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quarta-feira, maio 16, 2012




Nunca se sabe onde vai dar...

Tem dias que estar de mau humor é bom...
Outros... com desejos afiados a ponto de estuprar anjos
Num céu devastado...
Sorri pra mim mesmo...
E ela despe-se com alguma graça

Seus defeitos desfilam agora a olho nu...
Ficamos trocando olhares provocantes...
Eu olho meu pau com sarcasmo
Digo: acorde filho da puta!! Hora de cuspir na obra de Deus...

Então fiquei contando suas celulites, estrias e outras coisas
Me senti feliz por não me importar com nada disso...
Que detesto a perfeição monótona, tediosa de tudo
Como a estrada para Santa Vitória

Ficamos então fazendo o jogo
Sabendo que não íamos a lugar algum
Desconhecidos vagando em sombras
Enquanto pontes de álcool se constroem...
Num porto de felicidade emulada

Acabou que ficamos esvaziando uma garrafa de whisky
Deitados, olhando um teto sujo contando o mofo...
Nem sentimentos... nem tesão ou sonhos
Por vezes quem precisa disso?
Um papo vagando num errante galopar...
Risadas dos idiotas 
Ironia dos bestas... 
Nos mais castos que um eunuco

Adormecemos...
Acordei com uma ereção fantástica
E seu rabo adormecido me recebeu como Pedro recebe os mortos
Ela parecia um cadáver, não se mexeu ou acordou, gostei daquilo
Gozei e segui olhando para o teto
Então uma meia hora depois ela acordou...
Disse que o rabo dela estava doendo...
Eu sorri e fiz que estava dormindo.
E o silencio guardou a porra do destino...

Luís Fabiano


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