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quinta-feira, abril 22, 2010


Nem beleza, nem fealdade

Eis aqui,
simples e nu.
Das marcas de minha pele,
Pedaços que perdi...
Fragmentos do meu coração.
Hora de aço,
hora espuma.
Paixão destroçada,
Abraços aos ventos.
Teus beijos achados
E pedidos.
Encontrados.
Ali...
Neste espelho raso
Lacero-me,
me firo,
machuco-me,
me dói.
Me ama.
Pudesse de uma vez,
Rasgar os véus de minhas ilusões.
Mas estou apenas nu aqui.
É tudo que é.
Querem mais,
querem o que
Não é real em mim.
Brilho que não tenho,
uma voz que emudece,
Filhos não tidos,
O amor que não sinto.
Eis tudo que posso dar.
Uma nudez vil,
sem retoques ,
Sem refinos,
sem gosto doce
e sem prazer.
O ultimo gole de cerveja quente.
Não é muito,
talvez seja nada.
Mas é tudo que tenho a dar.
Um imenso copo,
onde misturam-se,
Paixão, raiva, ternura,
eu nu.
Saúde!

Luis Fabiano.

2 comentários:

Dóris disse...

Belo poema.
Toda pessoa nua, demonstra a transparencia da alma.

Anônimo disse...

Fabiano, tu pelado é maravilhoso...rs..rs..

M.