Pesquisar este blog

segunda-feira, setembro 13, 2010


Chuva

Hoje chove
Outra vez
Deveria ter passado
Em nuvens cinzas
carregadas
como qualquer chuva tola
como nossa insipida estupidez
Mas as coisas por vezes segredam
Silenciosamente
misteriosamente
Senti uma vontade
De chover
Inveja das nuvens mais escuras lá fora
Minhas lágrimas
de uma vida
Expulsar
Angustias afogadas
Lentamente,
Afastar
tempestades sem vento
Granizo
sem brilho
Torrentes enclausuradas
As comportas se abrem
A chuva lá fora não para
E canta
Inunda a tudo
A todos
As letras
ficam nubladas
E se fazem também gotas.

Luís Fabiano.

Um comentário:

Dóris disse...

A chuva purifica o ar que respiramos.
E quando ocorre chuva em nossa alma, esta também é para nos purificar um pouco mais...nos trazer um pouco mais de PAZ.


Abraço carinhoso e repleto de chuva.