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quarta-feira, fevereiro 23, 2011


Ah...primeira vez

Nada se compara
Será melhor ou pior
mas nunca igual
Quando nossos olhos se arranharam
Nossas línguas enroscadas
desejando infinitos
Eu dentro dela
corpo e alma
úmida com uma manha
A palavra dura
seca e amarga depois
Ondas desfazendo desenhos na areia da praia
Os primeiros sonhos
Rascunhos da vida
perfeição daquilo que não é
Estar de volta
afogado em saudades
Te encontrar novamente
A primeira tragada
envenenando a vida
Inaugurando consolos e o vicio quase eterno
O gole de trago
Queimando as entranhas e a alma
Conduzindo-a lentamente
Ao céu e ao inferno
A primeira carreira
O mundo se tornando um lugar somente seu
Uma broxada apoteótica
diante de um templo que baba da gostosa
As primeiras lágrimas do arrependimento
Chuva fina e quente
Que redime a minha e tua alma
Cárcere do coração
O primeiro bater de asas
Olhos fitos no céu
ganhando alturas rasgando o vento
A primeira asa quebrada
A dor legitima e saudade das estrelas
Fechar os olhos a ultima vez
E a primeira vez
Morrer.

Luis Fabiano.

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