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sábado, julho 21, 2007

A utilidade Humana

Somente rindo de nós mesmos é que poderemos ter uma apreciação psicologicamente normal de nossas debilidades, fragilidades tão humanas, demasiadamente humanas,e as vezes cansa, as vezes você não se cansa de coisas tão humanas assim ?
Claro que não.
Mas o fim é que cada ente humano tem suas limitações, aliás todos temos, o que nos torna muito específicos e obtusos em quase tudo que fazemos associados a um sentimento de separatividade e exclusivismo, baseado nisso chego a uma lamentável conclusão: O seres humanos só servem para o que fazem nada mais, uma utilização quase robótica com toda a riqueza existencial possível,mas circunspectos ao limite que se impõe a si mesmo, torna uma fagulha onde deveria ser uma estrela de primeira grandeza.
Mas nos sentimos bem assim, sendo pequenos, “anões”emocionais, mentais, intelectuais , em verdade servimos para pouca coisa e dessa pouca coisa queremos ser entendidos como absolutos para satisfação pessoal de ego e vaidade, sempre por baixo do manto, da burca, da carapuça estão os anões, que carregamos eternamente.
Prazeres a parte, mas esse é nosso manjar, o vangloriar-se de sua diminuta estatura, na forma mais convencional possível, exigindo grandeza como se isso fosse algo que pudesse ser outorgado, é realmente entediante.
Então você se pensa alguém importante, afinal que você que é?
Você sabe exatamente aquilo que é?
Ou simplesmente você imagina que de acordo com as nomenclaturas sociais e acadêmicas você é exatamente o que é? Se isto é assim tão instantâneo, porque a resposta é sempre tão comum e sobretudo porque nada termina por modificar-se essencialmente? Porque quando se pensa no que se está, logo conclui-se que não temos noção do que somos.
Nem tão esplendido, nem tão opaco, um hiato que precede ao comum, um reconhecimento a nossa falta de brilhantismo, mas console-se pouco brilharam, poucos conseguiram fazer com que esta humanidade caminhasse alguns passos reais, que a ciência seca sem emoção atingisse seu pináculo, que a filosofia pudesse cogitar as possibilidades e as respostas, que a religião pudesse sintetizar o preâmbulo de nobres emoções, são poucos e quase não ouvidos, são mais um como você e eu.
Então exerça caridade moral, não exija do ente humano mais que ele pode oferecer, pois ele é tão pequeno quanto você, tão fragmentário como você e por vezes tão simplório, quase ignorantemente inocente.
Perdoe-se, perdoe-me.

Na exata proporção.

Cordialmente.

Luis Fabiano.

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