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segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Navalhadas Curtas:
 Trepar ou não trepar?


Nunca tive muitos pudores. Alias sempre detestei gente que faz, mas não faz. Também não tolero os que contam vantagens. Neste aspecto considero a elegância adorno funesto. E mesmo com tanta putaria no mundo, ainda encontro mulheres por ai, que se sentem envergonhadas, que se constrangem quando dou um bom e sonoro peido na sala, por exemplo.

Algumas jamais me deixaram vê-las cagando, fazendo força no trono, tendo seu momento de imperatriz. Mas nem todas são assim. Algumas ficavam muito a vontade comigo, enquanto trocamos carinhos e peidos debaixo das cobertas. Muita risada, muita ternura e fodas intermináveis.
Tais situações também foram palco de algumas desavenças que tive por ai. É impressionante o que merda e mijo, podem fazer a vida das pessoas. Tenho hoje, algumas amigas que ainda não falam e não fazem as coisas como tem que ser. E em um dado momento isso se converteu em uma discussão ridícula .

Marisa falava sobre  como fazia amor com o marido. Enquanto falava, sua linguagem simplória me causada enjoo, pois tudo era tão...tão...tão...limpinho que praticamente não era sexo.
Quando terminou sua narrativa peculiar, fiquei olhando para ela, um silencio mordaz como quem engole um cactos:

-Você chama isso de fazer “amor”? Isso me pareceu mais um ritual de santificação. Banhos, roupinhas limpinhas, depilação em dia, perfumes diversos, cremes para o corpo, que porra é essa Marisa? E o teu cheiro de mulher? Suada, cansada de um dia de trabalho?O gosto azedinho de xixi? 
-É assim que eu gosto, tudo muito assim...assim....especial...
-Você nunca trepou na pia da cozinha? No elevador? No meio da estrada do laranjal de madrugada, no capo da carro, gemendo feito uma cadela?
-Que isso...não..não...jamais...para Fabiano...
-Desculpe Marisa, mas você ainda não fez nada na vida.
-Tu pensa que tudo tem que se assim? Brutal? Doentio como tu ? Louco? Tu que és um anormal...
-Sou e assumo, eu não tenho orgasmos programados sábados a noite, ou nas noites de quarta feira depois do futebol. Eu espero que a mulher berre, se desespere, se mije, se cague, me arranhe, me bata, chore ou morra trepando comigo desesperadamente. E depois, bem depois temos porque ficar abraçados, cruzando a suave ponte sobre o prazer através do carinho...sofisticalizar os instintos, é perder-se quem se é.
-Anormal...

Luis Fabiano.

Um comentário:

Rogério Peres disse...

Sempre bons textos, meu caro.
Hoje ouvi uma pérola do Manoel Magalhães e vou te passar:
"Se és um filho da puta, ao menos sejas um filho da puta profissional."