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segunda-feira, dezembro 31, 2012




Sepultando a ti

O brilho diamantino tornou-se turvo
Como um anoitecer inesperado
Vestígios e traços de uma estupidez firme
Tudo tem o seu tempo
O amor, o ódio, a dor e a vida
Na verdade brigamos com isso
Tentando amordaçar um inimigo errado

Confesso que me deixa triste
Pois... Acreditei como não se deve acreditar
Como um voo que jamais cairá...
A última fagulha, que não me tornava um filho da puta completo
Agora fudeu...
Entendi o recado amigo Deus...
Todos somos o que somos
E bem ou mal destilamos nosso melhor com um pouco de veneno sem querer...
Como notas que erram... Um por do sol que não da certo
Um paralitico que jamais tornará a andar...

De restos que ficaram... Sim ficaram...
Eu fui útil um dia... Hoje me tornei o oportunista
O respeito, tornou-se o deboche vil e sarcástico
A admiração, foi conduzida a fraqueza e  nada
Uma puta manca com todas as cartas na mão
Espécie de cordas de manipulador de bonecos
Ela mexe a bunda... E tudo muda
Ela bafeja com a buceta... E nada mais é como era...

Nem respeito, nem admiração ou mesmo beleza
É natural... Sim é natural...
Turvo sem diamantino encanto
Anoitecer nos vestígios da estupidez
Inesperado traço sem brilho
Um recado do diabo paralítico tornando a andar
Puta sem cartas
Viscos em mim se desfazem...
Liberdade e dor.

Agora estão enfiando o caixão no buraco...
Vejo a colher de pedreiro manipulando o cimento...
Mãos hábeis em um fim...
Eles parecem felizes... Tranquilos... indiferentes como a natureza
No fundo é assim mesmo...
Devemos receber o fim... Como recebemos a vida
Uma folha morre e abre espaço para o novo
Realmente não gosto de adeuses.


Luís Fabiano.



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