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segunda-feira, agosto 26, 2013

Um balcão Um banco



Um balcão, um banco

Um dia cinza
Um tempo
Um copo de rum
Os desatinos encontrando um porto, meio seguro

Enquanto o cheiro de cebola gratinada
Salpica universos e desejos tantos
A tarde regando vontades
Enquanto lá fora, a chuva pura, corre para as sarjetas
Emoções se rasgando entre o límpido e o sórdido

Putaria entrelaçada a alma
Ternura confessando-se
Crimes em mim
Teus crimes
Nossos crimes

Somos filhos da puta encantados entre destilados
Destilando o nosso melhor
Como a lama das ruas
Sublimando o céu...
E o beijo no inferno com línguas de fogo

Gosto de ser parte de ti
A pior parte
A que fede, a que fode, a que rasga e a que faz doer
Bebo do teu suor, sangue e mijo...
Enquanto o cansaço nos assola
Quero ser o teu pesadelo
Quero que sejas minha vampira, puta e insana

E quanto tudo apontar
Para o desconhecido
A confiança seja o leme...
Ainda que mergulhemos em redemoinhos sem fim...
Estaremos...
Abraçados.


Luís Fabiano.




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