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sexta-feira, maio 24, 2013




Engrenagem

Homens vis sorriem
Em meio a guerra, a fauna, a derrota e a chama
Autômatos viscerais
Gemendo suas dores
Brincando de viver
Levando a serio o morrer...

Enquanto a divindade
Engata a próxima marcha
E pede ajuda ao Diabo...
Vamos atropelando a vida e sendo atropelados por ela...
E dando tão pouco de nós...
Como a merda de cada dia, gotejando no asfalto cinza
Somos o grito, a lágrima e um pensamento piscando no olhar...
A porta que fechamos sem perceber...
Mergulhados em nossa inescapável solidão...

E ao mesmo tempo somos a saudade das estrelas
O orvalho nos copos de cerveja
A brisa fumarenta de bares cheios
Como sonhos que se desvanecem, nos reduzindo ao real
A catapulta sem força
O desejo sem desejo...
A pica mole...
E a vagina gotejante...

Gostaria de dizer que somos bem mais que isso...
Gostaria que as estradas, não fossem tão hostis...
Gostaria que as respostas todas viessem ao encontro das duvidas...
Gostaria que não tivesse dado tão errado...
Mas a vida é uma porrada...
E os sorrisos são para intervalos.


Luís Fabiano.


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