Pesquisar este blog

quinta-feira, março 18, 2010


Não era, mas parecia.

Quando se tem uma idade relativamente jovem, existe o direito adquirido de fazer merda. A titulo de experiência da vida, talvez. As vezes dá certo, não dá nada.
Fui para o quartel com dezoito anos de idade, não posso dizer que foi a melhor experiência da minha vida, mas tentei divertir-me dentro do que era possível.Sempre fui assim.
A vida é assim, você precisa divertir-se com o que faz, mesmo que tudo não passe de um imenso balde de merda. Sorria e invente alguma coisa.Criatividade. Não se abata, se tudo realmente for ruim, aceite e vá mudando. Tente comer a merda.No inicio é ruim, mas depois pegamos o jeito.
Nunca gostei de receber ordens. Ainda não gosto muito, mas faz faço tranquilo. Na época que prestei o serviço militar obrigatório, tinha uma impressão inflexível do exército e os militares.Todos cem por cento corretos,justos e etc...Porem quando você entra lá dentro, percebe que as coisas não são exatamente assim.
Tudo tem seu lado flexível, nada dentro dos grandes centros de poder é exatamente como a imagem vendida do que é.Existe um ideal em tudo,mas no fundo ele é besta.Não falto com o respeito,mas é apenas uma constatação.Todos sabem,mas a educação e hipocrisia dizem que é melhor negar.
O ser humano não é feito para essa retidão linear,mas as pessoas emulam que a vida “real” seja assim,perfeitinha. Gostamos de um cinismo elegante. Também gosto.
Quando entrava alguma mulher no aquartelamento, eu sentia o cheiro de longe, aquele cheiro diferenciava-se daquele meio repleto de testosterona e suor. Nesta idade com o calor, fediamos muito. Mas aquele cheiro feminino mudava tudo, ficava procurando de onde vinha, quem era, que fazia ali.O cheiro ótimo,mas não sei se era perfume ou feromônio.
Ao final da tarde saímos,tínhamos ordens de voltar para casa, não ficar circulando com a fardados por aí.Papo furado.Íamos ao centro da cidade,as vezes tomávamos algumas cervejas, depois, era fatal, o puteiro da Tia Preta.
Ali o soldo de um soldado raso, ia todo, ao sabor de bucetas variadas. Ás vezes não comia ninguém, nem precisava, gostava de vê-las, vinham roçando o corpo em nós, pegando no pau por cima da calça, colocando os peitos para fora, realmente isso homem gosta. Adoro putas. Não sei se elas eram felizes, mas ficavam quando chegávamos, regulávamos de idade, bebíamos alguma coisa, muita musica sertaneja alta, sala semi-escura, beijos e gemidos.
Tinha um colega que até tinha caderno na casa. Pagava no final do mês, deixava toda a grana lá. Tentava ser econômico, não me apaixonar por elas. Mas o Milton apaixonou-se, sofria por Penélope. Ninguém de nós podia tocar nela. Dizia-nos, que iria casar-se com ela, era a mulher da sua vida. Eu não dizia nada. Pensava, algumas mulheres nos pegam pela buceta, outras...
Acho que nunca tive a mulher da minha vida. Mas puta ia ser difícil, não julgo a profissão. Acho que não iria acostumar-me sabendo que a mulher amada, trepa com dez caras por dia.
Na verdade não sei, sentindo na pele, talvez se meu coração batesse mais forte, eu aceitaria, afinal sentimento é uma coisa e sexo profissional é outra. Sentimento é alma, sexo, um pau e uma buceta com grana”molhadinha” no meio. Bela mistura, gostosa. E adeus.
Então acabava a farra, voltava para casa, na madrugada, meio bêbado e leve. Mente repleta de imagens agradáveis. Dormia assim umas três horas.
Pronto para acordar ás cinco horas da manhã, receber mais ordens. Acaba que torna-se fácil. Recebia algumas ordens banais, não cumpria a metade, tinha tempo para pensar besteiras. Talvez na casa da Tia Preta, aquele pequeno inferninho convertido em pedaço de céu. Com o tempo lá dentro as coisas foram ficando cada mais fáceis, chegávamos pela manhã, fazia uma ginástica e depois era ficar se esgueirando sem nada pra fazer.Logicamente a vagabundagem, inspira ideias débeis,diabólicas. Resolvíamos “brincar” de boxe, lutas informais, Tirávamos a parte superior da farda (gandola), e a porrada comia.Era muito bom, ficamos todos com hematomas, no rosto e as vezes tinha um sangramento.Mas nada que as putinhas de Tia Preta não curassem.

Luis Fabiano.
A paz nos braços de uma puta. (gostaria de morrer assim)

2 comentários:

Unknown disse...

Aí, cara! Lembra dessa?:

Beijei seu sexo
Puro mel de abelha
Rainha
Da escócia
Uma paródia macabra
De um cabra macho
Ao contrário de um menino
Ingênuo
Bobo
Pequenino como todo

Fabiano disse...

E aí Otávio.Muito boa essa, é claro que lembro,como lembro daquela outra...

"Eu tava com fome
era pouca a comida...
A comida não deu...a comida não deu..."

Documento Especial,que passava na época da falecida Manchete.
Puta merda estamos ficando coroas.