Vez por outra acordo de madrugada
Freadas e sobressalto rasgam a avenida
Mas quase nunca é nada
Então fico olhando o teto
Esperando o nada devolver o sono
Mas nada é foda 
Nada acontece
Na parede suja
História não dita
Como minhas cicatrizes 
Aprendi ama-las
Que foi aquilo?
A madrugada grita nos meus silêncios
Como um incêndio no deserto
E ninguém vê
Outras coisas que ninguém nunca vê
Rompe saudade e estranhezas 
Vicejando um desejo talvez
Uma ambulância passa
Estranhos bailam carnaval
Em falsas avenidas
Com musicas velhas
Busco meu sono sem sonhos
No fundo não me queixo
Fecho os olhos
A televisão está ligada
E nada também está ali
Sou hipnotizado 
Durmo.
L.F

 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário