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domingo, maio 20, 2012



Porradas e depois

Ela sorri provocante num canto
Riso meio deus, meio demônio...
Gosto que seja assim... esta montanha russa atômica
Desejos flutuando no éter... e putaria sem fim
Enquanto vamos nos entorpecendo
Permeados de vida...

Ela diz: quero que tu fique forte, pra me encher de porrada...
Eu vou as lágrimas num santuário profanado
Santas explodindo num silencio de navalha
De amor, de beleza e tesão...
Ela provoca o demônio... ela atiça o tigre
Ela sabe que pode morrer, sem querer... talvez...
Quando presas e garras rasgam a alma
Cortam a respiração...

Deixo me recuperar das bebidas de ontem
Quando alucinado galopo
Fazendo uma transfusão de meu sangue, por whisky
Levando a mim a loucura... inspirado nos anjos doentios
Ela sobe sobre mim... quer tudo...
Sugando a seiva... a porra... a alma... e minhas cretinices naturais de sempre
Me entrego como um naufrago... sendo afogado pelo oceano
Prazer, dor, tapas fortes, violência e amor...
O coquetel da vida, nas pausas da noite e do dia
Amo assim...

Olho seus olhos de desejo...
Tudo é devassidão e noite... beijo e bato na cara... na bunda... nas coxas
Quero rasgar o seu corpo, catar sua alma...
Quero expulsar o meu mal... pelo seu bem...
Quando nos afagamos em carinhos de seda...
Escutando o coração um do outro
Batidas, como asas que batem ao longe...
Nos libertando um do outro...
Num querer sem fim...
A cama não esta vazia... estas em mim.

Luís Fabiano.


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