
Um aquário de sensações
Gosto de observar a natureza, talvez na aspiração de tirar-lhe bons exemplos que palidamente explique algumas das manifestações mais primitivas do seres humanos, quando estou com bom animo, lembro-me da teoria da evolução, onde as mediocridades de hoje, transforman-se em virtude amanha talvez, realmente isso seria belo e significativo se fosse de todo verdade e inquestionável! Mas não é assim, tenho dito que o humano é infimamente mais complexo, o que significa que em primeiro momento, a primeira vista, os comportamentos ditos “estranhos”,bizarros ou que não concordamos segundo nossos padrões, não tem uma explicação plausível e que traduza uma segurança plena ao entendimento, gostaríamos que a o ente humano fosse uma caixinha matematicamente perfeita e limpinha? É claro que tudo em nossa sociedade trabalha equivocadamente para isso, nos tornar caixinha milimétricas,padronizadas, e com alguma organização, permintam-me rir diante de tal fato, absolutamente nada é como deveria ser, as coisas são mais ou menos,uma emulação do que se espera delas. Gosto de observar pode-se dizer que sou um voyeur que aprecia toda as pessoas como se observa um aquário, um imenso e gigantesco aquário, não julgo, não deprecio, não elogio, e nem endeuso, todos são absolutamente comuns e mais ou menos ordinários, não existe ninguém “especial” o fundo do ente humano é igual aqui e em marte! Assim sendo desconfio de quase tudo e isso inclui a minha pessoa, ao lado de belezas singulares é absolutamente certo que existem sombras densas, ao lado de vastas planícies existiram abismos ou montanhas e isso nos dá ainda que de forma grandiosa uma noção da profunda tentativa de equilíbrio em tudo que nos cerca, mas esta noção é claro que não é absoluta, existem coisas, momentos e situações que equilíbrio nada tem haver, ou seja um caos perene que nos leva a uma espécie de “nada”, sim o nada é subjacente a grande maioria das questões que nos carece compreensão:grandes dores por exemplo,o entendimento da dor é possível, mas é preciso que ela seja por assim dizer limitada dentro da sua abordagem profunda, e é exatamente ai que o “consolo” trabalha, limitando e redimensionando o tamanho de nossa dor seja ela qual for, um consolo, uma bengala emocional, uma corda lançada no abismo nos leve para céu? O consolo é seu, escolha no leque dentro das afinidades pessoais, sim talvez um amor seja tal consolo, talvez um breve momento de prazer íntimo seja tal consolo, talvez a entrega religiosa em forma de súbito seja um consolo, talvez ante o desterro da possibilidade de morrer nos leve a uma conversão de emergência, e depois bem depois nada muda...continuamos a ser os mesmos ridículos de sempre,simples, limitados e rasteiros... Como disse observo as pessoas, e compreendo que a dor seja ela qual for é apenas um mecanismo para nos fazer entender algo que nem sempre está exposto em chagas abertas de nossa alma,quase nunca é

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.
4 comentários:
Dos habitantes do planeta, o ser humano é o mais misterioso e enigmático que existe. Não deixamos de ser como as borboletas....pois durante nove meses vivemos em um casulo......
Agora, sobre a verdade que cada um mostra sobre si, já é diferente. Alguns mostram a sua mais pura escencia e verdade....mas será que nós sempre queremos ver a verdade do outro???? Acho que cada um é cada um, e geralmente nós só enxergamos aquilo que se quer ver e não o óbvio.
Paz e luz para ti meu querido.
Dóris
Por felicidade ou infelicidade para mim não existe nenhuma novidade ou enigma no ente humano, vejo-os todos como comuns tendo um comportamento totalmente previsível, não existe surpresa,não existe engima,não existe mistério( para mim )graças a boas e más experiencias da vida aprendi a não me surpreender com mais nada o que me deixa muito sereno.
Quando a verdade, bem isso não existe, pois a verdade de hoje de agora torna-se obsoleta amanhã quando atualizamos nossa percepção.Otimo que assim seja.
Tudo bem, respeito a tua maneira de ver as coisas.....rsrsrsrs.
C'est fini.
Obrigado por tal respeitabilidade.
C'est la vie.
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