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domingo, dezembro 28, 2014

CIO



Cio

Hoje sou o teu cão famigerado
Cheirando tuas entranhas
Lambendo teu suor
Sorvendo tuas axilas sujas suvaco forte...e linda
Cheiro fresco de cio que escorrega de ti
Não sou sutil sabes disso

Sou primitivo como ninguém mais gosta
Sou louco como poucos são...
Sou um animal em extinção...
Sou teu cão indócil
Que deseja tudo em ti...
A merda e alma
Teus traumas todos
Depressões inconfessáveis
E inseguranças que berram desespero

O teu pior me torna melhor
E essa é nossa poesia...sem retoques
Desequilíbrio sombrio que bafeja o desencanto
Sem virtudes despidas
Pecados abundantes
Sem pactos com anjos
Apenas o cão famigerado cheirando sua cadela...

Queres ser minha cadela hoje?
Com a buceta que espuma o cio
Da textura branca como um ranho dos anjos tristes
A baba branca escorrendo da tua intimidade
Seiva doce capaz de transformar a foda em uma benção
Tua alma
Teus desejos
Teu tudo...
Deixa assim... milagrosa seiva
Molhando a tua calcinha
Me chamando sem voz
No grito infame da beleza

Cordões da escuridão entrelaçando a luz
Sou o teu cão famigerado...
Cio...rasgando o certo e o errado
Animais felizes
Como a natureza nos quer...

A ponte tramada de indiferenças
Esta mesma natureza que goza e nos aniquila
Com total indiferença
Seja você o eu for
Até mesmo os cães famigerados.

Luís Fabiano.


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