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segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Navalhadas Curtas: Mão na ferramenta


Tudo é uma questão de percepção. Ainda que ela não quisesse ser a rainha do pedaço, naquele momento estava com algum poder. Sabia maldosamente o que estava fazendo. Passar com uma saia curta,e um decote forte, na frente da obra. Bem...

Parei para vê-la também. Quando percebeu os serventes parando suas atividades,então rebolava com gosto, sentido a força. Mas ninguém assoviou ou disse alguma gracinha. Eram apenas olhos e mãos coçando o saco, em uníssimo para homenagear a puta da vez.
Não era uma menina, já tinha uns vinte e oito anos. Mas os esporões estavam á mostra, esporões de uma galinha velha.

Fiquei pensando: se ela caísse ai no meio da obra, todos ali teriam muito amor para dar. E achei que ela realmente merecia mesmo uma meia dúzia de caras fazendo o serviço. Afinal mostrar a picanha para o pobre, sem dar um pedaço é foda.

A vilã na historia era ela, por vezes nunca reconhecemos de primeira, quem é quem, os que desejam sofrem, os que dispõem, não se importam com ninguém. Mas a beleza pressupõe inocência. Equivoco de pressupostas virtudes. Belos olhos, bela bunda e belas pernas, longe estão de ser uma bela pessoa. Mas parece.

Por outro lado, quem liga se a pessoa presta ou não, quando suas coxas são mais lindas que seus olhos, quando a bunda é mais bela que sua alma e as tetas são mais exuberantes que suas emoções?
Tem coisas que falam mais alto.

Luis Fabiano.

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