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sexta-feira, junho 22, 2012




Navalhadas Curtas: Nem tão fácil...

Por vezes estou muito tranquilo. Creio que depois das 23:01 eu me torno o herói e o anti-herói  de mim mesmo.
Bebidas amaciam o caráter. Deixei o carro em casa, e fui a pé ao posto de costume. Compro uma cerveja, e fico conversando com seu Bandeira o guarda, apreciando os detritos da noite... algumas putinhas às vezes aparecem por ali... saindo dos seus programas... geralmente estão felizes, bonitas e chapadas... gosto de lugares onde algo acontece...


O telefone celular toca, é serenata do diabo brilhando sobre a mesa, telefones da madrugada são catástrofes digitais .
Era Jéssica, uma amiga...


-Fala Jessy...


Ouço lagrimas ranhentas do outro lado da linha, oh Deus... por quê? Por quê? Diga-me seu dorminhoco eterno... Será que nesta porra de planeta ninguém pode estar sereno?


-Fabiano... aconteceu uma coisa horrível...
-Que foi?...
-Minha família descobriu tudo... que eu amo a Fernanda... que estou com ela...
-É vergonhoso amar agora pô?
-Cara... eles querem que eu termine com ela ou saia de casa... pressão total...
-Puta que pariu... a certeza tem um preço Jessy... e todo amor nunca é fácil...


Ela fungava o ranho... e chorava mais. Eu sigo...


-Olha Jessy... acho que deves falar com a Fernanda... você são maiores e tal... não te apavora não...  eu sou um romântico irremediável... amor não se quebra facilmente pela vontade dos outros... é lutar...
-Ninguém nos entende, ninguém quer entender nada...
-Jessy, nesta porra de vida tudo é um aprendizado... na real que todas as coisas precisam de um tempo... fala com a Fê... fiquem em algum lugar hoje... amanha se pensa, mas uma coisa digo: quando não se pode vencer o inimigo... a gente o engana... pensem nisso, isso da o tempo que se precisa... amor é sempre o mais forte.
-Ta legal Fabiano... valeu...
-Relaxa Jessy...
Não sei se ajudei... mas a resposta era boa pra caralho...

Luís Fabiano.

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