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quinta-feira, junho 14, 2012




Navalhadas Curtas: Indecisão fatal...

Outro bar barato, outra cara amassada e mesmas merdas. Ela fumava um cigarro atrás do outro. Gosto das fumantes, a fumaça é um sinal apache, a nevoa sempre oculta algo.
Ela estava bem acabada. Mas eu não procurava uma nada. Bebia como quem toma um relaxante muscular, álcool torna as coisas distantes...


Então como uma mariposa louca, ela veio até a minha mesa.
-Posso sentar?
-Claro...
-Obrigada... sabe, eu sou uma pessoa muito ciumenta...


Comecei a rir... mas que merda pensei, eu não havia perguntado nada.
-Sei... acontece as vezes, ciúme é uma fraqueza da alma, certezas flácidas, insegurança... qual o problema ?
-É que tentei matar o meu ex-marido agora... com uma facada...


Deus... é a moda. Uma teia armada, por vezes só recolhe merda... parece que a loucura me assalta, mesmo quando estou desconectado.


-Conseguiu?
-Não tive coragem... no final.
-Tudo bem... a maioria não tem... e agora, que pretende?
-Não sei... to perdida... me sinto vazia...
-Não faz nada, ele não tem culpa de nada. A fudida da historia aqui é você... nenhum rabo no mundo vale a prisão... eu acho.


Houve um silencio ruminante... ela acendeu outro cigarro.
-Acho que vou lá tentar novamente...
-Tudo bem, boa sorte.


Ela levantou e saiu cambaleando... com a faca na não... comecei a rir sozinho.
Talvez ela tenha sorte de não ser atropelada por aí...

Luís Fabiano.


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