A primeira é única

Sem duvidas amigos, a primeira vez é sempre única e por assim insubstituível, muito embora muitas as vezes sejam verdadeiras catástrofes mais criando mais fantasmas e abrindo comportas de pesadelos porem isto ocorre quando a inabilidade e a maldade filha da ignorância permeiam o ser, mas nem sempre é assim.
Por vezes o encantamento da primeira vez vale por uma vida,já compensa todo e qualquer dissabor que advêm naturalmente do tempo, o grande erro porem é quere eternizar a vez única, engarrafar o gosto, o aroma, a beleza, o toque suave, não é possível muito embora a nossa memória insista em isso querer, como que não deixar escapulir a felicidade e obviamente fechando-se para a possíveis e novas probabilidade de ser feliz...
“...então aproximou-se dela tranquilamente e afagou seu rosto, ela tremia embora a emoção fosse compartilhada com ambos mas afinal aquele momento era tão esperado e estava para realizar-se, um beijo, um carinho e então a seqüência,toques,caricias e por fim silencio, tudo terminar-se,” “....então seus olhos tocaram-se pela primeira vez e algo revelou-se ali, em uma comunicação muda, um silencio que valiam por mil vozes ...” “ ...então ele entrou no quarto frio e ficou quieto por uns instantes em devaneios e indecisão por fim, não resistira era a primeira vez e sua aguçada curiosidade o instigava,então enfiou o nariz em pó branco...” “..então fechou os olhos que estavam vidrados olhando o vazio pela primeira vez vira a morte de perto e estranhamente ela nada dizia, era apenas uma ausência profunda, um vazio...” “...então quando chegou em casa o quarto estava vazio e a cama arrumada o prelúdio de que a partir daquele momento ele não mais estaria ali, nunca mais era o seu primeiro encontro com o abandono, o desprezo...” “...então ele cuspiu no chão, formando um pouco de barro que ele próprio amassou com os dedos,e depositou nos olhos do cego apertando contra o globo ocular, então disse, conduzam este cego até água mais próxima e lavem seus olhos, quando isto foi feito, ele o cego olhou o mundo pela primeira vez que,e o mundo nunca mais seria o mesmo para ele...nunca mais...” “...a primeira despedida, a primeira vista, o primeiro amor.”
Mas não é assim, as coisas naturalmente oxidam porque o nosso entendimento de como são e manifestam as coisas é profundamente equivocado, o espelho da oxidação é a nossa estratificada tendência em manter a existência de conformidade era ou deveria ser e nunca como é, a memória insiste em ser feliz como era antes, mas antes “nada eras”,será que você percebe o quanto é feliz aqui?Neste instante, mesmo uma guerra exista em teu coração, porque amigo quando guerras e insatisfações existem é por certo que ainda não aprendemos a ser pacíficos e felizes.
Nada é o mesmo embora nossas obtusas percepções insistem em nos dizer que sejam, nunca é o mesmo rio, nem o mesmo por do sol, nunca teus olhos são os mesmos e nunca eu sou o mesmo, é tudo nascente, límpido, novo e com sua beleza mui particular, será que conseguimos ver isto e simplesmente aceitar? Ou Será preciso maquiar a realidade a todo momento para que num ato de autoengano possamos a concebê-la por nova?Sempre me pergunto o que é mais fácil, mudar o mundo lá fora ou aprimorar conceitos e criar o reino de beleza no próprio coração ? E num relance de olhar definir como gostamos,belo,horrível,forte ,fraco,bom,mal e outras tantas tolas comparações que são uma única coisa que não fugas superficiais, sendo que o importante esta muito alem disso e portanto não pode ser divisado pela vista..nem tocado pelas mãos, apenas sentido nas fímbrias do meu e to ser, apena ali e nenhum lugar mais.

Paz e luz em teu caminho.
Fabiano, pela primeira vez.