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quinta-feira, julho 15, 2010


Noite aos cacos.

Ela tomba,
como olhos que cerram-se.
Como morte aparente.
Morta viva.
Agoniza o dia
A beira dos últimos suspiros.
O que antes era claro, visivel
Torna-se breu.
Dos cantos escuros,
Baratas,
Bêbados, putas,
drogados e o resto, não
menos pior, apenas disfarçado.
A fumaça do cigarro ganha ás alturas
Com sorrisos falsos de uma festa,
verdadeiros.
Numa tentativa de asfixiar Deus e todos
os malditos anjinhos.
Agora, ela maquia-se devagar,
imperfeições de traços desaparecem.
Tornam-se perfeitas.
O que não era,
torna-se.
Noite que esconde,
Noite que mente,
Noite vagabunda,
Noite que ilude, noite de mentira.
Uma espécie de nascimento.
O estreito buraco vaginal,
abrindo-se lentamente.
É preciso nascer neste mundo,
Feito de pedaços de bosta colorida.
Efeitos pirotécnicos.
É só que nos interessa.
Sangue, choro,
líquidos diversos da alma.
Suor.
Ele não tá respirando...
Faça alguma coisa...agora
É só o coma,
é só a bebida,
é a noite
Que agora começa a morrer, como
Eu ou você,
todos dias,
lentamente, lentamente.
De dia.

Luis Fabiano.

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