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segunda-feira, agosto 16, 2010


Veneno

Ela me aspira forte
Atinjo seu cérebro
Um jab de um canhoto
Fica em pé, mas já é tarde
Quando se da conta
É tarde, sempre tarde

Outra coloca-me em sua seringa
Ela não é minha heroína
Sou mais forte
sua derrota e sua fatalidade
Escolhe o braço esquerdo
Entro veias adentro
Atinjo o coração
Torno-me fogo
torrando a alma
Arrastando-a ao demônio.
Ainda assim não percebe
quando perceber
Será tarde demais

Outra, serve-se de mim em um copo largo
Vai tomando-me devagar
Como quem toma uma cerveja infinita
Vários goles
Todas me colocam pra dentro de si diretamente
Querem isso como quem deseja a morte
Se tomasse cianureto,
seria mais saudável

Sou a anaconda que enrola-se no coração
Repleto de beijos
O abraço carinhoso,
cheio de paixão
Torna-se forte demais
Comprimindo veias
Explodindo tudo
Devorando a alma
Mas ainda assim não percebem,
Porque quando percebem é tarde demais

Luis Fabiano.

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