem uma certa profundidade.
Mas apenas para te contrariar, te falo que algumas bebidas podem nos decepcionar, mas as pessoas não, pois é só não esperar nada delas.

Abraço embriagado.