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segunda-feira, julho 28, 2008



Da coleção, Constrangimentos Possíveis

Banheiro da Danação.


Existem coisas que se não pudéssemos vivenciá-las seria melhor, talvez na sábia colocação de Wood Allen,”o problema da morte não é o morrer, mas estar ali quando isso acontece”,seria bom que acontecimentos por vezes tão embaraçosos ocorressem apenas com outras pessoas e que estas apenas fossem hilárias historias para o gargalhar alheio, mas não, um dia e mais um dia sempre acontece algo que o deixa de em momentos digamos difíceis,mas sem perder o humor, as vezes é um humor desesperado e por vezes mau cheiroso!!
Aquele dia seria um dia muito especial, finalmente chegou o momento de Renatinho conhecer os pais da noiva amada, normalmente isso para um homem sempre é relativamente tranqüilo, afinal basta manter uma postura simpática, educada sem exagero e tudo da certo, mas para Renatinho isso é relativamente difícil, afinal ele era um cara todo certinho, desses que eu geralmente tenho enfado de falar, Renatinho era certinho demais!
Sempre penteadinho para direita, camisa para dentro das calças, e limpo absolutamente limpo, tinha uma mania de limpeza que chegava praticamente a homossexualidade,exagerado ,bem quando se é assim é fatal que você atraia exatamente as coisas contrarias a isso, é como estranho dos copos de cristal que atraem pessoas que não entendem bem sua delicadeza e os quebram facilmente, bem isso me faz lembrar de um primo distante...esqueça, se não eu vou contar outra historia.
Então Renatinho chegou a casa da namorada no horário pontualíssimo do jantar conforme a combinação, formalidades a parte e Renatinho agora começava a sentir uma ligeira cólica intestinal,(é engraçado este órgão do corpo humano, ele é absolutamente sensível ao nervosismo,e acelera suas funções ante um situação critica, a pergunta é porque o tal do intestino resolve jogar contra nós?Coisas de filosofia da buchada, como minha sensibilidade assim aflora!!)
Então serve-se o jantar e cólica de Renatinho ali sendo controlada pelo errante pensamento, vinhos, Champagne para o brinde aos noivos, alianças...risos, fotos mais risos,mais fotos...o circo estava armado nas entranhas de Renatinho. Terminado o brinde e as honrarias, ele pede licença a noiva Mariliana e aos pais para ir ao toalete, cólica galopante fazia uma pressão fora do normal, mas que teria causado aquele Vesúvio pronto a entrar em erupção?O Pastelzinho do Pires?
Quando finalmente chegou ao banheiro e baixou as calças sentou-se no vaso, o alivio imediato mas ao contrario que imaginava não era uma “água” fervente dentro de si, mas algo digamos mais encorpado e musculoso...você entendeu...né...o rapaz aliviou-se, e a vida nem por isso se tornou-se tão fácil, creio que ali começa outro do seus problemas. Ele limpou-se, vestiu as calças e tentou dar a descarga no vaso, bem na primeira tentativa o “capitão” travou em função do tamanho descomunal, ou seja entupiu o vaso água subiu até as bordas do vaso quase transbordando para fora,os olhos de impressionados de Renatinho olhavam aquele monstro morto que negava-se a partir, o vaso agora parecia um aquário bizarro com fragmentos nadando e um monstro colossal que não ia nem para frente e nem para trás.
Na limpinha cabeça de Renatinho aquilo era uma afronta, como ele tão limpinho poderia ter expelido aquele monstro?Como era possível?
Atordoado não sabendo mais o que fazer decidiu literalmente por as mãos na merda não achando nenhum aparelho para ajudá-lo na tarefa ingrata, tirou o casaco, arremangou a manga direita e mãos a obra, ao colocar o braço dentro da latrina a água transbordou molhando um pouco sua calça e sapatos, por fim conseguiu estrangular o monstro que então desobstruiu a passagem da água ele foi embora dando adeus e tudo. Renatinho agora precisa se recompor , secou um pouco o banheiro ,secou o suor e lavou as mãos, porem o sabonete era perfumado demais mas não era para limpeza profunda, sua mão embora bem limpinha tinha o aroma característico, nossa exalava forte, que faria Renatinho? Que você faria? Renatinho já estava arrependido de tudo, de Mariliana, do noivado, do banheiro maldito e do cagalhão rebelde, como so poderia acontecer não tendo saída porque já havia passado mais de uma hora no banheiro pensou genialmente:inventaria um machucado na mão como um corte ou alguma coisa assim enrolaria a mão na toalha de rosto sangrando e no hospital, (a estupidez humana é infinita...não existe duvidas a respeito disso...)Plano pensado e executado quebrou o vidro de sabonete com um caco de vidro cotou o lado da mão deixando pingar umas gotas de sangue no chão, pronto enrolou a toalha não mão.
Quando saiu do banheiro disse:calma pessoal não foi nada, não foi nada foi um cortizinho a toa nada demais, vou ao hospital. As pessoas ficaram comovidas com a situação, mas ele negou e pegou o carro e foi só.
Quando chegou em casa aliviado e mau cheiroso se tranqüilizou estava em paz,finalmente tomaria um banho e esqueceria aquele dia maldito...
Enquanto isso na casa de Mariliana, o pai olhava curioso para dentro do vaso e dizia Meu Deus!

Ria se for possivel.
Fabiano.








2 comentários:

Anônimo disse...

equipe praia!

Fabiano disse...

Equipe Fúria!